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Novo Mini JCW Countryman ALL4 disponível no Brasil
Mini Countryman. Eu prometi a mim mesmo nunca mais reclamar desses estranhos carros modernos em formato “SUV”; é basicamente uma perda de tempo. Mas tem situações onde fica impossível. Como esta.
Nem que seja pelo motivo de que Mini é um nome que não casa bem com um carro de 4,4 metros de comprimento (2.690 mm de entre-eixos), e 1735 kg. Maxi-Mini talvez pudesse ser mais coerente. A referência aqui, claro, é o Mini original, que era realmente mini: 3 metros de comprimento, rodas de 10 polegadas, e 590 kg de peso. O suficiente para famílias com 5 pessoas em 1959. Sim, faz a mesma coisa que o carro atual. Ainda bem que existe o progresso tecnológico.
Mas ok, parei, não vamos continuar a ladainha. O fato é que a Mini, agora uma marca da BMW, lançou no Brasil o Countryman ALL4 2025, na versão mais potente John Cooper Works. Na sua terceira geração, o SUV da mini perdeu qualquer vergonha e se anuncia como o maior carro da marca até hoje. É 130 mm mais longo e 84 mm mais alto que o antecessor, que já não era pequeno.
Mas há avanços também. O coeficiente de arrasto aerodinâmico mencionado é incrível para algo assim: apenas 0,26. Sim, com essa área frontal toda continua resistindo bem ao movimento, mas claro que é um progresso. Também ajuda o potente motor: 317 cv e 40,8 mkgf devem empurrar isso tudo muito bem, obrigado.
O motor é um quatro em linha turbo de dois litros, a gasolina, e vem sempre associado a um câmbio DCT de sete velocidades, e tração nas quatro rodas. A Mini diz que o Mini gigante faz o 0-100 km/h em 5,6 segundos e é limitado a 250 km/h.
No interior ainda persiste o mostrador redondo por algum motivo torpe; agora um moderno display com tecnologia OLED e 240 mm de diâmetro; faz o papel de painel de instrumentos e central multimídia. É compatível com Apple CarPlay e Android Auto sem fio. Há um heads-up display, e o som de grife Harman-Kardon.
A suíte de assistências a direção é extensa: 12 sensores ultrassônicos e 4 câmeras de visão surround permitem assistente de manutenção de faixa, detecção de ponto cego, prevenção de colisões, controle de direção longitudinal e lateral, câmera traseira, controle de cruzeiro ativo, visualização 360°, etc. E não, não pode pedir carro sem isso. O carro já está disponível e preço sugerido é de R$ 379.990. (MAO)
Radford Motors em recuperação judicial
Uma má notícia: a Radford Motors, criadora de um sensacional carro baseado no sensacional carro Lotus Evora, e uma iniciativa de Ant Anstead (Wheeler Dealers) e o campeão de F1 Jenson Button, está em recuperação judicial.
Esta notícia chega apenas três anos após a fundação da empresa. A Radford estreou seu projeto Type 62-2 no final de 2021. Baseado no Evora, tinha o V-6 de 3,5 litros Toyota produzindo 600 cv, com um desenho retrô muito legal. O carro estava a venda por US$ 1 milhão, para uso em pista somente.
Os documentos foram protocolados no Tribunal de Falências dos EUA no Distrito de Delaware em 10 de outubro, e a empresa confirmou seu pedido de recuperação judicial. Radford diz que garantirá novo financiamento sob o plano de reestruturação e tentará agilizar as operações, mas que a empresa continua comprometida em construir carros no futuro. Não está claro o que essa notícia significa para a produção do Type 62-2, ou para o futuro da marca Radford como a conhecemos. Mas parece que não é bom. (MAO)
O Scout voltou, elétrico e VW
Pouco conhecidos aqui no Brasil, os International Scout são fruto de uma história diferente; a International Harvester Company é basicamente uma fábrica de implementos agrícolas e tratores; mas sempre fez caminhões também, e entre eles, caminhões pequenos que chamamos hoje de picape. Entra no mercado de automóveis por aí, então: em 1953, começou a vender uma perua baseada nas picapes, uma “Suburban” chamada Travelall. No final dos anos 1950, resolveu fazer um concorrente para o Jeep CJ, já que era um veículo comum nos ambientes rurais onde atuava. Nasce o Scout em 1961. Em duas gerações, dura até 1980.
Agora, está de volta, e pelas mãos de ninguém menos que a VW. Uma jogada que parece inteligente: uma marca americana para picapes e SUV’s parece a forma ideal de entrar nesse mercado. Mas são também elétricos; talvez a ideia não seja tão boa assim.
Repare que a marca agora é Scout; não International. E essa nova marca “Scout” mostrou os seus primeiros carros agora: o SUV Traveler (porque não Travelall?) e a caminhonete Terra, ambos inspirados no design do Scout original de 1961.
São elétricos, mas há um sistema range extender opcional, que adiciona um gerador movido a gasolina que aumenta a autonomia de 560 km puramente elétricos para 800 km com o gerador. O sistema chama-se “Harvester”, outra piscadela para as origens da marca.
Não há muitos detalhes sobre os carros ainda, mas a empresa diz que farão o 0-96 km/h em 3,5 segundos, e que o torque é de “quase 1000 lb-ft “(138 mkgf). Os carros são construídos em uma nova plataforma própria sobre chassi separado, e podem ter pneus de até 35 polegadas. Desconexão da barra estabilizadora dianteira, travamento dos diferenciais e um eixo traseiro rígidoo são outros itens de veículos tradicionais da faixa.
Importante também para o mercado americano é a capacidade de carga. O Traveler SUV será capaz de rebocar mais de 3 toneladas, e o Terra, quatro toneladas e meia. A capacidade de carga será de 900 kg. Os veículos da Scout usarão o North American Charging Standard (Tesla) e apresentarão arquitetura de 800 volts, carregamento bidirecional e até 350 quilowatts de capacidade de carregamento.
Copiando uma página do livro da Tesla, o “lançamento” é na verdade uma oportunidade de pagar para ter o direito de comprar um carro no futuro. Os compradores interessados podem reservar o carro hoje pela módica quantia de US$ 100 (R$ 569). O Traveler começará ao redor de US$ 50.000, enquanto o Terra, em US$ 51.500, com incentivos governamentais. A produção só começa em 2027, então, com os inevitáveis aumentos e tudo mais, isso tudo é conversa: o preço ainda vai mudar muito. Na sua “reserva”, você efetivamente está dando cem dólares para a empresa. Por nada. Ou você acha que serão um sucesso tão grande que não conseguirá comprar um em 2027 sem estar na fila? É cada uma, que vou te contar… (MAO)
Parem as prensas: o Tesla Roadster foi adiado!
Falando em Tesla, prestem atenção nesta notícia inacreditável: o Tesla Roadster foi adiado novamente. Parem as prensas! Meu Deus!
Este carro esporte da Tesla seria uma piada, se não fosse algo sério. O Roadster estreou como um conceito em 2017, e o CEO Elon Musk disse que ele estaria nas ruas em 2020. Depois que esses planos foram adiados, Musk disse que as entregas começariam em 2024. Mas isso também não aconteceu. Já é outubro de 2024, se você não notou, e nada dele aparecer.
Numa recente reunião de acionistas, nosso amigo Elon disse que o novo Roadster foi adiado. Não cancelado! Adiado. Musk disse que “Todos nós adoraríamos trabalhar no Tesla Roadster de próxima geração. É superdivertido, e estamos trabalhando nisso — mas tem que vir por trás das coisas que têm um impacto mais sério no bem do mundo.” Desculpe por perguntar, ó benfeitor máximo da humanidade.
Musk não chegou a confirmar uma data de produção, mas em uma teleconferência de resultados anterior em julho, ele disse que a produção do Roadster ainda estava andando para acontecer em 2025.
O carro originalmente foi anunciado como capaz de capaz de acelerar de 0-96 km/h em 1,9 segundos, o que seria mais rápido do que qualquer carro de produção legal para as ruas. Bom, qualquer carro de 2017, né. Custaria US$ 200.000 (R$ 1.138.000).
Mas o mais incrível é que, para reservar um lugar na fila, era necessário um depósito de nada menos que US$ 50.000 (R$ 284.500. Em dinheiro de hoje, não de 2017). Faz muito tempo que ninguém mais fala disso. Mas você tem alguma dúvida de que um monte de gente prontamente depositou a grana para o seu novo messias? Eu sinceramente não sei como isso não acabou num tribunal de justiça ainda. (MAO)
Conheça o Subaru BRZ Series Purple
Uma nova cor não deveria ser uma notícia digna de se dar. Mas depois de tanta baboseira hoje, achei melhor limpar nosso paladar com algo realmente interessante. O sensacional Subaru BRZ, o irmão gêmeo do Toyota GR86, agora pode vir numa sensacional cor púrpura também.
É na verdade uma série especial americana, chamada Series Purple; além da cor roxo-escuro-metálico chamada Galaxy Purple Pearl (adorei!), ele recebe um punhado de atualizações da marca STI. Apenas 500 exemplares serão construídos, todos com transmissão manual de seis velocidades.
Um conjunto de rodas de liga leve de 18 polegadas pintadas de prata, com pneus Michelin Pilot Sport 4, fazem parte do pacote. Por dentro, a cabine recebe costuras cinza contrastantes em pontos como o volante, painéis de porta e e câmbio. Há também emblemas STI espalhados estrategicamente.
Outras mudanças incluem um conjunto de reforços da STI no compartimento do motor para ajudar com a rigidez torcional e um short-shifter STI para a caixa manual de seis velocidades. Com base no acabamento topo de linha Limited, é um carro completo em equipamentos.
De resto, é o mesmo sensacional cupê pequeno, leve, 2+2, que tem um boxer aspirado dianteiro de 2,4 litros e 230 cv, e que acelera como um Lamborghini Miura: 0-100 km/h em 6,5 segundos. Não tem velocidade final de Miura, mas também, nenhum Miura passou da máxima do BRZ (225 km/h) sem levantar voo, então… Eu já disse que vem só com câmbio manual de seis velocidades? Já? Não faz mal, aqui vai de novo: no Series Purple, só a transmissão manual está disponível; nada de auto aqui. Attaboy!
Se existissem apenas 5 Subaru BRZ, ele valeria milhões; como não, este Subaru BRZ Series Purple, em toda sua glória roxa-metálica, custará apenas US$ 36.615 (R$ 208.339), zero km, com garantia, nos EUA. Se você tiver condições, altamente recomendado. (MAO)