precious love i ll give it to you blue as the sky and deep in the eyes of a love so true ravensburg alemanha 1933 a familia hanser olhava apreensiva os desenvolvimentos politicos e economicos do pais foi o ano em que o povo carregou em seus ombros um novo lider que prometia um pais grande patriotico maior e mais serio contanto que lhe dessem plenos poderes para que pudesse trabalhar sossegado sem interrupçao de ninguem ou conversa fiada; um homem forte para fazer um pais forte ninguem achou que aquele bigodinho esquisito e o discurso militarista fossem um problema; rapidamente era o novo lider absoluto de um novo reich que era para durar 1000 anos claro que essa nova alemanha nao era para todo mundo; ame a ou deixe a os hanser nao eram judeus ciganos ou qualquer outra etnia normalmente associada ao exterminio que se seguiu mas mesmo assim dos dez filhos do casal em breve metade fugiria para fora do pais seguindo suas vidas nos eua no brasil e na suiça a outra metade que ficou nao sobreviveria para ver o ano de 1945 seu pecado eram catolicos apostolicos romanos nao alinhados com o novo regime nao eram luteranos protestantes tolerados pelo governo e nao concordavam com assassinato em massa e guerra os hanser que morreram ate o fim da guerra eram todos padres que ficaram em suas congregaçoes quem fugiu sobreviveu [caption id= attachment_298312 align= aligncenter width= 1000 ] chevrolet 1938 o inicio [/caption] albert hanser veio para o brasil como nao poderia deixar de ser se deu mal logo de cara comprou em ravensburg um titulo de uma fazenda em pomerode santa catarina de um paroco que fazia isso na cidade entao depois de tantos meses de navio depois trem e carroça ao chegar na cidade descobriu que o seu papel valia nada caiu literalmente no conto do vigario sua formaçao de tecnico florestal o ajudou um alemao daquela comunidade conhecia os weiszflog outra familia alema que fizera fortuna em sao paulo com madeira e papel com uma carta de recomendaçao e ja sem dinheiro albert chega em caieiras perto da capital de sao paulo e la consegue um emprego caieiras se tornaria sua casa e a cia melhoramentos de papel nome mudado durante a guerra; weiszflog era nome inimigo entao seu emprego ate a aposentadoria mas divago; o importante aqui e que albert hanser adorava automoveis e estranho para um alemao gostava mesmo e de chevrolet quando se estabelece casa e constitui familia em caieiras durante a guerra compra um chevrolet master deluxe sedan 1938 que e seu xodo; o mantem por quase 10 anos seus filhos ainda vivos lembram claramente do carro subindo a serra de santos sem esquentar; e a felicidade schadenfreude do pai ao ver os ford fervendo no acostamento e por isso entao que em 1969 quando e lançado albert hanser e um dos primeiros compradores do novo opala um chevrolet brasileiro na verdade um opel mas com a mecanica chevrolet seis em linha que tanto admirava um carro perfeito para ele e a felicidade de estarmos construindo um novo pais nos tropicos com uma industria diferente amalgamando varias culturas nao lhe escapou claro o brasil era seu pais agora e o opala nao era nem alemao nem americano apesar de geneticamente ter traços de ambos era como ele um brasileiro de alma comprou um modelo basico nao de luxo mas com o motor seis cilindros 3800 que tanto aprendeu a admirar em outros chevrolet era um homem de posses agora mas como a maioria dos seus conterraneos ascetico e logico ao ponto da pao durice para que pagar mais em acabamentinhos melhores e com esse opala novinho azul calcinha que com sua esposa em setembro de 1969 albert hanser vai de caieiras ate a longinqua itabira mg quase 700km dali para visitar sua filha e conhecer seu primeiro neto que acabara de nascer ao chegar la nao tem paz na cidade remota era o primeiro opala que aparecia e onde parava uma multidao se formava envolta curiosa em ver algo novo diferente moderno e quem era o recem nascido pimpolho chorao que infernizava a pequena casa em itabira quando ele chegou voce ja deve ter adivinhado marco antonio oliveira eu mesmo nasci praticamente ao mesmo tempo do opala ele chegou alguns meses antes mas na minha itabira natal fui eu que cheguei um pouco antes e veja so por minha causa o primeiro opala que a cidade viu veio ate ela nao fiz muito que e digno de lembrança na vida mas esse e um bom epitafio ate trouxe o primeiro opala para itabira e por isso que quando me perguntam o que acho do opala eu nao sei responder por profissao avalio e projeto automoveis a trinta anos ja entao deveria responder isso como faço com todos eles listando suas deficiencias e vantagens o que e bom e o que e ruim nele no contexto de sua epoca e no contexto de hoje mas e talvez o unico carro em que isso e completamente impossivel para mim nao ha maneira de olha lo objetivamente sao como minha familia minha casa de infancia o lugar onde deixei de ser criança e me tornei adulto e para mim o exemplo claro de que o automovel e muito mais que uma simples maquina e casa e familia e provedor de liberdade e ligaçao com o meu passado e meu futuro e tradiçao e superpoder nao so o superpoder de me levar a qualquer lugar no mundo a velocidades e conforto superiores tambem o superpoder de me levar ao passado e de me fazer entender quem eu sou e de onde vim de uma forma imediata e profunda opala me lembra de meu avo e indivisivel dele e todo mundo sabe como essas coisas estragam qualquer avaliaçao racional por muito tempo depois disso quando vo hanser trocava de opala meu pai comprava o velho entao em casa sempre tinhamos um ate o momento em que meu pai começou ele mesmo a comprar opalas zero km eventualmente eu tambem tive os meus eles existem aos montes na minha memoria; uma conta rapida de cabeça diz pelo menos dez mas vale a pena falar so dos tres mais importantes 1984 era quase um ritual todo domingo de manha tinha menos de 14 anos e uma obsessao doentia por automoveis; na minha cabeça rodava pelo mundo em cupes impossivelmente potentes em busca de mulheres sucesso dinheiro a borda do mundo nao sei por que motivo rodava em direçao ao horizonte o tempo todo em minha imaginaçao mas ah como eu rodava ja no mundo real minha conexao fisica com o automovel meu entusiasmo era exercitado apenas nas manhas de domingo com este ritual [caption id= attachment_298320 align= aligncenter width= 799 ] o cupe bege em caieiras minha vo eu meu irmao albert hanser e minha mae [/caption] descia ate a garagem de um carro so e fechada com um cadeado em uma porta que parecia de celeiro; fechada nao se via o que tinha la dentro abria o cadeado escancarava as portas e la dentro o sol batia tirando o mofo da noite iluminando as sensuais curvas da lateral do carro para qualquer pessoa normal aquilo era algo longe de invejavel apenas um carro velho ja bem enferrujado pela maresia de niteroi que batia no vento ali na montanha em frente a praia de sao francisco onde a gente morava mas para mim era muito mais que isso; era meu passaporte para a liberdade assim que aparecesse minha carteira de motorista e naquela epoca um dos carros mais potentes e velozes que se podia ter um opala seis cilindros hoje parece estranho que um carro com pouco mais de dez anos fosse velho e enferrujado mas carros envelheciam e enferrujavam entao; simplesmente eram assim no caso era um cupe bege 1972 especial que em chevrolet significa tudo menos isso; era o modelo basico com o motor 4100 seis cilindros e cambio de tres marchas na coluna calotas cromadas em rodas finas calçando pneus diagonais recauchutados ; meu pai usava aquilo so para transporte era mais um carro que herdara de vovo hanser [caption id= attachment_298319 align= aligncenter width= 635 ] meu pai carregando malas [/caption] para mim era o meu carro tinha permissao para manobra lo mas so para lavar; todo domingo de manha eu fazia isso sentava no rasgado e funhunhado banco do motorista passava a mao no fino volante carinhosamente puxava a alavanca de cambio na coluna para mim e depois para cima selecionando a re pe na embreagem me inclinava para alcançar a chave no painel e gira la o motorzao acordava facil e quase nem parecia vivo em marcha lenta acelerava e ele fazia barulho so pela admissao swooosh swooooosh ao mesmo tempo balançava de um lado para o outro uma reaçao ao movimento do enorme motor ali na frente obviamente fechava os olhos e imaginava ir embora numa estrada que nunca tivesse fim mas na realidade apenas o tirava da garagem e o lavava e encerava cuidadosamente acariciando as curvas e retas de sua carroceria ignorando os buracos de corrosao e o admirando longamente nenhum adulto ama com este amor adolescente; aquele desejo comprido impossivel de acontecer antes de se tornar adulto que impulsiona a imaginaçao e nos marca profundamente ninguem dirigiu o opala como eu o dirigi na minha mente adolescente meu avo trocou o seda 3800 azul por este cupe 4100 em 1972 quando o cupe foi lançado por influencia de meu tio entao um adolescente tambem doente por carros com ele meus avos fizeram uma viagem ate a argentina com meus pais e foi o carro dele por muito muito tempo depois veio para casa em niteroi onde de novo permaneceu como segundo carro por muito tempo eu achava que seria meu primeiro carro e certamente o teria ate hoje se isso tivesse acontecido mas a realidade interveio meu pai precisava pagar uma obra em casa e nao tinha dinheiro; deu o opala em pagamento ao pedreiro valia quase nada na epoca mas para mim valia tudo [caption id= attachment_298317 align= aligncenter width= 778 ] meu avo com o opala em alguma viagem [/caption] nao posso criticar meu pai em nada; tive sorte de te lo mas numa coisa eramos diferentes ele nao dava valor algum a automoveis nunca realmente o perdoei por ter vendido este carro; ja ele simplesmente nunca entendeu a minha insatisfaçao com a venda daquele carro veio todo cacado mas ate nisso me ensinou uma liçao tudo que vale dinheiro pode ir embora de uma hora para outra e bom a gente se acostumar com isso 1988 o volante walrod tinha centro baixo diametro perfeito e aro de madeira que combinava com o interior em mil tons de marrom o painel era classico opala plano e la longe e 1980 ano do carro o ultimo que seria assim com os bancos individuais e o cambio de quatro marchas no chao dava uma sensaçao legal parecia uma coluna longa como a de um mercer t35 volante perto e coluna comprida uma perna de cada lado um exagero exdruxulo essa analogia com o mercer mas e o que a minha cabeça imaginava estava feliz como poucas outras vezes atras de mim niteroi e a infancia presa aos onibus escolas e mamae adiante sao bernardo do campo a fei o curso de engenharia automobilistica e a vida adulta que parecia estar começando exatamente ali aqui comigo um cupe opala comodoro 1980 comprado baratinho numa epoca que seu alto consumo era tabu mas tambem por seu estado de conservaçao longe do perfeito mas o que me importava se a pintura estava fosca o ar condicionado nao funcionava e dois vidros nao baixavam com manivelas quebradas debaixo do capo estava um 250 s e o cambio era o manual de quatro marchas era o carro mais veloz do brasil segundo as publicaçoes da epoca e num tempo de importaçoes proibidas isso significava muito e sim meu primeiro carro foi um opala 250 s [caption id= attachment_298321 align= aligncenter width= 999 ] em 1988 quando comprei rodas de aluminio [/caption] fora a sensaçao de liberdade desta viagem o carro ajudava muito o cambio trocava as marchas com um cle cleck delicioso preciso um prazer a direçao hidraulica podia estar precisando de uma correia nova na bomba fazia barulho manobrando mas ali na estrada em conjunto com o walrod dava um peso legal e o motor era pura alegria girava bem diferente do 4100 normal e o som do escapamento era intoxicante um broooooooo maravilhoso ao se cravar o pe aquela bigorna pesada la na frente tinha uma baita saude e sempre pedia mais espaço mais acelerador mais tudo um tim maia volante no trecho sinuoso de curvas de raio longo da dutra ali perto de volta redonda era uma delicia; e minha empolgaçao e velocidade subiam num crescendo ao apontar para o retao de resente na epoca uns 3 km arborizados absolutamente retos e sem transito a fita cassete no painel chega a ultima faixa layla de eric clapton ao ouvir os acordes iniciais na ponte velha entro no retao de pe embaixo seguro ele la resoluto em descobrir a maxima do carro; a frente vai ficando leve aos 160 km/h no velocimetro mas nem o carro nem eu estao dispostos a desistir aos pouquinhos passa de 200km/h e a reta chega ao fim tiro o pe abro a janela e acendo um marlboro lights; em dias assim um cara tem que parar um pouco e agradecer sua sorte muito aconteceu neste opala nos dois anos que passamos juntos conheci minha esposa que na epoca se apaixonou por mim mas nao pelo carro velho barulhento e nada discreto assisti com ele varias corridas em interlagos onde outros opalas tremiam o chao em unissono me meti num sem fim de competiçoes ilegais pelas noites de sao paulo coisa irresponsavel e criminosa mas que na epoca era tolerada e ate esperada entre entusiastas tempos diferentes de menos transito e gente nas ruas aprendi que nao importa o que voce tenha sempre existe gente mais rapida que voce; tomei buchas de mercedes 190e 2 3 16; de outros opalas com triplas de weber e dfv; ate de um fusca bravo que parecia querer levantar as rodas do chao quando acelerou do meu lado ganhei algumas tambem talvez mais do que perdi mas ao aprender esta liçao decidi que competiçao nao era para mim e parei mas atençao moparzeiros dodge era fregues sempre o choro e livre [caption id= attachment_298322 align= aligncenter width= 999 ] nos ultimos dias com rodas de silverstar pintadas de preto [/caption] um dia de madrugada chegando em casa sozinho e devagarzinho para nao gastar o restinho da preciosa gasolina que sobrava no tanque parei num sinal no começo de uma subida do meu lado para um escort conversivel novinho a dono acelera e o carro espirra; obviamente tinha uma turbina pendurada no cht nao estava no espirito mas o deixei a ver a traseira do opala velho a subida inteira ate que la em cima talvez a 500m de casa acaba a gasolina e ele me passa foi a gota d’agua cansado de ser obrigado a competir toda hora e lugar e ficar sem gasolina saia de noite com uma quantia fixa de gasolina senao todo meu dinheiro acabaria quase toda noite desisti coloquei ele a venda no dia seguinte depois de voltar la onde ele estava com um galao de gasolina na mao andando claro 2006 antes de contar essa tenho que contar outra de tempos mais irresponsaveis quando trabalhei na vw em resende de 2002 a 2006 o retao de resende ainda arborizado e parte do caminho da cidade ate a fabrica era terra de ninguem o povo daquela fabrica era um bando de doido; um monte de maniaco furioso por velocidade que de alguma forma acabaram juntos em uma fabrica de caminhoes no interior do estado do rio de janeiro todo mundo andava de pe embaixo o tempo todo era uma loucura os executivos andavam de a3 e golf gti de 180cv mas o resto do povo nao ficava atras um amigo o chico tinha um corcel cupe que fora se seu avo mas que tinha a parte de baixo do monobloco substituida pela do del rey 1 8 e um 1 9 ardido com comando e uma weber idf40 era muito engraçado os sustos que o povo levava com o chico baixinho de oculos e meio careca num corcel de aparencia de velho e mal cuidado era um ord porque o f caiu e nao foi substituido mas passando o rodo geral outro amigo ia todo dia trabalhar numa saveiro turbo de 500 cv com conchas cinto 5 pontos e rollcage outro tinha um gol 1 0 16v turbo original mas a alcool e com turbina maior que era um terror do retao um povo totalmente e positivamente maluco eu tinha nessa epoca quatro carros legais mas o que interessa aqui era o meu segundo opala o morcego negro um maravilhoso opala de luxo preto cupe 1974 com tres marchas na coluna e motor seis em linha 4100 meu tipo preferido de opala e o carro que mais combina comigo que ja tive em toda minha vida o seis nao era original um dfv 446 comando iskenderian bravinho cabeçote trabalhado na paula faria em sao paulo o escape era um seis em 2 que tinha um barulho alto mas delicioso quando se cravava o pe mas tentava de todas as formas ficar de fora do grand prix do retao era casado com dois filhos e uma cachorra para criar; ja tinha tido minha cota de competiçoes ilegais durante minha vida nao queria provar nada usava um dos meus outros carros para ir trabalhar por isso nao era minha praia mas numa bela manha de sexta feira estou eu entrando no retao a caminho de mais um dia de labuta naquele dia de opala pego um pouco de transito no inicio um caminhao lentamente ultrapassando outro mantenho boa distancia dele e me distraio abrindo o porta luvas em busca de uma fita para ouvir nesse momento um passat preto novinho me ultrapassa pela direita e entra no espaço entre o caminhao e o opala me obrigando a frear eu nao ligo em ser ultrapassado pela direita; se fui mane de me distrair e estar devagar a esquerda mereço mas entrar no meu colchao de distancia do carro adiante desse jeito e irritante fiquei bem chateado olhei bem para a traseira do passat modelo novo recem lançado nunca tinha visto b6 certeza que e de algum maldito chefe da vw e e o 2 0 sem turbo pelo logo 2 0 fsi atras nao era exatamente algo veloz quando o caminhao adiante finalmente saiu da frente ele cravou o pe e eu tambem tive que frear comecei a rir e dar luz empurrando o carro novinho com o opala velho mas o cara nao dava passagem la pelo meio do retao finalmente abriu e eu sumi fui embora gone ao ultrapassa lo porem percebi que era o gerente geral da fabrica notorio mau perdedor ah a minha sorte continuei acelerando na esperança que nao soubesse quem era contornei o retorno escorregando no sofa do opala o mais rapido que pude e voltei pelo outro sentido do retao ainda em direçao a fabrica mais adiante de novo dois caminhoes; certamente iria me alcançar pelo retrovisor o vi chegando impotente nunca baixou velocidade; quando chegou pertinho de mim caiu direto no acostamento a uns 200 km/h e passou eu caminhoes e tudo mais pelo acostamento como disse so dava maluco na reuniao de fabrica mais tarde no mesmo dia pela primeira e ultima vez na vida ele falou comigo ao passar do meu lado em direçao a sala parou na minha frente e disse engenheiro anda mais devagar ne se voce morrer antes de acabar este projeto o helinho enfarta helinho claro era meu chefe minha vontade era dizer que nada quem ia chorar mesmo e a sua patroa mas achei melhor e ficar quieto ate este exato momento vingança todos sabem e um prato melhor servido frio e o morcego negro infelizmente a vida anda para frente e as prioridades mudam e acabei por vende lo sentia que seria dificil ter outro opala; este era o melhor que podia ter na minha cabeça perfeito para mim um carro que reformei e fiz como sempre desejei ao vende lo um ciclo se fechava mas meu amigo muradinho me impediu de entregar o carro antes de marcar esse fechamento de ciclo no dia em que ia entrega lo ao novo dono fomos ate a via anchieta para reproduzir uma foto de meu avo com o cupe bege 1972 uma maneira bem legal de fechar esta historia e uma despedida final bacana ao opala e ao meu avo hanser que o senhor o tenha em bom lugar onde quer que meu avo esteja certamente chegou la dirigindo um cupe 4100 bem legal e novinho e tirado zero km na filial metafisica da concessionaria luchini de jundiai e com cambio de tres marchas na coluna claro saudades vo em breve nos veremos de novo em um lugar melhor e sem limite de velocidade um abraço e ate la
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