A Mercedes-Benz compareceu em peso à 29ª edição do Salão do Automóvel. Além de aproveitar para revelar publicamente seus lançamentos de 2016, a fabricante ainda levou para o São Paulo Expo o ultra-luxuoso Maybach S500 e o incrível conceito IAA. Sentimos falta da picape Classe X, e até estranhamos sua ausência. Mas vamos ao que interessa!
O GLC 250 Sport 4Motion Coupé é o primeiro dos lançamentos. Como seu nome indica, trata-se da versão cupê do SUV GLC, que já é oferecido no Brasil há alguns meses, e usa o mesmo 2.0 turbo de 211 cv e 35,7 kgfm dos demais modelos 250 da marca.
Parece pouco para um carro grande, que pesa 1.735 kg, mas diríamos que seu desempenho até cumpre a proposta mais esportiva sugerida pela carroceria: a aceleração de zero a 100 km/h é cumprida em 7,3 segundos, com máxima limitada eletronicamente em 222 km/h.
O sistema de tração integral 4Motion leva a força para as quatro rodas, enquanto o câmbio é o automático de nove marchas 9G-Tronic, lançado recentemente.
O outro lançamento da Mercedes-Benz é o C300 Cabriolet. O carro parece uma versão em escala reduzida do Classe S conversível (até mesmo o teto de tecido é igual) e é o primeiro conversível da Classe C – papel que antes era cumprido, em parte, pelo Mercedes-Benz CLK.
A versão presente no Salão é a C300, equipada com uma versão de 245 cv e 37,7 mkgf de torque do motor 2.0 turbo, também acoplado ao câmbio 9G-Tronic automático de nove marchas, que leva a força para as rodas traseiras.
Baseado no cupê, o Classe C Cabrio e, por isso, divide boa parte dos componentes da carroceria e do interior com ele.
O cupê esportivo (e coloca esportivo nisso!) S63 AMG também veio mostrar sua versão sem teto no Salão de São Paulo. A receita é a mesma do Classe C Cabrio mas, naturalmente, com todo o luxo e refinamento presentes na Classe S – incluindo o belo cluster digital.
Mas é óbvio que, no caso do S63, a grande atração é o motor: um V8 biturbo de 5,5 litros e 585 cv a 5.500 rpm, com torque de nada menos que 91,8 mkgf de torque, tudo moderado pelo câmbio MCT 7G-Tronic, de sete marchas. É o bastante para chegar aos 100 km/h em 3,95 segundos, com máxima limitada em 300 km/h.
Já o E43 AMG 4Matic foi lançado no resto do mundo há alguns meses e agora faz sua primeira aparição pública no Brasil. Ele não tem oito cilindros, mas nem por isto deixa de empolgar: seu motor V6 biturbo de três litros entrega nada menos que 401 cv a 6.100 rpm e 53 mkgf que já aparecem às 2.500 rpm. É a versão mais potente do V6 da família 43 da AMG. Se dependesse apenas dos números, os dois cilindros nem fazem falta: são 4,6 segundos para chegar aos 100 km/h, e o E43 segue acelerando até os 250 km/h limitados eletronicamente. A tração, como em todo 4Matic, é integral.
Para quem prefere luxo ao extremo, a Mercedes-Benz levou o Maybach S500. A limusine baseada no Mercedes-Benz Classe S de entre-eixos longo é equipada com um V8 de 4,7 litros com dois turbos, 455 cv entre 5.250 e 5.500 rpm, com 71,4 mkgf de torque entre 1.800 e 3.500 rpm.
Com isto, é possível chegar aos 100 km/h em cinco segundos cravados, com máxima de 250 km/h – mais que suficiente para garantir a diversão do chauffeur…
… enquanto o proprietário aproveita as coisas boas da vida nas poltronas reclináveis traseiras, com aquecimento, ventilação e massageadores.
O conceito IAA pode até não ser novidade – foi apresentado pela primeira vez no Salão de Frankfurt, em setembro de 2015 –, mas nem por isto é menos impressionante. Ainda mais de perto, sendo possível ver em detalhes como a carroceria se transforma em uma versão ultra-aerodinâmica de si mesmo.
O nome IAA é a sigla para “Intelligent Aerodynamic Automobile” – que, como você deve saber, quer dizer Automóvel Aerodinâmico e Inteligente em português. A grade dianteira se fecha, a traseira se estende, os raios das rodas deixam de ser convergentes para ficar totalmente planos e o spoiler dianteiro se retrai para melhorar o fluxo do ar sob o assoalho. No total, o carro fica 39 cm mais longo quando o modo aerodinâmico é ativado.