Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Número de multas por recusa ao bafômetro é maior que por embriaguez
A “Lei Seca” completa neste mês de junho dez anos de vigência, e, segundo o Denatran, foi responsável por salvar 41.000 vidas neste período. Mas, curiosamente, o maior número de multas relacionada à “Lei Seca” não se refere à embriaguez ao volante, mas à recusa ao teste de alcoolemia.
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgados pelo portal G1, em 2017 foram registradas 20.486 infrações por recusa ao teste, enquanto o número de infrações por embriaguez foi 19.083. Em 2018, a recusa rendeu 6.671 multas e a embriaguez 5.909 multas.
Os dados vão ao encontro da notícia de que o consumo de álcool antes de dirigir aumentou nos últimos anos. A recusa ao teste é uma forma de reduzir as penalidades, uma vez que um nível superior a 0,34 mg/l se enquadra em crime de trânsito, com punição mais severa do que a simples recusa, que se limita à possibilidade de suspensão da CNH e multa de R$ 2.934,70.
Renault Logan passa a ser oferecido somente em versão única
A Renault enxugou a linha do Logan para 2019. Ele passa a ser oferecido em versão única, somente com câmbio manual, porém com opções de motor 1.0 ou 1.6.
A única versão restante é a intermediária Expression Avantage, que sai por R$ 53.100 com o motor 1.0 e R$ 59.100 com o motor 1.6. A versão com o motor de um litro vem de série com direção eletro-hidráulica, ar-condicionado, vidros e travas elétricas e sistema multimídia, enquanto a versão 1.6 inclui o sistema start-stop.
O fim da versão de topo do Logan também significa que ele não é mais oferecido com controles de tração e estabilidade, nem com ar-condicionado digital, que eram vinculados ao câmbio automatizado EasyR. A ausência de um Logan que troca as marchas sozinho, contudo, não deverá durar muito mais de um ano, uma vez que a Renault deverá oferecer um novo câmbio CVT no sedã a partir de 2019.
Porsche compra 10% da Rimac
Depois de revelar o nome de seu futuro modelo elétrico, o Taygan, a Porsche continua sua investida nos elétricos: a marca alemã acaba de adquirir 10% da Rimac, a fabricante croata de supercarros elétricos que apresentou seu segundo modelo em março passado, durante o Salão de Genebra.
O modelo em questão, o C_Two, usa um conjunto de motores elétricos de quase 2.000 cv que pode levá-lo aos 100 km/h em 1,85 segundo e chegar aos 412 km/h. Com tecnologia para fazer um supercarro desse, fica evidente por que a Porsche está interessada nesta pequena fatia da Rimac: obter tecnologias para impulsionar seus futuros esportivos eletrificados, algo que deverá se tornar o próximo padrão da indústria em dez anos.
Isso é confirmado pela declaração do chefe de tecnologia da Porsche, Lutz Meschke: “Achamos que as ideias e abordagens da Rimac são extremamente promissores, e é por isso que esperamos iniciar uma colaboração muito próxima na forma de parceria de desenvolvimento”.
Meschke e Rimac
Resta saber como a Porsche irá aproveitar a tecnologia da Rimac em seus futuros modelos, se veremos um superPorsche elétrico como sucessor do 918 Spyder — que, como já vimos anteriormente aqui no Zero a 300, deverá ter seu desenvolvimento iniciado por volta de 2020 para chegar às ruas por volta de 2025 — ou se eles estão interessados apenas na integração com os motores de combustão interna.
Um dos dois McLaren F1 LM de 680 cv está a venda
Com apenas 106 exemplares produzidos, a venda de um McLaren F1 por si é algo digno de ser noticiado. Mas às vezes estes leilões trazem à tona versões especialíssimas que a maior parte do público sequer tinha conhecimento de sua existência. É o caso deste F1 laranja das fotos.
Ele parece um McLaren F1 LM convencional — a versão de rua do carro que disputou as 24 Horas de Le Mans, equipado com um conjunto aerodinâmico exclusivo para gerar mais downforce, e com uma versão de 680 cv do motor V12 da BMW. Foram feitos apenas seis destes carros, o que faz deles uma das versões mais raras do F1. Mas eles foram a base para uma versão ainda mais rara.
Além dos seis F1 LM, a McLaren construiu dois F1 regulares com o motor de 680 cv do LM. Um deles é este aí das fotos, o chassi 73, pintado de laranja e com rodas exclusivas, que tem somente 19.295 km rodados, dos quais apenas 6.000 foram rodados com o motor LM.
O preço não foi divulgado, mas este mesmo carro foi comprado em 2015 por US$ 13,8 milhões. Considerando que os F1 estão cada vez mais valorizados, é bem provável que ele saia por, no mínimo, US$ 15 milhões — e também é provável que ele nunca mais volte a custar menos que isso.
Ford e Volkswagen voltarão a ser parceiras
Em 1987 a Ford e a Volkswagen formaram no Brasil a joint-venture Autolatina, que não foi muito bem-sucedida e acabou encerrada em 1995. Agora, as duas empresas anunciaram que estão “estudando” a formação de uma “aliança estratégica”, mas desta vez em escala global e para veículos comerciais, somente.
Sobre o acordo, o diretor de estratégia do Grupo Volkswagen, Thomas Sedran, disse que as duas empresas já têm atuações complementares em diferentes segmentos de veículos comerciais, e que a parceria pode melhorar a competitividade de ambas. Sedran se refere à posição da Ford nos segmentos de picapes e vans nos EUA, onde a marca é líder de mercado, e da própria Volkswagen no setor de caminhões na Europa, sendo proprietária das marcas MAN e Scania.
Ainda não há nenhum detalhe sobre como a parceria irá atuar em cada mercado, mas já foi adiantado que os carros de passeio estão fora de cogitação.