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Zero a 300

O Jeep Grand Cherokee 4xe no Brasil | O supercarro genérico chinês | Um novo Lexus LS e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

O Jeep Grand Cherokee 4xe no Brasil

O Jeep Grand Cherokee está de volta ao Brasil. O carro tem uma longa tradição por aqui; embora a vasta maioria dela seja ligada basicamente ao fato de que era uma maneira de se ter V8 Chrysler em nosso país. A primeira geração trouxe de volta o V8 LA usado nos Dodge nacionais do passado, afinal de contas. A terceira geração trouxe para nós o novo Hemi V8, em versão de 5,7 litros, um motor que faz o enorme SUV ter desempenho realmente forte.

Agora está de volta. Mas, como você deve imaginar, não mais com V8 OHV de grande deslocamento: no mundo de hoje tal coisa parece inaceitável. Ainda que só no discurso: o mercado para carros potentes ainda existe. Pelo menos, o Grand Cherokee “eletrificado” é um híbrido plug-in, e não 100% elétrico. Chama-se “4xe”, nome que a Jeep espera que você pronuncie “four-by-eee”, e não “quatro veis ê”.

É um carro grande: mede 4914 mm num entre-eixos de 2964 mm, tem quase 1,8 m de altura e pesa 2466 kg; sim, é um carro de duas toneladas e meia. Mesmo assim, não parece que ninguém vai sentir falta do V8 em termos de potência. O motor a gasolina é um 2.0 turbo (sim, o mesmo da Rampage) com 272 cv a 5.250 rpm e 40,0 mkgf a 3.000 rpm. Somado à dois motores elétricos, dá potência combinada de nada menos que 380 cv e 65 mkgf. O 0-100 km/h é em apenas 6,3 segundos, e mesmo com a área frontal de um prédio residencial, o carro chega a 206 km/h.

Os dois motores elétricos atuam junto ao quatro em linha e na transmissão, o que significa que a potência sempre passa pela transmissão automática de oito velocidades, até as quatro rodas motrizes. A tração nas quatro rodas é permanente, e há reduzida. Algo grande assim e com tanta potência normalmente seria beberrão: não aqui. Faz 19,3 km/l, seja em ciclo urbano ou rodoviário.

A perua é também moderna em construção: monobloco e com suspensões independentes sofisticadas nas quatro rodas. O carro pode andar também em modo apenas elétrico, por até 29 km segundo o ciclo Inmetro. O carregamento da bateria pode ser feito em casa numa tomada 220V em até duas horas e meia.

Os freios são a disco nas quatro rodas, ventilados na frente, com ABS e ASC, e quatro cilindros de comando, um por roda. Os pneus são enormes 265/50 R20, e a direção, elétrica. Como é um Jeep, toda mecânica é escondida por baixo, tem 214 mm de vão livre embaixo, e ângulos de ataque e saída maiores que 25°.

Como é de se esperar, uma lista de equipamentos para lá de extensa; é um dos exemplos do carro de extremo luxo moderno, no final das contas. O sistema UconnectTM 5, com central multimídia touchscreen de 10.1” e possível conexão com múltiplos smartphones, ainda traz uma exclusiva tela frontal para o passageiro, com acesso a música e navegação.

A lista de equipamentos de série é ampla, e inclui itens como partida remota do motor, banco elétrico para o motorista e passageiro, aquecimento para os assentos dianteiros e traseiros e resfriamento para os dianteiros, aquecimento de volante, ar-condicionado digital de duas zonas, e assim por diante. O som é premium, da grife Alpine, e há teto solar elétrico e panorâmico “Command View”.

O modelo chega com três anos de garantia total sem limite de quilometragem, e cinco anos de garantia (ou 100 mil km) para a bateria.  Preço? Ainda não sabemos, mas nos EUA custa pelo menos US$ 60.000 (R$ 308.400), então se espera pelo menos R$ 600.000 por aqui. Não é barato, mas é um veículo que parece fazer de tudo: uma ferramenta sensacional para se ter no arsenal. (MAO)

 

Lexus mostra novo LS500 no Japão

O primeiro Lexus LS foi um carro importantíssimo, que até hoje define a marca. Depois dele, parece que a marca de luxo da Toyota nunca mais conseguiu algo claramente acima da concorrência, uma proposta única de venda.

Mas o grande sedã Lexus continua, claro; está na quinta geração desde 2017. E agora recebe uma atualização no Japão. A principal atualização é o painel de instrumentos totalmente digital com diagonal de 12,3 polegadas e novos gráficos. Além disso, câmeras dianteiras e traseiras gravam o carro andando o tempo todo, e a gravação pode ser usada pelo dono.

Também vem com um aplicativo que transforma seu smartphone em uma chave digital para trancar/destrancar portas, e até ligar o carro. A direção nas quatro rodas, antes exclusiva para modelos de tração traseira (tração nas quatro rodas é opcional), agora está disponível para todas as versões. O LS500 tem um V6 de 3,4 litros biturbo com 420 cv; o LS500h vem sem turbo, mas com motor elétrico auxiliar e 360 cv. O câmbio é sempre automático de dez marchas.

A versão JDM do sedã tem alguns itens exclusivos para uso nas cidades apertadas do Japão: o Lexus Safety System + que evita que o condutor se aproxime demasiado de gente, bicicletas ou veículos estacionados, dirigindo e freando automaticamente o automóvel. O Advanced Park ajuda durante o estacionamento, e agora possui uma função remota para este sistema. Isso significa que você pode sair do sedã e estacionar o carro usando um aplicativo dedicado para smartphone. É mole? Imagina o desespero de quem está atrás, esperando o sujeito sair do carro e selecionar app para estacionar.

A Lexus LS 2024 já está à venda no Japão, com preços começando no equivalente em ienes de R$ 377.790. (MAO)

 

GAC Aion Hyper SSR é Rimac Nevera genérico, por 10% do preço

Os fabricantes ocidentais parecem não perceber que na planejada singularidade elétrica, qualquer vantagem competitiva que tinham vai desaparecer no ar feito fumaça. Vejam essa: um supercarro elétrico chinês lançado prometendo ser vendido por uma fração do preço de seus concorrentes europeus.

É o GAC Aion Hyper SSR. O SSR é o primeiro supercarro elétrico disponível comercialmente na China e tem um preço inicial de US$ 176.400. Menos que 1/10 do preço, de um Rimac Nevera, Pininfarina Battista ou Lotus Evija, carros de mais de US$ 2 milhões, com desempenho similar.

O carro básico de US$ 176 mil tem 1.224 cv e 125 mkgf e precisa de 2,3 segundos para fazer o 0-100 km/h. Opte pela versão “speed” de US$ 190.100, e o carro destrava ainda mais velocidade: o 0-100 km/h em 1,9 segundos. Um chassi mais focado em desempenho em pista pode ser especificado para o “speed”, que eleva o preço para US$ 231.200.

O Car News China relata que o SSR tem uma velocidade máxima limitada a 250 km/h e pode andar 506 km com uma carga total de sua bateria de 75 kWh.

Com uma semelhança mais do que passageira com uma Ferrari 458, o Hyper SSR é uma supercarro genérico, sim, mas não é feio. As portas abrem para cima, como em um McLaren, e há um spoiler traseiro ativo, mas no geral é bastante contido do ponto de vista do estilo. A carroceria é de fibra de carbono, segundo a marca.

No interior, os motoristas recebem assentos aquecidos e ventilados, um tablet touchscreen de 14,6 polegadas e um pacote de instrumentos digital compacto de 8,9 polegadas visível sobre um volante retangular. Por enquanto as vendas são apenas na China. (MAO)

 

Preço do BMW C 400 X nacional anunciado

A BMW vem anunciando à conta-gotas a nova produção de sua fábrica em Manaus, a scooter C 400 X. Já sabemos que a moto tem um motor monocilíndrico de 350 cm³, 34 cv a 7.500rpm e 3,5 kgfm a 5.750rpm. A transmissão é automática do tipo CVT, as rodas são de liga leve de 15″ na dianteira e 14″ na traseira, o tanque de combustível tem capacidade de 12,8 litros e o peso a seco (sem contar fluídos e combustível) é de 199kg.

Agora vem a notícia que todos esperavam: a moto está finalmente disponível para encomendas, embora a data de entrega ainda não esteja clara. Os preços são a notícia aqui: a básica custa R$ 54.900, e a mais completa Sport, R$ 59.900.

A BMW Motorrad já havia anunciado um investimento de R$ 50 milhões no Brasil, da qual faz parte o lançamento deste scooter. Além de gerar novos modelos, o dinheiro serve também para ampliação de sua linha de montagem. No mês passado, a empresa completou parte da ampliação da fábrica, com a capacidade instalada crescendo de 15 mil unidades ao ano para 17 mil unidades anuais, já antecipando a chegada da nova scooter. (MAO)