Um dos estantes mais comentados do Salão de São Paulo foi o da Honda — pudera: além do lançamento oficial do Civic Si, a marca levou para o estande o épico McLaren MP4/4 que, em 1988, deu a Senna seu primeiro título na Fórmula 1, em 1988. Além disso, marcaram presença o futuro Honda NSX e, claro, os lançamentos da marca para o Brasil.
Vamos começar com o HR-V, pois sua missão é importante: expandir a fatia da Honda no mercado de utilitários com um rival para o EcoSport, que ainda é referência no segmento. Para isto, o utilitário compacto que divide a plataforma com Fit e o City e será movido por um motor 1.8 flex com comando i-VTEC, 140 cv a 6.500 rpm e 17,7 cv a 5.000 rpm (queimando etanol). O câmbio CVT leva a força para as rodas dianteiras.
A estreia no mercado está próxima: o SUV será fabricado em Sumaré, na mesma linha de montagem de City, Civic e Fit, e estará nas lojas até março de 2015 custando algo na faixa dos R$ 70 mil.
Já o CR-V ganhou sua primeira reestilização desde o lançamento da quarta e atual geração, em 2012. A maior mudança foi a grade dianteira, que perde os filetes cromados e ganha uma peça com apelo mais esportivo e acabamento escurecido. A traseira ganha um novo para-choque e uma barra cromada entre as lanternas verticais, e as rodas de 17 polegadas trazem um desenho inédito.
O interior teve o painel e o console central redesenhados e ganhou novos materiais, enquanto o motor é o mesmo 2.0 flex com comando i-VTEC, 155 cv a 6.300 rpm e 19,5 mkgf de torque a 4.800 rpm (etanol). O câmbio é automático de cinco marchas e a tração pode ser dianteira ou integral.
Com o Si no Salão, confirmamos: o bicho tem presença — mesmo 1,5 cm mais alto, ele tem uma postura ameaçadora e nos faz querer saltar para dentro e acelerar. Ele está acompanhado do resto da linha 2015 — incluindo as versões mais mansas do Civic, o City.
Agora, o maior destaque (ao menos para nós) é o McLaren MP4/4 pilotado por Ayrton Senna na temporada de 1988. Ao volante do bólido equipado com um V6 turbinado de 1,5 litro e 680 cv, capaz de girar a 14.000 rpm, Senna venceu oito das dezesseis corridas da temporada e tornou-se campeão.
É fácil entender a razão para que a Honda tenha levado o MP4/4 para o Salão: no ano que vem, a companhia voltará a fornecer motores para Fórmula 1, novamente para a McLaren. Como se não bastasse, no ano que vem a categoria vai voltar a usar motores V6 biturbo — ou seja: a presença do MP4/4 no Anhembi provoca uma verdadeira viagem nostálgica para muita gente.
Falando em nostalgia, outro nome conhecido entre os entusiastas está no estande: o conceito NSX, que será lançado como modelo de produção no ano que vem — contudo, ele será bem diferente do NSX que ficou famoso no automobilismo japonês e foi um dos carros de Senna.
Sua proposta agora é a de ser um supercarro híbrido que terá um motor em posição central traseira (tudo indica que será , acoplado a um motor elétrico e à transmissão de dupla embreagem, mais dois motores elétricos na dianteira, um para cada roda — ou seja, ele terá tração integral.
O outro conceito que a Honda trouxe foi o FCEV, que significa Fuel Cell Electric Vehicle. Apresentado pela primeira vez no Salão de Los Angeles em novembro de 2013, o FCEV é movido a célula combustível — no caso, hidrogênio, que é comprimido e se transforma em energia elétrica usada para alimentar um motor de 136 cv. Além de não emitir poluentes — só vapor d’água —, o sistema permite uma autonomia de 480 km.
O FCEV é o sucessor dos modelos FCX, de 2002, e FCX Clarity, de 2008, mas traz um conjunto de força 33% menor e todo posicionado debaixo do capô, o que aumentou consideravelmente o espaço interno e a usabilidade do carro.