Recentemente Jay Leno teve um problema mecânico em seu McLaren F1 e precisou remover todo o drivetrain do raro superesportivo.
Foi a primeira vez que o motor precisou ser retirado do chassi em 20 anos, mas em vez de levar o carro à autorizada da McLaren para ser consertado como qualquer milionário faria, ele decidiu fazer o reparo em sua própria garagem. Como tudo o que acontece de legal por lá, Leno gravou um vídeo bacana e publicou na internet.
Segundo o próprio Leno, era preciso remover o módulo do VANOS, o sistema de variação de comando de válvulas da BMW, pois ele estava com um pequeno vazamento interno — a atuação do sistema sobre os comandos é feita por um sistema hidráulico a óleo. Como o espaço no cofre é reservado apenas ao motor, e não às mãos e ferramentas dos mecânicos, é preciso remover todo o drivetrain (motor, câmbio e semi-eixos).
Leno conta que este procedimento foi a coisa mais “cabreira” já feita em sua oficina, e eu acho que posso imaginar por que, afinal, não deve ser muito legal danificar qualquer peça dessa obra-prima da engenharia teuto-britânica.
Mas apesar de todo aquele tamanho, o drivetrain do velho Macca pesa apenas 250 kg, e o sistema de escape chama atenção pelas dimensões reduzidas. Com exceção dos abafadores, ele poderia muito bem estar em qualquer F1 do passado.
Outra coisa que você certamente não sabia sobre a manutenção do McLaren F1 é que a célula de combustível precisa ser trocada a cada cinco anos devido ao ressecamento, algo que pode provocar vazamentos.
É sempre interessante ver/ler o que os proprietários tem a dizer sobre a manutenção e cuidados com seus supercarros para quebrar um pouco da mística que se forma em torno deles, de que eles são máquinas perfeitas e inquebráveis — e também os aproxima um pouco dos carros mortais das nossas garagens.