o carro da frente se move expondo uma faixa de rodovia vazia sem hesitar voce empurra seu pe direito ate o fundo o monstruoso v12 grita bem atras de sua cabeça bloqueando qualquer outro som e enviando uma descarga de adrenalina que te deixa alerta a velocidade salta de 200 km/h para 230 e a força que te empurra para o banco parece ficar mais forte o grito se torna um berro quando as rotaçoes chegam a 7500 voce muda para a quinta marcha e mantem o pedal enterrado o carro ainda avança com pura autoridade e a estrada se desenrola diante de voce como uma fita de video em fast forward o velocimetro continua subindo 280 290 300 km/h mas o trafego a frente faz com que voce tire o pe conforme a velocidade diminui como se estivesse exalando uma respiraçao presa voce se pega sorrindo voce esta dirigindo um lamborghini diablo o supercarro definitivo car and driver dezembro de 1990 o diablo pode ter sido um carro controverso em seu lançamento mas ainda era um lamborghini um enorme v12 longitudinal e cambio em sua frente no meio de dois ocupantes e muito mas muito pouco carro alem disso como dizem os italianos voce compra o v12 enorme; o carro vem de brinde no caso do lamborghini o tal carro que vem de graça e alem disso uma cunha impossivelmente exotica onde portas abrem como tesouras para cima e capaz de chegar a 100 km/h a 7500 rpm em primeira marcha como assim controverso voce pergunta bem aqui no brasil com o isolamento provocado por duas decadas quase de proibiçao das importaçoes o lamborghini diablo apareceu na hora certa bem a tempo de pegar a liberaçao das importaçoes em 1990 aqui e um dos grandes idolos dessa epoca junto com o ferrari f40 contemporaneo la fora porem foi meio como um anticlimax seu desenvolvimento vinha sendo noticiado desde 1985 e parecia que nunca seria levado a cabo da lamborghini se esperava muito em 1966 o miura com o v12 transversal central traseiro mudou o mundo e criou o termo supercarro mas cinco anos depois aparecia o countach outra revoluçao e um carro totalmente diferente do anterior o countach e o poster na parede de todo pre adolescente nos anos 1970 e 1980; substitui lo era uma tarefa dificil impossivel parece de la ate hoje a lamborghini evolui mas nunca mais superou o conceito original da cunha v12 que e o countach se cinco anos separam o lançamento do miura do countach 16 anos separam o countach do diablo na verdade a realidade do mundo dos negocios alcançou a utopia de ferruccio lamborghini que saiu da empresa assim que o countach começou a ser produzido em 1984 estava sob administraçao judicial a empresa nao faliu por causa dos irmaos mimram os donos seguintes; patrick mimram criou os lamborghini lm reviveu o lamborghini v8 com o jalpa e fez duas coisas importantes aqui pediu a giulio alfieri famoso engenheiro da maserati agora independente que criasse um novo v12 maior e mais moderno para a marca e tambem inicia em 1985 o desenvolvimento de um substituto para o countach encomendando um desenho de carroceria para o desenhista do miura e do countach marcello gandini o diablo teria um desenvolvimento complicado entao inicialmente nao havia dinheiro apenas vontade mas andou adiante ainda assim em 1987 a chrysler de lee iacocca entao em expansao compra a lamborghini uma empresa que entao nao fazia 500 carros por ano agora parte de um conglomerado que tinha vendido em 1986 1 2 milhoes de veiculos em 1994 a chrysler desistiria da lamborghini que depois de um periodo dificil e comprada pela audi em 1998 que traz com ela o enorme periodo de estabilidade financeira que a empresa goza ate hoje o diablo entao e uma ponte uma ligaçao entre aquela pequena utopia sem chance real de salvaçao a longo prazo criada por ferruccio e a organizaçao eficiente grande e bem alema que existe hoje o ultimo carro da lamborghini artesanal e o primeiro da lamborghini industrial moderna a ponte que manteve a empresa viva e começou seu renascimento e mole por isso e um carro que evoluiu muito mesmo antes de ser lançado a influencia da chrysler e decisiva e mudou muito do que se imaginava de inicio; depois continuou evoluindo ate que a audi chegou para mais uma rodada de evoluçao e esses foram os dez degraus desta evoluçao diablo 1990 quando a chrysler chegou muito da base tecnica do carro ja existia como o novo v12 de alfieri o esquema basico do countach com o v12 apontando o seu volante para frente do carro bem entre os dois derrieres dos dois ocupantes e o cambio em sua frente no meio dos dois debaixo do console central do fim do cambio um eixo levava a potencia de volta para o diferencial la atras depois do motor central mas a chrysler eventualmente reprojetaria o carro todo o desenho de gandini como sempre nao levava em consideraçao penetraçao aerodinamica por nao se ter acesso a tecnologia e instalaçoes de tunel de vento o miura e o countach parecem cortar o vento mas nao o miura e famoso por lift violento na frente e o cx do countach medido tempos depois era de 0 46; coisa de gol quadrado tom gale o chefe do design da chrysler redesenha o carro inteiro que no final sai em 1990 com um cx de 0 31 o carro cresceu tambem 200 mm a mais no entre eixos em relaçao ao countach para maior espaço interno; a chrysler garantiria que americanos grandes caberiam no carro e enxergassem para fora dele a visibilidade para frente e para tras e os espelhos melhorou muito era um carro grande o comprimento era de 4460 mm em um entre eixos de 2650 mm; era largo tambem aos 2 metros pesava 1576 kg distribuidos 40/60% nos dois eixos o primeiro diablo nao tinha abs nem direçao hidraulica e a operaçao dos comandos exigia esforço mas era aceso e rapido aos comandos como um carro de competiçao transposto este obstaculo o chassi era tubular em aço com teto em chapa de aço estampada; paralamas portas e tampas em chapa de aluminio mas estampada e nao feita a mao os para choques e as saias laterais eram em fibra de vidro e carbono tinha suspensao independente por duplo a sobreposto nas quatro rodas e freios a disco ventilados nas quatro rodas sem abs rodas aro 17 da o z com pneus 245/40 r17 na frente e 335/35 r17 na traseira pirelli p zero o motor e o cambio ao contrario do que muitos pensam sao totalmente novos para o diablo e nao derivados do countach o novo v12 de alfieri tem tambem 60° entre bancadas e e totalmente em aluminio mas agora e fundido em moldes permanentes metalicos e nao em areia; muito mais precisao e qualidade a medida entre os cilindros 95mm era igual ao v12 anterior; muito da confusao vem dai media inicialmente 87 x 80mm para um total de 5707 cm³ maior ja de inicio que qualquer countach e dava 492 cv a 6800 rpm com limite de giro de 7500 rpm o torque era de 58 mkgf ao contrario do motor original de bizzarrini agora a divisao bloco/carter era bem no centro do virabrequim dois comandos de valvula por bancada comandavam quatro valvulas por cilindro com 33 5 mm admissao e 29 5 mm escape a camara de combustao pentroof e os dutos eram sempre usinados em cnc para consistencia com um angulo incluso menor entre valvulas foi possivel colocar a admissao agora pelo meio do vale do v agora claro sempre injeçao eletronica inicialmente uma propria da marca chamada lie lamborghini iniezone elettronica com dois plenuns separados e duas borboletas tanto o motor quanto o cambio ficavam bem mais baixos que no countach os radiadores agora tambem ficavam la atras do motor no fim do carro o diablo foi um dos primeiros carros a passar dos 200 mph aos 325 km/h de maxima 202 mph os tempos de aceleraçao eram impressionantes 0 100 km/h em 4 5 segundos 0 160 km/h em 9 3 segundos e 0 200 km/h em 13 7 segundos diablo vt 1993 a versao com traçao nas quatro rodas do diablo estava planejada desde o inicio mas so apareceu alguns anos depois uma serie de inovaçoes e evoluçoes acompanharam a introduçao do vt; a versao com traçao traseira continuou disponivel a melhor dessas modificaçoes segundo paul frere era a direçao por pinhao e cremalheira com assistencia hidraulica variavel com a velocidade transforma completamente o carro tirando a sensaçao de coisa pesada sem atrapalhar sensibilidade e comunicaçao amortecedores ajustaveis eletricamente tambem eram parte do pacote a traçao dianteira era acionada por um diferencial viscoso central que passava ate 25% da potencia para a frente qundo aparecia deslizamento na traseira diferenciais autoblocantes dianteiro e traseiro completavam o sistema totalmente mecanico com diferencial central gkn de tecnologia ferguson formula adicionava apenas 50 kg ao peso do carro e fazia o comportamento no limite muito mais benigno diablo se30 1993 o diablo se30 de 1993 era uma serie especial para comemorar o 30º aniversario da empresa o motor agora dava 530 cv obtidos a partir de sistema de injeçao modificado escapamento menos restritivo e coletores de admissao de magnesio com desenho melhor tambem tinha apenas traçao traseira ar condicionado opcional e amortecedores simples nao ajustaveis tudo para manter peso mais baixo 1 430 kg por fora vinha com rodas especiais de liga de magnesio emblemas se30 e uma nova cor purpura metalica; que podia ser mudada por uma taxa extra diablo se30 jota 1993 dos 150 diablo se30 feitos 15 eram de uma especificaçao ainda mais brava o jota uma tampa do motor revisada com dois dutos projetando se acima da linha do teto forçava o ar para dentro do sistema de admissao; um design de tampa semelhante seria usado mais tarde no modelo diablo sv preparado individualmente com cuidado o v12 ainda de 5 7 litros dava aqui nada menos que 603 cv e 64 mkgf o carro fazia 0 100 km/h em 3 5 segundos e o quarto de milha em 11 5 segundos diablo sv 1995 a ideia era um se30 de produçao normal; em 1995 aparecia o diablo sv o sufixo remetia ao miura sv e significa claro super veloce superveloz como o se30 tinha traçao traseira somente mas aqui era mais equipado com ar condicionado e equipamento normal pesava 1530 kg o motor tambem era menos potente que o do se30 517 ps a 7 100 rpm e 58 mkgf a 5 900 o mais interessante aqui e que em 1995 era o mais barato dos diablo um spoiler traseiro era equipamento basico assim como o espalhafatoso letreiro sv na lateral diablo sv r 1996 ferruccio nunca quis entrar em competiçao; seus carros sempre foram de rua mas foi a vontade de competir de seus engenheiros que criou o miura ainda que corridas continuassem tabu a chrysler acabou com este tabu porem brevemente tentando ate f1 com a empresa o diablo sv r de 1996 e uma versao de competiçao do sv e o primeiro lamborghini a ser oficialmente construido para fins de competiçao a lamborghini criou seu proprio lamborghini supertrophy que durou quatro anos sua rodada inaugural realizada como corrida de apoio as 24 horas de le mans de 1996 basicamente versoes mais leves preparadas para corrida 28 carros foram feitos o sv r pesava 1 385 kg 191 kg a menos que o sv; tinha tambem 540 cv; o motor tinha variador de fase nos comandos de admissao que apareceria mais tarde nos diablo normais alguns poucos carros foram convertidos para uso na rua fazendo lamborghinis especiais de verdade diablo vt roadster 1995 em 1995 aparecia uma versao inusitada do diablo um semiconversivel chamado de roadster o diablo vt roadster tinha um teto targa de fibra de carbono removivel manualmente que era armazenado acima da tampa do motor quando nao estava em uso alem do teto varias outras pequenas alteraçoes de estilo aparecem neste carro a tampa do motor por exemplo foi alterada substancialmente para fornecer ventilaçao adequada quando o painel do teto a cobria alem disso novas rodas de 17 polegadas estreavam aqui em 1998 diablo sv vt e vt roadster receberiam rodas ainda maiores de 18 polegadas para acomodar discos maiores ao mesmo tempo que recebiam um motor de 537 cv com vriador de fase nos comandos de admissao diablo sv roadster 1998 diablo sv roadster o carro combinava a mecanica do diablo sv com a carroceria conversivel do diablo vt roadster interessante notar aqui e que numa crise economica antes da chegada da audi desistiu se de colocar o carro em produçao depois da criaçao de dois carros um prototipo e um de produçao permanece por isso ate hoje um dos mais raros dos lamborghini diablo gt 1998 o gt e outra ediçao especial de alto desempenho lançada em 1998 e a venda apenas na europa modificaçoes de carroceria um interior despojado e um motor mais forte eram de novo parte da especificaçao a carroceria era extensamente revista inclusive com farois fixos a tampa do motor apresentava um grande duto de ar central projetando se acima do teto e desembocando na admissao do motor a carroceria do gt era composta principalmente de fibra de carbono com o teto de aço e as portas de aluminio rodas especiais oz de 3 peças finalizavam o pacote externo do gt apesar da tradiçao de depenaçao deste tipo de coisa este vinha com ar condicionado navegaçao gps som alpine e camera de re os tempos mudavam de novo traçao integral era omitida para salvar massa pesava 1460 kg o motor foi pela primeira vez aqui aumentado em deslocamento o curso foi stroked de 80 mm para 84 mm resultando em 5 992 cm³ quase exatos seis litros este motor dava agora 575 cv e 64 mkgf diablo vt 6 0 1999 o maior e mais extenso redesenho do diablo veio em 1998 depois da compra da empresa pela audi o carro foi totalmente refeito para durar tempo suficiente para que um substituto moderno pudesse ser projetado e colocado em produçao; o que aconteceria em 2001 11 anos depois do lançamento do diablo original o novo diablo vt 6 0 e entao totalmente redesenhado; trabalho liderado pelo novo designer chefe vindo da audi luc donckerwolke o carro e menos decorado mais classico liso e moderno e agora tem farois fixos nao escamoteaveis o painel de instrumentos tambem foi redesenhado o motor de seis litros aqui tinha uma nova ecu com novo software alem de nova admissao e escape e sistema de variaçao de fase dos comandos esta a ultima versao mais refinada do diablo so existiu com traçao integral e nao existia opçao roadster; e o enorme v12 dava aqui 557 cv e 63 mkgf
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