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Toyota GR86 2024 chega na Argentina
Inveja não é um sentimento bom, e devemos evitá-lo a todo custo. Mas se formos sinceros com nós mesmos, veremos que é inevitável. Todo mundo, num momento ou outro, sente uma pontinha de inveja a nos cutucar. O segredo é não deixar este sentimento crescer; sufocá-lo no berço é uma boa ideia nesse caso.
Permita-me então deixar essa tarefa quase impossível para vocês. Na Argentina, o Toyota GR86 está disponível desde 2022. Agora, foi lançado por lá a versão 2024.Uma pequena atualização, somente; ainda é o mesmo carro que vem do Japão diretamente para nossos Hermanos ao sul.
E continua algo sensacional e raro hoje em dia. Se você ainda tem na cabeça que o GR86 é um esportivinho pequeno e fraco de motor, pense de novo: A geração atual é um carro de 4265 mm de comprimento num entre-eixos de 2575 mm, um cupê 2+2 que pesa quase 1300 kg. Compensa isso com potência digna de um Ferrari 250 GT: 237 cv (e 25,5 mkgf) de seu boxer aspirado de 2,4 litros. Quase 100 cv/litro aspirado, câmbio manual de seis marchas (ou auto opcional se você deseja passar a eternidade no inferno), 0-100 km/h em 5,4 segundos, e 220 km/h de máxima.
Novidades para 2024 são poucas, mas existem: novos freios Brembo com pinças vermelhas (quatro pistões na frente, dois na traseira) e novos amortecedores ZF Sachs. Acrescentou também o pacote de assistência à condução (ADAS) denominado “Eye Sight”, desenvolvido pela Subaru, que vende um irmão-gêmeo deste carro com o nome de BRZ.
Este “Eye Sight” é composto por sistema de pré-colisão frontal, controle de cruzeiro adaptativo, farol alto automático, sistema de alerta de saída de faixa, sistema de alerta de zigue-zague, alerta de carro anterior, detecção de ponto cego, assistência para mudança de faixa e ótica com feedback de direção.
Já está disponível para os argentinos a um preço de US$ 69.257 (R$ 358.058). com garantia de cinco anos ou 150 mil quilômetros. Não reclame: você não comprou nem o GR Corolla, esperava o que? (MAO)
Toyota pode fazer carro esporte menor que o GR86
O atual GR86, como acabamos de lembrar, é um pouco maior que o Mazda Miata. O Mazda mede 3,915 mm num entre-eixos de 2310 mm (4265 mm / 2575 mm para o GR86), e é basicamente um roadster de dois lugares, enquanto a dupla “Toyobaru” GR86/BRZ é um cupê 2+2.
No Japão, existe uma certa tradição de roadsters ainda menores que o Miata também, muito vinda da categoria kei-jidosha. A Toytota mesmo, desde os anos 1960, teve roadsters pequenos: o Sports 800, lançado em 1965, foi o primeiro carro esporte da marca, um derivado do kei-car Toyota Publica, e minúsculo aos 2 metros de comprimento. Era movido por um bicilíndrico contraposto de 790 cm³.
Em 2015, a Toyota mostrou um conceito chamado FR-S, que era justamente um roadster do tamanho do Miata. Foi seguido pelo conceito S-FR Racing, de alto desempenho, em 2016. Mas como as notícias dele esfriaram, todos imaginaram que era só conceito mesmo, sem relevância para o futuro da companhia.
Mas agora, a publicação japonesa Best Car, citando fontes internas, relata que o S-FR poderia se concretizar através de um esforço colaborativo envolvendo Toyota, Daihatsu e Suzuki. Ambas as empresas tem tradição com roadster pequenos: a primeira com o Copen, e a segunda, com o Capuccino. E não vamos esquecer que o Caterham Seven 170 é vendido no Japão com ajuda da Suzuki, como um kei-car, e usando o tricilíndrico turbo de 82 cv da marca japonesa.
O boato faz algum sentido. A versão de produção do S-FR poderia usar a nova versão de 1,3 litros do motor tricilíndrico turbo do GR Yaris e Corolla, que se espera entregar pelo menos 150 cv. A empresa procura novos carros para amortizar os custos de desenvolvimento deste motor. E não vamos esquecer que a Daihatsu mostrou um conceito “Vision Copen” de tração traseira no Salão Automóvel de Tóquio de 2024.
Embora nada seja oficial ainda, a reportagem sugere que o pequeno carro esportivo Toyota com tração traseira pode chegar já em 2026 ou 2027. O grande desafio é preço: o GR86 já é vendido a preços bem competitivos com os do Miata no Japão; conseguiria fazer este novo carro ainda mais barato? Veremos. (MAO)
Lancia Ypsilon HF traz de volta icônico símbolo da marca
O famoso e icônico logotipo HF está oficialmente de volta nos Lancia. É o novo Lancia Ypsilon HF, baseado no novo hatchback elétrico da marca, e vem inclusive com uma versão de rali. Rali, afinal de contas, é onde a Lancia, e as versões High Fidelity (HF), ficaram famosas.
O porém, o todavia e o contudo é que é agora um HF elétrico. Enquanto todos os carros anteriores com emblema HF tinham motor de combustão, o novo Ypsilon HF é puramente elétrico. Oferece 237 cv a partir de um motor montado na frente, com tração dianteira. O motor elétrico extrai a sua energia de uma bateria de 54 kWh.
A marca diz que o 0-100 km/h se dá em 5,8 segundos. Além do motor elétrico mais forte, o Ypsilon HF tem bitolas mais largas e uma suspensão rebaixada para melhor dirigibilidade.
Não há muitos detalhes além disso, visto que o carro só estará à venda na Europa em maio de 2025. Lancia diz que todos os modelos futuros se beneficiarão do tratamento HF, incluindo os renascidos Gamma e Delta, que devem aparecer até 2030.
A versão de rali, pelo menos, vem com motor a combustão, o que abre especulação sobre as possibilidades deste novo Lancia. Chama-se Ypsilon Rally 4 HF, e vem com um tricilíndrico de 1,2 litros turbo com 209 cv. Tem tração dianteira, via transeixo de cinco marchas manual e diferencial dianteiro autoblocante. Foi desenvolvido para cumprir os regulamentos do Grupo Rally4 da FIA, para carros baseados em veículos de rua.
O logotipo HF não deve ser usado de forma leviana. Do magnífico Fulvia HF, um cupêzinho de tração dianteira com um bravíssimo V4, até os assustadores Integrale Evo dos anos 1990, passando por um verdadeiro supercarro de rali com motor Ferrari chamado Stratos, todos os Lancia HF até hoje eram clássicos impossivelmente desejáveis e bravos. Elefantes não esquecem, e os carros com a marca do elefantinho eram inesquecíveis. Bom, eram até hoje. Já esqueci do que falávamos aqui. (MAO)
Alfa Romeo promete: placa no centro agora
Reclamar é só o que fazemos hoje em dia, parece. Quando se fala de Alfa Romeo Giulia, todo mundo parece dar pausa nas reclamações, porém: é um carro quase universalmente adorado, seja por sua engenharia, seu brio italiano, ou mesmo sua bela aparência. Quase uma unanimidade.
Mas tem uma coisa que sempre aparece quando se fala dele. Os mais apegados á simetria tem arrepios de ojeriza por causa de um detalhe simples: não há lugar para a placa de identificação no centro da frente do carro, fazendo a tal placa ser montada deslocada para o lado. Impossível de se aceitar, para alguns.
Não se aflijam mais: de agora em diante, todo Alfa terá placa no centro, disse um executivo da marca para a revista inglesa Autocar. A mudança é forçada pelos Regulamentos Gerais de Segurança (GSR) da União Europeia. Aparentemente, colocar a placa no meio diminui o risco de lesões em pedestres.
O novo Milano Junior já tem uma placa montada centralmente. Nele o scudetto ainda é grande, mas não impede a placa central, que está montada na parte inferior do para-choque. O chefe de design confirmou que a próxima geração dos EVs Giulia e Stelvio estão recebendo uma “nova interpretação” do escudo em forma de V. Terá um design fechado, pois não haverá motor de combustão que necessite de refrigeração. Nós merecemos.
Acabaram as reclamações, então? Meu amigo, nenhuma boa ação fica sem punição neste mundo: como as placas assimétricas existem esporadicamente em Alfas desde os anos 1950, muita gente está triste por ser uma tradição, e diferenciação da marca, que está indo embora.
Minha dica é fazer como o criador de porcos mineiro, que cansado de ser multado repetidas vezes pela comida “inaceitável” que dava aos porcos, disse ao fiscal que agora dava a eles Ticket Refeição e eles comiam onde bem entendiam. Entregue a placa junto com o manual de proprietário, e que cada um a coloque onde bem entender!
Não pode também? Oh, céus… O inferno é, realmente um conjunto de regras tão complexo e bizantino que não existe meio de deixar de infringir alguma delas. (MAO)
Conheça o BMW Skytop Concept
Como faz todos os anos, a BMW mostrou um conceito no famoso concours d’élegance de Villa d’Este, evento chiquérrimo para gente mais bonita que eu e você que acontece todo ano às margens do belíssimo lago de Como, no hotel Villa d’Este, em Cernobbio, na Itália. Este ano é o BMW Skytop Concept. A empresa patrocina o evento desde 2009.
E o que é um BMW Skytop Concept? Bem, parece um série 8 com teto targa. Mas aparentemente é mais que isso: “O BMW Concept Skytop tem um design verdadeiramente único e exótico, na tradição do Concorso d’Eleganza Villa d’Este, e oferece uma combinação de dinâmica de condução e elegância ao mais alto nível, comparável aos seus antepassados históricos, como o BMW Z8 ou o BMW 503.” – disse afirma Adrian van Hooydonk, chefe do BMW Group Design.
Sim, há conexões visíveis com o Z8, como nas lanternas traseiras e na frente, e o design esculpido do capô, os faróis pequenos e a traseira plana exclusiva nos lembram o 503 do final dos anos 1950. É um carro muito bonito, este, limpo e grande e liso.
As proporções são realmente semelhantes às do série 8, porém, e ele usa o V-8 de 4,4 litros e 617 cv do M8 Competition. A BMW não fornece nenhuma outra especificação técnica ou de desempenho. O M8 Competition tem câmbio automático de 8 velocidades e o sistema de tração integral.
Como já aconteceu antes nos carros do evento, há conversas sobre produção, se um número de encomendas acontecer. Desta vez o número parece ser ao redor de 20 carros. Falando ao Automotive News, Adrian van Hooydonk, disse que uma versão de produção está sendo considerada: algo entre 20 e 25 carros poderiam ser construídos. O preço? Se você precisa perguntar… (MAO)