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Maserati Levante ganha mais potência na versão Trofeo
A Maserati andava meio esquecida pela FCA nos últimos tempos. Seu lançamento mais recente foi o Levante em 2016 e desde então nada muito especial aconteceu por aquelas bandas de Modena. O Ghibli e o Quattroporte vieram em 2013 e o GranTurismo já está por aí desde 2007.
Por isso foi até surpreendente que a Maserati tenha levado uma novidade ao Salão de Nova York: o Levante Trofeo. Mais surpreendentes ainda foram os detalhes da novidade: ele tem um V8 biturbo de 3,8 litros, 590 cv e 74,2 kgfm. Acho que você deve estar pensando sobre a origem deste motor e imaginando que ele é semelhante aos V8 biturbo da Ferrari, certo? Pois é isso mesmo. Trata-se do F154AM, uma variação do motor usado pelas Ferrari California T, Portofino, GTC4Lusso e 488, feito para a Maserati, que já o utiliza no atual Quattroporte GTS. Ele também é o mesmo projeto usado pela Alfa Romeo no Stelvio QV e no Giulia QV, com dois cilindros a menos e 2,9 litros. Se você quer saber como será um SUV da Ferrari, bem… o Levante Trofeo talvez dê algumas dicas.
O sistema de tração Q4 varia a distribuição de torque entre as quatro rodas (que medem 22 polegadas aqui), enquanto a distribuição de massa é de 50% sobre cada eixo. Com essas credenciais, o Levante Trofeo vai de zero a 100 km/h em 3,7 segundos e chega aos 305 km/h.
O gerenciamento do V8 inclui um modo de condução “Corsa” e controle de largada, e seus controles de tração e estabilidade, segundo a Maserati, tentam “prever a instabilidade do carro em vez de corrigir erros do motorista como um sistema convencional”.
Apesar de pesar 2.080 kg, o Levante Trofeo tem uma relação peso/potência de 3,58 kg/cv enquanto o Alfa Romeo Stelvio Quadrifoglio tem 3,65 kg/cv. São números praticamente idênticos, e embora um carro mais pesado seja tecnicamente inferior na pista, estamos curiosos para saber como o Levante Trofeo se sai em Nürburgring Nordschleife.
Juan Pablo Montoya confirma participação em Le Mans
Os rumores da semana passada se confirmaram: Juan Pablo Montoya irá disputar as 24 Horas de Le Mans de 2018 pela United Autosports a bordo do Ligier JS P217 #32. Sim, é um carro da LMP2, mas considerando o retrospecto azarado da Toyota e a ausência de equipes de ponta na LMP1, seria precipitado descartar a possibilidade de vitória — ainda que remota.
Estamos falando da possibilidade de vitória porque Montoya atualmente é o único piloto com uma das mãos na tríplice coroa do automobilismo. Ele já venceu as 500 Milhas de Indianápolis em 2000 e 2015, e o GP de Mônaco em 2006. Resta apenas as 24 Horas de Le Mans — e uma vitória na categoria não conta para o feito. Ele precisará chegar à frente de todos após a segunda volta no relógio.
Entre os acionistas da equipe está Zak Brown, também conhecido como “chefe de Fernando Alonso na McLaren”. Em nota à imprensa, Brown disse que “Juan Pablo está correndo há muito tempo e sabe o que é preciso para vencer”. Já Montoya disse estar empolgado com a possibilidade e espera conseguir “um bom resultado” neste ano.
Como já vimos anteriormente, Montoya não é o único piloto em busca da tríplice coroa: Fernando Alonso também irá disputar as 24 Horas de Le Mans neste ano, mas na categoria de topo, a LMP1, pela Toyota. Mas ao contrário de Montoya, que já ganhou duas das provas da tríplice, Alonso ainda precisa conquistar duas: a Indy 500 e as 24 Horas de Le Mans. Teoricamente Alonso tem mais chances de conquistar a prova que Montoya, mas como dizem de Le Mans: para chegar em primeiro, primeiro você tem que chegar.
Atualmente o único piloto a conquistar as três provas mais tradicionais do automobilismo foi Graham Hill, que foi o recordista de vitórias em Mônaco antes de Ayrton Senna — 1963, 1964, 1965, 1968 e 1969 —, venceu a Indy 500 em 1966 e as 24 Horas de Le Mans em 1972.
Ford revela dados técnicos do Mustang Bullit
Já faz quase quatro meses que a Ford apresentou o Mustang Bullitt, mas até agora não havia divulgado as especificações técnicas do carro. Eles se limitaram a dizer que ele teria “ao menos 480 cv” produzidos pelo V8 5.0 aspirado.
Agora, no Salão de Nova York a Ford aproveitou para revelar a potência exata do carro: ele terá 486 cv, ou 20 cv a mais que o GT comum, porém o torque continua nos mesmos 57,9 kgfm. A velocidade máxima também foi declarada: 262 km/h, ou 13 km/h a mais que o Mustang GT. Não parece muito, mas será preciso um Dodge Hellcat para alcançá-lo como no filme. A versão europeia será um pouco inferior, graças as regulações locais de emissões e afins: ele terá apenas 463 cv e 53,8 kgfm.
A Ford já está vendendo o modelo nos EUA e na Europa. Nos EUA ele custa US$ 47.995, ou cerca de R$ 160.000 em conversão direta. O preço é mais barato que o pacote do Mustang GT vendido no Brasil, o Premium, que sai por US$ 49.660 nos EUA.
Atlas Tanoak é a mais nova picape da Volkswagen
O Salão de Nova York também viu uma nova picape de cabine dupla da Volkswagen, de porte maior que a Amarok. Ela é batizada Atlas Tanoak e, como seu nome sugere, é baseada no SUV Atlas/Teramont e por isso também usa a plataforma MQB e o motor VR6 3.0 de 280 cv e 36,7 kgfm combinado ao câmbio automático de oito marchas e ao sistema de tração 4×4 4Motion.
A picape ainda é um conceito (como aquele monte de LEDs na dianteira deixam evidentes), e apesar de usar a mesma dianteira do SUV e do conceito Atlas Cross Sport (a versão cupê do Atlas), tem estrutura própria a partir da coluna B, segundo a VW. A caçamba mede 170 cm de comprimento e 145 cm de largura e, no total, a picape mede 5,44 metros de comprimento — o que a coloca próxima à Honda Ridgeline, a picape média da Honda baseada em monobloco em vez de chassi.
Enquanto o lado de fora da picape ainda é conceitual demais, o interior já parece mais próximo da produção, embora a Volkswagen tenha dito que não pretende construir a picape em série. Será mesmo?
Nissan e Renault podem se tornar uma só empresa
Aliadas desde 1999, a Renault e a Nissan podem dar origem a uma nova empresa que irá unificar as duas fabricantes e deverá torná-las, junto com a Mitsubishi, a maior fabricante de carros do planeta. Ao menos é o que diz a agência Bloomberg, que apurou esta intenção das duas fabricantes, com uma ajuda do CEO Carlos Ghosn.
Desde o ano passado, conforme anúncio do próprio Ghosn, as fabricantes iniciaram uma nova fase na qual irão desenvolver somente tecnologias e plataformas compartilhadas para gerar produtos das três marcas, o que irá economizar mais de 10 bilhões de euros até 2022. Atualmente a Nissan é proprietária de 15% das ações da Renault, que por sua vez tem 43% das ações da Nissan.