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Fiat Strada alcança uma estrela no LatinNCAP
Picapes pequenas dificilmente são testadas pelo LatinNCAP; mas era inevitável que acontecesse eventualmente. Como se imaginava, os fabricantes definitivamente não projetaram esses carros de olho no protocolo de teste da entidade. Só esclarecendo: para pontuar bem, o carro deve ser desenvolvido para atender os testes do LatinNCAP. Testes são sempre assim: ou você desenvolve o carro para atender este requisito, ou não. Simples assim.
O fato é que a entidade publicou o resultado de sua avaliação da Fiat Strada/RAM 700, em versões cabine simples e dupla, e o resultado não é bom. Não é péssimo, porém: não zerar, conseguir 1 estrela, deve ter sido encarado como uma vitória pela Fiat. Por pouco não zerou.
O carro não teve uma performance tão ruim em impacto frontal, que é feito a 64 km/h (bem acima do idêntico teste legal feito a 54 km/h) em uma barreira deformável em offset de 40% da frente do veículo. Mostra pontuação marginal (não-fatal, mas ruim) nas pernas e peito do motorista; provavelmente o carro foi projetado para não zerar neste teste (e passar com louvor no limite legal).
Mesmo em impacto lateral, que simula o impacto de outro carro bem na porta, a Strada, que tem airbag lateral peito-cabeça, também atingiu pontuação mínima. O pior mesmo foi o impacto lateral em poste, onde o carro é arremessado num poste mirado para a cabeça do ocupante. Para este teste, é normalmente necessário também um Airbag de cortina, maior e bem mais caro, ausente aqui.
A proteção à pedestre também não foi boa: nesse teste, uma cabeça robótica é arremessada pelo capô dianteiro inteiro, que em teoria deve suavizar o impacto: algo só possível se a frente inteira do carro é projetada pensando nisso; parece que não foi o caso aqui.
Mas, de novo, conseguiu uma estrela, não zerou, o que neste caso mostra que o balanço custo/proteção ao ocupante foi cuidadosamente planejado para isso.
No todo, um resultado ruim, sim. Mas não o pior possível. Atingir pontuações medianas é difícil neste protocolo: fácil, no projeto, é só pontuar 5 estrelas (gastando muito) ou zero (atendendo apenas a legislação). Particularmente, tendo trabalhado nisso, parabenizo a Fiat por conseguir um não-zero. Mas claro que é uma performance apenas marginal, olhando da perspectiva do cliente.
Ao LatinNCAP fica uma sugestão: testar todos da categoria. Só um, assim solto e sozinho, não diz nada; se os outros zerarem, a Strada, mesmo ruim, é a melhor da categoria. Comparação é o princípio do exercício, afinal de contas. (MAO)
BMW anuncia investimento e novos modelos na sua fábrica de Manaus
A fábrica da BMW na zona franca de Manaus vai receber um novo importante investimento: R$ 50 milhões. A planta é a primeira da empresa a montar motocicletas fora da Alemanha.
O investimento acontecerá de 2022 a 2025, e objetiva melhoria em áreas como produção, logística, qualidade e expedição. Prevê aumento de 25% na capacidade produtiva, aumento de 20% na mão de obra direta e 50% na área útil da planta. A capacidade instalada da fábrica passará de 15 mil unidades/ano para 19 mil unidades/ano.
Lá são produzidas quase todas as motos para nosso mercado: G 310 GS, G 310 R, F 750 GS, F 850 GS, S 1000 RR, R 1250 GS. Parte deste investimento é para novos modelos: sete novas motos serão lançadas neste período, segundo a BMW, 3 “renovações”, e 4 modelos novos. Um deles, não especificado por enquanto, ainda em 2022.
Os rumores são que esta nova moto é a esportiva em cilindrada de 310 cm³, a G 310 RR. Como sabemos, esta linha pequena da marca é fruto da parceria entre a BMW e a indiana TVS, e a esportiva foi apresentada no mercado indiano em julho. Vem com o mesmo monocilíndrico refrigerado a água de 313 cm³, com potência de 34 cv a 9700 rpm, e 2,7 mkgf de torque a 7.700 rpm. (MAO)
Esta é a nova Toyota Hilux SRX Limited
Se a Hilux GR-S é a picape “esportiva” da Toyota por aqui, e teve grande sucesso mesmo a alto preço, a Toyota imagina que consegue ampliar este sucesso com uma versão topo mais clássica, voltada ao conforto: é a nova SRX Limited. Se fosse um velho decrépito que lembra dessa época, diria que a Limited é o Monza Classic, e a GR-S, o Monza SR.
A Limited, além de todos os equipamentos da SRX normal, vem com mais coisas exclusivas, claro: capota rígida manual com trava para a caçamba, rebatimento automático dos retrovisores e tampa traseira com assistência de abertura e fechamento e trava elétrica, acionada remotamente.
Já vem de série com todos os opcionais também: Toyota Safety Sense (TSS), que traz a função que detecta pedestres e ciclistas por meio do sistema de detecção de pré-colisão frontal (PCS), controle de velocidade adaptativo (ACC) e sistema de alerta de mudança de faixa com condução assistida (LDA). Além disso, há mais: assistente de subida (HAC), controle eletrônico de estabilidade (VSC), controle eletrônico de tração (A-TRC), luz de frenagem emergencial automática e até 7 airbags.
Mecanicamente é a mesma Hilux conhecida: motor 2.8 16V turbodiesel, 204 cv e torque de 50,9 mkgf, câmbio automático de 6 marchas, tração 4×4 com bloqueio do diferencial traseiro. A nova versão custa R$ 337.990, mais barato que a GR-S (R$ 354.790). (MAO)
Adeus ao Kia Stinger GT
Tudo de bom, e tudo de ruim no mundo é finito. Acaba uma hora, inevitavelmente. Já dizia o ditado popular, “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”, uma concisa verdade absoluta. A gente tem que estar sempre preparado para isso, aguentando corajosamente o mal acabar, e quando estamos bem, termos a consciência, também, que isso não vai durar para sempre.
Ainda assim, não é sem um pouco de tristeza que anunciamos o fim prematuro do Kia Stinger. Lançado em 2017, o carro é talvez o primeiro carro Coreano realmente sensacional, que muita gente boa disse preferir a qualquer carro que os concorrentes alemães pudessem oferecer. Foi o anúncio que a Hyundai/Kia chegava à maturidade.
Agora a publicação coreana Auto Times afirma que o fim está próximo para o Stinger. Diz que a Kia descontinuará o modelo em abril de 2023 devido à fraca demanda. Até setembro, apenas 1.499 unidades foram vendidas na Coreia do Sul. Uma substituição direta aparentemente não está planejada, mas o designer Karim Habib já disse no ano passado que o EV6 GT elétrico desempenha um papel semelhante no portfolio da empresa.
Então é isso: adeus a este sensacional hatch/supê/sedã esportivo do oriente. Adeus a seu V6 twin-turbo de 3,3 litros e 368 cv, com tração traseira ou nas quatro rodas. Adeus a seu comportamento exemplar, combinado a praticidade de perua, mas com desenho muito mais bonito e menos quadrado que o delas. Chegou a sua hora. Chega para tudo, e todos.
Só espero que o preço no mercado de usados siga a tendência de outros Kia, e baixe bastante em alguns anos. Estou aqui esperando ansioso. (MAO)