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Leclerc vence o GP da Áustria, Verstappen fica em segundo e Hamilton fecha o pódio
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Se não tem um pouco de drama, não é italiano, não é Ferrari. Com o consumo alto de pneus da Red Bull, Max pode ter até começado bem a corrida, mas fazendo o pit-stop na volta 12 já estava claro que ele estaria fora do páreo no final.
E então, o drama duplo italiano: Sainz, mais de 1s mais rápido que Verstappen por volta e prestes a ultrapassá-lo, repentinamente vê seu motor quebrar de forma espetacular na T3 – uma falta de sorte que, a esta altura do campeonato, deve definir a hierarquia interna. E Leclerc, com 4s de vantagem sobre Verstappen, começa a ter problemas no atuador dos corpos de borboleta da Ferrari, que não fechavam mais completamente nas frenagens.
Isso é um mega problema: freios são sobrecarregados, a dinâmica do veículo fica muito afetada, resultando em muita saída de frente, a temperatura dos pneus dianteiros sobe e até mesmo executar reduções de marcha vira um desafio porque a ECU fica confusa. Ainda assim Leclerc conseguiu fechar voltas em ritmo similar, preservando a diferença para Verstappen nas últimas cinco voltas, uma prova do seu nível de piloto. Era algo que não duraria muito, mas ao menos desta vez a sorte deu um aceno para Leclerc e ele fechou na liderança.
Se essa situação de consumo de pneus da Red Bull se confirmar nas próximas provas, Charles vai engolir essa vantagem de 38 pontos que Max possui e nos encaminharemos para um fim de temporada incendiário.
Queria destacar a performance da Haas, que está cada vez mais disputando como quarta potência. Que bela disputa de Schumacher com Hamilton! Digo mais: se eles conseguirem melhorar o consumo de pneus nos stints, eles darão muito trabalho para a Mercedes em alguns circuitos.
Falando nela, vale explicar a performance ruim dos AMG nas retas: tanto o acidente de Hamilton quanto de Russell no Q3 foram causados por uma saída brusca de traseira – um efeito colateral na busca da solução do porpoising. Não há outra forma de se resolver rapidamente isso senão adicionando um pouco de asa traseira, que dá mais aderência ao eixo posterior ao custo de velocidade em retas.
A equação do W13 parece complexa em demasia. É difícil de dizer se eles conseguirão resolver tudo até o fim do ano… (Juliano Barata)
Que tal um Dodge Challenger Hellcat movido a álcool?
Quem diria que o Dodge Challenger Hellcat pode ter sua derradeira atualização na forma de uma versão movida a álcool? Ou melhor, etanol, conforme a nomenclatura atual. Pois é o que o pessoal do site Mopar Insiders apurou: o último dos Challenger Hellcat receberá uma versão capaz de rodar com E85, provavelmente uma forma de atender os padrões de emissões dos EUA.
Nós, como bons brasileiros, sabemos muito bem o que acontece com um motor quando ele queima álcool em vez de gasolina… mais potência. Ok, mais consumo também, mas você não se importa com isso em um V8 supercharged de 6,2 litros, não é mesmo? Estima-se que esta versão do Hellcat poderá ir além dos 850 cv queimando o etanol de milho americano, com um gole de 15% de gasolina, como é o padrão de venda local.
A apuração do Mopar Insiders não menciona o torque, mas o Demon produzia 106,2 kgfm com gasolina de octanagem 100 (RON). Considerando que o etanol (E85) tem octanagem 105 (RON), e que a potência é ainda superior à do Demon, estamos falando de cerca de 110 kgfm de torque — ou mais, dependendo dos upgrades feitos ao motor.
Segundo o site, o motor será oferecido apenas no Challenger Hellcat Redeye Widebody, e faz parte da campanha “Never Lift”, de transição dos SRT a gasolina para os novos elétricos. Espera-se também que ele seja produzido em série limitada, mas ainda não há números, nem mesmo especulativos. Teremos que esperar até o lançamento — que deverá acontecer antes do segundo semestre de 2023 — para descobrir. (Leo Contesini)
Motos poderão ser isentas do IPVA… se estados quiserem
O Senado Federal aprovou na última semana o Projeto de Resolução do Senado 3/2019, que visa isentar do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) as motos, scooters e ciclomotores com cilindrada de até 170 cm³. Agora aprovado, o projeto precisa ser promulgado para ter efeito a partir de 1º de janeiro de 2023.
Apesar da resolução aprovada, o IPVA tem legislação determinada pelas câmaras estaduais, pois é um imposto de competência dos estados. Isso significa que, na prática, os governos estaduais não são obrigados a acatar a resolução — o que também não deve acontecer pois o IPVA é uma fatia significativa do orçamento dos estados e, por ser um imposto, não tem destinação específica.
A intenção da proposta do Senado Federal era reduzir o custo de propriedade de um veículo majoritariamente usado por profissionais e classes C, D e E — que correspondem a 85% do total do público desses veículos. Por outro lado, a medida também pode ter um efeito estimulante da compra destes veículos para uso diário como alternativa aos automóveis populares, que já não existem mais.
Na prática, a resolução é um remendo legislativo para contornar uma série de problemas que seguem intocados e que prejudicam a produtividade e a geração/distribuição de renda no Brasil. O próprio IPVA, um imposto recorrente baseado na propriedade de um meio de transporte, é um destes problemas que onera o cidadão e colabora indiretamente até mesmo coma segurança no trânsito, uma vez que carros mais seguros são mais caros na hora da compra, mas com o IPVA baseado no valor do carro sendo cobrado anualmente, o custo para se trocar um carro antigo e inseguro por um mais novo, é ainda maior do que o valor de compra do bem.
No fim das contas, o cidadão busca uma solução mais barata, que se traduz em motos ou carros mais antigos e menos seguros. Mas isso é um assunto para outra hora. Por enquanto, esperamos apenas que os estados revisem suas legislações sobre o IPVA, agora que o Senado aprovou esta resolução. (Leo Contesini)
Kawasaki lança nova Versys 650 no Brasil
O futuro das motocicletas, assim como é com automóveis mutando para uma só forma de SUV, parece ser realmente as motos grandes na fórmula Big Trail. Como nos SUV, o espírito fora de estrada é mais aparência e porte que realidade; são feitas para passeios de fim de semana por estradas boas, ou no máximo um chãozinho de terra batida sem drama algum.
O gênero tem grande sucesso por toda parte, inclusive no Brasil. Aqui, a Kawasaki Versys por exemplo tem tudo um bom volume de vendas. Ano passado, a Kawasaki apresentou uma nova Versys 650 no mercado europeu. Agora, é lançada aqui no Brasil também. Começará a chegar às lojas entre o final de julho e o início de agosto.
Externamente é nova a carenagem frontal e os faróis, que agora são de LED e tem desenho totalmente novo. O para-brisa com regulagem de 4 posições de altura também é novo. O painel de instrumentos também é novo e agora é em TFT colorido com 4,3 polegadas. Como é de se esperar, também conta com conectividade via Bluetooth pelo aplicativo da marca.
Existem agora dois modos do controle de tração, que pode também ser desligado, tudo controlado pelo novo painel. Ele também alerta o dono sobre as trocas de óleo regulares, e traz velocímetro, conta-giros, indicador de marcha, nível de combustível, hodômetro, autonomia, velocidade média e relógio. A versão mais completa Tourer tem baús de malas, para-brisa maior e faróis de neblina.
O motor e ciclística são os mesmos, porém: um bicilíndrico paralelo de 649 cm³ com refrigeração à água, 69 cv e 5,8 mkgf de torque. O câmbio é de 6 marchas e a transmissão final é por corrente. A moto permanecerá sendo oferecida nas versões standard e Tourer, com preços a partir de R$ 50.650 e R$ 57.140, respectivamente. (MAO)
BMW fornece bancos aquecidos “por assinatura mensal”
Prestem atenção para uma nova tendência entre fabricantes de automóvel: o carro sai de fábrica completo, mas se você deseja “habilitar” algumas funções, terá que pagar uma assinatura mensal. É uma fonte de renda extra que parece estar na cabeça de toda empresa hoje em dia, muito comentada, mas ainda não efetivada. Pelo menos, até ontem.
Agora, chega a notícia de que os proprietários de BMW têm que pagar uma taxa mensal para ter assentos aquecidos, por meio de sua loja ConnectedDrive (um portal usado pelos proprietários para baixar uma variedade de aplicativos), na Coréia do Sul. O plano custa o equivalente a R$ 95,58 por mês, R$ 934,56 por ano ou R$ 1.502,73 por três anos de banco quentinho. O primeiro mês é de graça.
Existe um plano para volante aquecido também, ligeiramente mais barato. E coisas mais estranhas: veja por exemplo o IconicSounds Sport. Essencialmente, reproduz ruídos de motor pelos alto-falantes do carro, mudando o som do motor artificialmente, caso você esteja disposto a pagar o equivalente de R$ 732,78 para ter o recurso permanentemente.
Isso nunca vai pegar? A Stellantis estima que faturará US$ 23 bilhões por ano até o final desta década com “serviços de assinatura”. No interesse da isenção jornalística, vamos nos abster de comentar sobre o assunto. (MAO)
O Mako Shark II original foi descoberto em um ferro velho?
Nos anos 1960, a GM estava em sua melhor fase: era não só o maior fabricante de automóveis do mundo, por uma boa margem, era também a maior empresa do mundo, ponto final. Tinha mais de 50% do mercado americano, e não parava de soltar desenhos e conceitos inovadores, fruto do trabalho de gente como Ed Cole e Zorz Arkus-Duntov na engenharia, e do grande Bill Mitchell no todo poderoso departamento de Design.
Em 1965, não feliz com o incrível sucesso do Corvette Stingray de 1963 (que além do Stingray roadster de corrida de 1959, foi previsto com um conceito chamado “Mako Shark”), Bill Mitchell lança um carro que seria uma previsão do próximo Corvette C3: o Mako Shark II.
Como todo conceito, o carro então desapareceu. A história oficial diz que o carro foi modificado em 1969, e se tornou outro conceito: o Manta Ray. Este carro se encontra no GM Heritage Center.
Mas agora um morador de Roswell, Geórgia, EUA, descobriu em um ferro-velho um carro que diz ser o Mako Shark II original. Agora está completamente restaurado.
Estava em péssimas condições quando o encontrou. Parado há 15 anos, e com a frente destruída em um acidente. O carro foi restaurado a partir de um Corvette C3 doador, e tem uma miríade de itens não-originais por isso. O carro original tinha por exemplo uma versão especial do então novíssimo V8 Big-Block Chevrolet com 427 cid ( 7 litros). Este tem um 454 cid (7,4 litros) dos anos 1970. Por fora vários detalhes diferem do original. O interior também é diferente do conceito.
Uma série de sites de notícia deram como fato a descoberta do mítico carro-conceito. Mas na verdade parece apenas mais uma de várias cópias que apareceram durante os anos. (MAO)
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