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Conheça o Dodge Durango Hammerhead
Neste exato momento, a Dodge é uma marca sem muita coisa para vender. Sim, em breve chegará o novo Charger, em versões sedã e cupê, elétrico ou seis em linha biturbo. Mas agora, neste momento, depois de descontinuar seus carros-chefe Charger e Challenger V8, a situação é meio desértica. Há o Hornet, um SUV-crossover que ninguém parece estar interessado, e o Durango, um SUV bem além da sua datra de aposentadoria, que deve ser descontinuado no fim do ano.
Mas o Durango é este ano o último lugar onde se pode conseguir o V8 Hemi da empresa antes conhecida como Chrysler Corporation. Um motor que está tendo a morte mais estendida e prolongada que já vimos. Vai morrer, mas parece que nunca morre. Entrevistado para esta reportagem, o V8 Hemi disse: “Please let me die!”
Mas enquanto a morte anunciada não acontece, como é praxe, mais edições especiais limitadas. A mais nova delas é esta; o Dodge Durango Hammerhead. Vem com o inimitável V8 “Hellcat”, um 6,2 litros com supercharger e potência ao norte de 700 cv.
Hammerhead literalmente significa “cabeça de martelo”, mas provavelmente aqui refere-se, por algum motivo, ao tubarão homônimo. O pacote começa com uma cor externa azul bem escura, chamada de “Night Moves”, combinada com enormes rodas de 20×10 polegadas. O capô é preto fosco, quase imperceptível aqui.
No interior, há bancos de couro “Grey Laguna” com um logotipo SRT Hellcat bordado no encosto, detalhes em fibra de carbono e um forro de teto em camurça. Vem também com uma tela sensível ao toque de 10,1 polegadas, Apple CarPlay e Android Auto sem fio, um sistema de som Harman Kardon de 19 alto-falantes e um teto solar.
É a terceira série especial de despedida, depois do Durango Hellcat Silver Bullet que o fabricante anunciou no mês passado junto com a edição especial R/T 20th Anniversary. É um carro já meio passado e desatualizado, mas ainda assim, sensacional nesta versão escura, equipada e com o potente V8.
O Hemi V-8, por sinal, aqui dá nada menos que 720 cv. A transmissão é automática de oito velocidades, e o carro tem tração nas quatro rodas. Isso faz esse leviatã de mais de cinco metros e mais de duas toneladas e meia ir de 0-96 km/h em apenas 3,5 segundos, e completar o quarto de minha em 11,5 segundos. A velocidade máxima é de 290 km/h. Barrabás.
O carro já pode ser encomendado nas concessionárias americanas, a um preço que começa em US$ 113.720 (R$ 633.420). Caro, mas um veículo que pode fazer basicamente de tudo. Se você tiver condições, altamente recomendado. (MAO)
Porsche mostra 930 e roupas com o seu famoso tecido tartan
Essa é realmente diferente; tenha um pouco de paciência então enquanto tento explicar este estranho 911 turbo. Aparentemente, além do aniversário de 50 anos do 911 Turbo original, o ano de nosso senhor de 2024 é também o aniversário do tecido de seus bancos, um padrão xadrez escocês “tartan” bem específico. Então para comemorar isso a Porsche fez um 930 todo coberto do tecido, por dentro e por fora. Sério.
Bem, não tão sério assim: A empresa compartilhou apenas renderizações do carro em sua conta do Instagram como um gancho para uma nova linha de roupas e acessórios. O carro não existe no mundo real, infelizmente, só como ideia.
O padrão tartan escocês em questão tem um significado histórico para a marca. De acordo com a Porsche, a inspiração veio das calças de Anatole “Tony” Lapine, que era o designer-chefe na época do 930. Lapine é o pai dos 928, 924 e 944. O tecido da roupa não era durável o suficiente para interiores de carros, mas a estilista da Porsche, Dorothea Müller-Goodwyn, encontrou um fornecedor alemão com uma solução adequada que atendia a todos os requisitos de “resistência à luz e à abrasão”.
O primeiro Porsche a ter este tecido dentro da cabine foi o conceito 911 RSR Turbo em 1973, uma prévia para o 911 Turbo que veio um ano depois. O modelo de produção oferecia três interiores neste padrão, mas em cores diferentes – Black Watch (azul, verde e preto), McLaughlin (vermelho e azul) e Mackenzie (bege, vermelho, azul, branco e verde oliva).
A coleção Porsche 50 Year Turbo, motivo dessa história toda, inclui várias peças de roupa e acessórios que “reinterpretam o tartan clássico para um público moderno”. Entre os produtos listados no site oficial estão uma mala de nome enorme chamada Heritage Weekender 992 50Y Turbo weekender, que custa € 490 (R$ 3.023), e mimos como uma caneca chamada Collector’s Cup No. 8 50Y Turbo por € 32 (R$ 197). Há também uma série de camisetas e jaquetas com o maneiro padrão clássico da Porsche. (MAO)
Citroën Basalt no Brasil ainda este ano
Este é outro lançamento para lá de encompridado. Já cansamos de ver imagens oficiais ou não do novo SUV-cupê Citroën Basalt, mas são apenas preliminares; o carro já foi lançado na Índia e todos já sabemos como ele é. Vamos ter que fingir surpresa quando finalmente for lançado aqui?
Mas enfim. A Citroën divulgou uma foto oficial do novo carro, e, pouco tempo depois da apresentação oficial na Índia, anunciou a estreia oficial do carro no Brasil; deve ser vendido por aqui ainda este ano. Para surpresa de ninguém, parece ser o mesmo carro do mercado indiano.
É o terceiro integrante da família de modelos que a Citroën chama de C-Cubed, nome que vem de três versões do C3: normal, Aircross e Basalt. Será produzido em Porto Real (RJ) ao lado dos outros C3. Aparentemente terá as opções de motor do C3: 1.0 aspirado manual, 1.0 turbo automático.
Como ele já existe lá fora, sabemos que mede 4.352 mm num entre-eixos de 2.651 mm. Sabemos também que segue a plataforma padrão do C3: suspensão dianteira McPherson, traseira eixo de torção, freios a disco ventilados na frente, tambor atrás, direção elétrica. O motor básico será o Fiat 1.0 Firefly de 71/75 cv, com transeixo manual de 5 marchas; opcional com o conhecido motor 1.0 turbo T200 com 130 cv, e câmbio automático CVT.
Na Índia há uma versão mais barata pelada, com rodas de aço sem calota e tudo; mas o brasileiro é pretensioso demais para andar num carro tão obviamente pobre assim, então ela certamente não aparecerá aqui. De resto, o mesmo carro indiano, transposto para cá. (MAO)
Novo Honda Motocompo pode ser gerador para carro elétrico
Recentemente a Honda revisitou o conceito de scooter dobrável e portátil, e lançou o scooter elétrico Motocompacto. O mais famoso scooter deste tipo da Honda, porém, foi o Motocompo dos anos 1980. Este tirava uma página do livro da antiga Carnieri Motograziella para criar um paralelepípedo motorizado que cabia no porta-malas do urbano Honda City, e assim era vendido. Agora, a julgar por um pedido de patente da Honda descoberto pela Cycle World americana, o Motocompo pode voltar.
A nova patente mostra um novo Motocompo movido a gasolina, parecido com o original, mas com novas utilidades. A Honda, de acordo com a patente, faria o novo Motocompo funcionar também como gerador de energia elétrica. Sim, um range extender para um carro elétrico.
A ideia é francamente genial. O i3 da BMW por exemplo usava como range extender um motor emprestado do scooter C 650 GT da BMW, o que prova que a escala pode ser ajustada para a ideia funcionar. Como o novo Motocompo, sendo parecido com o antigo, terá um tamanho perfeito para o porta-malas de um carro, pode também ter um encaixe que o faça fornecer energia para suas baterias.
As ilustrações com a patente da Honda chegam a ser engraçadas: mostram o antigo Motocompo e a traseira de uma Honda City dos anos 1980! Mas claro que será tudo diferente: a patente da Honda adiciona dois elementos vitais para permitir que isso aconteça; um sistema para levar ar frio para a admissão do motor da moto e um sistema de exaustão para tirar os gases de escapamento do carro.
É claro que uma patente é só isso mesmo: uma proteção de uma propriedade intelectual. Não quer dizer que se tornará um produto vendável. Mas no caso dessa, parece uma ideia boa demais para não virar. Não acham? (MAO)