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Zero a 300

Lamborghini lembra do Miura | Saveiro cabine simples flagrada | Um novo Polaris Slingshot e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Lamborghini inicia comemoração de 60 anos com video do Miura

Ah, o Lamborghini Miura. Uma fábula perfeita, de um mundo ainda apaixonado pelo automóvel de uma forma que nunca mais seria vista. Criado à revelia de Ferruccio Lamborghini, por três jovens lendários hoje, mas então com menos de 30 anos, para ser um carro de corrida: os engenheiros Gianpaolo Dallara, Paolo Stanzani, e o piloto Bob Wallace.

Da esquerda para direita: Wallace, Stanzani, Ferruccio (o velho aos 44 anos) e o grande GianPaolo Dallara

Mas quando Ferruccio viu o sucesso do chassi com motor V12 DOHC atravessado atrás do piloto no salão de Turim de 1965, encomendou um desenho para Bertone visando produção para rua mesmo: outro jovem, Marcello Gandini, então com 27 anos, desenha a carroceria absolutamente perfeita, em proporção e linha.

O chassi do Miura também é lindo.

O Miura é insuperável: em 1967, um ano depois de começar a ser vendido, começavam as legislações que crescentemente influiriam diretamente no desenho do automóvel, algo que culminaria na distopia atual de coisas disformes e desinteressantes, mesmo se capazes graças à tecnologia que sempre avança. O Miura é o ápice do automóvel como uma forma de arte, com desenho apenas influenciado pelo que os criadores acreditam como desejável. Marco na história? Uma pessoa pode dizer que é o fim da história do automóvel, e o começo da “solução de transporte individual”.

Gandini e o Miura, hoje

A Lamborghini lançou este vídeo, início das comemorações de 60 anos da empresa este ano, inteligentemente falando dele, o carro que é o motivo de ainda existir uma Lamborghini, e seu maior feito até hoje.

O início do video mostra que ainda não foi superado: o que você está vendo é um carro com desempenho que hoje não espanta em Golf. É relativamente lerdo, se você pode chamar um 0-100 km/h em 6,7 segundos lerdo. A máxima é teoricamente 280 km/h, mas tem tanto lift no eixo dianteiro que é temerário se passar dos 200 km/h.

Mesmo assim, o V12 de 3,5 litros está como se fosse aparafusado em suas costas, os comandos são pesados mas precisos e, uma vez entendidos, maravilhosos: um câmbio tão mecânico que se sente as engrenagens acoplando na palma da mão, uma direção que coloca a frente onde se quer com um pensamento. E o urro, e o empurrão do V12, maná do paraíso. Numa estrada como esta do início, minha contenda é que nunca foi superado, nem nunca mais será. No mundo lá fora onde números são uma abstração sem sentido real, este carro andando por ele é como um presente para tornar o mundo melhor, e especialmente, mais belo. Tão belo que teve que ser proibido por lei; nunca mais veremos liberdade de desenho assim.

Dez motivos para amar o Lamborghini Miura

A empresa, porém, no vídeo de homenagem, traz vários outros supercarros do que é hoje o grupo VW, e em certo momento, eles ultrapassam o Miura, como que dizendo: ó que bonitinho o vovô, mas somos melhores hoje, superamos ele; compre um Lambo zero km.

Ofende um pouco, não vou mentir: existem carros mais rápidos e modernos, e mais fáceis de dirigir, manter, etc. Mas o Miura nunca será superado: é o ápice da forma específica de arte que chamamos de Supercarro. E tenho dito. (MAO)

 

Conheça o Polaris Slingshot Roush Edition

Se você é assinante do FlatOut, já conhece este tipo de carro: o Seven que não é Seven. São carros inspirados na solução sem portas ou teto de Colin Chapman para um carro esporte extremamente capaz, mas leve, pequeno e simples, mas reinterpretado. Também conhece o Polaris Slingshot em particular.

Ainda mais alguns Seven que não são Seven

A linha Slingshot para 2023 agora está disponível nos EUA, composta por quatro modelos: Slingshot S, Slingshot SL, Slingshot SLR e Slingshot R. Além destes, a novidade é o novo modelo Slingshot Roush Edition, que chega com o mesmo hardware principal, mas várias outras atualizações importantes. Estará a venda no segundo semestre.

O acabamento é exclusivo, em “Racetrack Red” e emblemas pretos. De série, o novo modelo, uma edição especial limitada, vem com o Slingshot’s Excursion Top, um teto especial ainda básico, mas que ajuda um pouco; mais para fazer sombra em sol forte do que proteger da chuva.

O Roush Edition traz novos freios Brembo de quatro pistões com rotores dianteiros 14% maiores em comparação com o topo de linha Slingshot R, no qual é baseado. Novos pedais da Sparco proporcionam melhor aderência do pé. O motor é um quatro em linha aspirado de 2,0 litros, e mais de 100 cv/litro: 206 cv e 20 mkgf.

Você pode encomendá-lo com uma caixa de câmbio manual com pedal de embreagem ou uma transmissão automática com paddle shifters. Há também uma tela de 7,0 polegadas para o sistema de infotainment com conectividade Apple CarPlay.

A Polaris descreve esta nova adição à sua linha como um “veículo de três rodas que chama a atenção e busca aventura”. As três rodas, claro, existem para poder ser emplacado como motocicleta, para fugir de legislação. Deve-se dirigí-lo de capacete, como em motos. Pela lei, é uma moto.

O triciclo já pode ser encomendado, a um preço que começa em US$ 37.349 (R$ 194.961) para a versão com três pedais. A automática é aproximadamente três mil dólares mais cara, e, portanto, se sua perna esquerda é funcional, deve ser esquecida. (MAO)

 

Nova Saveiro cabine simples flagrada

Com o fim da Montana “Monstrana”, a do Agile, o fim da Hoggar e da saudosa Ford Courier, e a ligeira subida de status da nova Strada, a VW Saveiro é a última remanescente das picapes pequenas criadas para serem apenas picapes simples e baratas para serviço.

A VW certamente não planejou isso, ficar para trás na crescente voga de novas picapes monobloco de vários tamanhos, mas a escorregada estratégica dela nos dá esta opção ainda. Que fica bem interessante agora com o motor MSI, um 1600 cm3 aspirado de 16 válvulas e câmbio manual, disponível somente nela na linha VW atual.

A VW vai ter que dar uma atualizada no carro enquanto o seu atrasado projeto de nova picape moderna não chega, porém. Já publicamos flagras da nova versão Cross em teste, mas agora, graças ao perfil do Instagram , temos imagens também da nova Saveiro cabine simples. As mudanças pareceem simples, mas é bom saber que ainda será disponível nesta versão de trabalho.

É o último dos Gol, também, e um carro cujo assoalho dianteiro remonta ao Passat de 1974. A parte dianteira com motor transversal é baseada na plataforma do Polo PQ24, e a VW dizia ser esta a plataforma do carro, mas não é: é o último vestígio deste carro brasileiro que a matriz tenta matar a 40 anos.

O que sobrou do Gol original no Gol de hoje?

E parece que vai continuar no mercado mais alguns anos. (MAO)

 

O preço do Ferrari Purosangue

Ferrari Purosangue. O “SUV- por favor não o chame de SUV” da marca de Maranello é tudo que se espera dela. Alta tecnologia, um imenso V12 aspirado na frente, uma cabine com materiais que devem custar uma frota inteira de Fords zero km sozinho, e desempenho realmente de supercarro. Até a insensibilidade histórica do nome era esperada: puro-sangue é carro usado em pista, na rua, como são os cavalos puro-sangue; este carro aqui é bem legal até, mas puro-sangue não é.

A Ferrari já divulgou na época do lançamento ano passado todos os detalhes deste Cupê de quatro portas esquisito e inexplicavelmente mais alto que o normal devido a rodas enormes, e um V12 aspirado de 6,5 litros com 725 cv. A transmissão é automática dupla-embreagem de oito velocidades, e há um transeixo frente do motor também para dar tração 4×4 permanente, no esquema da antiga FF.

O que faltava? Saber o preço só. Pois bem, o Purosangue custa nos EUA, antes de se começar a especificar opcionais, US$ 398.350, o que no câmbio de hoje são R$ 2.079.387. O que quer dizer que é bem capaz de carregar um preço mínimo de cinco milhões de reais, quando e se aparecer por aqui. Barrabás. (MAO)

 

Mini mostra conversível elétrico

A Mini disse que não faria um Mini elétrico conversível, mas parece que voltou atrás. Conheça o novo Mini Cooper SE Conversível, uma edição limitada para os mercados europeus.

A Mini construirá 999 carros no total, e a versão de produção é praticamente o protótipo mostrado em 2022 (e que “não será produzido”) trazido para a rua. Baseado no Cooper SE Hardtop, o carro tem um único motor elétrico de 183 cv e tração dianteira, suficiente para um 0-100 km/h em 7,3 segundos. Com uma carga completa, o Cooper SE Convertible tem uma autonomia WLTP de 201 km.

O conversível recebe as mesmas rodas de 17 polegadas do modelo hardtop. É oferecido em “Enigmatic Black” (qual é o enigma de um preto comum, ninguém sabe) ou “White Silver”, com acabamento em bronze na parte externa, exceto pelo emblema Mini, que tem acabamento em Piano Black. No interior, bancos esportivos aquecidos em couro, volante revestido em couro e mais acabamento em Piano Black com toques ocasionais de amarelo. O sistema eDrive do hardtop com heads-up display faz parte do pacote.

Específico para o conversível é o teto elétrico, que pode ser levantado ou abaixado em velocidades de até 30 km/h. As soleiras das portas tem uma placa que indica qual dos 999 carros é o seu, claro. A produção começa em abril e será exclusiva para a Europa. O preço será anunciado mais adiante. (MAO)