Finalmente o Mercedes-Benz Classe C está com a família completa: depois dos novos sedã e perua, chegou a vez do aguardado cupê de nova geração dar as caras. E, além do belo visual — que, reforçando o que já dissemos antes, lembra muito uma versão em escala do Classe S —, ele traz novos motores, nova suspensão e a promessa de ser um rival e tanto para o BMW Série 4. Confira as novidades a seguir!
A primeira coisa que se nota é que o cupê ficou maior e ganhou um perfil mais esguio. A seção traseira do teto é bem mais inclinada do que anteriormente e faz do carro quase um fastback — o que, de forma nenhuma, é ruim.
Então, percebe-se que a impressão gerada pelos recentes flagras estava certa: enquanto a dianteira é idêntica à dos sedãs e peruas, a traseira traz um desenho diferente, mais inspirado no Classe S cupê (a Mercedes reforça a ideia de uma identidade visual própria para seus cupês), com lanternas horizontais e estreitas. Beleza é um conceito relativo, mas vai dizer que o carro não ficou bonito?
As dimensões também mudaram: com 4,72 m de comprimento e 1,81 m de largura, o novo Classe C cupê é 9,5 cm mais longo e 4 cm mais largo. O entre-eixos também aumentou — de 2,76 para 2,84 metros, ou oito centímetros. Isto se traduz, obviamente, em mais espaço interno. Detalhe: o capô é 6 cm mais longo, o que dá ao cupê proporções mais próximas de um grand tourer (e também ajuda na distribuição de peso, visto que o motor fica mais recuado).
Os motores são exatamente idênticos aos do sedã e da perua: dois quatro-cilindros turbinados, de 1,6 e dois litros. O primeiro é exclusivo do modelo C180, e entrega 156 cv. Já o 2.0 vem em três versões: de 184 cv (C200), 211 cv (C250) e 245 cv (C300). Além disso, será oferecido um quatro cilindros a diesel cujo deslocamento ainda não foi especificado, mas terá potência entre de 170 cv ou 204 cv.
O Classe C cupê também ficou mais leve (a fabricante não especifica o quanto) graças à utilização de mais alumínio na carroceria, incluindo para-lamas, capô e tampa do porta-malas. A estrutura também ficou mais rígida, pois foram empregados materiais de alta resistência.
A suspensão também recebeu modificações: a dianteira agora conta com um sistema four-link, enquanto a traseira continua com seu sistema multilink. Há duas regulagens possíveis, Comfort e Sport e, em ambas, suspensão é 15 mm mais baixa no cupê em relação ao sedã e à perua. A Mercedes-Benz também oferece sua suspensão a ar Airmatic como opcional.
O sistema é ativo e ajusta a rigidez da suspensão continuamente, garantindo a melhor absorção de impactos em qualquer situação. Além disso, a suspensão Airmatic conta com cinco modos: Eco, Comfort, Sport, Sport+ e Individual — este último, configurado pelo motorista. É possível, ainda, mudar a altura da suspensão com o carro em movimento.
“Mas e os modelos AMG?” É claro que a Mercedes não esqueceu dele. Depois do épico C63 AMG da geração passada e seu vê-oitão aspirado (não deixe de ler nossa ode à sua versão mais nervosa, a Black Series, se ainda não o fez), o novo cupê adotará o mesmo motor do sedã e da perua (também usado no Mercedes-AMG GT em uma variação com cárter seco), o V8 biturbo M177. Você pode ler tudo sobre ele aqui, mas o que importa é o seguinte: quatro litros, dois turbos e dois níveis de potência. O primeiro entrega 462 cv e 61,1 mkgf, enquanto o segundo produz 510 cv a 6.250 rpm e 66,1 mkgf entre 1.750 e 4.750 rpm. Confira o apanhado de impressões que fizemos sobre o novo C63 AMG aqui.
Está prevista, ainda a versão esportiva “intermediária”, a C450 AMG, equipada com um V6 biturbo de três litros e 367 cv. Todas as três deverão ser anunciadas nos próximos meses. Até lá, porém, a preparadora oficial da Mercedes já oferece o kit AMG Line, que inclui novos para-choques e rodas de 18 polegadas (as rodas de série são de 17 polegadas) e uma grade especil. Mais detalhes deverão aparecer até o fim do ano.