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Governo zera imposto de importação do etanol
O governo federal anunciou mais uma medida para tentar conter os preços dos combustíveis. Depois de modificar forma de cálculo e cobrança do ICMS, o Ministério da Economia agora anunciou que irá zerar o imposto de importação do etanol a partir de hoje (23) até o dia 31 de dezembro. Atualmente, o combustível paga 18% de imposto se for trazido de países de fora do Mercosul.
O Brasil já teve uma situação semelhante em 2016 e 2017, quando tivemos um recorde de importações de que ajudou a derrubar os preços dos combustíveis. Foi também quando o imposto sobre o etanol foi criado. Na época, o combustível vegetal chegou a custar menos de R$ 2 no estado de São Paulo, onde normalmente é mais barato.
Além da redução do imposto de importação, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia está negociando cotas específicas de importação com alguns países como os EUA, de onde vem a maior parte do etanol importado.
Segundo a Comex, a redução temporária da alíquota pode reduzir os preços da gasolina em até R$ 0,20 nas bombas. A queda nos preços, contudo, não depende apenas do imposto, mas também da oscilação da cotação do petróleo e da flutuação cambial. Em 2017, a importação derrubou os preços porque estes dois fatores estavam controlados — o dólar e o barril estavam estáveis.
Como a importação de gasolina e etanol ajudou a baixar os preços nas bombas
Caso a importação de etanol se torne vantajosa sobre a produção local, a medida tem potencial para reduzir o preço tanto do etanol quanto da gasolina nas bombas, primeiro por causa da composição da gasolina (E27/E25), depois pela própria concorrência entre etanol e gasolina nas bombas.
Como a medida foi anunciada na segunda-feira (21) e implementada apenas a partir de hoje, ainda deve levar algum tempo para que as importações sejam feitas em volume significativo para impactar os preços. Neste momento o cenário internacional é favorável, pois o dólar segue em queda, assim como o barril do petróleo. (Leo Contesini)
Mercedes-Benz irá assumir responsabilidade por danos causados por carros autônomos
Quando a Justiça dos EUA determinou que a supervisora do Volvo autônomo da Uber que atropelou e matou uma ciclista em 2018, a decisão parecia apontar o caminho para a solução do dilema moral-legal sobre a responsabilidade em casos de acidentes com carros autônomos. A decisão parecia lógica, afinal: a motorista havia sido orientada sobre a necessidade de supervisão constante do veículo, e agiu de forma deliberada ao não cumprir esta orientação.
Contudo, há casos mais específicos: o que acontece quando o motorista está supervisionado o veículo, assume o comando em caso de emergência e os sistemas não respondem? Quem será responsabilizado?
Agora, a Mercedes puxa a corda da discussão para o outro lado. A marca alemã está colocando nas ruas seus carros com nível 3 de autonomia e decidiu que, quando o sistema Drive Pilot de seus carros estiver ativado, o motorista não é mais o responsável legal pela operação do veículo. Se o carro sofrer ou causar um acidente, a Mercedes assumirá a responsabilidade.
A decisão não é resultado de disputa judicial: a Mercedes decidiu isso por conta própria como ferramenta de marketing, embora isso não seja declarado, evidentemente. O recado, interpretando subjetivamente, é a confiança no funcionamento pleno do sistema. A Mercedes foi a primeira fabricante a obter a certificação internacional para o Nível 3 de autonomia e pretende obter novas licenças para diferentes estados dos EUA.
O sistema, claro, não será 100% autônomo em todas as condições possíveis — afinal, trata-se do nível 3 e não do nível 5. Além disso, a Mercedes foi cautelosa com essa história de assumir a responsabilidade sobre o que acontecer com o carro, aumentando a resistência da rede de proteção do sistema. Por exemplo: o Drive Pilot só pode ser ativado a até 60 km/h (ou 40 mph nos países que usam o sistema imperial) em rodovias com acesso limitado e pista dupla com separação física, sem semáforos, rotatórias ou outros sistemas de controle de tráfego, nem em áreas de obras rodoviárias. E só irá funcionar nas rodovias mapeadas pela Mercedes, somente durante o dia e em condições climáticas favoráveis. Ou seja: um ambiente super-controlado.
Além disso, o carro irá emitir sinais de alerta consecutivos por dez segundos antes de “devolver” automaticamente a condução para o motorista — ou seja: o carro irá desativar o sistema em dez segundos, devolvendo a responsabilidade ao condutor. Isso significa que aquele fetiche de dormir no trânsito não será possível, mas nos países onde o carro for homologado, o motorista poderá executar outras tarefas ao volante quando o sistema estiver ativado.
Agora, antes de você pensar que a Mercedes está sendo malandra e colocando regras super seguras para se resguardar, eu recomendo que você veja esse cenário de outra forma: pense em todas as variáveis possíveis durante o trajeto mais curto e rotineiro que você faz. Agora imagine como seriam os sensores e a programação para lidar com tudo isso.
Na prática, a Mercedes está abraçando a autonomia como parte do mercado deseja/almeja, mas ela está dando um recado muito sutil: a autonomia plena não será possível sem que os motoristas sejam responsabilizados por seus atos — ainda que sejam atos de omissão —, porque o mundo real é complexo demais até mesmo para um computador complexo e moderno de última geração.
Aos poucos o futuro se desenha e a tecnologia se adapta a realidade. Como já dissemos em outra ocasião, a estrada para os autônomos já são um caminho sem volta. O que não será como os mais deslumbrados imaginam é o cenário de um planeta coberto por carros sem volante, dirigindo sozinhos e até vazios. Em vez disso, teremos os carros mais seguros de sempre, capazes de mitigar nossos erros de julgamento e nossas limitações físicas. Que seja assim, e que sejam bem-vindos. (Leo Contesini)
“Endurance” foi encontrado por um Saab
Todo mundo sabe que a indústria de automóveis sueca Saab não existe mais; o último automóvel da marca foi produzido em 2011, há mais de dez anos atrás. Mas a “Svenska Aeroplan AktieBolag” original deu luz não somente à fábrica de automóveis Saab; aviões eram seu principal produto, e o Saab Group ainda existe produzindo-os, como o contrato para produzir caças com a Embraer para nossa força aérea mostra claramente.
Outro produto deste grupo sueco pode ser visto aqui: foi o submarino-robô que recentemente mostrou as primeiras imagens do Endurance, o famosíssimo navio de Ernest Schackelton que afundou na Antártica em 1915.
A expedição do Endurance (“resistência”, um nome que se mostraria profético) é lendária: se fosse um filme de ficção seria incrível demais para alguém acreditar. Como se não bastasse o nome do navio, a chamada de voluntários de Shackleton nos jornais também previu o futuro: “Homens procurados para viagem perigosa. Salários baixos, frio intenso, longas horas de completa escuridão. Retorno seguro duvidoso. Honra e reconhecimento em caso de sucesso.”
A expedição acaba antes do tempo quando o navio fica preso no gelo e afunda, deixando a tripulação perdida na imensidão gelada sem contato com o resto da civilização, algo que então significava morte certa. Mas ninguém morreu, ainda que um ano de sofrimento se passasse até que finalmente toda tribulação ficasse em segurança. Ernest Shackleton é um herói incansável, que por pura força de sua personalidade e exemplo, não descansa até ter todos os tripulantes salvos. E agora, incrivelmente, temos imagens do navio afundado, tanto tempo atrás. E tudo graças a um Saab.
O Saab que encontrou o navio afundado se chama Saab Sabertooth. É um AUV, um “veículo submarino autônomo” que pesa 1300 kg, tem uma bateria de 30,0 kWh e uma velocidade máxima de 7 km/h. Um par deles foi usado para encontrar o navio nas profundezas de um lugar que Shackleton chamou de “a pior parte do pior mar do mundo”.
A expedição Endurance22, que descobriu o naufrágio, enfrentou uma série de dificuldades, enfrentando os mesmos problemas que Shackleton enfrentou: gelo, gelo, e mais gelo. E um frio que não parece ser real. O Sabertooth, que é classificado para uma profundidade de 9.842 pés (3.000 metros), teve que passar de seus limites de projeto para encontrar o Endurance: o navio estava a 9.869 pés de profundidade.
A expdição não pegou nada do naufrágio, além de imagens, apesar do Sabertooth ser capaz de coletar amostras. O barco está incrivelmente inteiro graças às águas extremamente geladas: parece intocado por mais de 100 anos. Na popa, ainda é possível ver uma estrela sob a inscrição “Endurance”, remanescente do primeiro proprietário do navio, que o batizou de Polaris. Não sei vocês, mas ao ver essas imagens, tendo conhecido a história de Shackleton e de sua expedição quando adolescente, eu fiquei profundamente emocionado.
A história de Shackleton e sua tripulação é uma das maiores vitórias do espírito humano sob condições adversas; uma expedição que foi um fracasso completo em atingir todos os objetivos científicos e financeiros que procurava atingir. Como fracassar e ainda assim vencer? Exatamente assim: mantendo-se íntegro e confiante frente à adversidades terríveis. E por mais duvidoso que o retorno fosse, trazer todo mundo à salvo para casa. (MAO)
AMG comemora 55 anos com um G63 especial
Os Mercedes-AMG nunca foram carros leves e pequenos; mas ao comemorar 55 anos da marca, o carro escolhido de qualquer forma lembra o presente, e não o passado da marca: é um jipe classe G. Trata-se do Mercedes-AMG G63 Edition 55, que estreia na Europa para celebrar os 55 anos da marca AMG. Está disponível para encomenda a partir de agora até outubro de 2022.
Disponível apenas na Europa por enquanto, tecnicamente é um pacote opcional de € 17.850 disponível para o G63. O Edition 55 vem com uma série de itens de aparência diferentes, incluindo rodas forjadas de raios cruzados de 22 polegadas com um acabamento de pintura cinza tântalo fosco e um aro de alto brilho. Os Pacotes AMG Night I e II, que incluem acabamentos em preto brilhante em peças como a grade do radiador, piscas e faróis dianteiros e traseiros, e uma tampa do tanque de combustível cromada prateada com o nome AMG também fazem parte do pacote externo. Um adesivo na lateral caracteriza esta versão comemorativa.
No interior, frisos das portas em aço inoxidável com inscrição AMG iluminada em vermelho, tapetes AMG pretos com costura vermelha e inscrição “Edition 55” e volante revestido em microfibra com emblemas “AMG” e “55”. Detalhes de acabamento em carbono e bancos de couro napa vermelho e preto em dois tons completam o visual.
Não há alterações na mecânica: sob o capô, está o motor V8 biturbo de 4,0 litros que desenvolve 585 cv e 86 mkgf de torque, acoplado á uma transmissão automática de nove velocidades. A Mercedes-AMG sugere que o pacote Edition 55 do G 63 é apenas o primeiro de vários especiais de aniversário que veremos nos próximos meses, comemorando a fundação da marca, originalmente uma casa de preparação, em 1967. (MAO)
Toyota GR Supra GT4 ’50 Edition’ comemora sucesso em pista
A Toyota está anunciando o GR Supra GT4 ‘50 Edition’, uma versão limitada do carro de corrida GR Supra GT4 que será restrita a apenas seis unidades em todo o mundo.
O GR Supra GT4 é um carro de corrida: um total de 50 exemplares foram vendidos até o final de 2021 e eles participaram em mais de 250 corridas, conquistando 36 vitórias e 78 pódios. É elegível para uma série de categorias GT mundo afora, e se mostrou extremamente popular.
O GR Supra GT4 ’50 Edition’ foi lançado para comemorar as 50 vendas do carro de corrida. Apenas duas unidades serão alocadas para a Ásia, Europa e América do Norte, respectivamente, e cada uma custa € 175.000.
Todos os seis carros são pintados em vermelho Toyota Gazoo Racing e incluem adesivos dourados ’50 Edition’ nas laterais e no teto. A Toyota também fez alguns ajustes no interior do carro de corrida, instalando novos assentos de corrida OMP com bordado GR Supra GT4, um controlador de navegação especial com o logotipo ’50 Edition’ e uma placa numerada exclusivamente no painel de fibra de carbono.
O motor é uma versão do motor seis em linha 3,0 litros turbo, aqui com 430 cv, acoplado a uma transmissão automática de sete velocidades com diferencial autoblocante. Pesa 145 kg menos do que o Supra de rua. Embora teoricamente possa ser usado em ruas, e este parece ser o objetivo implícito desta versão comemorativa… boa sorte tentando emplacá-lo. É um carro de corrida dedicado. (MAO)
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