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Notícias Trânsito & Infraestrutura

Mais da metade das rodovias brasileiras estão mal conservadas

Não é um déjà-vu. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou mais uma de suas pesquisas sobre as condições das rodovias brasileiras nesta última quarta-feira (26). Você talvez esteja lembrando do levantamento feito pela entidade em 2015, mas acredite se puder: as condições das rodovias brasileiras pioraram ainda mais nestes dez meses.

A instituição avaliou a malha rodoviária brasileira de acordo com as condições gerais de infraestrutura, como sinalização e qualidade do pavimento. No total, 103.259 km de rodovias pavimentadas por todo o Brasil foram avaliados. Destes, 60.165 km foram classificados como regulares, ruins ou péssimos, o que equivale a 58,2% do total avaliado. Isso representa um aumento de 1% em relação ao estudo passado, e 2.506 km a mais em nestas condições.

As rodovias em condições boas ou ótimas, por sua vez somaram 41,8% do total, índice equivalente a 43.094 km. Em maio as estradas boas ou ótimas somavam 43.104 km, uma redução de apenas 10 km. Porém o número de trechos avaliados como ótimos diminuiu 704 km, e agora representam apenas 11,6% do total avaliado. Essa redução aponta claramente que houve um deterioração das melhores estradas avaliadas.

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Além da análise geral, a CNT também encontrou 414 pontos críticos nas rodovias. São trechos com buracos grandes, deslizamentos de encostas, pontes caídas e erosões. Na pesquisa do ano passado foram encontrados 327 pontos críticos, o que significa um aumento de 26,6% neste ano. De acordo com a CNT, uma das erosões encontrada no trecho baiano da BR101 está lá há três anos.

A pesquisa aponta que a má qualidade das rodovias é reflexo de baixos investimentos. Mas não é apenas isso. Em 2013 o Tribunal de Contas da União fez uma fiscalização nas rodovias mais recentemente construídas e constatou que o problema está na qualidade dos serviços de construção e manutenção das rodovias. Em resumo: estamos pagando caro por um serviço mal-feito. O resultado não poderia ser diferente do apontado pela pesquisa.