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Citroën comemora 75 anos do 2CV
Os automóveis costumavam ser criações completas, uma declaração, uma forma de mostrar ao mundo como uma pessoa, ou um grupo de pessoas, pensava. Não existe maior exemplo disso que o Citroën 2CV, que completa, pasme, 75 anos em 2023.
O 2cv nasceu no protótipo TPV de 1939; uma guerra interveio, e depois dela, somente em 1948 apareceu novamente, na forma de um carrinho incrivelmente espaçoso, confortável, e agradável ao volante, mesmo com apenas 375 cm³ e 9 cv. Sim, 9 cv: a potência de uma Honda Biz 125 hoje. O 2CV só conseguia chegar a 50 km/h, mas o fazia com alegria e vontade, e o carro colocou a França sobre rodas.
Bancos removíveis, câmbio remoto saindo do painel, chapas retas e linhas curvas; um carro off-road confortável como um tapete mágico. O teto de lona que é ao mesmo tempo barato, e base para todo 2Cv ser um semiconversível. Um festival de detalhes inteligentes, mas um todo coeso.
Como obra intelectual, diz muito de seus criadores: é o carro mais simples que existe, um exemplo de minimalismo nunca superado. O motor é pequeno, contraposto, arrefecido à ar, durável e econômico. Mas é também girador e pronto para rodar o dia inteiro na sua rotação máxima sem reclamar. A suspensão interconectada e simétrica, que funciona como independente apesar disso, e coloca as molas horizontais nas laterais do chassi. Os freios são inboard, a tração é dianteira. Simples e sofisticado, inteligente e independente em pensamento. Feio, mas de propósito; para sumir com noções bobas de status e posição social. A gente devia ser mais como o 2CV.
Sucesso? A demanda era inacreditável. Um Ferrari pode te fazer esperar um par de anos hoje: a Citroën diz que os prazos de entrega atingiram seis anos em 1950. O 2CV evoluiu ao longo dos anos, ganhando um pouco mais de potência e conforto, mas mantendo-se sempre fiel ao seu ethos lerdo, espartano, mas agradabilíssimo.
Foi base para um monte de coisa diferente, também: o Mehári, um jipe de plástico injetado ABS sem pintura. A van 2CV, ancestral dos Berlingo. Bijou, Dyane, Ami. Mas mesmo com tanta coisa nova rolando, o 2CV sobreviveu a todos eles. Quando a produção finalmente terminou, em 1990, um total de 5,1 milhões de carros tinham sido vendidos.
Para comemorar a efeméride, a Citroën produziu oito imagens de 2CV marcantes, incluindo um 2CV A, um dos 250 protótipos TPV construídos em 1939 para o Salão Automóvel, um 2CV A Berline 1950 idêntico ao apresentado no salão de 1948, e um dos Saara bimotores. Também está organizando uma exposição especial de 75 2CV diferentes no Conservatoire Citroën em Aulnay-sous-Bois, França, no dia 7 de outubro, exatamente 75 anos após a estreia em 1948. O deux chevaux pode não ser mais produzido; mas vive em nossos corações para sempre. Et voilá! (MAO)
Ineos começa a produzir Grenadier para os EUA
Nós aqui somos fãs da Ineos e seu Grenadier. Não podia ser diferente, já que é um produto de paixão. Quando se cancela a produção do carro favorito do cara mais rico da Inglaterra (e não, não é Charles), não pode se esperar mais nada que isso. Para quem não sabe, Sir Jim Ratcliffe, o dono da química Ineos, tentou comprar os direitos de produção do Defender original em 2016, quando ele acabou: negado, resolveu fazer seu próprio Defender. O Ineos Grenadier.
Agora vem a notícia de que a Ineos Automotive iniciou a produção dos Grenadier para o mercado norte-americano na semana passada. A produção é baseada em suas instalações em Hambach, França, uma antiga fábrica da smart comprada pela companhia. O primeiro Grenadier com especificação dos EUA, um Belstaff Fieldmaster em Scottish White, saiu da linha de produção na quinta-feira.
A empresa diz que já tem 7.000 pedidos para o mercado dos EUA. Espera iniciar as entregas em novembro, com o Canadá seguindo em janeiro. Uma vez estabelecida, a América do Norte deve se tronar o maior mercado para a Ineos Automotive.
Ineos Grenadier: o Defender moderno que a Land Rover não quis fazer
Com sede em Raleigh, Carolina do Norte, a filial norte-americana da Ineos Automotive está se preparando para anunciar o seus primeiros concessionários. Greg Clark, vice-presidente executivo da Ineos Automotive para as Américas, expressou entusiasmo com o anúncio iminente e a jornada para levar o Grenadier aos clientes. Esta expansão reforçará significativamente a presença global da Ineos, que já inclui mais de 20 mercados.
Uma empresa assim começando do zero, normalmente acaba antes de começar de verdade; aqui não. Parece que essa fábula moderna de uma tradição abandonada e recolhida no lixo por outro, está só começando. Estamos observando ansiosos, e torcendo pelo sucesso. E a vinda ao Brasil, claro! (MAO)
Câmbio manual cresce em demanda nos EUA
O número é 0,7% de aumento. As vendas de carros com câmbio manual aumentaram de 1% do total dos EUA em 2021, para agora a 1,7% em 2023. Não é muito, nem um crescimento estrondoso, claro que não. Mas está aumentando; é uma boa notícia.
A CarMax, a maior cadeia de automóveis usados nos EUA, relata um aumento semelhante. Após um mínimo de 2,4% em 2020, as vendas de automóveis com câmbio manual aumentaram para 2,8% em 2021 e 2,9% em 2022. Tradicionalmente esses aumentos estiveram sempre relacionados a custo; carros baratos com o câmbio mais barato, leve, e eficiente. Mas parece que não mais.
Os atuais veículos com transmissão manual mais vendidos nos EUA tendem a ser modelos mais esportivos. No topo da lista está o Honda Civic, seguido pelo Ford Mustang, Subaru WRX e Jeep Wrangler. A VW reporta também que Jettas e Golf Rs equipados com câmbio manual vendem rápido, e são cobiçados.
Um ressurgimento? Ainda é cedo para avaliar. Mas é uma tendência, e essa tendência deve continuar naquele país. (MAO)
Europa cede: a Euro 7 cancelada para os automóveis de passeio.
A choradeira dos fabricantes europeus faz sentido: se já se pede investimento pesado no futuro elétrico europeu depois de 2035, é contraproducente pedir mais investimentos para uma nova legislação de emissão, a Euro 7, para os carros á combustão, agora.
Vários fabricantes de automóveis, incluindo Stellantis, Volkswagen, Skoda e outros, têm sido muito críticos em relação às esta Euro 7. Alguns executivos até os descreveram como “inúteis”. Mas parece que foram ouvidos: ministros da União Europeia concordaram com regras novas e mais brandas. Concordaram em não implementar alterações significativas nas normas Euro 6 existentes para automóveis e peruas. No entanto, haverá regulamentações mais rígidas para ônibus e veículos pesados.
Embora oficial, a decisão ainda não é definitiva. A Espanha, que detém a presidência rotativa da UE, apresentou o texto de compromisso que obteve o acordo do Conselho da União Europeia, composto por ministros da UE. A forma final da lei deve ser discutida e assinada pelo Conselho, pelo Parlamento Europeu e pela Comissão Europeia.
“A posição dos Estados-membros é uma melhoria em relação à proposta Euro 7 da Comissão Europeia – que era totalmente desproporcional, gerando custos elevados para a indústria e os clientes, com benefícios ambientais limitados”, disse a diretora da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, Sigrid de Vries. “
O problema er simples: necessitava investimentos monstro e carros novos, que seria descontinuados em 2035. Muita gente disse que não se pagariam, mas sem a renda desses carros, como pagar o desenvolvimento dos elétricos? Mais uma rachadura na parede ou uma remendada providencial nela? A ver. (MAO)
Este é o Ferrari 812 Superfast N-Largo S da Novitec
Você poderia imaginar que um Ferrari 812 Superfast, do jeito que sai da Ferrari, é suficiente para deixar qualquer um feliz. Afinal de contas, debaixo do longo capô dianteiro está um dos mais fantásticos motores já criados pela humanidade: um V12 aspirado de 6,5 litros e nada menos que 800 cv.
Mas se você está na fila para deixar seu filho adolescente na escola em Dubai, e todo mundo tem a sua 812, as coisas ficam mais difíceis para o seu pequeno ego. Mas não tema, caro sultão pouco amado: a Novitec tem algo justamente para ti.
É o Ferrari 812 Superfast N-Largo S da Novitec. O preparador recalibra o motor para dar nada menos que 840 cv, e 76 mkgf de torque. O aumento traz melhor desempenho: 0-100 km/h em 2,8 segundos, e velocidade máxima de 345 km/h.
Além disso, há novas rodas Novitec NF 11 N-Largo S personalizadas, desenvolvidas pela Vossen, em 21 e 22 polegadas frente/trás. Molas esportivas rebaixam o Ferrari em 35 mm. Para compensar, um sistema hidráulico levanta de novo o carro sob demanda de um botão, em 40 mm, para que possa entrar em casa e não raspar o spoiler na rampa.
Novo painel dianteiro e pára-lamas dianteiros mais largo; os paralamas traseiros também são alargados em 140 mm a largura total do carro. Novos painéis de fibra de carbono, um novo difusor traseiro e um spoiler integrado também fazem parte do pacote. O preço não foi divulgado; afinal de contas, se você tem que perguntar… (MAO)