Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
A cara nova do Volkswagen T-Cross
Vejam só… ontem mesmo falávamos das mudanças do T-Cross, que ficaram para 2024 no Brasil, e hoje ele aparece de cara nova na Europa. O facelift realizado pela VW no modelo lá fora, é o mesmo que veremos por aqui na linha 2025, que chega só no próximo ano.
As mudanças são sutis, afinal, trata-se de um facelift e se limitam ao conjunto óptico e têm como principal novidade o filete iluminado na grade, como no Taos e no Polo GTS, de gosto deveras duvidoso em uma realidade onde há fitas de LED a venda no Mercado Livre e as pessoas compram para usar em seus carros.
Por dentro ele mudou mais: além do leve retoque no painel, o T-Cross 2024 europeu também ganhou materiais mais refinados no acabamento interno — algo que, se trazido para o Brasil, corrobora aquela tese de que ele irá mudar para se manter a uma distância segura do Nivus por aqui. Ainda na cabine, ele terá quadro de instrumentos de 10 polegadas nas versões mais caras e sistema multimídia com tela de 9,2 polegadas nas versões de topo.
Sob o capô, a oferta de motores é própria do mercado europeu e, por isso, não veremos nenhuma novidade por aqui. Com o T-Cross brasileiro, o T-Cross europeu tem o motor 1.0 TSI para as versões de entrada e intermediárias, porém lá fora o motor tem duas calibrações: uma de 95 cv, que é combinada ao câmbio manual de cinco marchas, e uma outra de 116 cv, combinada ao câmbio manual de seis marchas.
Nas versões de topo, contudo, a motorização será a 1.5 TSI em vez do 1.4 TSI. Este 1.5 já é usado desde a metade da década passada na Europa como substituto do 1.4 TSI por questões de emissões — por isso ele nunca foi oferecido na América. Atualmente ele tem turbo de geometria variável e sistema de desativação de cilindros e produz os mesmos 150 cv do 1.4 TSI vendido por aqui.
Apesar de já circular pelos arredores da fábrica de Taubaté/SP com a camuflagem na dianteira e na traseira, o T-Cross renovado chegará às lojas brasileiras somente em 2024, como modelo 2025. Na Europa, ele chega no último trimestre deste ano.
Supercarro da Alfa Romeo chega no fim de agosto
Depois de anunciar que seu SUV elétrico será “acupezado” por uma “coda tronca”, a Alfa Romeo decidiu divulgar o primeiro teaser do seu aguardado próximo supercarro. Ele mostra apenas uma parte do scudetto do carro, com a cobra-que-come-homem estilizada nas aletas da grade, mas já sabemos que ele será inspirado no T33 Stradale e que deverá se chamar 6C — e isso já diz muito sobre ele.
Afinal, 6C é um nome histórico da Alfa Romeo, usado em carros com motores de seis cilindros, tal como o Alfa Romeo 8C foi usado em carros de oito cilindros e o 4C foi um esportivo de quatro cilindros. Sendo assim, podemos deduzir que ele irá usar alguma derivação do motor 690T, o V6 biturbo de 2,9 litros derivado do Ferrari F154 — ou quem sabe o próprio Ferrari 154 modificado para esta aplicação.
De acordo com o CEO da Alfa Romeo, Jean-Philippe Imparato, o carro não será um especial de pista, mas algo que “pode ser dirigido diariamente” e que “pode ficar ao lado do 8C no museu da marca em Arese”. Ainda segundo Imparato, os clientes já estão fazendo depósitos para encomendar o carro, de forma que a marca acredita que o modelo estará esgotado antes mesmo de ser lançado. Considerando que o carro será apresentado no próximo dia 30 de agosto, as próximas semanas serão agitadas na Alfa Romeo.
Kombi elétrica chegará ao Brasil ainda em 2023 mas…
… terá apenas 70 unidades, todas oferecidas no sistema de assinatura. Ou seja: apesar da bonita campanha de 70 anos no Brasil, na qual reuniu a cantora Maria Rita ao volante da ID Buzz, e sua finada mãe Elis Regina ao volante de uma Kombi de primeira geração, sob os versos de “Como Nossos Pais” de Belchior, o futuro elétrico da Volkswagen parece mais uma questão de marketing verde do que uma estratégia real para fazer dinheiro com esse tipo de carro.
Mesmo com o crescimento dos serviços de assinatura em 2022, há dúvidas sobre o futuro dessa modalidade de serviço, a ponto de fazer uma das principais empresas do ramo, a Porto Seguro, reduzir sua aposta nas assinaturas. Depois, a Volkswagen pretende trazer apenas 70 unidades da ID Buzz — uma referência aos 70 anos da marca no Brasil.
Esse número limitado se deve, claro, à demanda moderada pelo serviço de assinatura (a Volkswagen diz que conseguiu mais de 3.000 contratos de assinatura em 2022), mas também à falta de carros para atender à lista de espera na Europa, onde mais de 26.000 unidades foram vendidas.
Curiosamente, os demais modelos da Volkswagen, como o ID4 e o ID7, terão sua produção reduzida em cerca de 30% devido à “forte relutância dos consumidores em relação aos carros elétricos” (lembra da “Resistência”?). Na Europa, a ID Buzz parte dos 65.000 euros (cerca de R$ 350.000).
Após o término do contrato de assinatura, os carros poderão ser comprados pelos assinantes ou vendidos pela fabricante como usados. Isso significa que teremos ao menos 70 unidades da ID Buzz por aqui. Só não espere ver uma delas no trânsito, a caminho do trabalho em uma quarta-feira de chuva.
O novo hipercarro da Ferrari
Parece que a Ferrari é a única das fabricantes a disputar a Hypercar de Le Mans que pretende oferecer aos clientes algo minimamente próximo do seu hipercarro de pista. Não será um especial de homologação como parecia no início, quando as regras da Le Mans Hypercars foram anunciadas, nem algo como o Mercedes-Benz CLK GTR ou o Porsche 911 GT1 Strassenversion. As fotos, contudo, mostram que, caso esta seja mesmo a carroceria definitiva, ele terá ao menos algumas referências trazidas da 499P que disputa o Mundial de Endurance (WEC)
A proporção da carroceria, com o capô baixo e alongado, com portas largas e cockpit relativamente estreito, deck traseiro alongado e enorme asa traseira fazem a semelhança com a 499P, mas elas devem parar por aqui — infelizmente. O hipercarro tem tudo para ser derivado da SF90, que usa a plataforma de powertrains híbridos da Ferrari e, por isso, também deve compartilhar com a berlinetta o motor V6 biturbo de 2,9 litros e o arranjo de três motores elétricos (um no câmbio e dois no eixo dianteiro). Faz sentido, afinal, se o hipercarro de rua precisa ser o elo entre as pistas e as ruas na linha Ferrari, isso o tornaria o mais próximo possível da 499P.
O que impressiona no carro flagrado, mesmo sob a camuflagem, é mesmo o pacote aerodinâmico. Até hoje nenhum carro de rua da Ferrari teve elementos aerodinâmicos tão radicais como estes que aparecem nas imagens — é o que nos leva a crer que a inspiração foi mesmo a 499P e que ele será o mais próximo de um LMh que veremos nas ruas.
Um olhar menos atento poderia imaginar que se trata de algum especial de pista, alguma FXX, que jamais irá rodar em uma via pública, mas olhe o para-brisa com atenção e você verá que ele tem sensores na parte superior — os típicos sensores de chuva ou câmeras para assistência de direção, algo dispensável nos carros de pista, certo?
Infelizmente ainda não há mais detalhes sobre o hipercarro. Não sabemos se ele será o F90, o Dino Ferrari, o Purissimosangue ou qualquer outro nome. Tudo o que sabemos até agora é o que foi dito e que ele está sendo desenvolvido sob o código F250, mas é claro que ele não será lançado com este nome, afinal, a Ford chegou primeiro…