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Zero a 300

McLaren Senna Can-Am e LM revelados, Mercedes mostra AMG GT 73 em vídeo, 2020 será “o ano dos elétricos” e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do , o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Can-Am e LM: séries extra-especiais do McLaren Senna GTR (?) têm imagens divulgadas

Com 800 cv e apenas 500 unidades produzidas, todos os números e dados a respeito do McLaren Senna são superlativos. Neste ano, a McLaren revelou o Senna GTR, versão limitada a 75 unidades adicionais ainda mais extrema, com 825 cv (25 cavalos a mais) em seu V8 4.0 biturbo, transmissão de competição, suspensão reprojetada para a máxima performance com os slicks Pirelli, bitolas mais largas e apêndices aerodinâmicos mais pronunciados – em especial o splitter e o difusor. Seu lado não-tão bacana: o GTR (foto abaixo) é de uso exclusivo em pista.

Recentemente, circularam imagens de duas versões especiais MSO do Senna, confirmando rumores que circulavam há algumas semanas. Contudo, os carros seguem envolvidos em certo mistério, pois não há informações oficiais: tratam-se dos McLaren Senna LM e Can-Am.

A primeira coisa que não está clara é se estes carros são entregas que pertenciam ao lote de 500 unidades ou se pertencem ao lote dos 75 GTR (mais provável) – e se for este o caso, seriam unidades ultra-especiais, pois supostamente teriam o mesmo powertrain de 825 cv da versão de competição, mas homologados para as ruas. Notem que ambos possuem praticamente a mesma carenagem do Senna de rua, sem os apêndices aerodinâmicos extremos do GTR. As únicas diferenças relevantes que notamos em relação aos demais Senna são as quatro saídas de escapamento (em vez de três) e as persianas de escoamento aerodinâmico no topo dos para-lamas dianteiros – que não estão presentes no GTR porque este sequer possui o fechamento posterior dos para-lamas… because race car.

O Can-Am é o mais raro dos dois modelos: supostamente três unidades apenas, cor Papaya Orange, estilização externa ao estilo dos McLaren que competiram na categoria (note os nomes de Bruce McLaren e Denny Hulme pintados nos para-lamas traseiros, bem como o logotipo “McLaren Cars” nas portas, que dispensam a porção inferior transparente) e pintura em prata acetinado em detalhes externos como os espelhos, seção central do splitter e rodas – as mesmas do Senna de rua. A unidade das imagens publicadas pelo site CarScoops foi entregue a um colecionador canadense.

Já as dez imagens do Senna LM que você vê abaixo foram divulgadas pelo Instagram da loja da McLaren de Glasgow. Pintura num tom grafite lembrando bastante o Dark Palladium com diversos componentes em Papaya Orange, como os logotipos LM, os espelhos, aerofólio e porção interna dos para-lamas traseiros. Os grandes diferenciais visuais estão nas rodas de cinco pontas, semelhantes às Speedline utilizadas pelo McLaren F1 LM (entre nós, achei essa combinação bem mais interessante que as rodas originais), a grade traseira com visual mais tradicional e o acabamento dourado nas quatro ponteiras de escape, casando com o isolamento térmico em folheamento de ouro de 24 kilates no cofre do motor. Supostamente 20 unidades do Senna LM serão entregues – será que alguma destas terá uma pintura Gulf (Team Davidoff) ou Fina (BMW Motorsport), resgatando o visual dos McLaren F1 GTR mais famosos? Fica a torcida. (Juliano Barata)

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Mercedes-AMG antecipa GT73 em vídeo de fim de ano

A Mercedes-AMG esperou os últimos dias da década (ela acaba amanhã, caso você não tenha percebido) para divulgar seu vídeo de fim de ano e trouxe uma novidade nos últimos segundos: o aguardado AMG GT 73.

A linha 73 da AMG era pouco conhecida até dez ou quinze anos atrás pois na Classe S W140 ele foi um pacote opcional anterior à incorporação da AMG pela Daimler-Benz, comprado por praticamente ninguém. Na Classe SL ela também foi oferecida como pacote opcional da AMG entre 1995 e 1997, e depois ganhou  uma série de 85 unidades oferecidas apenas na Europa em 1999 — bem antes da internet “2.0” permitir o compartilhamento de imagens e informações de forma viral.

Desde 2018 a Mercedes-AMG vem dando pistas de que poderia produzir uma versão mais radical de seu V8 4.0 biturbo, dizendo que ele poderia chegar facilmente aos 700 cv de forma confiável. Depois, quando o AMG GT 4 portas começou a ser mostrado na forma de conceitos e renderizações, a AMG declarou que ele poderia chegar aos 800 cv com um powertrain híbrido. Ficou evidente que se trataria da primeira aplicação do V8 4.0 biturbo combinado a um motor elétrico.

Depois, a Mercedes registrou diversas sequências numéricas para serem utilizadas em automóveis, e entre os números estava o 73 — o que deu a pista de que esta nova versão ressuscitaria a linha 73. Mais recentemente, o carro foi flagrado em testes com o capô entreaberto e foi possível ver os chicotes elétricos de bitola larga típicos dos modelos híbridos, praticamente confirmando a produção do modelo.

Agora, a Mercedes mostra o mesmo protótipo em seu vídeo, sob os dizeres “Nós definimos o futuro da performance”, enquanto o carro arranca na pista (para a década de 2020?).

Espera-se que o AMG GT 73 tenha mais que os 638 cv do GT 63 S produzidos pelo V8 e cerca de 150 cv do conjunto elétrico para um total combinado de, aproximadamente, 800 cv.

O slogan do vídeo não é apenas uma frase de efeito: chegamos ao tempo em que um sedã de quatro portas e mais de 2 toneladas será capaz de acelerar do zero aos 100 km/h em 3 segundos e ultrapassar os 300 km/h. Seja ele na forma de um sedã convencional como o Dodge Charger Hellcat ou na forma de um supercarro híbrido que não corre o risco de ser eliminado pela caneta mágica dos governos obcecados pelo controle de emissões. (Leo Contesini)

 

Pininfarina assina linha especial de capacetes de competição

As últimas Ferrari a ostentar um logotipo da Pininfarina, não por coincidência, são duas das mais clássicas e refinadas a saírem da casa de Maranello nos últimos 20 anos e certamente serão colecionáveis de alto valor: California (2009 a 2014) e F12 (2012-2017). Com o crescimento exponencial de departamentos de design in-house na indústria automotiva, clássicos estúdios como a Pininfarina, Bertone, Zagato, Italdesign Giugiaro e Carrozzeria Ghia enfrentaram tempos difíceis, ao mesmo tempo em que a maioria das marcas fica afogada em excesso de “brand face”.

Adquirida pelos indianos do grupo Mahindra em 2015 pela quantia de 168 milhões de euros, a Pininfarina segue produzindo belos trabalhos de design com alguma ou nenhuma relação com a indústria automotiva. A notícia de hoje remete aos velhos tempos: uma série especial de sete modelos de capacetes (para turismo e monopostos), produzidos em parceria com a norte-americana Roux Racing SRL, com preços que irão variar de US$ 1.200 a US$ 5.000. Infelizmente, a empresa divulgou apenas uma imagem.

De acordo com a Roux, os capacetes para monopostos apresentarão canards removíveis para auxiliar na estabilização aerodinâmica da cabeça do piloto e redução do arrasto. Os modelos de turismo apresentam um sistema de refrigeração a líquido (Cool-X) interligado com o das vestes do piloto. Ambos atendem às homologações Snell 2020 e FIA 8860, com padrão de resistência balístico (ABP), possuem tubos para bebidas e sistema de áudio noise-cancelling para comunicação com os boxes, além de uma série de customizações possíveis. A Pininfarina já havia produzido capacetes antes, os Aiflow Newmax, mas eram para motocicletas de rua. Quer ler mais sobre o estúdio? Conheça nesta matéria alguns dos produtos mais incríveis e curiosos que a companhia já produziu, veja este especial sobre como a Pininfarina moldou a imagem da Ferrari ao longo das décadas e leia esta reportagem mostrando as produções da Pininfarina para a Peugeot (Juliano Barata).

 

Após anos em crescimento Lamborghini pretende estabilizar as vendas para evitar desgaste da marca

A Lamborghini está em nono ano consecutivo de aumento de vendas, 2019 foi o recorde da marca com por volta de 8.200 unidades comercializadas. Grande parte do sucesso vem do SUV Urus, responsável por 55% das vendas de 2019 e por trazer novos consumidores que nunca tiveram um Lamborghini antes.

Apesar desse crescimento o CEO do fabricante, Stefano Domenicali, diz que quer estabilizar as vendas em 8.500 unidades por ano para manter a exclusividade e evitar o desgaste da marca. Segundo o executivo, para vender mais de 10.000 unidades anualmente seria necessário ter um quarto modelo na linha da Lamborghini e isso só vai acontecer em 2025. Esse modelo novo é um grand tourer 2+2, o powertrain e a plataforma ainda não foram decididos.

Com as vendas estabilizadas a Lamborghini pretende aumentar a receita com serviços de manutenção e venda de peças. O consumidor do Urus roda uma quilometragem maior com o carro que os donos de esportivos, o que deve movimentar mais as concessionárias com revisões e reparos.

Um dos desafios da Lamborghini com o Urus é a demanda, atualmente exite uma fila de espera de nove para receber o carro. Nos mercados que cresceram mais como o Oriente Médio, Califórnia e Flórida o clienta gosta de comprar o que tem disponível no pátio da concessionária e o fabricante italiano não tem esse costume de gerenciar inventário em lojas. (Eduardo Rodrigues)

 

Analistas de mercado preveem que 2020 seja o ano dos elétricos na Europa

O ano de 2019 foi marcado por muitos lançamentos e anúncios de novos carros elétricos, analistas prevem que 2020 seja marcado como o “ano dos carros elétricos” na Europa. Para 2020 está previsto o inicio das vendas de elétricos em vários elétricos de alto volume, como o Volkswagen ID.3, o Opel Corsa-e, o Mini Cooper SE, o Ford Mustang Mach-E, o Toyota Ultra Compact BEV e um novo Fiat 500e.

Além da maior disponibilidade de elétricos, no dia 1 de janeiro vai entrar em vigência na União Europeia uma nova lei que penaliza fabricantes por ter uma emissão média de 95g de CO2 por quilômetro rodado através de toda a gama de modelos. A multa é de 95 euros por cada grama acima desse valor e multiplicada pela quantidade de veículos vendidos. Para contornar isso os fabricantes conseguiram aprovar que cada carro elétrico conte como dois carros e que carros que emitam menos de 50g 97 g/km de CO2 recebam incentivos.

Os analistas prevem um aumento da venda de elétricos de 319.000 unidades em 2019 para 540.000 unidades em 2020. A Europa já possui uma rede de pontos de recarga madura, sendo possível atravessar o continente sem grandes problemas. Após o escândalo do Dieselgate a procura por elétricos aumentou na Europa, onde o consumidor possui uma maior consciência ecológica.

Entretanto, apesar do crescimento das vendas de elétricos a maioria dos carros vendidos na Europa deve continuar sendo à combustão interna. Os carros elétricos ainda são mais caros para produzir e não conseguem competir com compactos mais baratos. Mas com essa tendência de leis de emissões cada vez mais rígidas, os compactos europeus com motor à gasolina e diesel tendem a sumir. O Ford Fiesta, por exemplo, emite a partir de 97 g/km de CO2 nas versões a gasolina, o que é acima da média proposta pela União Europeia. (Eduardo Rodrigues)