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Zero a 300

O incrível McLaren Solus | o Koenigsegg CC850 “retrô” | o novo Bugatti Mistral e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do , o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Alguém na McLaren ficou louco – e o McLaren Solus é a evidência

Sim, eu não consigo pensar em outra explicação para uma empresa tão certinha como a McLaren lançar um hipercarro de um só lugar, com acesso por um canopi deslizante e um motor de 10.000 rpm e produz mais carga aerodinâmica do que o seu próprio peso. E não pense que fui eu quem ficou louco e estou achando que a McLaren vai fazer de verdade o carro que ela criou para o game Gran Turismo Sport. Porque eu não estou achando. Ela vai fazer mesmo um carro dos games para o mundo real. É exatamente isso o que significa “meter o louco”.

Até por que tudo relacionado ao McLaren Solus GT (esse é o nome do carro) é insano: nada do V8 ou do V6 híbrido que eles vêm usando há alguns anos. Em vez disso o Solus GT carrega um V10 de 5,2 litros, capaz de girar 10.000 rpm e produzir 840 cv e 66,1 kgfm. E se você acha isso “Audi demais”, saiba que o tal do V10 não usa nenhuma corrente ou correia: toda a sincronização mecânica do motor é feita por engrenagens — como se ele fosse um motor de F1.

E ele é mesmo um motor de competição: a McLaren não explicou exatamente de onde ele veio, mas disse que ele é derivado dos motores de competição e que sua transmissão sequencial de sete marchas foi feita para protótipos de Le Mans (LMP). Prova disso é que conjunto é parte estrutural do carro.

“Ah, mas isso vai ser um carro de exibição”… é… vai mesmo: para exibição das 25 pessoas que já pagaram por ele. Porque é isso o que a McLaren Special Operations fez: 25 unidades que já foram vendidas por um valor não-divulgado. Eu nem queria saber mesmo….

É claro que esse carro não pode ser emplacado nem mesmo no Reino Unido, que permite até mesmo o licenciamento do sofá-móvel do Edd China. Ele foi feito para as pistas e isso fica evidente por seu projeto aerodinâmico que é capaz de produzir até 1.200 kg de downforce. O carro em si pesa 1.000 kg. Sim: isso significa que, tecnicamente, é possível pilotar o carro de cabeça para baixo em um túnel longo o bastante para se atingir a velocidade de downforce máxima. Seria legal se alguém fizesse isso, não? Afinal, estamos falando de gente com recursos abundantes…

Outra coisa inesperada — e que deve ter catapultado o preço para outra galáxia: ele não compartilha nenhum componente estrutural com outro McLaren. Seu monocoque de carbono é exclusivo e os elementos de proteção do piloto são feitos de titânio e impressos tridimensionalmente.

Por último, o carro tem banco fixo como um F1, e são os pedais e volante que se ajustam ao piloto. O cinto de segurança tem seis pontos e o carro inclui um capacete personalizado e HANS para garantir a integridade cervical do piloto. Afinal, os clientes precisam estar vivos para comprar carros multimilionários.

Eu sei que você deve estar esperando números hiperbólicos de desempenho, mas lembre-se que a downforce é inimiga da velocidade máxima — e que mesmo os pneus de corrida têm seu limite, então a velocidade máxima fica em “apenas” 320 km/h e a aceleração de zero a 100 km/h é feita na casa dos 2,5 segundos. Esperava mais? Bem… o carro já está esgotado. (Leo Contesini)

 

Koenigsegg CC850 é o primeiro hipercarro retrô?

“Como assim ‘novo Koenigsegg’? Esse é o CC8, lançaram ele faz tempo”, pensei quando vi o novo CC850. Pois é, faz tempo mesmo. Tanto tempo que dá pra fazer uma versão “retrô”, porque esse “faz tempo” são exatamente 20 anos. Sinta-se velho, FlatOuter.

O CC8 foi lançado em 2002 e foi o primeiro modelo produzido em série pela Koenigsegg. Isso significa duas coisas: em cinco anos ele se torna um “historic vehicle” sob os olhos da lei americana; e sendo um “historic vehicle” significa que um carro atual inspirado nele é, tecnicamente, um carro retrô.

Porque apesar do visual do CC8 com retoques modernos, ele também tem tecnologia moderna por baixo das belas formas. Ele tem um V8 biturbo como o CC8, mas… o que liga esse V8 às rodas é completamente diferente: uma transmissão de seis marchas, manual, que opera uma transmissão de nove marchas.

Não tem erro de digitação: é uma transmissão de seis marchas, manual, que opera uma transmissão de nove marchas. É claro que não dá para explicar tudo aqui — por isso vou contar os detalhes em uma matéria logo mais. Mas antes, prossigamos com os dados do carro: o V8 de cinco litros é o mesmo do Jesko, com 1.404 cv produzidos pela queima de E85 (etanol com 15% de gasolina). Com gasolina a potência cai para 1.202 cv. O torque é 141 kgfm e o carro pesa 1.385 kg.

Devido ao nosso sistema métrico de unidades, perdemos uma sacada da Koenigsegg no CC850: 1.404 cv são 1.385 hp, 141 kgfm são 1.385 Nm, o que faz do CC850 um carro de 1.385 hp, 1.385 Nm e 1.385 kg. O tipo de jogo numérico que Christian von Koenigsegg adora em seus carros.

A Koenigsegg não divulgou os dados de desempenho, mas com menos potência que o Jesko, ele não será o mais rápido da família. Serão feitos apenas 50 exemplares para comemorar os 50 anos de Christian von Koenigsegg — daí o nome CC850 (CC8 – 50). (Leo Contesini)

 

Este é o Bugatti Mistral, o último Bugatti a usar combustível

A história de quase 20 anos do motor W16 quadriturbo da Bugatti está chegando ao fim. Em um futuro próximo os carros da Bugatti serão elétricos como qualquer e seus motores exclusivos e únicos serão coisa do passado. Mas enquanto o presente ainda está por aqui, a Bugatti faz questão de celebrar a existência — e esta reta final do seu motor de 16 cilindros — com um modelo especial: o Bugatti Mistral.

Batizado com o nome de um vento típico do sul da França, o Mistral é baseado no Chiron — é o primeiro Chiron aberto, na prática — e o sucessor do Veyron Grand Sport Vitesse.

Ele também é equipado com a configuração de 1.600 cv do motor W16 8.0 quadriturbo, a mesma usada no Chiron Super Sport e no Super Sport 300+, que chegou aos 490,5 km/h na pista de testes da Volkswagen, em 2019, porém em somente uma direção. Não espere que ele seja tão rápido sem um teto rígido para direcionar o vento de forma mais conveniente, mas podemos esperar uma velocidade maior que os 409 km/h do Veyron Grand Sport Vitesse.

Apesar de ser baseado no Chiron, o Mistral é completamente diferente — e faz parte daquela filosofia “coachbuilder” que a Bugatti mencionou há alguns anos. Segundo a Bugatti, a inspiração para o Mistral foi o Type 57 Roadster Grand Raid, de 1934, embora não seja retrô como o Centodieci. Do Grand Raid também veio a combinação de cores preto-e-amarelo, que era a escolha Ettore Bugatti para seus carros de uso pessoal.

É um tanto melancólico pensar que este será o último Bugatti movido pela combustão interna. É um carro incrível, sem dúvida, mas… o que o torna especial? Uma produção limitada a 99 unidades? Um motor de 1.600 cv que não é capaz de levá-lo à mais alta velocidade já atingida por um Bugatti?

Pessoalmente, gostaria de ver a Bugatti lançando algo ultra-f8damente-incrível, jamais visto na história e então, como um grande espetáculo que se encerra no auge, anunciar o fim do motor W16 e o início de uma nova era. Já pensou? (Leo Contesini)

 

Este é o Lamborghini Urus Performante

O Lamborghini Urus de desempenho mais extremo, algo que foi repetidamente ventilado e esperado por todos, finalmente apareceu. É o Lamborghini Urus Performante, e tem potência… bem, não há como escapar disso, então vamos lá: demoníaca. São 666 cv.

Pausa para comentário gratuito: a gente depois reclama que o automóvel é colocado como vilão supremo na história da humanidade, algo a ser evitado e/ou controlado bem de pertinho. Um pouco é culpa nossa mesmo; parece que adoramos a pecha de malvado. Em nenhum lugar isso é mais claro que em nossa mania de evocar o coisa-ruim, o pé-preto, o tinhoso. O Urus de 666 cv é só mais uma numa longa linhagem de maldade implícita: Dodge Demon, Fiat Mefistófeles, Willys Capeta, Dodge Hellcat… até a Lamborghini é reincidente, claro: quem não lembra do sucessor do Countach, o Diablo?

Mas divago; o fato é que o novo Urus Performante vem com mais que mais pressão no turbo para dar potência suficiente para a gente desconfiar de satanismo pagão sendo perpetrado numa cidade com nome de santa (Santa Agata Bolonhese). De cara, distingue-se por um para-choques dianteiro agressivo e um capô de fibra de carbono ventilado. Este último está disponível totalmente pintado ou com fibra de carbono visível.

Opcionalmente, um teto de fibra de carbono que “faz referência” ao Huracán Performante e ao Super Trofeo pode ser pedido. Há um splitter dianteiro de fibra de carbono e entradas de ar pretas, que proporcionam uma aparência agressiva e melhor refrigeração do motor. Os designers também deram ao modelo novas paralamas alargados com fibra de carbono e um spoiler maior que ajuda a aumentar downforce traseiro em 38%.

Atrás, um novo difusor em fibra de carbonos, e um novo para-choque, também no mesmo material exótico. Para alegria de todos os donos, não vai ser mais necessário jogar fora o escapamento original de inox que vale mais que um Polo zero km, para ser substituído por outro da Akrapovič igualmente caríssimo: o original já tem a assinatura da famosa casa eslovena. Sim, é mais barulhento: o carro é malvado, lembram?

Já vem de fábrica rebaixado e com rodão também: é montado em novas molas de aço que abaixam o modelo em 20 mm. As rodas são de 22 ou 23 polegadas, e tem parafusos de titânio, e são calçadas com pneus Pirelli P Zero especialmente desenvolvidos para ele.

Como não podia deixar de ser, nessa fase da Lambo, e com subtítulo “Performante”, esperamos uma fera em pista. Para começo de conversa é mais rápido e veloz: o V8 twin-turbo de 4,0 litros foi ajustado para produzir 666 cv e 86 mkgf de torque, um aumento de 16 cv que resulta numa aceleração de 0 a 100 km/h em 3,3 segundos, e máxima de 306 km/h.

O peso é reduzido, via toda essa fibra de carbono, em 47 kg. É também equipado com um sistema de direção recalibrado, que promete mais “entradas precisas e feedback direto”. O modelo também conta com um novo diferencial para distribuição de torque otimizada. Novos modos de direção são disponíveis, como o “Rally”, que parece ser ideal para estrada de terra, e que dá primazia ao sobresterço.

Como convém a um Super-SUV moderno, é um carro de capacidade incrível, capaz de incrível velocidade em estrada e pista, off-road, e ainda passear tranquilamente nos endereços chiques e famosos mundo afora. Mas claro que é para uma porcentagem ínfima da população: As entregas estão programadas para começar no final deste ano e os preços começam em US$ 260.676 (R$ 1.347.694,92) nos Estados Unidos. (MAO)

 

Conheça o Bentley Mulliner Batur

A Bentley tem tido muito sucesso com as exclusivas (e caríssimas) criações especiais de sua divisão Mulliner. Então aproveitou o Monterrey Car Week para apresentar a mais nova delas: o Bentley Mulliner Batur. O carro é cria do novo Diretor de Design, Andreas Mindt (criador do Audi E-Tron), e deve ser um prenúncio de uma nova identidade de estilo na marca.

O motor W12 de 6,0 litros biturbo da Bentley aparece de novo aqui, numa versão de 710 cv e 100 mkgf de torque. Este é o carro mais potente que a empresa já construiu e é montado em uma suspensão pneumática avançada, com anti-rolagem elétrica ativa, um diferencial eletrônico limited slip e direção nas quatro rodas.

Três opções de materiais sustentáveis ​​estão disponíveis dentro do Batur: couro escocês e italiano, bem como camurça sintética Dinamica. Os tapetes são feitos de fios reciclados, uma novidade para a empresa. E em vez de fibra de carbono, a Bentley usa um composto de fibra natural que diz ser de origem mais sustentável. A Bentley oferece também componentes específicos customizados impressos em 3D, em ouro de 18 quilates.

A Bentley construirá apenas 18 exemplares do Mulliner Batur a £ 1,65 milhão (R$ 10.114.500) cada um. Todos já estão vendidos. A produção começa no início do ano que vem, com a expectativa de que os primeiros exemplos cheguem aos clientes no final de 2023. (MAO)

 

Aston Martin lança um V12 Vantage Roadster

Para quem tem dinheiro para aproveitar, vivemos hoje uma era de excesso tão óbvia quanto a do fim dos anos 1930, e seus carros especiais sob encomenda. Quer um exemplo? A Aston Martin acaba de apresentar um roadster que não apenas tem um V12 debaixo do capô, mas também é biturbo. É o Aston Martin V12 Vantage Roadster. A marca tinha dito que não faria uma versão conversível de seu carro de motor dianteiro mais extremo, mas parece que mudou de ideia. Alguém chuta a razão?

O motor é o mesmo 5,2 litros do V12 Vantage com capota rígida, com 690 cv e um transeixo automático de oito velocidades montado na traseira. A aceleração de zero a 100 km/h se dá nos mesmos 3,5 segundos e a velocidade máxima é de 320 km/h, fazendo dele um dos mais extremos conversíveis de motor dianteiro do mercado.

O carro é exatamente o que o nome implica: um V12 Vantage, agora conversível. Os painéis da carroceria na frente são feitos de fibra de carbono, assim como as soleiras laterais. Na parte de trás, a tampa do porta mala e o painel traseiro são feitos de um material composto leve (provavelmente fibra de vidro, nome tabu por parecer barato). Os freios são cerâmicos com pinças de seis pistões na frente e pinças de quatro pistões na parte de trás. As rodas tem 21 polegadas, e usam pneus Michelin Pilot Sport 4S.

Apenas 249 serão produzidos, e, é claro, todos já estão vendidos. Não há nenhuma palavra oficial sobre preços, mas os compradores provavelmente pagaram algo em torno de US$ 350.000 (R$ 1.809.500) por seu novo Aston Martin conversível. A produção começa no terceiro trimestre de 2022, com entregas começando no final do ano. (MAO)


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