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Zero a 300

Novos Compass e Renegade | O fim do Porsche 718 | Lamborghini Veneno Roadster e mais!

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A nova geração dos Jeep Renegade e Compass

O Jeep Renegade não é exatamente um carro novo; foi exibido pela primeira vez ao público em março de 2014 no Salão Automóvel de Genebra e a produção começou no final de agosto daquele ano. Sim, já tem 10 anos de idade.

Boatos circulavam de que acabaria logo, sem substituto: nos EUA caíram tanto as vendas que saiu de linha por lá. Mas não eram verdadeiros: A Stellantis confirmou que uma nova geração do carro vai aparecer em 2027. Para o mercado norte-americano, este novo Renegade terá também uma versão elétrica.

Segundo o CEO Antonio Filosa, a ideia é “reintroduzir o modelo nos Estados Unidos e consolidar mundialmente sua posição no segmento de SUVs pequenos com o novo Renegade.” A confirmação veio numa convenção com os acionistas.

Durante a mesma convenção, a Stellantis confirmou também que o Compact também receberá uma nova geração em 2027. A empresa enfatizou a característica “Global” do carro, o que deve significar que virá também ao Brasil. Junto com o Renegade, é fabricado aqui em Goiana-PE.

Muito provavelmente compartilharão plataforma, como hoje. A plataforma atual já é bem antiga, originária de quando a Fiat e a GM estavam tendo um tórrido caso de amor, que resultou no fim com a parte italiana levando uma bolada no divórcio. A tal “small-wide” atual tem as mesmas origens da Chevrolet Spin, embora tenham divergido bastante em todos esses anos.

Os novos carros devem ser construídos sobre a moderna base STLA Medium. A arquitetura é recém-desenvolvida e de origem francesa agora, tendo estreado no Peugeot 3008 e Opel Grandland. Será adotada por uma série de modelos médios do grupo Stellantis, podendo comportar powertrains tradicionais, híbridos e elétricos. Tanto o Compass quanto o Renegade devem crescer de tamanho; consideravelmente mais no caso do Compass.

Aqui no Brasil, ambos os carros devem fazer parte do anunciado ciclo de investimentos da Stellantis, que prevê R$ 30 bilhões e 40 novidades até 2030. (MAO)

 

Porsche 718 Boxster e Cayman acabam em outubro de 2025

Informações vindas dos revendedores Porsche nos EUA nos dizem que, em outubro de 2025, a produção dos modelos 718 Cayman e Boxster cessará. Não é exatamente uma surpresa: a Porsche tem trabalhado no desenvolvimento versões elétricas para substituí-los há alguns anos, e confirmou que os modelos da geração 982 seriam os últimos com motor de combustão.

Os motivos parecem claros: é um teste. Os 718 Cayman e Boxster são carros sensacionais, mas estão longe de serem sucessos. A Porsche, então, vai tentar começar a transição para elétricos com ele: se não der certo, apenas repete a situação atual.

Os carros, na verdade, já tiveram seus investimentos cancelados: A Porsche já foi forçada a parar de vender os dois modelos na Europa porque eles não cumprem as novas leis de segurança cibernética da UE que entram em vigor em 1º de julho de 2024, um exemplo claro disso: não se gasta mais nada nesses defuntos ambulantes.

É uma pena. Os carros na verdade são 911 de motor central, mais baratos. O que deu errado? Um dos motivos deve ser a adoção de motores 4 cilindros turbo no lugar dos seis cilindros aspirados de antes, na geração 982 de 2016 que também mudou o nome para 718. Uma movimentação mercadologicamente claramente errada. O seis aspirado permanece apenas nos caros e exclusivos GTS 4.0 e Spyder RS.

Mas não é assim que esse erro seja suficiente para que nós, os entusiastas, o ignoremos. O carro, mesmo em sua versão mais barata, oferece um quatro cilindros contraposto turbo de dois litros e 300 cv; opcional é o 2.5 de 350 cv. Potência não falta para eles; o carro básico pesa bons 1370 kg. E o comportamento, é de um 911 mais leve e de motor central, por menos dinheiro. O engraçado é gente comprar 911 e não eles.

Diz a Car & Driver americana: “Mesmo com o turbo básico de quatro cilindros, o Boxster é uma obra-prima de carro esportivo, com comportamento ótimo e um chassi soberbamente equilibrado. Abaixe a capota para ouvir o som do escapamento e aproveite o sol enquanto você corta curvas como se estivesse servindo-as para o jantar. Embora o Boxster também esteja feliz andando pela rodovia ou fazendo transporte diário, ele não é a coisa mais prática sobre quatro rodas; sua utilidade sofre graças às pequenas áreas de carga e ao espaço interno limitado. Mesmo com esses compromissos, não podemos deixar de ficar encantados com o menor carro esportivo da Porsche, e ele continua sendo um favorito por aqui.”

Mas aparentemente agora ninguém mais quer isso. O elétrico dará certo? Acho que não precisamos nem dizer nossa opinião, mas quem sabe? Tudo depende do preço, e se ficará bonito o suficiente para gerar algum novo interesse. Veremos! (MAO)

 

Lamborghini se torna o carro mais caro vendido online

Um dos nove Lamborghini Veneno roadsters produzidos foi vendido recentemente por US$ 6.000.000 em um leilão depois de ficar dois anos a venda em uma loja de Dubai. A venda não seria uma notícia tão relevante se não fosse um detalhe: ela foi realizada em um leilão online.

Segundo a plataforma responsável pela venda, a SBX Cars, esse valor fez dele o carro mais caro vendido online até hoje, superando os US$ 5.360.000 pagos por uma LaFerrari Aperta 2017 em 2022.

O carro em questão, o Veneno Roadster, pertenceu a um membro da família real saudita e foi usado somente por 1.633 km desde 2015, quando foi entregue ao proprietário. O Veneno, caso você não lembre, é equipado com o V12 de 6,5 litros, 750 cv e 70 kgfm, que o dispara até os 100 km/h em 2,9 segundos e chega aos 355 km/h. (Leo Contesini)

 

Coleção de Alfa Romeo pode ser sucateada nos EUA

Os Alfa Romeo clássicos não são carros fáceis de se manter ou reparar, mas há uma enorme distância entre isso e transformá-los em sucatas abandonadas em ferros-velhos. Especialmente por que os carros irrecuperáveis tendem a se tornar doadores de peças para outros carros. Não há muitos Alfa Romeo por aí, afinal.

Mas agora, uma disputa judicial entre um entusiasta e a prefeitura de sua cidade podem colocar uma coleção inteira de Alfas num ferro-velho. Não é exatamente uma coleção no sentido de ser um grupo de carros impecavelmente guardados e mantidos, mas é um grupo de modelos da Alfa mantidos por Dean Russell, dono de uma oficina especializada em Alfa Romeo na região de Detroit, nos EUA.

Ele entrou em uma disputa legal com a prefeitura de Detroit aparentemente devido a uma questão de zoneamento urbano — seus carros não poderiam ser guardados onde eram guardados, mas como não há detalhes sobre o processo, pode haver outras nuances nessa história. Por isso, a procuradoria iniciou uma ação contra Dean e um juiz local determinou a remoção dos carros e o depósito dos carros em um pátio nos arredores da cidade, enquanto processo não for julgado.

Dean diz que está recebendo propostas de compra dos carros do jeito que eles estão, sem restauração e, talvez, até mesmo irrecuperáveis, mas eles não podem ser vendidos devido à situação judicial envolvendo todos eles.

Se for realmente uma questão de armazenamento em local inadequado, Dean certamente irá reaver os carros mediante o compromisso de guardá-los em uma área permitida. Por outro lado, se o processo tiver relação com o fato de ele desmanchar os carros para venda e, no processo, cometer algo ilegal, é possível que esta coleção acabe retida e destruída pelas autoridades. Como Dean é um dos maiores fornecedores de peças de Alfa nos EUA, isso poderia comprometer seriamente a manutenção destes carros nos EUA. (Leo Contesini)