Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Ford Focus deixa de ser produzido – e não terá substituto no Brasil
O início de outubro marcou o fim da linha para o Ford Focus. A fabricante confirmou nesta última segunda-feira (1º) que o médio deixará de ser fabricado na Argentina em maio de 2019 e não deixará um substituto. O motivo da decisão, embora não revelado publicamente, é a baixa demanda pelo modelo, que é um dos menos procurados do decadente segmento dos hatches e sedãs médios, ultimamente preteridos em favor dos SUV e crossovers do mesmo porte.
O primeiro indício de que o Focus deixaria de ser oferecido no Brasil foi a decisão da Ford em não vendê-lo nos EUA, enxugando sua linha para concentrar os investimentos nos modelos mais rentáveis. Depois, com a atualização do modelo na Europa, que recebeu a quarta geração do Focus há alguns meses, surgiram os primeiros rumores de que ele não seria oferecido no Brasil.
Com o segmento dos médios definhando — e dominado por Corolla, Civic e Cruze — a Ford optou por uma estratégia semelhante à dos EUA, na qual irá concentrar seus investimentos nos modelos de maior volume, caso do Ka e EcoSport, novos modelos que podem até mesmo incluir uma nova picape média-compacta.
Aliás, falando em picape, você deve lembrar que, em junho deste ano a Ford e a Volkswagen anunciaram que iriam iniciar uma parceria para veículos comerciais. Com isso, a próxima geração de Ranger e Amarok poderão ser “irmãs” de marcas diferentes. Além disso, considerando que existe a possibilidade de a Ford investir em uma picape médio-compacta, é importante lembrar que a Volkswagen está desenvolvendo um modelo para este segmento. Será que teremos uma reedição da Autolatina para picapes?
Mercedes-Benz apresenta nova geração da Classe B
O Salão de Paris começou nesta terça-feira (2) e uma das primeiras novidades foi o novo Mercedes Classe B. O compacto chega à sua terceira geração com um visual mais encorpado e elementos de design da atual linguagem da Mercedes, como esperado.
Embora seja uma minivan desde sua primeira geração, a W245 de 2005, o novo Classe B usa elementos para se diferenciar do perfil convencional deste tipo de carro, com teto mais baixo, balanços mais curtos e laterais mais “musculosas”, sensação reforçada pela linha de cintura ascendente.
A ergonomia, contudo, continua de minivan, colocando o motorista quase 10 cm mais alto que no Classe A, modelo no qual é baseado desde sua primeira geração. Embora não seja a posição mais “entusiasta”, ela cumpre a função de fornecer uma boa visibilidade geral.
Como em todo novo Mercedes, por dentro o novo Classe B usa o quadro de instrumentos digital, integrado a uma segunda tela que exibe as informações secundárias do carro e o sistema multimídia. As saídas de ar circulares espalhadas pelo painel são outro elemento de design da Mercedes atualmente que se repete nesta minivan compacta.
Sob o capô estão os mesmos motores da atual geração da Classe A: um 1.3 turbo de 136 cv ou 163 cv, dependendo da versão, um 1.5 turbodiesel de 115 cv e um 2.0 turbodiesel de 150 ou 188 cv. Mais adiante a minivan irá receber o motor 2.0 turbo a gasolina, que equipa o A250 e produz 225 cv, distribuídos para as quatro rodas pelo sistema 4Matic de tração. Todos os modelos usarão o câmbio automatizado de embreagem dupla e oito marchas da Mercedes.
As vendas começam em 3 de dezembro na Europa, mas não há detalhes sobre o modelo no Brasil, por ora.
Audi apresenta R8 LMS atualizado — que antecipa facelift do esportivo
Como vimos ontem aqui mesmo no Zero a 300, a Audi revelou no Salão de Paris o novo R8 LMS, a versão GT3 de seu supercarro. O modelo traz uma série de atualizações para se manter competitivo nas pistas, mas também novos elementos visuais que deverão ser adotados no facelift da versão de rua do R8, prevista para 2019.
As principais mudanças são as melhorias aerodinâmicas, que visam não apenas aumentar a downforce, mas também reduzir o arrasto e otimizar o resfriamento dos freios. A dianteira, como antecipado pelos teasers, tem novos faróis, uma nova grade e novos respiros na borda do capô.
O motor V10 de 5,2 litros continua o mesmo, com 585 cv e 55,9 kgfm, aqui combinado ao câmbio sequencial de seis marchas e ao diferencial com bloqueio eletrônico — ambos revisados para lidar melhor com os abusos das corridas de longa duração.
O LMS também recebeu novos itens de segurança por força do regulamento da FIA para a categoria GT3, a Audi não detalhou quais, mas fez questão de dizer que o novo R8 LMS é 25 kg mais leve que o modelo da primeira geração e tem 39% mais rigidez à torção.
O modelo custa 400.000 euros (cerca de R$ 1,9 milhão), e ganhará as pistas a partir de janeiro de 2019, assim que os testes de homologação estiverem completos.
Porsche confirma produção do Speedster
Quando a Porsche apresentou o “conceito” Speedster em junho deste ano, ela ainda não havia confirmado sua produção, mas nós a tomamos como certa pois, no fim das contas, todos os 911 Speedster foram séries especiais limitadas e com este não teria porque ser diferente. Passados quatro meses desde o anúncio do carro, a Porsche levou ao Salão de Paris o 911 Speedster vestido de vermelho para confirmar que ele será mesmo produzido em uma série especial limitada. Pode considerá-lo a versão de despedida da geração 991.
A pintura vermelha é uma remissão ao 911 Speedster original de 1988, bem como seu interior de couro preto e vermelho. Em relação ao conceito mostrado em junho, este também está com rodas inéditas, com raios cruzados em vez da releitura moderna das Fuchs.
A versão de produção terá 1.948 exemplares, uma referência ao ano no qual a Porsche foi fundada. Ele também terá uma capota de tecido que será afixada à carroceria por botões de pressão e isso é tudo o que a Porsche falou. Nada de motorização, nem modelo base.
Espera-se, contudo, que ele seja baseado na carroceria do Carrera 4 Cabriolet, porém com para-lamas, capô e cobertura do motor feita de fibra de carbono. A suspensão deverá ser a mesma do GT3, bem como o motor 4.0 aspirado e o câmbio manual de seis marchas.
Toyota Supra será lançado em janeiro
O Toyota Supra não foi apresentado no Salão de Paris, mas a marca japonesa finalmente definiu uma data e um local de lançamento para o modelo: janeiro de 2019 no Salão de Detroit. Exatamente o lugar onde o conceito FT-1 foi apresentado há quase cinco anos.
A boa notícia é que a espera parece que valerá a pena. A demora em relação ao Z4 se deve ao fato de o Toyota ainda estar em desenvolvimento. Isso porque apesar de compartilhar a plataforma com o BMW, os dois carros terão pouca coisa em comum — apenas o entre-eixos, largura, posição das colunas A e posição do tanque de combustível. Além disso, lembre-se que o Z4 é um roadster com teto de tecido, enquanto o Supra é um cupê.
Por essa razão o desenvolvimento também está sendo feito separadamente pela Toyota. Segundo a marca japonesa, ele será ainda mais próximo do chão que seu irmão GT 86 e terá uma “relação entre bitolas e entre-eixos muito específica”. E apesar de não usar fibra de carbono, a Toyota diz que ele terá o mesmo nível de rigidez à torção que o Lexus LFA. A motorização será mesmo a que já conhecíamos até agora: 2.0 turbo de quatro cilindros e 3.0 turbo de seis cilindros em linha, ambos da BMW e ambos combinados ao câmbio automático de oito marchas da ZF.
Mazda volta a usar motores Wankel, mas não como esperávamos
A Mazda confirmou hoje que voltará a usar motores Wankel a partir de 2020. Mas ele não virá na forma do RX9 que todos esperávamos, e sim a bordo de um modelo puramente elétrico. Ele será o extensor de autonomia — ou seja: o motor que gera eletricidade para as baterias quando a carga estiver perto do fim. A razão pela escolha do motor Wankel em vez de um motor de pistões reciprocante tem a ver com suas dimensões compactas. Infelizmente não há detalhes sobre o carro.