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Zero a 300

O GMA T.33 Spider | 50 anos do Passat | O novo Eclipse Cross Sport e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Conheça o fabuloso GMA T.33 Spider

O T.33 é o segundo carro da GMA, a empresa fundada por Gordon Murray para criar seus carros completamente sem compromisso ou chefe. Com a produção do T.50 já andando, os primeiros deles logo estarão com seus felizes proprietários, então é hora de olhar para a frente. Gordon Murray mostra agora o que vem depois do T.33: um Spider baseado nele.

O T.33 é um carro que segue os mesmos princípios básicos de engenharia do T.50, como estrutura de fibra de carbono, e até compartilha com ele o seu motor, o maravilhoso V12 de 3,9 litros aspirado desenhado pela Cosworth, que passa dos 11.000 rpm. Aqui com um pouco menos de potência, e mais torque: 615 cv a 10500 rpm e 46 mkgf a 9500 rpm.

Mas enquanto o T.50 tem todo aquele ar de seriedade necessário, aquela aura de McLaren F1 para o ano de 2023, aquele ventilador enorme atrás e motorista em posição central, o T.33 parece algo mais leve e despreocupado. É Murray olhando para sua coleção de Abarths dos anos 1960, e tentando criar um desenho mais italiano. Tem dois lugares lado a lado, por exemplo, e até foi oferecido com um câmbio semiautomático opcional.

Ah, sobre isso. Neste lançamento da versão Spider do T.33, Murray contou o que aconteceu: ninguém pediu este câmbio, então agora existirá somente manual. Na verdade, três pessoas pediram, duas delas por terem problemas físicos com a perna da embreagem; fazer só 3 deles faria este câmbio “o opcional mais caro do mundo”, então foi cancelado. Murray diz que aprendeu: seus carros serão só manuais daqui em diante.

Os carros de Murray serão feitos de 100 em 100. Cem T.33 já estão encomendados, então é hora de mostrar a versão Spider, na verdade um Targa. É basicamente o mesmo carro até a coluna A (fora lugar para guardar o teto no porta-malas dianteiro), mas dali para trás, segundo Murray, todos os painéis externos são diferentes.

Murray diz que o T.33 foi projetado como um Spider; os objetivos de rigidez foram atingidos sem teto. Isso contribui para um aumento de peso mínimo em relação ao coupé: apenas 20 kg, basicamente os mecanismos do novo teto, que inclui um vidro traseiro que desce eletricamente.

A admissão, no teto, fica literalmente do lado do ouvido do motorista e passageiro. Sem este leve teto de fibra de carbono e com o vidro traseiro baixado, um cara só pode imaginar o prazer sonoro e vibratório (ui!) deste magnífico carrinho de apenas 1100 kg.

A GMA não anunciou preço ainda, mas o cupê, quando anunciado ano passado, custava £ 1,37 milhão (R$ 8.672.100) na Inglaterra. Aposto que os compradores do coupé agora estão realmente bravos com Murray. Ou, pensando bem, consideraram o primeiro carro investimento, e já encomendaram um Spider para uso. (MAO)

 

Volkswagen comemora 50 anos do Passat

A Volkswagen retorna este ano ao Techno Classica, uma das maiores feiras de carros antigos do mundo, realizada anualmente em Essen, na Alemanha. A VW planeja se apresentar como uma marca “com coração” e mostrar seus modelos históricos. A principal comemoração será a dos 50 anos do Passat, um carro que a VW chama de “herói cotidiano” e um clássico de design.

O Passat hoje em dia anda em declínio na Europa, seu último mercado de vulto. Recentemente o Passat deixou de ser vendido nos EUA, e o fim da versão sedã foi anunciada. O modelo 2024 será somente perua. Eventualmente, será substituído por um dos novos ID elétricos.

Talvez aí esteja o motivo da comemoração, chamar atenção à ele. De qualquer forma é um carro importantíssimo: chegando antes do Golf em 1973, é o início de um novo tipo de VW, baseado em motores Audi, com tração dianteira e desenho de Giugiaro. Não foi o primeiro tração dianteira arrefecido à líquido da marca, o VW K70 (na verdade um NSU com badge VW) de 1970 a primeira experiência neste sentido. Mas foi o começo da mudança total: era um novo tipo de VW,

Baseado no Audi 80, o Passat compartilhava muitos componentes, e muito do estilo com ele. Aqui no Brasil foi também o início do fim do Fusca, um indício de uma nova VW. Para nós é ainda mis importante: o Gol foi feito com base nele, e recebemos também aqui a segunda geração, que chamamos de Santana. Até a perua, a Quantum, veio para nós. Nos anos 1990, voltou importado, então sempre tivemos Passats por aqui, até recentemente.

A terceira geração foi uma volta à plataforma VW, de motor transversal; em 1998 voltou a ser baseado em Audi, mas retornou para a VW em 2005. Mas com o caminho da singularidade SUV passando primeiro por carros maiores, está em decadência de vendas desde então.

Para o Techno Classica, a VW deu ao Passat o lema “Immer weider neu” ou “sempre se reinventando” para marcar o aniversário do carro. Será que um novo Passat, ainda que seja elétrico, está no futuro? (MAO)

 

Governo discute plano de renovação de frota

Uma pesquisa de 2021 indica que a idade média dos automóveis circulando no Brasil é de 10,5 anos, a mais velha em 26 anos. Nada mais esperado: todo mundo está em época de baixa de poder aquisitivo, e os automóveis, em época de preços tão altos que viraram, novamente, coisa de gente rica. Resta ao povo o usadinho, claro.

Com isso, e um novo governo recém-empossado, é inevitável que a velha e mofada discussão de programas de renovação de frota venham à tona novamente. Como trens urbanos entre Campinas, Sorocaba e São Paulo, se ganhássemos um real cada vez que esse assunto reaparecesse, poderíamos comprar carro zero km. Desculpem o ceticismo.

O fato aqui é que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou estudos de um programa de incentivo a troca de veículos. Seria uma ampliação do Programa Renovar, criado pelo governo anterior e que, atualmente, só prevê a substituição de caminhões, implementos rodoviários, ônibus, microônibus, vans e furgões com mais de 30 anos de fabricação.

Esta troca é feita usando um fundo formado por recursos de empresas de combustíveis. Este mesmo fundo das petroleiras agora seria usado para carros de passeio, embora as regras ainda não estejam definidas. O ministro afirma que não existirão novos gastos, algo difícil de deglutir. O fundo é abastecido pelas petroleiras, enviando 0,5% a 1% da receita bruta da produção dos campos cedidos pelos contratos de concessão.

Junto com as ideias de reintrodução dos carros populares, parece que este governo está empenhado em fazer algo para mudar a situação da indústria local. Algo louvável, mesmo que alguém não concorde com os métodos, ou acredite nas intenções. Pelo menos, colocar-se o assunto em discussão é um primeiro passo para que algo mude. E mudar, parece claro, é necessário. (MAO)

 

Mitsubishi aumenta garantia e lança Eclipse Cross Sport

A Mitsubishi anunciou uma importante mudança na sua garantia para veículos zero-km no Brasil. A garantia de fábrica passa de 3 para 5 anos em toda linha. A ação já é válida para os modelos da gama 2024, que começarão a ser vendidos no país nas próximas semanas.

A cobertura não tem limite de quilometragem para pessoas físicas. Já os modelos comercializados para pessoas jurídicas, o limite estabelecido é de 150 mil quilômetros. Lógico que as regras normais de garantia devem ser respeitadas, que são: é necessário que o veículo esteja em condições normais de uso e passe por todas as revisões em concessionárias, respeitando os limites e prazos do manual do proprietário.

Ao mesmo tempo, a linha 2024 vem com uma novidade: Eclipse Cross Sport. O novo modelo tem apelo esportivo, ainda que só em aparência e missão. Os cromados agora são pretos nele, entre outros detalhes menos brilhantes e diferenciados.

As rodas são de liga leve e 18 polegadas, com pintura escurecida, e com pneus 255/55, pinças de freio pintadas de vermelho e molduras das caixas de roda na cor do veículo. Na traseira, a asa e o skid plate são em preto brilhante, enquanto as lanternas ganharam bordas escuras. A barra central tem acabamento em carbono. As ponteiras de escape são escuras também.

A mecânica continua igual, um 1,5 litros turbo de 165 cv e 25,5 mkgf de torque, somente gasolina. O câmbio é automático CVT com oito relações fixas, e tração nas quatro rodas permanente opcional.

O novo Eclipse Cross Sport deve chegar em breve às concessionárias da marca. Será vendido somente na configuração HPE-S, e custará R$ 237.990, com a tração integral S-AWC da Mitsubishi um opcional de R$ 11.000. (MAO)