Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Fiat mostra novo 500 um dia antes do anunciado
A Fiat havia dito que mostraria o novo 500 apenas no dia 4 de julho, mas o novo modelo vazou tantas vezes que ela deve ser preferido não trabalhar no sábado, soltando imagens e dados do novo carro um dia antes.
A empresa diz que mais de 1.800 alterações foram feitas no novo 500, ainda que elas sejam aparentemente tímidas. Não à toa: desde que foi lançado, em 2007, o 500 moderno já vendeu mais de 3,8 milhões de unidades em todo o mundo.
As principais diferenças externas ficam por conta dos conjuntos ópticos dianteiro e traseiro. Mais parecido com seus derivados, como 500L e 500X, os faróis dianteiros do carrinho estão mais alongados, com novos faróis diurnos de LED integrados e uma assinatura luminosa única. As lanternas traseiras, também em LED, ganhara novo desenho, assim como a grade dianteira e os para-choques.
Como previsto, é no interior que a maior parte das mudanças aconteceu. O sistema Uconnect, com tela sensível ao toque de 5 polegadas, agora é o padrão do carrinho. Nas versões mais caras, o painel de instrumentos passa a ser uma tela de TFT de 7 polegadas. O carro também teria um isolamento acústico mais refinado.
Toda a linha de motores já atende as regulamentações Euro6, indo do 1.2 EasyPower, de quatro cilindros e 69 cv, ao 0.9 TwinAir, turbinado, com potências de 85 cv a 105 cv. A única opção a diesel é o 1.3 MultiJet de 95 cv. A transmissão Dualogic usada no carrinho seria de nova geração. Isso para o 500 fabricado em Tychy, na Polônia, que é o que é vendido na Europa.
Ao Brasil, a reestilização só chega quando as mudanças forem incorporadas à fábrica de Toluca, no México, de onde é importado o modelo vendido por aqui. Não há de demorar muito, já que a mesma fábrica serve o mercado americano, o mais importante do mundo para a FCA.
Queda nas vendas chega perto de 20% no primeiro semestre
Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o mercado automotivo brasileiro teve uma queda de 19,76% nas vendas de automóveis e veículos comerciais no primeiro semestre de 2015. De janeiro a junho deste ano foram emplacados 1.269.853 veículos — 312.716 a menos que os 1.582.569 emplacamentos dos seis primeiros meses de 2014. A Fenabrave afirma que a queda foi causada pela situação econômica de 2015, aumento de juros e da inflação e redução de investimentos.
Citroën vai matar a suspensão hidropneumática
Se o macaco Cesar fosse petrolhead, seria isso que ele diria ao ler essa notícia, talvez de forma ainda mais enfática (se isso fosse possível).
A nova CEO da Citroën, Linda Jackson, disse que a marca tirará de linha sua famosa suspensão hidropneumática porque ela seria uma “tecnologia velha”. Até aí, o motor a combustão também é.
Isso já era esperado desde que o Citroën C5 ganhou a opção de uma suspensão convencional. Mais barata de fazer, ela naturalmente mataria uma das melhores características da marca francesa. Todo carro equipado com ela é firme e estável, mas também extremamente confortável. Era praticamente um tapete voador. A próxima geração do C5, que nem deve mais ser vendida na Europa, mas apenas na China, já não deve oferecer o sistema. Nem como opcional.
Segundo Jackson, a Citroën utilizará novas tecnologias para tornar seus modelos “comparativamente suaves”, já que “suspensões confortáveis são 100% parte” do DNA da marca. Mas vão sofrer uma mutação da pesada, pelo visto. Segundo Yves Bonnefont, presidente da divisão DS, a nova suspensão já está em estudos. Pena que Paul Magès, inventor do sistema original, tenha morrido em 1999…
Executivos da FCA querem ver Lancia renascer com um Delta Integrale
Muito já se falou sobre a Fiat puxar o plugue dos aparelhos que mantêm a Lancia viva, mas executivos do agora grupo FCA querem dar à mítica marca uma última chance de reagir. O tratamento seria o renascimento de um dos carros mais influentes da Lancia nos tempos mais recentes, o Delta Integrale.
A resistência em tornar o projeto realidade viria de ninguém menos do que Sergio Marchionne, CEO do grupo, que não tem assim tanto amor pela marca e prefere dedicar todos os seus esforços no renascimento de outra marca, a Alfa Romeo, que apresentou no mês passado seu primeiro sedã de tração traseira desde 1992, o Giulia. Qualquer modelo novo da Lancia, ainda que fosse apenas o Delta Integrale, seria uma distração desnecessária, além de conflitar com o braço esportivo do grupo, a própria Alfa. A Lancia era apresentada como o braço luxuoso, mas a tentativa não emplacou.
Se veremos ou não o Delta Integrale é coisa que caberá ao chefão da FCA decidir. Mas seria bom ele perceber que o carro está em boa parte dos games de carros, como Gran Turismo. E muita gente talvez quisesse ter um de verdade nas mãos.
Giorgetto Giugiaro se aposenta e sai da Italdesign
Uma era chega ao fim. Giorgetto Giugiaro, considerado um dos maiores designers automotivos contemporâneos, resolveu pendurar as chuteiras para cuidar de “interesses pessoais”. Em outras palavras, ele vendeu os 9,9% de ações que ainda tinha na Italdesign à Audi e saiu da empresa que fundou em 1968.
Sem Giugiaro, fica o receio de que a empresa de design possa perder o rumo, mas a Audi diz que seu estúdio está em franco crescimento, com a contratação de mais 250 empregados prevista para acontecer até o final deste ano.
O risco é que Giugiaro tenha saído para começar algo inteiramente novo, sem a influência do grupo Volkswagen. O que não é nada difícil. Além de ter renunciado ao cargo de presidente honorário, seu filho, Fabrizio, também deixou o cargo de membro do conselho de administração. E Fabrizio ainda é novo, tendo completado 50 anos em 7 de março deste ano. Ainda que esteja com a vida ganha, dificilmente ele se contentará em passar os próximos 30 anos bebendo “uns bons drink” ao lado de uma piscina.
Ford lança EcoSport sem estepe externo na Europa
Se você é uma pessoa antenada nas tendências automotivas já deve ter percebido que o estepe pendurado na traseira está meio fora de moda. Entre os SUV compactos, por exemplo, somente o EcoSport ainda o carrega nas costas — Tracker, Renegade, Duster, 2008 e HR-V levam o pneu sobressalente escondido. Na Europa, onde o estepe não é obrigatório, ele também era o único. Era, pois agora ele também perdeu o estepe e teve a roda substituída por um kit de reparo de emergência.
Além da traseira mais limpa, o EcoSport europeu também recebeu novas mantas de isolamento acústico mais grossas, suspensão recalibrada e 10 mm mais baixa e reprogramação da direção elétrica e controle de estabilidade. No lado de dentro, ele também ganhou um novo volante e molduras cromadas nos instrumentos. O que você achou dessa traseira sem estepe?