desde o lançamento do carro em 1953 existiram apenas cinco engenheiros chefe do corvette o cargo hoje e ocupado por tadge juechter efetivamente o pai do c7 e do c8 o primeiro deles foi o cara para quem a posiçao foi criada originalmente zora arkus duntov o corvette nasceu antes de duntov ser contratado mas foi ele que por pura força de vontade teoricamente nao tinha nada a ver com o corvette hierarquicamente tornou o tepido roadster de dois lugares em um carro esporte de verdade foi duntov que colocou um v8 com cambio manual no corvette inicialmente era seis em linha e auto foi duntov que preparou ele para competiçoes e levou o aprendizado de pista para o catalogo de produçao normal sem duntov o corvette original teria morrido em seu terceiro ano de vida ou virado um cupe de luxo com quatro lugares como seu antigo rival o thunderbird da ford [caption id= attachment_288894 align= aligncenter width= 999 ] em 1984 o primeiro corvette e sua nova geraçao c4 [/caption] duntov por isso e conhecido como o pai do corvette ainda que na verdade no inicio fosse no maximo um tio interessado na parte mais livre da educaçao do jovem aquele que te ensinou a beber jogar cartas a dinheiro a lidar com o sexo oposto a frequentar lugares de ma reputaçao de um comportado produto de uma empresa engravatada e formal duntov tornou o corvette algo independente e sem limites que podia ir a lugares onde o resto da corporaçao nao tinha coragem de ir e tornou esta corporaçao melhor por isso zora arkus duntov era uma pessoa muito diferente dos outros engenheiros e executivos da general motors de 1954 ano de sua contrataçao um judeu russo nascido na belgica seus pais estudavam em bruxelas quando o tiveram e voltaram a sao petersburgo quando ele tinha apenas um ano de idade naquele ponto tinha visto sociedades inteiras desmoronarem praticamente de um dia para o outro e nao uma vez mas duas vezes a primeira foi a revoluçao comunista russa de 1917 que acabou fazendo sua familia se mudar para a alemanha nos anos 20 onde se formou engenheiro depois o nacional socialismo a perseguiçao aos judeus e uma fuga epica para os estados unidos para fechar tudo isso mais uma guerra mundial cosmopolita e urbano era muito diferente do povo provinciano e pudico do michigan dos anos 1950 onde ficava a industria americana simpatico e cheio de amigos mas sem cargo executivo a influencia de duntov e desproporcional ao seu salario e posiçao um pensador independente solto livre dentro da gm [caption id= attachment_288917 align= aligncenter width= 627 ] dave mclellan[/caption] em 1978 quando se aposenta era uma verdadeira lenda viva de criar e produzir cabeçotes hemi para ford flathead v8 a vencer le mans pilotando um porsche ate passar 25 anos ditando como um corvette deveria ser era um personagem unico e insubstituivel mas substitui lo era necessario e seu substituto nao podia ser uma pessoa mais diferente dave mclellan era um engenheiro que trabalhava desde formado na gm; sua personalidade e historia eram totalmente diferente de zora o segundo engenheiro chefe do corvette porem era muito mais capaz tecnicamente quase um cientista dedicado a entender exatamente como melhorar o corvette em todas as frentes a partir de principios basicos de engenharia e nao experiencia pratica quieto estudioso e conciliador mas com poder hierarquico para fazer suas vontades era um novo tipo de engenheiro chefe [caption id= attachment_288895 align= aligncenter width= 999 ] o painel original do c4 discordia [/caption] tinha uma missao importante por falta de dinheiro para investir durante as crises diversas da industria americana nos anos 1970 a terceira geraçao do corvette vivera bem alem de seu prazo de vencimento em 1978 quando mclellan vira engenheiro chefe ja tinha dez anos de idade e sua origem era mais antiga que isso seu chassi era derivado do stingray original de 1963 e como começavam o novo projeto neste ponto o c3 duraria mais seis longos anos em produçao o corvette c4 quando e lançado finalmente em 1984 reflete nao somente o periodo de transiçao entre a crise dos anos 1970 e a volta a gloria da industria nos anos 1990 como tambem a cabeça de mclellan o carro era avançadissimo em varios pontos mas em outros mais alinhado ao pensamento interno da gm do que o de seus fas aqui fora [caption id= attachment_288914 align= aligncenter width= 999 ] 1990 painel consertado [/caption] duntov era profundamente ligado ao mundo do carro esporte mesmo antes de entrar na gm conhecia exatamente os ensejos e vontades de seu publico porque era um deles mclellan era um executivo da gm; um grande engenheiro mas um que por vezes nao entendia sua plateia o painel de instrumentos baseado em caça a jato digital e um exemplo uma real inovaçao tecnologica desenvolvida por ele mas que foi recebida pelo publico como algo cafona e desconectado com os seus desejos e o uso do motor v8 chevrolet ohv de bloco pequeno entao com baixissima potencia especifica impedia que fosse entendido como o incrivelmente moderno veiculo que efetivamente era mas mclellan pelo menos nao ficava insistindo no erro rapidamente começa a projetar um novo painel de instrumentos mais convencional que apareceria em 1990 e procura uma maneira de fazer seu avançadissimo carro esporte de suspensoes independentes de primeira linha e enormes pneus de perfil baixo ser entendido como tal um novo motor que nao devesse nada em especificaçao aos porsche e ferrari da epoca o v8 lotus enquanto isso a lotus inglesa estava em uma de suas periodicas crises esta a maior delas em 1982 o fundador e dono colin chapman tem um infarto fulminante e morre atras dele o completo caos era o centro de tudo na empresa e para piorar nao tinha escrupulos para fazer malabarismos financeiros para manter a empresa funcionando com tudo em sua cabeça e um escandalo de uso indevido do dinheiro publico ingles estourando no projeto do de lorean voces podem imaginar o estado das coisas em hethel ninguem sabia o que fazer o diretor financeiro da lotus acaba preso fim que certamente seria compartilhado com chapman nao tivesse ele batido com as caçoletas antes [caption id= attachment_288923 align= aligncenter width= 750 ] o simpatico e bonachao tony rudd de oculos com chapman e hill [/caption] muito do trabalho de reorganizar o caos acaba nas maos de tony rudd este era um engenheiro de motores famoso que trabalhara no rolls royce merlin na segunda guerra em competiçoes na brm depois dela e que fora contratado por chapman em 1969 para tocar o projeto da primeira familia de motores lotus inicialmente um quatro em linha a familia 900 mas que previa um v8 tambem em 1984 ja tinha organizado o caos; restava agora fazer a empresa dar lucro novamente rudd ja sabia que nao teria dinheiro para fazer o v8 derivado do quatro em linha lotus e portanto coloca um turbo no quatro cilindros lançando o esprit turbo ja em 1982 mas resolve tambem que ia tentar vender o v8 um parceiro financeiro e que ajudasse a inflar o volume de produçao poderia salvar este projeto tao promissor e para todos os efeitos prontinho ja cria com a ital design italiana um carro conceito baseado no esprit mas com o v8 efetivamente a primeira vez que o motor e visto fora da lotus esperava com isso chamar a atençao da industria para sua existencia o conceito se chamou etna e faz o circuito internacional de saloes em 1984 [caption id= attachment_288924 align= aligncenter width= 999 ] o lotus etna 1984[/caption] começa a visitar grandes fabricantes tambem para oferecer o v8 colocando em açao seu plano isto o leva a gm e olha so estavam justamente tentando fazer algo mais sofisticado para o corvette c4 subir de nivel a gm nao quer comprar o v8 do etna mas sim esta interessada em contratar os serviços de rudd e sua lotus para adicionar um moderno cabeçote dohc/4 valvulas por cilindro no venerando v8 chevrolet ate este ponto os estudos para o motor do corvette tinham se concentrado em turbocompressores em v6 e v8 chevrolet ohv acabaram por nao dar certo simplesmente porque consumiam combustivel demais e na epoca por decreto interno nenhum carro da gm pagava o gas guzzler tax um imposto que era aplicado a todo carro que consumisse mais que 22 5 mpg 9 5 km/l em um ciclo padronizado da epa mas nem tudo se perdeu o v 8 biturbo acaba desenvolvido por reeves callaway aparecendo depois como o corvette callaway twin turbo um meio de escapar do decreto interno apesar do motor biturbo ser vendido como opcional normal de produçao rpo chevrolet [caption id= attachment_288915 align= aligncenter width= 812 ] o v8 lotus[/caption] rudd sai da reuniao na gm com um contrato de estudo apenas inicialmente depois de um mes volta a detroit para expor alguns problemas simplesmente intransponiveis o corvette c4 foi desenvolvido como todo projeto decente sem espaço de sobra assim sendo um cabeçote dohc montado no antigo v8 nao tinha espaço para entrar no carro por baixo operaçao critica que definia toda a linha de montagem e impossivel de ser alterada algumas ideias foram exploradas como uma de inclinar o plano dos comandos para dentro do v mas nenhuma delas surtiu o resultado necessario [caption id= attachment_288892 align= aligncenter width= 735 ] montagem do corvette zr1 na linha so com motor feito para isso [/caption] somente fazendo um motor completamente novo seria possivel atingir os objetivos uma decisao deveras dificil pois fazer um motor novo na gm sempre foi um evento raro e ainda mais naqueles dias onde motor novo era sempre menor para consumir menos o ciclo de desenvolvimento de um motor gm alem disso era algo complexo custoso e longo; uma serie de procedimentos e testes deviam ser observados a media de duraçao era de seis anos naquele ponto o ultimo v 8 chevrolet a ser criado do zero tinha sido o v 8 de bloco grande em 1965 mas era exatamente isso que a lotus estava destinada a fazer um v 8 totalmente novo todo em aluminio para um novo e superlativo corvette o carro deveria ser o mais veloz e rapido do mundo mas ao mesmo tempo ser usavel como um onix 1 0 no dia a dia um ferrari ou mesmo lotus na verdade naquele tempo podia tranquilamente ser um pouco intratavel no transito pesado por exemplo as pessoas estavam acostumadas com pouca confiabilidade e intratabilidade quando compravam seus supercarros no inicio dos anos 80 mas nunca aceitariam tal coisa num chevrolet a chevrolet queria cilindrada generosa para torque em baixa rotaçao e linearidade outras caracteristicas tradicionais da marca esta cilindrada foi definida como 350 polegadas cubicas 5 7 litros o carro devia tambem ficar isento do gas guzzler tax e atender a todas as legislaçoes vigentes de emissao de poluentes produzindo no minimo 400 cv mas o mais curioso ainda estava por vir ilogicamente a gm pedia que fosse usada uma distancia entre centros de cilindros de 4 4 polegadas 112 mm esta era a medida do v 8 de bloco pequeno desde o lançamento em 1955 nao se sabe ao certo o porque disso ja que nenhum ferramental existente seria reusado tal coisa segundo rudd limitaria o diametro maximo de pistao possivel que por sua vez limitava o tamanho maximo das valvulas rudd calculou rapidamente o resultado e disse que com esse espaçamento apenas 380hp seriam possiveis nao os 400 combinados aumentando um pouco essa distancia entre centros de cilindro ate mais de 400hp seriam facilmente alcançaveis disse ele para sua surpresa nao arredaram o pe 380hp se tornou o novo objetivo os motivos da gm nao se sabe apenas especula se manter o tamanho compacto entender o que era possivel dentro do pacote do v8 de bloco pequeno tradiçao teimosia de uma forma ou outra esta medida nao mudaria o v 8 resultante chamado lt5 produzia em seu lançamento 380 cv a 6 000 rpm e 51 mkgf a 4 800 rpm com 80% disso disponivel desde 2 000 rpm o diametro dos cilindros era de 99 mm e o curso dos pistoes determinado pelo virabrequim de aço forjado 93 mm para uma cilindrada exata de 5 727 cm³ o bloco tinha camisas umidas forjadas em aluminio impregnado por nikasil fornecidas pela mahle que tambem fornecia os pistoes de aluminio fundido as bielas eram de aço forjado fornecidas pela albon os cabeçotes contavam com dois comandos acionados por correntes duplas e quatro valvulas por cilindro de 39 mm de diametro na admissao e 35 2 mm no escapamento os tuchos eram hidraulicos ac rochester outra exigencia da chevrolet que nao queria que seu motor necessitasse de regulagens de folga complicadas e regulares a inclinaçao das valvulas era pequena 20 graus entre elas o comando de escape um pouco mais para dentro do motor consequencias do limite de largura determinado pela montagem por baixo mas a taxa de compressao era altissima para epoca 11 1 e a vela ficava bem no centro da camara de combustao o sistema de admissao e uma historia a parte eram dois dutos de admissao por cilindro um para cada valvula como os injetores da epoca nao permitiam o campo de vazao necessario da marcha lenta ate 6 000 rpm eram usados dois injetores por cilindro um em cada duto quando em baixa rotaçao um dos dutos ficava fechado por uma borboleta e um injetor parado ate se abrirem todas as borboletas como um dos cames e valvulas de cada cilindro so eram usados em alta rotaçao o came podia ter levantamento e duraçao diferentes causando um efeito parecido com o famoso vtec da honda tudo para criar o efeito de linearidade de desempenho desde baixas rotaçoes tradiçao chevrolet os dois injetores por cilindro tornaram possivel uma caracteristica unica do zr1 uma chave extra no console liberava ou restringia o uso dos injetores de alta desta forma o motor produzia apenas 200 cv potencia da corvette 84 e a chave ficou conhecida como chave do manobrista por motivos obvios o motor era produzido nao na gm ou na lotus sua fabricaçao foi subcontratada para a mercruiser de stillwater no estado americano de oklahoma quando ficou claro que pelo preço e volume de produçao as fabricas da gm acostumadas a volumes gigantescos eram totalmente incapazes de produzir algo do tipo a gm e a lotus ja sabiam mesmo no lançamento como extrair os mais de 400 cv do objetivo inicial estas modificaçoes sao finalmente implementadas a partir de 1993 a partir deste ano eram nada menos que 411 cv a 5 800 rpm as modificaçoes foram apenas detalhes de calibraçao de injeçao e usinagem e casamento das passagens de alimentaçao e escapamento mas as capas dos mancais do virabrequim passaram a ser fixadas por quatro parafusos em vez de dois como ate entao o torque tambem aumentou em todas as faixas atingindo 53 mkgf a 4 800 rpm o corvette zr1 com grande fanfarra em 1989 aparecia o corvette zr1 era praticamente o mesmo carro que o corvette normal afora alguns logotipos discretos e uma traseira alargada para alojar os imensos goodyear 315/35zr17 traseiros lanternas traseiras quadradas em uma traseira convexa ao inves de concava completavam as diferenças externas na frente iam pneus de medida 275/40zr17 o carro tambem recebia amortecedores de carga regulavel por um botao no painel e cambio manual de seis marchas fabricado na alemanha pela zf mas a diferença de desempenho era colossal fazia 0 96 km/h 0 60 mph em 4 5 segundos e o quarto de milha em 12 8 segundos a 179 km/h a caminho de uma velocidade final entre 282 e 290 km/h universalmente reverenciado o motor era o ponto alto aqui suave linear e com torque em todas as faixas ainda assim berrava a alta rotaçao com uma saude inedita na chevrolet ate ali disse david vivian na autocar inglesa no lançamento normalmente uma publicaçao critica aos americanos de acordo com o engenheiro chefe mclellan os nomes de jacques laffite e de sammy davis jr ja estao na lista de espera se aparecer um envelope com 35 mil libras esterlinas em minha porta amanha bem mr mclellan pode me por nessa lista tambem o que eu laffite e sammy queremos e algo que ja dirigimos mas que por enquanto ainda nao podemos ter provavelmente e o melhor carro esporte que a america ja fez existem ate algumas pessoas que vao dizer que quando colocado a venda mais tarde neste ano sera o melhor carro esporte sobre a face da terra sim o novo corvette equipado com um v 8 lotus de 380 bhp e bom assim [caption id= attachment_288893 align= aligncenter width= 999 ] o zr1 era sutilmente diferente do corvette normal mas custava o dobro [/caption] o projeto surtiu o efeito desejado um corvette agora ao nivel dos europeus em desempenho e sofisticaçao mas nunca vendeu o projetado o carro custava simplesmente o dobro de um corvette normal a gm acaba por desenvolver um novo e moderno v8 ohv para substituir o antigo a familia ls e o lança em 1997 no corvette c5 logo esta nova familia infinitamente mais leve menor e mais barata ja dava potencia de lt5 o z06 de 2001 ja tinha 390cv e em 2002 405cv um corvette sempre tem que ser primeiro barato comparativamente a seu desempenho hoje rumores persistem que as versoes mais potentes do corvette c8 terao motores dohc; se for verdade sera a primeira vez desde o c4 zr1 ate o presente momento o lt5 e a unica vez que o corvette abandonou seus motores de picape para fazer algo unico e exotico com comandos no cabeçote todos os outros corvettes sao ohv mesmo que aconteçam esses novos c8 com comando no cabeçote impacto como foi este ponto unico na historia do corvette certamente nao sera o c4 zr1 e um ponto de inflexao determinante da historia do modelo bem no meio de sua historia e e simplesmente impossivel de repetir
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