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Novo Honda Accord no Brasil
A parte interessante do Accord é que ele sempre foi o principal Honda para o mercado americano; na verdade, o nameplate foi inventado justamente para um carro criado especificamente para o mercado americano. Sim, os Civic também sempre foram sucesso por lá, mas no país onde espaço não é um problema, dimensões maiores são normalmente um bônus, sem contraindicações.
Aqui no Brasil também, desde que a importação foi liberada, é um carro de sucesso relativo a seu preço. O que é incrível, numa faixa onde a força do status de marcas alemãs faz diferença. Agora, chega ao Brasil o novo Accord; é a décima primeira geração do modelo.
O Accord moderno é um híbrido, mas um daqueles onde os motores elétricos apenas aumentam a eficiência do conjunto. É o sistema híbrido e:HEV da Honda, onde o elétrico e o a combustão acionam alternadamente as rodas, e não os dois juntos; assim, o motor elétrico funciona mais na cidade, onde é o mais eficiente, e o a combustão em alta velocidade em estradas, também onde é mais eficiente.
O motor elétrico de tração tem 184 cv e 34,1 mkgf; o motor à gasolina é um 2.0 16V DOHC VTEC de ciclo Atkinson, com injeção direta, 146 cv a 6100 rpm e 19,2 mkgf a 4500 rpm. O motor a gasolina é acoplado também a um gerador, para carregar as baterias quando necessário, motor a gasolina desacoplado das rodas nesse caso.
O Accord é um carro grande para os padrões brasileiros: 4970 mm num entre-eixos de 2830 mm, e largo aos 1860 mm. Pesa 1577 kg, o que é pesado em termos absolutos, mas relativamente, hoje, bem razoável. O carro faz 17,8 km/l na cidade e 16,1 km/l na estrada, segundo o INMETRO.
O ar-condicionado é de duas zonas, a central multimídia tem tela de 12,3 polegadas com as usuais integrações sem fio ao telefone pessoal, com os dois sistemas operacionais mais populares. O quadro de instrumentos também é digital com tela de 10,2 polegadas. Cruise control adaptativo, farol alto automático, 8 airbags, monitor de atenção do motorista, assistente de partida em rampa, assistente de tração e estabilidade, câmera de ré multivisão, sistema de luzes de emergência em frenagens severas, sensor de pressão dos pneus, assistente para redução de ponto cego, fazem parte da especificação deste discreto e econômico carro de luxo japonês.
O preço é condizente com sua categoria: R$ 324.900. Se você não deseja a imagem de uma BMW e uma Mercedes, e gosta de ser discreto em seu carro de luxo de uso diário, algo recomendável na guerra urbana brasileira, parece uma opção boa. (MAO)
Canal de YouTube quer correr no teto de túnel, de ponta-cabeça
Quem me conhece há muito tempo sabe que eu sempre disse que só ia gostar de verdade da F1 quando começassem a correr no teto. Sim, no teto: tanto downforce devia ser usado para mais que apenas andar no chão, afinal de contas. O perigo e a excitação de uma corrida de ponta-cabeça são demais para os corações sensíveis de hoje em dia, porém, então falava isso sem esperança nenhuma de um dia ver acontecer.
Mas parece que não sou o único a entreter essa ideia maluca, mas sensacional. Veja isso: está fazendo algo assim. E com alto investimento, lógico.
Par quem não entendeu, a ideia é simples em termos de engenharia: se o carro gera mais downforce aerodinâmico que seu peso gera força em direção do centro do planeta, ele pode andar em qualquer lugar: paredes, ponta-cabeça, espiral, qualquer coisa. Só há de se tomar cuidado com a velocidade: o downforce é função da velocidade, então se por exemplo o peso do carro é superado a 60 km/h, se você está de ponta-cabeça nunca deve baixar dessa velocidade. Senão o carro cai.
Na experiência do canal Driver61, o piloto Scott Mansell será o homem ao volante e diz que já investiu centenas de milhares de dólares para tornar este projeto uma realidade. O carro não será um F1 porém: será um carro de subida de montanha, que gera mais downforce, a velocidades menores, fazendo ele ideal para isso.
O carro se chama Empire Wraith, criado pelo projetista Willem Toet, que foi chefe de aerodinâmica da equipe Ferrari F1. Com alguns ajustes, Toet foi capaz de projetar uma carroceria que poderia produzir mais de 622 kg de downforce, o dobro do peso do carro.
O túnel para se andar no teto vai ter que ser construído para isso, lógico, não existe um que seja suave o suficiente na transição para o teto. Será um meio-túnel: assim a filmagem será muito mais fácil de realizar. Outro grande problema será adaptar o motor para rodar de ponta-cabeça; soluções aeronáuticas estão sendo pesquisadas.
Como se pode imaginar, um projeto ambicioso e caro, e o canal procura patrocinadores para finalizá-lo. Desejamos toda sorte a ele. E esperando ansioso a construção do Nurburgring reverso. (MAO)
Toyota GR mostra novo carro esporte em teaser
Em uma prévia para o Salão de Tóquio (que agora deveríamos chamar de Japan Mobility Show, mas não conseguimos), a Toyota mostrou uma imagem-teaser de um novo carro esporte com o logotipo Gazoo Racing, GR.
Parece ser uma evolução do conceito Sports EV já mostrado pela Toyota; algo como um novo MR2 moderno, mas elétrico. O cupê esportivo elétrico foi batizado de “FT-Se” e tem muitos emblemas da Gazoo Racing por dentro e por fora. Na verdade, a traseira nem traz o logotipo da Toyota, substituídos pelo emblema “GR” preto e vermelho com fonte branca. Também é perceptível no volante em forma de manche, outra inovação que a Lexus parece ter aperfeiçoado a partir da execução meia-boca da Tesla: o da Toyota não gira mais que meia volta para cada lado.
Obviamente pouco se sabe neste momento além das imagens e o nome. O que essas letras significam? Também não foi revelado, mas pode-se chutar: “FT” costuma significar “Future Toyota”. Presumivelmente, “S” significa “Sport” e “e” significa elétrico.
É muito cedo para dizer se a Toyota pretende lançar uma versão de produção deste carro. Os rumores de um novo MR2 teimam em permanecer, e Akio Toyoda sugeriu fortemente na semana passada que há planos para reviver o Celica. Algo a mais vai acontecer no mundo dos GR, e talvez pode ser que o elétrico aqui nem seja verdade, em produção.
Vamos ter que esperar o começo do Salão, em 25 ou 26 de outubro, para ter mais detalhes deste conceito deveras interessante. (MAO)
Rolls-Royce lança série especial inspirada em eclipse solar
O headliner, forro de teto, iluminado por milhares de fios de fibra óptica para imitar o céu estrelado de qualquer lugar que o dono deseje, é um grande sucesso da marca Rolls-Royce. Agora a marca vai além e cria uma edição limitada do Ghost Black Badge, que inspira seu estilo em um eclipse solar total. Chama-se (respire fundo) Rolls-Royce Ghost Black Badge Ékleipsis Private Collection.
Um dos detalhes mais marcantes do carro é justamente o Starlight Headliner, que aqui é animado. Quando o motor arranca, um círculo de 940 estrelas aparece acima, representando a coroa solar, frequentemente visível durante um eclipse solar total. A exibição dura exatamente sete minutos e 31 segundos, o tempo mais longo possível que um eclipse pode acontecer.
Obviamente não é só isso nesta barca mega-opulenta para sheiks árabes mostrarem aos seus pares, enquanto plotam planos para a destruição do grande satã. O painel apresenta 1.846 estrelas gravadas a laser, criando uma “linha do tempo simbólica de um eclipse solar total”. Ao lado do motivo do eclipse solar no painel está um relógio personalizado com um diamante de 0,5 quilates. Representa um único ponto de luz que aparece no contorno da Lua durante o evento. É a primeira vez que a empresa integra uma pedra preciosa na moldura de um relógio.
A Rolls-Royce submeteu o relógio a intensos testes de adesão para garantir que o diamante permaneceria no lugar, incluindo testes cíclicos de temperatura variando de -30° C a 90° C. Sim, um painel de instrumentos pode chegar a 90° C, se deixado ao sol escaldante com o carro fechado. Não queria me repetir, mas não tem jeito: assim como é no oriente médio.
O fabricante vai fazer apenas 25 desses carros, com a estreia oficial ocorrendo no último dia 14 de outubro, data de um eclipse solar, como sabemos. Todos os carros já foram vendidos, a um preço que sinceramente, melhor nem saber mesmo. (MAO)