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Polo renovado chega ainda neste ano com novo motor de entrada e faróis de LED
Apesar dos problemas com os suprimentos de semi-condutores, a Volkswagen já iniciou a campanha de lançamento da linha 2023 do Polo. O modelo, como você já deve saber a esta altura do ano, será reestilizado e terá uma nova versão de entrada (Track) e uma nova opção de motor turbo, posicionada entre o motor aspirado e o atual 1.0 TSI.
A Volkswagen já confirmou o lançamento do carro neste ano, embora ainda não tenha confirmado a data — espera-se que ele aconteça até outubro. A principal novidade será o desenho da dianteira, atualizado como no Polo europeu em 2021 e conjunto óptico de LED. Na traseira, contudo, as lanternas terão apenas um novo arranjo interno, diferentemente do modelo europeu, no qual elas têm extensões sobre a tampa do porta-malas. Outra novidade são os faróis matriciais para o Polo GTS, que irá manter o motor 1.4 TSI de 150 cv.
Debaixo do capô ele continua com os motores 1.0 MPI e 1.0 TSI, abandonando o 1.6 MSI. Esta última será substituída por uma versão mais amansada do 1.0 TSI, a mesma que equipava o VW Up, aparentemente. Fala-se em mais potência que os 105 cv do Up e, considerando que ela irá substituir o motor 1.6 de 117 cv, esperamos algo mais próximo deste número — o pessoal do Motor1 teve acesso a documentos que mostram 109 cv com gasolina e 116 cv com etanol.
Já sobre o Polo Track, ele será o modelo de entrada que irá substituir o Gol, e será equipado apenas com o motor 1.0 MPI. (Leo Contesini)
Royal Enfield Hunter 350 será lançada no Brasil em 2023
A Royal Enfield apresentou neste último domingo (7) a Hunter 350, seu novo modelo de entrada, que será posicionado abaixo da Meteor 350. Apesar de ser mais barata e de compartilhar o mesmo motor, a Hunter 350 tem um aspecto mais moderno que a Meteor, sendo mais voltada a uma faixa mais jovem do público — mais parecida com a Scram 411.
O modelo será oferecido em duas versões — Retro e Metro. As duas têm motor arrefecido por ar e tem injeção eletrônica, 20,2 cv a 6.100 rpm e 2,7 kgfm a 4.000 rpm. O câmbio é de cinco marchas em ambas. As principais diferenças são as rodas e os freios: na Retro as rodas são raiadas e o freio traseiro é por tambor, enquanto na Metro, as rodas são de liga leve e os dois freios são por disco.
A Royal Enfield Hunter 350 já está confirmada para o mercado brasileiro na linha 2023, mas ainda não tem preços divulgados — o que sabemos é que ela será mais barata que a Meteor 350, que atualmente parte de R$ 20.000. (Leo Contesini)
Chuva no deserto: Bonneville Speed Week 2022 cancelada
O Bonneville Speed Week, famoso evento que acontece todo ano desde 1948, em Bonneville Salt Flats, perto da cidade de Wendover, no estado de Utah, EUA, foi cancelado este ano, devido a uma inundação.
Bonneville é um lago salgado seco, plano e reto por quilômetros, o que faz dele um ótimo lugar para explorar velocidade máxima. Desde que Malcolm Campbell levou seu Bluebird para lá em 1935, se tornou o epicentro da busca do recorde mundial de velocidade em terra; até 1970 o recorde foi batido lá 17 vezes.
O Speed Week, que acontece desde 1948, é essencialmente amador: hot-rodders buscando recordes mundiais em milhares de classes diferentes, que vão desde ciclomotores de 50 cm³ até gigantescos caminhões Peterbuilt e Mack. É um solo sagrado para os de nosso credo, e o evento, parte das peregrinações obrigatórias desta religião.
Mas o lago nem sempre colabora; este ano não é a primeira vez que é cancelado por problemas climáticos, as duas últimas vezes em 2014 e 2015. A Southern California Timing Association, a organização responsável pela Speed Week, teve que enviar o comunicado apenas um dia antes do evento, que devia começar em 6 de agosto e acabar em 12 de agosto. “Devido a condições climáticas imprevistas, a Speed Week 2022 foi oficialmente cancelada”, dizia um comunicado publicado no Facebook pelo SCTA.
As fortes chuvas da noite de sexta-feira para sábado forçaram o SCTA a cancelar os eventos de domingo. Pouco depois, os organizadores decidiram cancelar a semana inteira. Muita gente que já estava lá teve que voltar literalmente dentro d’água. (MAO)
Conheça o Mustang “Caged”, dos Ringbrothers
Os irmãos Jim e Mike Ring são hot-rodders americanos de Spring Green, Wisconsin, que por meio de sua habilidade em transformar metal e fabricar qualquer coisa à mão, se tornaram famosos. Um grande negócio de peças especiais para carros americanos (especialmente carroceria e acabamento) foi montado por eles e é hoje principal fonte de renda. Mas a fama deles é a de transformar carros comuns americanos em obras de arte e técnica que valem milhões de dólares. Meio como se Ettore Bugatti tivesse nascido caipira do Wisconsin.
Sua mais nova criação é esta: o Mustang 1965 conversível chamado “Caged”. Como todo carro deles, é uma obra de artesanato paciente: mais de 4200 horas de trabalho foram gastas em sua fabricação. O carro tem o chassi (novo, claro, do “The Roadster Shop”) soldado à carroceria para criar um monobloco bem mais rígido que o normal; o assoalho e o túnel central são diferentes e exclusivos por isso. A carroceria é alargada e alongada em uma polegada e o carro todo repintado em um tom conhecido como BASF Glasurit ‘Burgundy Brave‘.
Lanternas traseiras, grade dianteira, logotipos e emblemas são todos exclusivos, usinados a partir de billets de alumínio sólido. Alguns acabamentos são de titânio. Rodas personalizadas medem 18 × 9 na frente e 18 × 11 na traseira, e usam pneus 245/40 dianteiros e 285/40 traseiros, da Continental.
Na suspensão, coilovers da Penske Racing são usados na frente e na traseira, em uma suspensão exclusiva sob medida que usa cubos de Corvette C6 na dianteira. O rack de direção foi fornecido pela Woodward, e os freios são Baer com pinças de seis pistões e discos de 14 polegadas na frente e na traseira.
O motor é o Ford Performance Coyote V8 de 5,0 litros com uma tampa do motor fabricada sob medida e uma transmissão automática de 10 velocidades da Ford. A Ringbrothers também instalou coletores Flowmaster e um sistema de escapamento em aço inoxidável Flowmaster.
“Cada peça deste carro foi modificada e atualizada com o tema do design original em mente, até as icônicas molduras da lanterna traseira do Mustang, tampa de combustível e emblemas de cavalos correndo”, disse Jim Ring. “Há muitas nuances no design dele, e estamos orgulhosos desse aspecto da construção. Não parece que tudo nele mudou, mas mudou. Somente o olho experiente será capaz de discernir a sutileza das diferenças.”(MAO)
Conheça o novo Meyers Manx 2023
É incrível que um desenho tão original e icônico como o dune buggy de Bruce Meyers, o Meyers Manx, tenha nascido da cabeça de uma pessoa que nunca foi um desenhista profissional. Mas assim foi, e o carro é um clássico imortal, e um mais imitado que um BMW X6 pintado de Nardo Gray.
E agora parece que vai voltar, elétrico. Oficialmente conhecido como Meyers Manx 2.0 Electric, a nova versão vem da Trousdale Ventures, que adquiriu a empresa Meyers Manx do fundador Bruce Meyers em 2020, apenas alguns meses antes dele falecer aos 94 anos.
O buggy elétrico será oferecido com baterias de 20 e 40 kWh, oferecendo respectivamente 241 e 483 quilômetros de autonomia. Um par de motores elétricos é montado na traseira, e dão uma potência combinada de 202 cv e 33 mkgf de torque instantâneo. E será um EV extremamente leve aos 750 kg; o que significa velocidade incrível também: 0-96 km/h em 4,5 segundos é a promessa. E nos faz pensar como fica bom um elétrico moderno sem amenidades “indispensáveis” como ar-condicionado. Ou portas.
O carro não tem nada da plataforma VW do original; terá freios a disco nas quatro rodas, além de freio de estacionamento elétrico, limpadores de pára-brisa, frenagem regenerativa e direção com assistência elétrica, esta última, uma irrelevância se olharmos o peso do veículo.
O novo Manx será oferecido em 50 unidades para o ano modelo 2023. Os detalhes dos preços não foram divulgados, mas as reservas serão abertas durante a Monterey Car Week no final deste mês. A julgar por onde será lançado, dá para imaginar que barato não será. (MAO)
Sim, isso é um Ferrari F40 em “Nardo Gray”. E está à venda.
Esta é para dividir todos vocês em duas facções antagônicas. Os que adoram a coragem e espírito iconoclasta de se modificar e “modernizar” um clássico, e os que preparam rituais arcanos de excomungação à distância e tem uma síncope à primeira vista.
No mínimo, se deve admirar a coragem. Um F40, além de raro, é considerado perfeito pela maioria dos especialistas. Como uma Mona Lisa, não deve ser modificado ou alterado de maneira nenhuma, segundo eles; perfeição é alcançada justamente quando não se pode imaginar nada que melhore o carro em questão, tirando ou colocando-se algo nele. Mas felizmente, quando compramos um carro ele é nosso; modificar é prerrogativa do dono.
Mas obviamente será julgado. Afinal de contas, a primeira coisa que se nota é que é pintado de “Nardo Gray”, a infame cor que parece primer com polimento, de extremo sucesso em carros novos hoje em dia. Aqui é chamado de “Grigio Nardo”, claro. Só isso já é engraçado ou revoltante, dependendo de seu time.
Este carro, entregue originalmente no final de 1989, começou a vida como um dos raros e desejados F40 sem catalisador, mas foi imediatamente modificado. Preparado para pista, na verdade: atualizações na suspensão, freios, carroceria e uma repintura completa em amarelo.
O carro foi usado em competição de 1990 e até 2006, com várias modificações ocorrendo ao longo dos anos. Algum tempo depois, seu atual proprietário adquiriu o carro e o enviou para o Grupo Zanasi de Maranello, onde foi pintado de “Grigio Nardo”. Ao mesmo tempo, o motor foi totalmente refeito e preparado, e hoje produz, segundo o dono, algo em torno de 1.000 cv.
O carro está à venda, de forma privada, através da RM Sotheby’s. O preço está disponível sob consulta. E aí? Santidade ou sacrilégio? (MAO)
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