Salve, pessoal! Hoje é dia de lista temática no FlatOut e, inspirados pela Brasilia Violeta Pop de ontem, decidimos dar uma olhada nos outros carros aircooled anunciados no . São quase 200, então não foi uma escolha fácil.
Como recentemente foi o Dia Mundial do Fusca e fizemos uma lista especial, priorizamos desta vez os outros modelos da Volks com motor arrefecido a ar. Mas também lembramos que a VW não foi a única fabricante a dispensar os radiadores, e nesta lista temos carros da Fiat, da Chevrolet e, claro, da Porsche, também. E mais alguma coisinhas…
Vale relembrar: trata-se de uma situação diferente das listas de anúncios de pessoa física, que seguem uma ordem cronológica: escolhemos a dedo os carros desta lista, e todos são interessantes em nossa opinião. Entendido? Então vamos lá!
A sóbria cor Cinza Granito contrasta bastante com o Violeta Pop da Brasilia que mostramos ontem, mas cai muito bem às formas harmônicas do hatch. Este exemplar é de 1980, já na segunda fase do carro, com para-choques maiores, polainas de borracha e lanternas traseiras estriadas, além de um cluster de instrumentos mais moderno e bancos mais anatômicos, com encostos de cabeça. O proprietário diz que a Brasilia tem escape dimensionado, carburador com afogador automático e câmbio com relações de SP2, mais curtas. Diz também que a elétrica foi revisada e que a mecânica encontra-se em perfeito estado de fucionamento. [highlight].[/highlight]
Nem todo aircooled é VW ou Porsche, e esta é uma das evidências: um Fiat 500 clássico, fabricado em 1968 e preparado com um kit Abarth, que aumenta o deslocamento do motor dois-cilindros de 500 para 695 cm³ – e a potência de 25 cv para 38 km. Estamos falando, claro de um carro de menos de 600 kg com tração traseira e suspensão preparada, que de acordo com o anunciante segue a receita italiana dos carros de corrida preparados pela empresa de Carlo Abarth na época. [highlight].[/highlight]
Agora, se o que você quer é mesmo um Fusca – o aircooled mais popular do Brasil, certamente – e dinheiro não é exatamente um problema, por que não pegar uma versão mais interessante? Este é um legítimo Fuscão 1600S, versão de apelo esportivo lançada em 1974 e equipada com um boxer 1600 com carburação dupla e 65 cv (oficializando uma receita de preparação que já era popular entre os proprietários), além da característica capa preta sobre as entradas de ar da tampa traseira e conta-giros no painel, barra estabilizadora e freios a disco na dianteira. De acordo com o proprietário este exemplar de 1975 está muito bem conservado e original, revisado e em perfeito funcionamento. .
Reforçando: nem todo aircooled é VW ou Porsche, e este Chevrolet Corvair é outra evidência. O modelo compacto da Chevrolet foi lançado em 1959 e era uma tentativa de conquistar o mercado norte-americano com algo novo, e sua concepção mecânica lembrava o Porsche 911, com um boxer de seis cilindros na traseira e vez de um V8 na dianteira, como era comum na época. Este exemplar é um Monza Club Spyder produzido em 1962 e equipado com motor de 2,4 litros e 99 cv, acoplado a uma caixa automática de duas marchas com alavanca na coluna. [highlight].[/highlight]
A perua Variant II, apresentada em 1977, é mais do que uma Variant com carroceria quadrada (embora não deixe de sê-lo, merecendo o apelido “Variantão”): trata-se do mais avançado derivado do Fusca vendido no Brasil, com suspensão dianteira do tipo McPherson e suspensão traseira por braços semi-arrastados – que garantiam comportamento dinâmico mais estável e rodar mais confortável. Este exemplar foi fabricado em 1979, tem motor 1600 de dupla carburação e, de acordo com o dono, tem pneus novos e passou por uma revisão na mecânica, na elétrica e nos freios – sendo que os dianteiros são novos, bem como todos os pneus. [highlight].[/highlight]
Nos anos 60 e 70 foram produzidos no Brasil diversos modelos “fora-de-série” com chassi e mecânica Volkswagen. Um dos menos conhecidos é o L’Automobile P-3, recriação do Alfa Romeo Tipo B P3, carro de corrida aberto que competiu entre 1932 e 1935 e tinha um oito-cilindros em linha montado na dianteira. Naturalmente o L’Automobile P3 tem um boxer VW na traseira, e algumas de suas linhas diferem do original (especialmente o bico na dianteira), mas trata-se de um item interessante para uma coleção e eventuais passeios – mais exclusivo que o também muito bacana MP Lafer. [highlight].[/highlight]
Criado por Alexander “Butzi” Porsche, neto de Ferdinand Porsche, o 911 pode ser considerado o neto do Fusca (que foi criado por Ferdinand). Ele só abandonou o motor arrefecido a ar em 1998, quando foi lançado o 997 – ou seja: este exemplar de 1975 é do jeito que os puristas gostam: motor 2.7 a ar de 150 cv, aspiração natural, câmbio manual e tração traseira. Segundo o anunciante este exemplar tem 6.500 km rodados e opcionais de época bem interessantes, como console central, lavadores de faróis, câmbio de engate rápido e teto solar. [highlight].[/highlight]
Que tal uma edição especial do “Gol com motor de Fusca”? O Gol Copa apareceu pela primeira vez em 1982, quando a Volks ainda não havia lançado o clássico GT e o sucesso do hatch ainda era incerto. Comemorando a Copa do Mundo de 1982, realizada na Espanha, o Gol Copa vinha com pintura especial, revestimentos exclusivos, faróis auxiliares, emblemas especiais e rodas de liga leve. O proprietário deste exemplar diz que o mesmo só recebeu um banho de tinta a portas fechadas, na tonalidade original, e que o hodômetro marca 45.000 km. As rodas são um jogo de Scorro dos anos 80. [highlight].[/highlight]
O VW Karmann Ghia é considerado um dos carros mais bonitos de seu tempo e, de fato, a carroceria moldada a partir de uma única chapa de metal é belíssima. Sabemos também que o desempenho do flat-four 1200, de apenas 30 cv, não estava à altura do desenho, mas isto não torna o KG menos desejado por quem curte os Volks a ar. Segundo o vendedor, esta unidade fabricada em 1965 teve a carroceria restaurada nos padrões originais, porém está com a mecânica original funcionando perfeitamente, assim como bancos e tapeçaria de fábrica. [highlight].[/highlight]
Outro modelo cobiçadíssimo desenvolvido pela VW do Brasil nos anos 70 é o SP2, esportivo com motor boxer de 1,7 litro na traseira e 75 cv, suficientes para uma velocidade máxima de… 153 km/h. Não era o carro mais rápido, mas seu visual inspiradíssimo torna o SP2 um carro muito desejado pelos entusiastas estrangeiros dos Volks a ar. Não há muito mais informações a respeito deste exemplar em si: o anúncio se limita a dizer que ele foi fabricado em 1975. As fotos, porém, mostram um carro bastante íntegro, ainda que não fique claro se trata-se de um SP2 restaurado ou todo original de fábrica. [highlight].[/highlight]