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Salão de Frankfurt 2015

Lamborghini Huracán Spyder, Aventador SV Roadster e Ferrari 488 Spider: os super conversíveis italianos em Frankfurt

Os supercarros italianos foram para a Alemanha com uma ofensiva de 30 cilindros e mais de 2.000 cv a céu aberto. Sim, Ferrari e Lamborghini tiveram como destaques no Salão de Frankfurt as versões conversíveis da 488, do Huracán e do Aventador Superveloce.

Se você acompanha o FlatOut, nenhum deles é totalmente inédito. Isso por que, ultimamente, a estratégia de comunicação das fabricantes em publicar centenas de teasers, dezenas de vídeos e galerias imensas com 359 ângulos diferentes do carro antes mesmo de sua apresentação oficial acaba com o elemento surpresa e tira muito do tesão de finalmente revelar o carro.

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Bem, críticas à parte, vamos ao que interessa: os carros em metal, borracha e graxa. Começando pela 488 Spider, ela é o terceiro modelo turbo da atual família de modelos da Ferrari, depois da California T e da 488 GTB.

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Tal como a versão cupê, a Spider também tem suas influências da antiga 308 GTS: os vincos nas laterais emulam a tomada de ar do clássico dos anos 1970/1980 e os santantônios dão ao carro um perfil de carroceria targa. Ao ver o carro de traseira, contudo, o deck plano e sem o vidro inclinado dos cupês deixa claro que estamos diante de uma legítima spider italiana.

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Sob o deck plano fica a estrela da família 488: o V8 3.9 biturbo, de 670 cv (a 8.000 rpm!) e 77,2 mkgf, números ridiculamente insanos para uma Ferrari V8. Em tempos de hipercarros de 1.000 cv o número talvez não impressione tanto, mas vamos colocar isso em um contexto familiar para deixar claro o nível de brutalidade desta nova Spider.

A lendária 288 GTO tinha 400 cv produzidos por seu V8 2.8 biturbo. Sua sucessora, a 288 GTO Evoluzione, ficou nos 650 cv. A F40, talvez o maior ícone moderno de Maranello, chegou aos 478 cv. A única Ferrari do passado que chega perto da 488 Spider é a 599 SA Aperta, que usava o V12 aspirado da 599 GTO com uma carroceria sem teto. Esta sim, empata em potência com a nova Spider, mas com duas observações: o torque é menor (63,5 mkgf) e a produção foi limitadíssima a 80 unidades.

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Isso obviamente a torna mais rápida que todas essas preciosidades citadas: a aceleração de zero a 100 km/h leva três segundos, de zero a 200 km/h são apenas 8,7 segundos. A velocidade máxima é 325 km/h — 10 km/h a menos que a GTB e a mesma da SA Aperta. E se você quiser, pode ouvir a música do V8 turbo recolhendo o vidro traseiro do carro — mesmo com a capota fechada.

A Ferrari diz que remoção do teto não prejudicou a rigidez estrutural da 488 Spider. Segundo a fabricante, o monocoque usa 11 ligas de alumínio diferentes para garantir que a 488 Spider seja 23% mais rígida do que a 458 Spider. Quanto ao aumento de peso típico das versões com teto móvel, não há exceção aqui: a 488 Spider é 50 kg mais pesada que a GTB – 1.420 kg contra 1.370 kg. A transmissão é exatamente a mesma caixa de dupla embreagem e sete marchas da 488 GTB, assim como o “Variable Torque Management”, que limita o torque disponível em cada marcha.

Como dissemos anteriormente, nossa única objeção é quanto ao nome do carro. Se GBT é uma referência à 308 GTB, por que não batizar essa versão 488 GTS?

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Saindo de Maranello e indo para Sant’Agata, temos o Lamborghini Huracán Spyder, sucessor do Gallardo Spyder e o mais recente representante da linhagem iniciada em 1976 com o Silhouette, ainda com motor V8. Batizado oficialmente como Huracán LP 610-4 Spyder, ele usa o mesmo V10 do modelo fechado, porém com 610 cv e 57 mkgf de torque, e precisa de apenas 3,4 segundos para chegar aos 100 km/h e 10,2 segundos para chegar aos 200 km/h (o que reforça o potencial da Ferrari 488 Spider). A velocidade máxima é 323 km/h.

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Como tem sido comum com os conversíveis modernos, o Huracán Spyder é 40% mais rígido que o Gallardo Spyder, além de produzir 50% mais downforce e consumir menos combustível — algo obtido com sistema start-stop, comando variável de válvulas e uma combinação de injeção no coletor e direta nos cilindros.

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Depois temos o exclusivíssimo Aventador LP 750-4 Roadster SV. O modelo será oferecido em uma série limitada de apenas 500 unidades e é o primeiro roadster a ostentar tratamento “Super Veloce” reservado historicamente aos modelos V12 da marca – começando pelo Miura, depois Countach e Murciélago. O Miura SV até ganhou uma versão Spyder, mas era uma conversão feita para fins de exposição no Salão de Genebra de 1981, quando o Jalpa (o avô do Huracán) foi lançado.

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Como o Super Veloce fechado, o motor 6.5 V12 foi modificado para produzir 50 cv a mais que o Aventador comum, chegando a 750 cv a 8.500 rpm e 70,2 mkgf. O motor é combinado à transmissão semi-automática de sete marchas que distribui a força para as quatro rodas através de um diferencial Haldex. Tal como o SV cupê, ele também recebe a suspensão magnetorreológica, amortecedores acionados por pushrods e o sistema Lamborghini Dynamic Steering.

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Ele também é 50 kg mais leve que o Aventador Roadster comum, resultando em uma relação peso/potência de 2,1 kg/cv. Com isso, ele é capaz de ir de zero a 100 km/h em 2,9 segundos, apenas 0,1 segundo mais lento que a versão fechada. A velocidade máxima é idêntica: 350 km/h.

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Um recurso simples, mas que deve elevar a experiência sensorial a níveis épicos é a janela traseira elétrica, que pode ser aberta para que o ronco dos 12 cilindros invada a cabine sem interferências, como na Ferrari 488 Spider.