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O Bugatti Bolide, totalmente nu
Pornografia automobilística? Talvez sentindo que o interesse em mais uma versão bespoke, sob encomenda, única e ainda mais cara que o já absurdamente caro Bugatti atual está arrefecendo, a Bugatti radicalizou. Perdeu as estribeiras arrancou as roupas e mostrou tudo em público. Send nudes? É para já.
Behold o mais radical dos Bugatti modernos, o Bolide, totalmente despido de suas roupas de fibra de carbono. Além da nudez explícita, a idéia aqui é mostrar que o Bolide é mais que um Chiron mais bravo: tem seu próprio e diferente monocoque de fibra de carbono. Não só é mais rígido, como também foi desenvolvido para cumprir os regulamentos de competição LMH e LMDh. Todas as legislações de crash e resistência para as categorias foram atendidas na homologação do carro.
O extintor de incêndio de bordo é de nível militar. O motorista e o passageiro são seguros por cintos de segurança especiais de seis pontos homologados também pela FIA. Os bancos são homologados também para competição pela FIA, e são compatíveis com sistema HANS.
O carro nu é na verdade possível de ser dirigido; o que nos dá a ideia de um Bugatti-Caterham ainda mais radical. Mas deixa para lá: o preço de algo assim provavelmente pagaria um grid de 20 Caterhams e uma pista particular no seu quintal para correr com eles.
É realmente outro carro, o Bolide: o motor W16 de 8,0 litros e quatro turbos está 60 mm mais à frente, e o carro que pesa bem menos que o Chiron, aos 1.450 kg. Com 1600 cv e 163 mkgf, o desempenho deve ser algo inacreditável.
A tração continua nas quatro rodas, e os pneus são Michelin Pilot Sport desenvolvidos especialmente para a aplicação. O sistema de tração nas quatro rodas permanente possui diferenciais controlados eletronicamente para distribuir de forma otimizada a imensa potência.
Ficou animado? Só poderás comprar um usado, com sobrepreço, certamente. Todos já foram vendidos, produção limitada a 40 exemplares, e os primeiros começarão a ser entregues em 2024. O preço? US$ 4,3 milhões (R$ 21,5 milhões) nos EUA. (MAO)
O novo Alfa Romeo de entrada vaza
Não, não vaza fluidos no chão como seu velho 164. Pelo menos não ainda. O que vazou foram IMAGENS do novo Alfa. O site Carscoops as recebeu de um leitor anônimo, e elas supostamente revelam o exterior do novo modelo de entrada da Alfa. Será um SUV pequeno (ou um hatchback alto, como preferirem) provavelmente chamado de Brennero. Essas renderizações teriam vazado acidentalmente por um designer envolvido no desenvolvimento de gráficos de cluster de instrumentos digitais.
Além de mostrar o estilo, o material confirma que usará a mesma plataforma do Jeep Avenger e o Fiat 600. Características distintas do Alfa Romeo tornam-se aparentes, incluindo o famoso scudetto, as rodas “phone-dial” e um para-choque no estilo Giulia. A publicação acredita que o vazamento é real, e o carro é realmente o que vermos em produção.
No geral, parece que não partilha quaisquer componentes exteriores com o Jeep Avenger ou o Fiat 600. As únicas exceções potenciais parecem ser as capas dos espelhos retrovisores, o para-brisas e os puxadores das portas. Interessante notar que as maçanetas das portas traseiras estão integradas no C-pilar, um design que lembra o 156, entre outros.
Os boatos dizem que o carro virá em versão a gasolina e 100% elétrica. A versão elétrica parece que será oferecida em configurações de um motor e tração dianteira, e motor duplo e tração integral. Um dos gráficos vazados indica uma autonomia elétrica de 384 km, valor semelhante à classificação WLTP do Jeep Avenger. O Jeep atualmente tem um motor elétrico montado na frente, que dá 156 cv e 26 mkgf.
O Brennero com motor à gasolina pode ser um irmão de mecânica do próximo Fiat 600 PHEV; pode também vir com o tricilíndrico de 1,2 litros turbo mild-hybrid já usado em Opel e Peugeot com aproximadamente 140 cv. Este modelo com motor de combustão provavelmente será descontinuado em 2027, à medida que a Alfa Romeo faz a transição para ser uma marca exclusivamente elétrica.
O terceiro e menor crossover da Alfa Romeo, depois do Stelvio e do Tonale, o Brennero entrará no ultracompetitivo segmento B-SUV da Europa a partir de 2024. (MAO)
Versão básica da Ford Ranger vem com preço de Rampage
A versão básica da nova Ford Ranger, lançada em junho, finalmente tem preço. E olha só, a versão 2.0 turbodiesel XL 4×4 com câmbio manual custa R$ 239.990: o preço é exatamente igual ao da Ram Rampage.
A Ford parece inferir assim que você está levando mais picape pelo mesmo preço, já que a Ranger tem chassi separado e construção tradicional. Há controvérsias sobre isso, mas sim, é uma estratégia obviamente criada para gerar esse tipo de controvérsia.
A linha de quatro cilindros da Ranger começa estranhamente numa versão mais luxuosa, mas 4×2, a XLS automática, por R$ 234,990. Com tração 4×4, a XLS sai por R$ 259.990. O motor quatro em linha turbodiesel de 2,0 litros fornece 170 cv, além de 41,3 mkgf já a partir de 1.750 rpm. O câmbio, automático ou manual, sempre tem seis marchas.
A Ford revelou também a versão de entrada da Ranger V6: é a XLS V6 automática 4×4, que tem preço definido em R$ 279.990. O V6 turbodiesel de 3 litros dá 250 cv e 61,2 mkgf, o torque também já disponível desde 1.750 rpm. A transmissão é sempre automática de 10 velocidades, e sempre 4×4 com reduzida. (MAO)
Tatra 613 à venda: V8 traseiro arrefecido à ar
Qual é o carro que ficou em produção mais tempo? Provavelmente o Fusca é imbatível nessa, sendo produzido no México até 2003 e iniciando sua produção teoricamente em 1938. Mas um carro muito parecido, criado por um outro austríaco amigo de Porsche chamado Hans Ledwinka, meio que empata: de 1934 até 1999. Um empate mais técnico que real: não é exatamente o mesmo carro, principalmente em carroceria. Mas há uma distinta linha evolutiva que sai do Tatra 77 de 1934, e vai até o Tatra 700 em 1999.
O carro também é parecidíssimo ao VW, ainda que com missão inversa: o Fusca era um carro barato e durável para o povo, o Tatra, uma limousine V8 para alta velocidade. O motor do Tatra é arrefecido a ar e traseiro como o Fusca, mas é um V8, com válvulas opostas Hemi. Sua longevidade também vem muito de seu país de origem: a Tchecoslováquia ficou atrás da cortina de ferro russa depois da segunda guerra, e o carro ficou lá. É raro aqui no ocidente, até hoje.
O carro que você vê nas fotos é uma versão dos anos 1990, o 613; um redesenho da carroceria que data de 1974. Está a venda em Praga, numa loja de carros antigos; é um 613 Eletronic de 1993, com o V8 “a ar” deslocando 3,5 litros e com injeção eletrônica, para 200 cv. Quando novo, era capaz de 230 km/h.
Raríssimo (o Tatra era para oficiais de estado, caríssimo), apenas 17 carros nesta versão foram produzidos. Está com 231.000 km e o vendedor quer o equivalente em moeda theca de R$ 550.000, o que, sinceramente, parece muito.
O 613 não foi o último deles: em 1996 aparecia o Tatra 700, um face-lift com 4,4 litros e 234 cv, e teoricamente capaz de 250 km/h. Era destinado a ser exportado, com a abertura do país, e concorrer com BMW’s e Mercedes-Benz. Apenas 75 foram produzidos até 1999. (MAO)