tornou se um cliche afirmar que algum carro foi uma sensaçao em seu lançamento isso so pode realmente ser dito em alguns raros casos mas o lotus elite esta entre eles quando a capa foi removida do elite em earl s court 1957 todo mundo soltou um suspiro coletivo porque o carro era simplesmente lindo ainda e adoravel pequeno e belo de uma maneira delicada como audrey hepburn em seu auge mike lawrence uma das inumeras razoes do sucesso de colin chapman e sem duvida nenhuma sua incrivel capacidade de ao explicar os conceitos de engenharia que bolava entusiasmar as pessoas a ponto de se tornarem seus seguidores como um profeta biblico chapman amealhava nao apenas fas e sacerdotes na imprensa mas tambem gente que o seguia fielmente as vezes trabalhando duro por anos em sem receber um centavo em troca desta forma chapman fez o que hoje parece impossivel criar carros de sucesso nas pistas e uma fabrica de carros esporte do nada a partir de uma turma de amigos que fazia carros numa garagem e em pouquissimo tempo a lotus foi fundada em 1952 mas somente em 1955 chapman larga seu emprego como engenheiro na british aluminium para se dedicar a ela em tempo integral e em dois anos lançava o elite tipo 14 como muitos pioneiros numerava seus projetos cronologicamente seu primeiro carro de verdade de rua nao um carro de corrida adaptado como o seis e o sete aos 29 anos de idade chapman era uma força da natureza destinado a grandes coisas e impossivel de ser detido tanto que ninguem notou que no lançamento do elite a empresa tinha apenas 30 funcionarios e nenhuma fabrica de verdade apenas uma oficina/escritorio/showroom e que aquele carro mostrado no salao de earl’s court era o unico existente chapman aceitava pedidos ali mesmo mas nao tinha nem começado a desenvolver o carro muita gente considera isso enganaçao prova clara de que era um escroque mas na verdade apenas tinha uma fe inabalavel em si mesmo chapman se acreditava infalivel de alguma forma faria aquela loucura toda funcionar ate ali a lotus fazia apenas carros de corrida soldando tubos e batendo chapas de aluminio tudo a mao em um barracao qualquer ali parecia finalmente um fabricante de carros e verdade que saia dos barracoes e dos kits para o mundo real era como os lotus 11 de corrida aerodinamico moderno leve tecnologicamente avançado e o principal avanço era algo do qual chapman se orgulhava sobremaneira o monobloco em resina poliester reforçada com fibra de vidro começar com algo inedito sem precedentes era bem sua cara um carro de plastico a ideia de chapman e uma ate hoje pouco explorada mas que tem grande merito talvez pelo fracasso de chapman foi relegada a lixeira da historia abandonada ainda que nunca tenha sido levada ate seu potencial maximo o elite estava fadado ao fracasso nao por seu revolucionario monobloco plastico e sim por uma serie de outros problemas a falta de desenvolvimento e teste antes do lançamento e o mais claro mas tambem o fato que a tecnologia da epoca ainda estar na infancia muito contribuiu e o erro de seu criador em calcular seu custo final claro hoje praticamente todo carro de competiçao dedicado e muitos carros esporte de rua de preço alto tem monobloco em plastico termofixo reforçado mas agora por fibra de carbono usando tecnicas de moldagem e processamento mais modernas e sofisticadas sao a melhor maneira de se fazer automoveis apenas o seu inerente alto preço impedindo o uso generalizado o sucesso dele e algo que em parte valida a ideia original de chapman sim o monobloco plastico barato nunca mais foi tentado mas o quanto de apego a tradiçao e apego ao vasto investimento em estampagem soldagem e pintura ja realizado e amortizado influi nesse fato nunca saberemos fazer monoblocos em so uma peça plastica solida e possivel e teoricamente ate desejavel hoje em dia mas requer um novo processo de produçao com fabricas diferentes e isso pouca gente esta disposta a tentar fabricas de dinheiro em escala tao grande funcionando a tanto tempo como reloginhos sao dificeis de ser abandonadas mas divago; vamos voltar a inglaterra de 1955 e as ideias que levaram chapman a seu elite como quase sempre quando se fala dele nao foi o pioneiro no assunto mas o levou a um lugar a que nunca iria sem ele e isso e o que realmente importa e qual era a ideia por que plastico fazer uma carroceria em chapas de aço estampadas e soldadas o metodo ate hoje mais usado pede que milhares de peças formadas em milhares de estampos sejam necessarias estas peças alem de tratadas quimicamente para evitar corrosao tem que ser soldadas a ponto umas nas outras ate formarem a estrutura e a parte visivel do automovel e depois o conjunto tem que ser pintado de novo para evitar que tal qual um alfa romeo de 1974 desapareça em uma pilha de poeira de ferrugem na nossa frente pouco tempo depois de sair da fabrica e um metodo de otimos resultados consagrado pelo uso quase universal hoje e totalmente dominado em seus meandros processuais pela industria desde que foi inventado pela budd corporation nos anos 1920 e o metodo mais eficiente para produçao em massa mas nao significa que nao tenha problemas primeiro e intensivo em trabalho desde as estamparias passando pela soldagem e ate a pintura gera fabricas enormes e incrivelmente complexas alem desse investimento que a maioria ja fez ha anos existe o investimento nos estampos e dispositivos cada vez que um novo carro e lançado em alta produçao cobra seu custo em complexidade e mao de obra em baixa produçao inviabiliza se pelo investimento necessario [caption id= attachment_262809 align= aligncenter width= 999 ] a fabrica do berkeley fibra de vidro artesanal [/caption] por isso a maioria dos fabricantes de pequena serie usava entao um chassi metalico coberto por uma carroceria que antigamente era em aluminio batido a mao mas depois no pos guerra passou a ser cada vez mais em resina poliester reforçada com fibra de vidro fazer o chassi continuava algo intensivo em trabalho mas de baixo investimento pequenos tubos eram cortados e dobrados em maquinas simples e soldados em dispositivos tambem simples a mao o molde para a carroceria e como uma peça tambem em fibra barato simples e com um lado somente o outro aberto para que camadas de resina e fibra possam ser depositados manualmente chapman se perguntou e se fizessemos tudo em plastico entao seus calculos mostravam que fazendo como produtores de carrinhos de brinquedo usando um punhado de peças grandes de plastico fechando a carroceria como uma caixa podia se ter rigidez de aço com ganho em peso e as obvias vantagens de qualidade e baixo custo de mao de obra que menos peças para um mesmo serviço sempre trazem ao mesmo tempo que chapman pensava nisso o maior fabricante de trailers do reino unido a berkeley de biggleswade a 50 km norte de londres ela mesmo uma empresa ja acostumada a trabalhar com fibra de vidro resolve dar vida as ideias de lawrence lawrie bond para um pequeno carro esporte lawrie bond era um desenhista independente veterano da industria aeronautica que ganhou fama por projetar um barato carro de tres rodas com motor de motocicleta chamado bond minicar em produçao por uma empresa em lancashire esta empresa depois seria renomeada bond cars e acabaria comprada pela reliant o carro que lawrie bond projeta para a berkeley e extremamente original e feliz um roadster minusculo com rodas que usam os tambores de freios como centro a la porsche e um bicilindrico dois tempos refrigerado a ar provendo traçao para as rodas dianteiras mas o pulo do gato aqui voces podem imaginar qual e um monobloco em poliester reforçado com fibra de vidro [caption id= attachment_262807 align= aligncenter width= 999 ] a estrutura do berkeley simples e apenas reforço inferior em aço [/caption] o berkeley sports era feito de basicamente tres grandes peças de fibra coladas assoalho frente e traseira alem disso duas portas um para brisa e um teto removivel em fibra opcional como era um roadster foi necessaria uma estrutura metalica de chapa no assoalho dentro da fibra para aumentar rigidez a torçao o pequeno roadster mostrava todas as vantagens de algo simples e bem projetado com suspensao independente nas quatro rodas um cambio de tres marchas com comando na coluna e o bicilindrico british anzani de 322 cm3 e 15 cv pesava apenas 274 kg seu desempenho e estabilidade eram totalmente inesperados em algo tao pequeno e barato ao conhecer o carro em seu lançamento no salao de earl’s court de 1956 chapman teve uma elegia na hora pensou que com um teto fechado sua ideia de fazer o monobloco totalmente em fibra sem reforços em aço como o berkeley estaria validada imediatamente poe se a fazer seu novo carro numero de projeto 14 o elite o contador que desenhava peter kirwan taylor tinha 25 anos quando conheceu colin chapman em 1954 logo ficaram amigos era um entusiasta que veio ate a lotus mostrar a carroceria aerodinamica que tinha criado para seu lotus 6 chapman ficou impressionado com as habilidades de kirwan taylor nao somente em engenharia um operador financeiro no mercado de londres vinha de uma familia tradicional na city foi mais um dos amadores que ajudaram a lotus a aparecer cuida do dinheiro de chapman e seus investimentos e mais tarde se tornaria um diretor da lotus [caption id= attachment_262787 align= aligncenter width= 666 ] o lotus 6 de kirwan taylor carroceria especial de seu desenho [/caption] mas o que interessa aqui e sua veia artistica e tecnica sempre presente em seus carros particulares e dele o desenho do elite tipo 14 claro que foi aperfeiçoado depois com ajuda de outro famoso voluntario da lotus frank costin irmao do mike costin famoso por fundar a cosworth com ken duckworth e ele mesmo um ja famoso aerodinamicista frank e mike eram amigos de chapman antes da lotus e mike agora era funcionario da empresa mas frank ainda tinha seu proprio emprego de engenheiro e trabalhava para a lotus de graça por diversao sim o famoso lotus 11 e o aperfeiçoamento aerodinamico do elite foram feitos de graça por amizade e diversao apenas muito tempo depois em uma conversa sobre o salario do irmao frank mencionou isso para chapman este pensa um momento sobre isso e diz tome aqui a chave do meu anglia e seu agora estamos quites a influencia de costin no elite e clara em varios detalhes a traseira abruptamente cortada e lisa e dele diferente do desenho de kirwan taylor a curva do teto em planta tambem e algo que fez os vidros das portas serem geometricamente impossiveis de descerem para dentro delas eram removiveis por isso tambem foi costin que tirou os para lamas que cobriam as rodas dianteiras a la alfa disco volante a busca por uma area frontal menor fez eles desaparecerem [caption id= attachment_262810 align= aligncenter width= 636 ] as peças principais do elite note para brisa e coluna das dobradiças em aço [/caption] o resultado e um carro extremamente facil de cortar o ar ate hoje o cx e 0 29 ainda otimo hoje mas era incrivel em 1957 um porsche 356 outro carro pequeno e aerodinamico nao conseguia nada melhor que 0 40 e mais a area frontal do lotus era de apenas 1 5 m² bem menor que os 16 2 m² do tambem pequeno porsche a resistencia ao ar total era muito menor e fazia o elite desproporcionalmente veloz ao seu pequeno deslocamento [caption id= attachment_262827 align= aligncenter width= 978 ] o desenho original de peter kirwan taylor[/caption] o desenho das peças estruturais da carroceria tambem foi especialmente bem pensado charles bulmer da revista motor e impossivel ver a montagem dessas carrocerias sem ficar profundamente impressionado com a engenharia estrutural e planejamento de detalhes que foram usados em seu desenho a carroceria consistia em tres grandes peças de resina reforçada mas com varias outras secundarias a maioria dessas peças era em duas folhas coladas; os funcionarios de chapman logo descobriram que usar duas folhas era essencial para criar caixas estruturais diversas a coluna a era o ponto fraco da estrutura pois naquela epoca tinha que ser fina para visibilidade; foi adotado um arco metalico ali para resolver este problema e de quebra servir como apoio para as dobradiças das portas hoje com as colunas largas que temos talvez nem isso fosse necessario tambem em toda fixaçao de peças mecanicas na carroceria existia uma chapa de aço insertada para garantir torque de montagem [caption id= attachment_262811 align= aligncenter width= 999 ] da patente da lotus em 1957 o para brisa e detalhes do elite [/caption] john frayling e ron hickman eram os engenheiros que tocaram o projeto da carroceria autoportante ambos antes da ford hickman ficaria famoso depois e estupidamente rico por inventar a bancada portatil workmate que fabricada pela black&decker vendeu milhoes de unidades a maximar moldings foi subcontratada para produzir as carrocerias visto que a lotus nao tinha ainda uma fabrica e os dois praticamente moravam ali garantindo o fornecimento de algo que era para todos os efeitos um projeto em andamento os primeiros carros foram vendidos apenas para competiçao e os proprietarios serviram como uma frota de testes para a lotus hickman disse que olhando de hoje seria melhor ter testado carros no saara por exemplo ou qualquer lugar esburacado mas a lotus era uma empresa fortemente calçada em competiçao e ali seria onde o carro seria testado o lotus elite mas ao redor de 1959 com a lotus ja em sua nova fabrica finalmente a produçao se estabiliza e o carro começa a ser vendido realmente em quantidade apos pouco mais de 200 carrocerias produzidas chapman cancela o contrato com a maximar pelo qual era impossivel algum lucro nos carros o novo contrato vai para a bristol aeroplane co entao com uma divisao de plasticos a qualidade melhora sensivelmente assim como o preço de venda mas ainda e um carro com alguns problemas basicos apesar de pequeno e pouco potente o elite e mais caro que um jaguar xk150 nao importa que numa pista pudesse acabar com o grande jaguar este era equipado com um seis em linha de 3 4 litros e vencedor de le mans e nao um quatro cilindros de 1 2 litros para muitos uma comparaçao impossivel os outros problemas vem da falta de desenvolvimento e testes a durabilidade nao era das melhores e o barulho interno era terrivel a ciencia de suprimir barulho aspereza e vibraçoes desconhecida pela jovem empresa acostumada em competiçoes onde isso simplesmente nao importa a lotus nunca ganhou dinheiro seriamente com ele tambem falhando em calcular corretamente o preço de venda isso tudo conspira para a produçao terminar cedo com pouco mais de 1 000 carros produzidos mas tudo isso hoje parece besteira frente a excelencia do carrinho poucas vezes na historia algo tao bem desenhado ganhou as ruas o monobloco plastico era uma plataforma rigida para a mecanica e extremamente leve as versoes de competiçao pesavam 504 kg em ordem de marcha e as versoes de rua tinham declarados 637 kg o motor era montado bem recuado na frente e acoplado a uma caixa de mudanças de quatro marchas suspensao era independente nos quatro cantos atras por chapman strut classico e na frente por duplo a sobreposto freios eram discos dunlop nas quatro rodas inboard perto do diferencial atras rodas raiadas rudge calçando pneus michelin x ou pirelli cinturatto na medida 155 r15 completavam a configuraçao de sonho o motor e um caso a parte que merece mençao mais cuidadosa em 1950 na guerra da coreia o governo ingles solta especificaçoes para uma bomba d’agua de campo portatil para uso de bombeiros militares requeria o dobro da capacidade de bombeamento de seus predecessores com a metade do peso para que pudesse ser carregada por duas pessoas na coventry climax dois engenheiros famosos por criarem o motor jaguar xk harry mundy e wally hassan criam a proposta da empresa para mover a bomba criam um pequeno e excepcionalmente eficiente motor todo em aluminio cinco mancais e quatro cilindros com comando no cabeçote acionado por corrente e camera de combustao wedge o novo coventry climax fw feather weight literalmente peso pena dava 40 hp a 4 000 rpm a partir de pouco mais de um litro de deslocamento ao ver o motor exposto no salao de 1953 os fabricantes ingleses de carros de corrida lotus inclusa ficam loucos e os seus pedidos incessantes fazem aparecer uma versao de competiçao o fwa a de automotivo claro com fantasticos 85 cv a 6 800 rpm de seus 1 097 cm³ ideais para categorias ate 1 1 litro logo aparece o fwb agora de 1 460 cm³ para provas de ate 1 5 litro tem incrivel sucesso iniciando uma sensacional historia de motores de corrida para a marca de coventry [caption id= attachment_262818 align= aligncenter width= 999 ] coventry climax fwe puro sangue em miniatura [/caption] mas o que interessa para nos aqui e o fwe o e aqui claro de elite prometendo comprar pelo menos 1 000 unidades apenas 200 motores de corrida tinham sido feitos ate ali chapman convence a empresa a produzir o motor para seu carro de rua usando o diametro de pistao do fwb 76 2 mm e o virabrequim do fwa 66 7 mm de curso o fwe dava 1 216 cm³ no elite era uma pequena joia um motor de corrida que escapou para as ruas que girava facil e solto como o puro sangue que efetivamente era na versao basica do elite com taxa de 10 1 e dois su h4 dava 75 cv a 6 100 rpm mas com taxa de 11 1 e dois weber 40dcoe chegava a 95 cv a 7 000 rpm e melhor pesando entre 97 e 100 kg completo incrivel com o acerto de suspensao pessoalmente feito por chapman e toda a agilidade que so pode vir de um carro de menos de 700 kg bem distribuidos em seus eixos o elite era um carro sensacional que ate hoje impressiona ao volante alem do comportamento impecavel em curvas seu baixissimo arrasto aerodinamico aliado ao baixo peso o fazia extremamente economico em combustivel sua velocidade final era tambem praticamente determinada pela relaçao de cambio e rotaçao maxima do motor fruto do arrasto baixissimo o primeiro carro de rua da lotus era tambem uma obra prima de engenharia de principios puros aplicados uma coisa linda olhado deste prisma tecnico alem da obvia beleza de sua carroceria pena que tambem era emblematico dos problemas recorrentes da empresa apesar de ser um carro caro nunca deu lucro a lotus o que fez chapman parar a produçao depois de honrar o contrato com a coventry climax na marca de 1093 veiculos produzidos comprar um elite era levar dinheiro de colin chapman quando o normal e esperado e que ele arrumasse um jeito de separar o seu de voce algo rarissimo portanto que devia ter sido mais aproveitado no elan seguinte um parrudo chassi duplo y em chapa ficava no meio do carro efetivamente tornando a carroceria em fibra bem mais simples e ninguem nunca mais tentou um monobloco de plastico reforçado com fibra de vidro para o bem ou para o mal a experiencia de chapman permanece unica assim como e unico o seu fantastico type 14 elite
SEJA UM MEMBRO DA
FAMÍLIA FLATOUT!
Ao ser um assinante, você ganha acesso irrestrito a um conteúdo verdadeiro e aprofundado. Nada de jornalismo genérico e sensacionalista. Vale a pena? Clique aqui e confira os testemunhos dos assinantes, amostras livres e os benefícios extras que você poderá desfrutar ao ser um FlatOuter!
PARA LER MAIS, CADASTRE-SE OU ASSINE O FLATOUT E TENHA ACESSO LIVRE A TODO CONTEÚDO DO SITE!
JÁ POSSUI CADASTRO OU É ASSINANTE DO FLATOUT?
Este é um conteúdo restrito: pode ser uma matéria só para assinantes, pode ser porque você já atingiu o limite de matérias gratuitas neste mês.