Olá, entusiastas do Flatout! Estou de volta para contar a segunda parte da preparação da minha Marea Turbo 2003! No primeiro post contei um pouco da minha história automotiva, como adquiri esta Marea Turbo e a leve preparação que ela já possuía.
No primeiro dia com ela como vocês já leram, a embreagem quebrou. E quebrou novamente 2 meses depois logo antes do Natal. Já ouvi falar que embreagem de cerâmica não durava muito, mas me surpreendi de ter ido para o espaço em tão pouco tempo. Acabei optando desta vez por uma embreagem da Displatec, específica para Marea Turbo. Essa foi instalada na véspera do ano novo de 2011 para 2012. Essa durou um mais, mas não seria a última ainda a ser trocada.
Instalando um teto solar
Sempre gostei de carros com teto solar e já havia procurado uma Marea com teto solar de fábrica, mas era como encontrar uma mosca branca. Na cor vermelho alpine, a qual eu queria, era uma mosca branca de olhos azuis. Muito difícil de achar.
Então parti para outra solução que foi a instalação de um teto solar da Webasto, modelo Hollandia H300. Já havia visto este modelo instalado em um Tempra de um colega do fórum TempraBR e achei bem interessante e muito bom.
Alguns anos depois vi que outros proprietários de Marea pegavam alguma sucata de Marea que possuía o teto solar de fábrica e “transplantavam” a folha do teto completa para a sua Marea. Ainda vou contar essa parte em detalhes em posts futuros.
Voltando ao teto solar Webasto, as dimensões do modelo H300 são bem próximas do original. Instalei em uma loja credenciada em São Paulo e o resultado final foi muito bom. Não entra água, o isolamento externo é muito bom, 2 posições de memória, cortina interna. A principal diferença em relação ao teto solar original é que o vidro desliza para fora e não para o interior da carroceria.
Novas rodas
Continuando a saga das rodas, no primeiro post comentei que passei a utilizar os pneus nas medidas 205/40R17, calçados nas rodas do Punto Sporting 2011, e que acabaram por serem escolhas erradas. Em um trecho que peguei da rodovia Fernão Dias aqui em Atibaia, caí em buraco não tão grande, e acabei por amassar (bastante) a roda dianteira direita, além de perder um pneu. Aproveitei e troquei pela segunda vez o jogo de rodas, desta vez pelas Speedline do Stilo. Nas fotos há uma Marea Weekend Turbo de um amigo também usando as rodas que colocaria na minha, além da Marea Turbo cinza que foi do meu irmão que comentei no post #1.
No post anterior mostrei os dados de potência e torque da forma que comprei o carro. Estava vindo 242cv de potência na roda com 1.4kg de pressão na gasolina, o que a princípio achamos que deveria ser um pouco mais, já que havia sido feito chip e turbina maior com mais pressão pelo dono anterior. Resolvemos não verificar se haveria algum problema naquele momento, pois o carro só falhava quando o motor estava frio e depois que esquentava parecia normal, sem falhas ou qualquer outra coisa do tipo que indicasse algo anormal.
Porém, quase um ano após a compra, andando nessa configuração, o primeiro revés aconteceu quando o carro estava com o meu irmão: muita fumaça e, após abrir o motor, o primeiro pistão derretido e a parede do cilindro bem danificada.
Desconfiamos que possa ter sido algum problema no bico injetor, que ocasionou falta na alimentação, já que no teste de bancada com todos os bicos, este bico do primeiro cilindro foi o que apresentou uma quantidade de combustível bem menor injetada. Enfim, enviamos o cabeçote e bloco para retífica, e voltaram zerados de lá. Infelizmente não tenho fotos desta parte.
O Emerson, o preparador da Marea, sugeriu, já que o motor estava totalmente desmontado, que passássemos o carro para álcool ao invés da gasolina. Os bicos injetores foram abertos para injetar mais combustível, além de novos ajustes terem sido feitos no carro. Novas velas, novas bobinas – estavam com 2 bobinas Bosch e 3 bobinas de marcas paralelas, além de uma nova bomba de combustível. Uma dica para quem tem Marea Turbo é sempre usar as bobinas originais. Fazem grande diferença além da qualidade e durabilidade.
Após a finalização da montagem e ajustes o carro parecia outro. Muito mais arisco e agressivo. Parecia que finalmente o Fivetech estava empurrando tudo que devia. Não cheguei a passar novamente no dinamômetro, mas era nítido que o carro era outro e a pegada da turbina vinha praticamente aos 3.000 rpm (na versão original de fábrica é a 2750 rpm).
O fim de 2011 chegou, troquei de emprego (continuando na área de TI) e comprei o Gol G5 que a minha antiga empresa cedia como benefício. Como estava 2 anos com ele, havia a possibilidade de comprá-lo por um preço bem abaixo do mercado. Três meses depois, vendi o Gol e com a grana que recebi na nova empresa como bônus, decidi comprar o meu daily car. Após muita pesquisa, adquiri um Hyundai i30 2012 0km top completo – estavam na jogada o Golf e o Focus. Me surpreendi com o carrinho coreano, muito bom. Faz quatro anos e meio que estou com ele e nunca deu um problema mecânico/elétrico sequer (já com 124.000km rodados), ainda na garantia e sem sinais de problemas (ando 150km todo dia com ele).
Voltando à Marea, agora que ela seria o carro do fim de semana, com o motor empurrando tudo o que podia com aquela configuração, novas rodas e pneus, com teto solar, decidi mexer de leve na suspensão. Mudei as molas e coloquei as Red Coil, permanecendo com os amortecedores originais.
Ah, agora vem mais uma mudança de rodas. Tirei as Speedline e coloquei rodas com mais raios na cor preta. Acho que preto e vermelho casam muito bem (não sou flamenguista!). Escolhi um modelo foi da TSW – me desculpem, mas não lembro o modelo. Com estas rodas fiquei um pouco mais de tempo, por volta de um ano antes da próxima troca.
Com esta configuração andei mais um ano sem nenhum problema. Até que o meu irmão Julio me liga uma tarde enquanto eu estava trabalhando (repararam que algo sempre acontecia com ele!?!?), dizendo que havia ido de Atibaia para Pouso Alegre-MG, e que a MT começou a sair muita, mas muita fumaça do motor do carro e muito óleo na pista da Fernão Dias. Parou na hora e fez o que podia ter feito na hora: chamou o guincho.
Após esta segunda “quebra” é que as coisas começam a ficar mais interessantes do ponto de vista de preparação. O Emerson começa a falar coisas do tipo:
– “Danilão, já que vamos abrir o motor, por que não fazemos isso?”
– “Danilão, já que vai ter de trocar isso, por que já não fazemos dessa forma?”
Bom pessoal, termino aqui o post #2 (um pouco mais curto que o post #1), mas aproveito e deixo um aperitivo para o próximo post #3:
Por Danilo Poinho, Project Cars #347