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Mercedes-Benz pode acabar com seus SUV-cupê
Não é segredo para ninguém que a linha da Mercedes-Benz se expandiu muito nas últimas duas décadas, com tantos modelos que é até difícil listá-los de memória. Ficaram no passado os dias de um sedã em tamanhos pequeno, médio e grande, e mais um SL e um Jipe G para atender todas as necessidades possíveis do mercado.
Agora, parece que mesmo a Mercedes acha que a proliferação foi longe demais, e pretende cortar alguns modelos. E para a alegria da maioria dos entusiastas que nunca gostaram da espécie, parece que o primeiro corte será nos chamados SUVs cupê, aquela mutação genética para lá de estranha que começou com o BMW X6 em 2008, e se espalhou para as outras marcas alemãs imediatamente desde então.
Atualmente, a Mercedes oferece duas opções de SUV cupê, o GLC Coupe e o GLE Coupe. Os modelos respondem por cerca de 10-15% das vendas globais do GLC e do GLE. O jornal alemão Handelsblatt alega que “insiders da empresa” estão questionando o futuro desses SUVs cupê.
Alguns executivos sugerem que pode ser hora de parar completamente o esforço e deixar o GLC Coupe e o GLE Coupe desaparecerem silenciosamente no final de seus ciclos de vida. Outros argumentam pela combinação deles em um modelo, enquanto alguns mantêm a esperança de que nada mudará.
Não fariam falta né? Embora tenham seus fãs, e todo carro já criado tem seus fãs, são complicações e trabalho que pouco mudam a ordem das coisas. Cancelá-los seria um favor à humanidade, se quiserem saber minha opinião pessoal.
Além desta possibilidade, a Mercedes está realmente se dedicando a ter menos modelos diferentes: já combinaram os modelos cupê e conversível Classe C e Classe E em uma única linha CLE, enquanto os Classe S de duas portas foram descartados completamente. O cupê AMG GT agora é uma versão fechado do SL. Além disso, os Classe A e Classe B provavelmente acabarão até o final de 2026, abrindo caminho para modelos mais premium, como o sucessor de luxo do sedã CLA. (MAO)
“Último 911 de verdade” vendido por US$ 800.000
Vamos falar um pouco sério agora. O Porsche 911 moderno ainda é um carro sensacional, um dos mais interessantes carros esporte que ainda existem. E capaz de virar um cupê de luxo GT, ou um carro de corrida para as ruas, faca nos dentes, apenas variando especificações e detalhes. Mas como todo carro moderno, é fácil demais de dirigir e controlar.
O que faz o entusiasta, que gostava de experiências intensas ao volante, nem que elas peçam muito de nossa concentração, esforço, e habilidade de adaptação à certas idiossincrasias, meio triste. Isso porque controle é muito do que gostamos em carros. E nos sentir no domínio de uma máquina que não cede controle fácil, como domadores de cavalos selvagens no passado, o ápice. Não há ligação maior com a máquina como a que atingimos ao aprender e dominar uma máquina assim. Como era o antigo Porsche 911 original, com motor arrefecido à ar.
Então não é surpresa nenhuma que os 911 antigos hoje valem tanto quanto os zero-km, no papel carros infinitamente superiores. Ao volante, números valem nada e experiência é tudo, e todo mundo que gosta de carro já percebeu isso.
Já se passaram 26 anos desde que o último Porsche 911 arrefecido a ar saiu da linha de montagem. Mesmo essa última geração 993, que já é bem mais benigna que as anteriores, é ainda assim sensacional perto dos carros modernos, e muito procurada. No início deste mês, um dos últimos 911s “de verdade” foi vendido por nada menos que US$ 800.000, um novo recorde. Parece que o velho 911 está a caminho de valer MAIS que o zero-km.
O carro em questão é um Porsche 911 Turbo Coupe 1998, com número de chassi WP0ZZZ99ZWS370750. Este 993 em particular saiu da linha de montagem em 27 de março de 1998, apenas quatro dias antes do fim. Embora não tenha sido exatamente o último carro arrefecido a ar construído (este, um Carrera 4S construido especialemnte para Jerry Seinfeld), é o último de “produção normal”.
O carro tem especificação topo de linha, com o raro pacote WLS 2, que aumenta potência para 450 cv, além de adicionar uma barra dianteira de reforço entre as colunas McPherson (o strut brace), radiador de óleo e tanque de 92 litros.
O carro foi encomendado com o tratamento de personalização do departamento Sonderwunsch, que adicionou couro Night Blue na cabine e mostradores do painel em fundo azul. Há uma placa exclusiva com os dizeres “In Memoriam Prof. Ferry Porsche”, que morreu naquele ano, enquanto as soleiras laterais exibem a frase “The Last Waltz”. Entregue ao seu proprietário original em 5 de setembro de 1998, o carro vem completo com uma carta confirmando-o como o último 911 arrefecido à ar a sair da fábrica. E o de Seinfeld? Não pergunte.
Não é exatamente o último 993 Turbo também, nem o mais caro: o “Projeto Gold”, foi um 993 Turbo criado duas décadas depois com peças de reposição, especificamente para arrecadar fundos para caridade. O carro é efetivamente um 993 turbo zero km criado em 2022; portanto não pode ser emplacado nem usado nas ruas por não atender legislações atuais. Mas de qualquer forma, vendeu por incríveis US$ 3.415.000. É mole? (MAO)
Ineos paralisa produção por problemas de fornecimento
Nem mal começou, e a Ineos já enfrenta uma crise que ilustra bem a complexidade da indústria automobilística atual. E a fragilidade da dependência de toda ela nos seus fornecedores de componentes-chave.
A Ineos, sendo uma clássica startup, além de terceirizar a engenharia para especialistas da Magna-Steyr, motores para a BMW, e assim por diante, encomendou projeto e industrialização de seus bancos para a famosa Recaro alemã. Escolhendo fornecedores famosos e de tradição, esperava segurança nisso tudo.
Pois bem, agora a Ineos interrompeu a fabricação dos seus carros em sua fábrica de Hambach, na França, e deve permanecer assim até 2025, por problemas de fornecimento de peças. A empresa não menciona o fornecedor e a peça pelo nome, mas já se ventila que é a Recaro, que recentemente faliu. Aparentemente, não há uma solução alternativa para fazer as coisas voltarem a funcionar imediatamente. Tem que validar banco novo. Barrabás.
Disse a ineos para o site Motor 1 americano: “Não estamos deixando pedra sobre pedra em nossos esforços para colocar nossa fabricação de volta em funcionamento, para atender à demanda o mais rápido possível. No momento, estamos operando um cenário conservador que nos veria retornar às taxas de produção máximas no início de 2025. Enquanto isso, gostaríamos de agradecer aos nossos clientes — em particular aqueles que estão esperando por seus Grenadiers — por sua paciência enquanto trabalhamos duro para voltar aos negócios.” Pode parecer algo menor, mas o problema parece realmente sério.
Ineos Grenadier: o Defender moderno que a Land Rover não quis fazer
Uma situação deveras complicada para um fabricante que apenas começava a decolar. Esperamos sinceramente que supere isso. A história desta companhia é boa demais para se perder com coisas assim. Veremos. (MAO)
Daniel Ricciardo está fora da F1
A Red Bull finalmente confirmou a saída de Daniel Ricciardo da Fórmula 1. Embora todo mundo soubesse que Ricciardo competiu sua última corrida pela RB em Cingapura no último fim de semana, nsomente esta semana os canais de mídia social da Red Bull prestaram homenagem à contribuição de Ricciardo ao longo dos anos.
Em uma postagem intitulada “Obrigado Daniel” no feed oficial da RB, o chefe da equipe Laurent Mekies disse: “Ele trouxe muita experiência e talento para a equipe com uma atitude fantástica, o que ajudou todos a desenvolver e promover um espírito de equipe unido.”
Já era esperada, visto que seu desempenho já era longe de seu auge há algum tempo. Mas não deixa de ser triste sua partida; Ricciardo sempre pareceu estar no negócio por amor realmente, e não para fama e fortuna. Parecia uma pessoa, e não mais um drone corporativo, e isso sempre faz falta em qualquer atividade esportiva, goste dele ou não. Ricciardo é australiano, de descendência italiana, e tem 35 anos de idade. Ganhou 8 GP’s e por duas vezes ficou em terceiro no campeonato, em sua carreira.
Seu apelido é “Honey Badger”, um tipo de texugo que parece bonitinho e inofensivo, mas não é. Ele mesmo explicou em 2014: “Dizem que é o bicho mais destemido do reino animal. Quando você olha para ele, ele parece fofo e inofensivo, mas assim que alguém cruza seu caminho de uma forma que ele não gosta, ele se transforma e ataca qualquer coisa – tigres, serpentes, qualquer coisa. Ele se transforma muito rápido. Mas é um bom sujeito, hahahaha.”
Ricciardo também postou no Instagram algumas palavras de agradecimento àqueles que tiveram um papel em sua carreira na F1: “Eu amei esse esporte minha vida inteira. É maluco e maravilhoso e foi uma grande jornada. Para as equipes e indivíduos que fizeram sua parte, obrigado. Para os fãs que amam o esporte às vezes mais do que eu, obrigado. Sempre há seus altos e baixos, mas foi muito divertido e, verdade seja dita, eu não mudaria nada. Até a próxima aventura.” (MAO)