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Nossas sugestões para tornar o trânsito um pouco melhor

Já reparou que os piores motoristas parecem nunca receber uma multa? Isso demonstra que algo pode estar errado. Talvez seja uma questão de fazer pequenas mudanças nas leis ou na fiscalização, por isso temos aqui alguns exemplos de mudanças que deveriam ser feitas em nome de um trânsito mais seguro, menos caótico e mais fluente.

Há muitas leis boas no código de trânsito. A lei seca é uma delas. A proibição de digitar em celulares é outra. E nós ainda temos a permissão para dividir a faixa entre carro e moto, algo que os americanos sonham em poder fazer no país inteiro.

E antes de falar das leis que deveriam mudar, gostaríamos apenas reforçar que a segurança no trânsito começa na formação e habilitação dos condutores, algo que deveria ser muito mais rigoroso do que é hoje. Seria muito melhor ensinar as pessoas a dominar a máquina em situações críticas vez de puni-las por rodar a 42 km/h em uma rodovia federal de mão única com três faixas e acostamento.

Dito isso, vamos às mudanças que deveriam ser feitas. Se você concorda, discorda ou acha que faltou alguma lei, deixe seu comentário lá no final.

Multas severas para os donos da faixa da esquerda

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Onde foram parar os patrulheiros rodoviários? Aqueles caras que ficavam de olho na estrada para garantir que tudo estava sob controle. Hoje a tarefa de fiscalização foi relegada aos radares, que são inflexíveis e burros, e não flagram aquele motorista que amarra o resto do planeta andando devagar e despreocupado pela faixa da esquerda. Deixar de ceder passagem já é uma infração de trânsito, mas deveria ser fiscalizada com mais severidade e punida com multas mais pesadas. A faixa da esquerda é para utrapassagens e nada além disso.

Exames anuais para motoristas idosos

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Vovô foi um bom motorista, mas nos últimos anos de sua vida ele já não era mais o mesmo e deu vários sustos na família. Na época os exames de saúde (um mero exame de vista) eram feitos a cada cinco anos. No ano passado esse prazo foi reduzido para três, mas ainda é muito tempo. Muita coisa acontece nesse tempo (há três anos ele estava vivo). Felizmente ele soube a hora de parar, mas muita gente não sabe, e é por isso que precisamos de exames mais frequentes. É inaceitável que alguém viva tanto para morrer saudável em um acidente de trânsito.

Multa às motos “costureiras”

O código de trânsito permite que compartilhemos a faixa de rolamento entre motos e carros. Mas isso não significa que os motociclistas estão liberados para fazer o que bem entendem. A ultrapassagem ainda precisa ser sinalizada, pela esquerda e nunca sobre faixa contínua, que geralmente existe para proteger a travessia de pedestres e até os próprios motociclistas em cruzamentos e interseções de baixa visibilidade. Na prática, infelizmente é como se ela não existisse para ninguém.

Multa por faróis desalinhados

A instalação de faróis de xenônio é proibida, ainda que de acordo com os aspectos elétricos, fotométricos e de intensidade luminosa exigidos pelas resoluções do Contran, mas não há instrumento legal para impedir a circulação de um carro com faróis desalinhados. Em vez disso, se uma das lâmpadas de seu farol queimar no caminho para casa e você for flagrado por um agente, prepare seu bolso.

Habilitação categorizada por potência e porte

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A habilitação que te permite dirigir um Effa M100 é a mesma exigida para acelerar um Bugatti Veyron. O leve Fiat Mille e o maciço Range Rover Vogue. Da mesma forma, com sua CNH de categoria AB, você está “habilitado” a conduzir uma Mobilette ou uma Hayabusa. A criação de habilitações separadas por potência e porte ajudariam a acabar com os acidentes bizarros com SUVs pesados e superesportivos impedido que pessoas sem treinamento ou com mau histórico pudessem colocar as mãos nesse tipo de carro.

Multas severas para quem não dá seta

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Não sinalizar mudanças de direção é uma infração grave, mas nunca conheci alguém que tenha sido multado por isso, e quando pedi as estatísticas a um departamento de trânsito, mandaram que eu procurasse em outro lugar. As pessoas esquecem de “dar seta” por que não há punição por isso. Se as pessoas tivessem que pagar toda vez que deixasse de sinalizar, elas começariam e lembrar disso com mais frequência.

Reduzir o período de 30 anos para a importação de usados

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O trânsito não seria pior se pudéssemos trazer alguns Audi RS4 ou Skyline GT-R. A balança comercial também não se tornaria deficitária por isso. O procedimento legal para importar um carro antigo usado tem um custo que já foi pago e amortizado em um carro usado nacional, assim não correríamos o risco de receber sucata de outros países disfarçados de carros usados. Todos sairiam ganhando: o Estado com os impostos cobrados e o fã de carros que passaria a ter a chance de comprar seus carros dos sonhos que nunca foram vendidos por aqui. Especialmente os modelos anteriores à década de noventa, quando as importações ainda eram proibidas.

Aumentar os limites de velocidade

Há muitos lugares onde manter a velocidade baixa é necessário, mas em rodovias perfeitas, porém com limite baixo, acabamos mais preocupados com o velocímetro do que com o que acontece ao redor. Isso acontece por vários motivos que vão desde a falta de critério para a definição dos limites, até à promiscuidade da arrecadação das multas em relação ao orçamento municipal. Nos até escrevemos um post inteiro sobre o assunto para explicar melhor o problema.