Na noite de ontem, foi apresentada no Brasil a décima geração do Honda Civic — ou “Honda Civic Geração 10”, como a fabricante gosta de dizer. O sedã médio promete mais conforto, desempenho, esportividade e espaço com o novo Civic. E, sejamos honestos, ele é bem impressionante visualmente. Vamos conhecê-lo melhor agora!
Já virou tradição na Honda: a cada duas gerações, o Civic se reinventa completamente. Ou seja: enquanto a nona geração era uma evolução da oitava em conceito e design, o Civic 10 trouxe uma revolução em design, mecânica e recursos.
De acordo com a fabricante japonesa, a ideia foi oferecer um carro competitivo não apenas no próprio segmento, mas também entre modelos mais sofisticados. Por isso, mirou nos modelos “premium” europeus no que diz respeito à qualidade de construção e acabamento, ao nível de ruido, aos materiais e ao conforto de rodagem.
É claro que tem um pouco de papo aí (lá fora, o Civic continua sendo o sedã de entrada da Honda), mas a evolução do modelo é evidente. Visualmente, o Civic 10 inspira-se claramente no irmão maior Accord e no conceito apresentado em abril de 2015, quando também foi revelado que o modelo adotaria motores turbinados pela primeira vez.
Aliás, se você é antenado no FlatOut, o visual do Civic 10 já não é novidade — ele foi lançado lá fora em setembro do ano passado, e falamos tudo a seu respeito aqui. Mas, bem, não custa relembrar.
A silhueta de fastback continha sendo a primeira coisa que se nota — com ela, a Honda conseguiu um visual muito harmônico e proporções acertadíssimas. O balanço dianteiro é curto, a fim de garantir um visual mais arrojado e esportivo. A dianteira incorpora a nova identidade visual da marca, com a grade Solid Wing Face, que dá destaque ao emblema da marca no centro de uma moldura cromada com formato que lembra uma asa. A linha de cintura agora é ascendente, a traseira ganhou bonitas lanternas em formato de bumerangue (que são iluminadas por LEDs) e as colunas “A” são 18,2 mm mais estreitas, a fim de melhorar a visibilidade do lado de dentro. Há mais vincos e linhas de caráter na carroceria, mas o visual não ficou poluído.
Por dentro a renovação também foi total. A Honda abandonou o conceito de painel de dois andares empregado nas duas gerações anteriores e optou por um desenho mais tradicional — mas nem por isso menos atraente e moderno. O interior recebeu materiais de melhor qualidade e uma atenção especial no fit and finish, a fim de equiparar sua qualidade de construção e acabamento a carros de segmentos superiores. O nível de ruídos também melhorou, graças ao uso de selagem tripla da porta, novos isolantes no capô, defletores de calor acústicos, revestimento nas caixas de roda traseiras e carpete interno moldado com fibra.
O entre-eixos do Civic aumentou 30 mm, o que garante espaço 27 mm maior para as pernas dos ocupantes do banco traseiro. Também houve um aumento nas medidas para ombros, joelhos e quadris, e a Honda garante que a sensação de amplitude do interior é muito maior do que no modelo anterior. O porta-malas, aliás, também aumentou: agora, são 525 litros de capacidade (ante 427 do Civic 9), o maior da categoria.
Em aspectos técnicos, o Civic também mudou bastante. Agora, pela primeira vez, traz suspensão multilink na traseira (as gerações anteriores vinham com braços sobrepostos) e buchas hidráulicas nas quatro rodas, além buchas de nas barras estabilizadoras na dianteira e traseira. A direção, que agora tem assistência elétrica com duplo pinhão e relação variável (outro recurso inédito no Civic), precisa de apenas 2,2 voltas de batente a batente (antes eram 3,1 voltas), o que facilita bastante o uso do carro na cidade. A Honda diz que a nova plataforma aumentou a rigidez torsional em 25%, enquanto o peso da carroceria foi reduzido em 22 kg.
O Civic chega em quatro versões, sendo que duas delas são inéditas. De acordo com a Honda, não há mais uma hierarquia vertical em termos de preço e equipamentos — a ideia é atender a diferentes perfis de consumidores. Assim, as tradicionais EX e EXL agora têm a companhia do Civic Sport e do Civic Touring. Na prática, porém, dá para dizer que o Civic Sport é a versão de entrada, a EX e a EXL são as intermediárias e a Touring (que, apesar do nome, não é uma perua) faz o papel de versão de topo.
Sport, EX e EXL são equipadas com o mesmo motor 2.0 i-VTEC FlexOne, agora com 155 cv a 6.300 rpm e 19,5 mkgf de torque a 4.800 rpm quando abastecido com álcool. Pela primeira vez, porém, este motor é acoplado a uma caixa automática do tipo CVT, que simula sete marchas com trocas por borboletas atrás do volante. O Civic Sport, no entanto, também oferece uma caixa manual de seis marchas como opcional.
A maior novidade fica por conta do Civic Touring, que recebe um inédito motor 1.5 turbinado. Com turbo de baixa inércia, injeção direta, variação de tempo de abertura de válvulas e válvula wastegate eletrônica, o propulsor entrega 173 cv a 5.500 rpm, com torque de 22,4 mkgf entre 1.700 rpm a 5.500 rpm e câmbio CVT. A Honda ainda não revelou o consumo dos motores, mas diz que ambos receberam nota A do CONPET em eficiência energética do na sua categoria. Na classificação geral, o motor 1.5 turbo ficou com nota A e o 2.0 naturalmente aspirado, com nota B.
De série, todo Civic traz reios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD) e controle de tração Vehicle Stability Assist (VSA). Também há o Agile Handling Assist (AHA), que aplica sozinho o freio na roda dianteira para entrar em uma curva, aumentando a agilidade e a precisão. Também são comuns a todas as versões airbags frontais, laterais e de cortina; sistema de vetorização de torque; luz de frenagem de emergência (pisca de forma intermitente em frenagens emergenciais); luzes de rodagem diurna (DRL); faróis de neblina; sistema ISOFIX para fixação de cadeirinhas e aviso de esquecimento dos cintos dianteiros. Abaixo, confira os preços e itens exclusivos de cada versão.
Sport manual, R$ 87.900: todos os itens já citados, mais grade dianteira em preto brilhante, rodas de 17” escurecidas, faróis com projetores, forração em tecido preto, velocímetro digital com conta-giros analógico, sistema de áudio com tela de 5 polegadas, câmbio manual de seis marchas.
Sport CVT, R$ 94.900: todos os itens da Sport e câmbio CVT com sete marchas simuladas e trocas por aletas atrás do volante.
EX, R$ 98.400: rodas de 17” com acabamento diamantado, grade frontal cromada, retrovisores rebatíveis eletricamente com repetidores laterais integrados em LED, faróis com acendimento automático, bancos revestidos em couro com costuras, velocímetro digital e áudio com tela de 5 polegadas.
EXL, R$ 105.900: todos os itens da EX mais ar-condicionado automático de duas zonas; multimídia com tela de sete polegadas touchscreen, navegador e interface para smartphone Apple CarPlay e Android Auto; entrada HDMI; duas portas USB; dois tweeters dianteiros e dois traseiros e painel de instrumentos com tela de TFT de alta definição.
Touring, R$ 124.900: sistema LaneWatch (minimiza os pontos cegos por meio de uma câmera abaixo do retrovisor direito), conjunto ótico dianteiro totalmente em LED (incluindo os faróis de neblina), sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, bancos dianteiros com ajuste elétrico em oito direções, sensor de chuva, retrovisor interno fotocrômico, teto solar elétrico, partida sem chave, guarnição das portas com acabamento em alumínio escovado e as maçanetas externas cromadas.
Produzido em Sumaré/SP, o novo Civic estará disponível nas concessionárias a partir do dia 25 de agosto, sendo que a pré-venda começa no próximo dia 30 de julho. As cores disponíveis são a inédita Branco Estelar (perolizada), além das já conhecidas Branco Tafetá (sólida), Cinza Barium (metálica), Prata Platinum (metálica) e Preto Cristal (perolizada).