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Kimera EV037 é o novo restomod do Lancia 037
Todo mundo aqui lembra do Lancia 037; quem não lembra da época lembra da ode que Jeremy Clarkson fez ao carro, e à temporada do mundial de rali de 1983, vencido pela marca italiana. Walter Röhrl diz que é um dos melhores carros para dirigir que já teve o prazer de conduzir; uma afirmação que é para ser ouvida com atenção. Walter Röhrl !!!!
O 037 parece um Beta Montecarlo; usa só a cabine dele, a traseira e a frente estruturas tubulares com motores, suspensões, freios, pneus, tudo sob medida para competições. Alguns foram vendidos para uso em ruas para apaziguar órgãos certificadores, mas é basicamente um carro de rali dedicado. Motor central traseiro, longitudinal, tração traseira; último campeão não-4×4.
Olhem agora para o carro das fotos. É o Kimera EV037. Restomod? Mezzo. Na verdade a empresa do piloto de rali Luca Betti baseia o carro em um Beta Montecarlo (ou Scorpion, a versão vendida nos EUA), e como a Lancia no inicio dos anos 1980, usa só a cabine (e, aqui, o número do chassi para efeito de emplacamento). Então é um carro inspirado no 037, mas diferente, e criado a partir de um Beta Montecarlo. Chame de restomod, porém, e ninguém vai piscar um olho. Talvez seja até mais fácil de explicar.
O espírito de design do carro é simples: um carro de 1983, mas desenhado em 2022. Nada aqui é do 037; tudo é novo e com tecnologia dos anos 2020. Uso extensivo de CNC de alta precisão, e extremo cuidado na aparência de tudo (o 037 era só uma ferramenta, sem cuidado algum com isso), mostram claramente isso. Afinal de contas, é agora um brinquedo de exigentes milionários.
O motor é o mesmo quatro em linha Lampredi DOHC da Fiat que conhecemos no Tempra, e que estava no 037 original. Mas é todo refeito com cuidado e tecnologia moderna pelo Eng. Claudio Lombardi, o criador do motor do Delta S4. Aqui o quatro em linha tem 2,1 litros, e como o Delta S4, turbo e compressor mecânico, para 521 cv.
A suspensão é feita sob medida, quatro conjuntos belíssimos de duplo-A sobreposto, todas as peças usinadas individualmente a partir de blocos sólidos, com freios Brembo a disco ventilados. A carroceria, um desenho inspirado do original, modernizado, em fibra de carbono, com a base tubular/centro do Beta como no 037 original.
O carro segue a linha dos restomods modernos com um interior absolutamente sem nenhuma preocupação com custo: couro e alcantara azul, um trambulador exposto que parece feito pela Breitling, instrumentos sob medida, bancos idem, e muito, mas muito luxo evidente. O exterior também recebe precisão e estilo clean modernos, com iluminação em LED, baseado no carro antigo.
O carro foi mostrado pela primeira vez no início de 2021, mas agora está pronto para venda e os primeiros carros logo começarão a ser entregues. Apenas 37 carros serão produzidos, a U$ 585,000 (R$ 3.164.850), nos EUA. (MAO)
Oletha Coupe é o Z8 que a BMW nunca fez.
O BMW Z8 não fez lá muito sucesso quando novo, mas a julgar pelos preços deles hoje em dia, isso mudou. E agora alguém resolveu fazer um Z8 zero km novamente; só que desta vez em forma de cupê: conheça o Oletha Coupe.
A Smit Vehicle Engineering não indica em qual modelo sua criação se baseia, mas a resposta parece ser o Z4 Coupe E86. Mas não que dê para perceber muito dele; o exterior, em fibra de carbono, é todo novo. Se por novo você entende um BMW Z8 de 1998. Numa versão cupê que nunca existiu originalmente. Sacou?
O Oletha Coupe foi lançado ano passado, mas agora pode ser encomendado com uma versão sob medida do amado motor de seis cilindros S54 da BMW; aquele seis em linha maravilhoso do BMW M3 E46. Antes era possível tê-lo apenas com o V8 S65 de 4,4 litros, aspirado, ligeiramente modificado. Este motor é o do M3 E92, a aqui dava 450 cv. O novo-velho seis em linha é opção no novo-velho coupe.
Não se sabe muito sobre as modificações que a empresa fez no S54, além de aumentar a cilindrada para 3,4 litros. Também se sabe que o motor foi equipado com uma admissão de fibra de carbono, e que dá 400 cv. Gira até deliciosos 8.000 rpm, e vem com câmbio manual de seis marchas. Que delícia.
O carro resultante pesará menos de 1.360 kg, diz a empresa, mas ressaltando que é peso a seco; 45 kg a menos que a versão V8. A única diferença visual entre o carro S54 e o S65 V8 é a falta da bolha no capô.
Uma infinidade de outros componentes, além do motor, tornam o Oletha Coupe especial. Por exemplo, possui suspensão ajustável de duas vias KW e freios AP Racing com pinças Radi-CAL forjadas. As rodas são forjadas e usinadas e usam pneus Michelin Pilot Sport 4S. O preço ainda não é informado mas o V8 custava US$ 450.000 (R$ 2.430.000). (MAO)
Alpine mostra teasers do A110R
Um novo Alpine A110 será lançado em 4 de outubro: o A110 R. É o mais ardido dos A110, o que deixa qualquer manicaca em posição de atenção: mesmo o mais lerdo deles tem 253 cv, pesa 1100 kg e faz 0-100 km/h em 4,5 segundos.
Agora, nos usuais teasers antes do lançamento, ficamos sabendo que o A110R vai chegar a 285 km/h; o atual chega a “apenas” 275 km/h. A empresa divulgou em teaser também a aceleração de 0-100 km/h: 3,9 segundos (o A110S atual faz a prova em 4,2 segundos). O A110 é um carro pequeno com um pequeno quatro em linha de 1,8 litros; esses números são deveras impressionantes.
O motor permanecerá com os 300 cv da versão S, segundo o teaser, o que nos leva a pensar que a velocidade extra vem de ajustes aerodinâmicos e/ou de relações de câmbio. Lembrando: o A110 usa uma unidade de dupla embreagem de sete marchas desenvolvida pela Getrag. A Alpine diz que este será o mais leve dos A110; esperamos então algo abaixo dos 1100 kg. O que, hoje em dia, é nada menos que sensacional.
Algumas imagens foram mostradas em teasers também: novas rodas, bancos e apliques aerodinâmicos, o que corroboram o tema: mais simples, mais leve, mais aerodinâmico. Após sua estreia mundial amanhã, o Alpine A110 R seguirá para o Paris Motor Show 2022, onde será exibido a partir de 17 de outubro. (MAO)
VW Caminhões mostra sua linha 2023
Queimando a largada para a Fenatran, que começa 7 de novembro próximo, a Volkswagen Caminhões e Ônibus anunciou a linha 2023 de seus caminhões. O principal aqui é a adequação ao Conama P8, que equivale ao Euro 6. Outra novidade é o painel digital.
O VW Delivery, Constellation e Meteor agora vem de série com controle de estabilidade, assistente de partida em rampa, controle de tração, além dos já conhecidos freios ABS e EBD, se antecipando às legislações futuras. Ficaram 5% mais econômicos também, e com custo total de operação 10% menor. Ao total são 30 modelos renovados nas três linhas.
O Delivery Express ganhou 10 cv no motor 3.0 FPT, e passa a ser um 3.160; nos modelos de 9 a 13 toneladas, o motor Cummins ISF 4.0 agora tem mais 20 cv, num total de 180 cv. Todos os modelos tiveram ganho de capacidade de carga, o que parece ótimo com este aumento de potência.
O pesado Constellation conta agora com luzes diurnas de LED circulares, e cabine com muitas novidades, como novo banco com cinto integrado, e alavanca de mudanças na coluna de direção nas versões com câmbio automático ou automatizado. A suspensão de cabine com quatro pontos de amortecimento passa a ser um opcional para modelos acima de 18T. Como os Delivery, todos receberam aumento de capacidade de carga, o que mostra um cuidado com o peso dos caminhões em si.
O Meteor, maior dos VW, também teve aumento de potência. O motor de 13 litros tem potência aumentada em suas duas versões: 460 cv para 480 cv e de 520 para 530 cv. É sempre equipado com o câmbio V-Tronic ZF Traxon, com opções de 12 ou 16 marchas com funções exclusivas. O novo Meteor vem com climatizador e cabine com basculamento elétrico.
O topo de linha inaugura também o novo painel digital colorido configurável de 10 polegadas, que promete depois ir para todos os outros caminhões da marca, em versões menores e mais simples. (MAO)
O Toyota FJ Cruiser morre pela terceira vez
Sim, ainda existe FJ Cruiser em produção. Você está desculpado por não saber: o carro teve mais finais anunciados que Dodge V8. A produção do SUV Toyota que faz cosplay de Bandeirante iniciou lá atrás, numa era longínqua chamada 2006. Em 2014, foi descontinuado nos EUA; no Japão o fim foi em 2017, com direito a série “final” especial e tudo. Mas a Toyota continua vendendo e fabricando o modelo no Oriente Médio, principalmente na Arábia Saudita.
Agora, é realmente o fim. Acho. Será? Bem, foi anunciado que sim. Um distribuidor local, ativo desde 1955, a Abdul Latif Jameel Motors, anunciou o lançamento de uma edição especial, e o fim da produção em Dezembro 2022.
Será, para surpresa de ninguém, o “Toyota FJ Cruiser Final Edition”. Limitado a 1000 unidades, ainda não há imagens desta série limitada, mas não deve diferir muito da última “final edition”, a japonesa de 2017. Não se espera nada de diferente tecnicamente também: motor a gasolina V6 de 4,0 litros, fornecendo 270 cv e 39 mkgf, tração nas quatro rodas, câmbio automático.
O Toyota FJ Cruiser Final Edition 2023 está programado para ser entregue durante o quarto trimestre de 2022. O preço do modelo de edição limitada ainda não foi anunciado, mas um FJ Cruiser normal custa por lá 156 mil Dirhams dos Emirados Árabes Unidos, ou algo em torno de R$ 230.000. (MAO)