Na década de 1990 o Fiat Uno Mille deu início à era dos carros populares no Brasil – modelos que, com motor de deslocamento inferior a 1.000 cm³ (até 999 cm³) tinham taxas reduzidas, o que se traduzia em preços mais em conta para o consumidor. No caso do Uno Mille, foi uma questão simples: reduzindo o curso dos pistões de 71,5 mm para 54,8 mm, mantendo o diâmetro dos cilindros 76 mm, a Fiat conseguiu reduzir o deslocamento do conhecido motor Fiasa de 1.297 cm³ para 994 cm³. A potência era de pouco mais de 50 cv, mas o Uno era um carro leve (o Mille tinha cerca de 830 kg) e, com isto, a versão 1.0 tinha força suficiente para uso cotidiano e até conseguia ser divertido: era só não ter dó do acelerador e nem preguiça de trocar marchas.
A verdade é que a Fiat tem tradição com esportivos de deslocamento inferior a 1.000 cm³ (o Uno é esportivo "por acidente", dizem seus fãs). E o melhor exemplo disto é o Abarth 1000 TC, feito com base no Fiat 60