Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
McMurtry Spéirling vai ser produzido em pequena série
Esse treco maluco, pequeno, elétrico e com toda cara de um batmóvel que ficou muito tempo na secadora e encolheu sensivelmente, é um McMurtry Spéirling. O nome vem de Sir David McMurtry, um rico industrial irlandês que fundou a McMurtry Automotive; o nome Spéirling significa “trovoada” em irlandês.
O Spéirling era basicamente um carro feito para bater recordes. No Goodwood Hill Climb do ano passado ele bateu o recorde absoluto do circuito, com 39,08 segundos. O carro famosamente também é capaz de fazer 0-96 km/h em 1,4 segundos. É uma fera não só em potência e torque imediato e infinitamente controlável, como todo elétrico desse tipo; é também capaz de gerar incríveis níveis de downforce, usando inclusive para isso alguns ventiladores.
Agora, como parecia inevitável mesmo, você pode comprar um deles para você. A empresa anunciou que vai fazer uma tiragem limitada de 100 carros. Não é um carro de rua, infelizmente: seu uso é restrito às pistas.
E o que é exatamente este “McMurtry Spéirling Pure” para compradores particulares? Um carrinho elétrico quase de brinquedo: mede apenas 3450 mm de comprimento, 1580 mm de largura e apenas 1020 mm de altura (40 polegadas, como o GT40). Pode acomodar motoristas de até dois metros de altura e 150 quilos de peso, pesa “menos de 1 tonelada” e tem incríveis 1000 cv.
As rodas são de 18 polegadas, e os pneus, slicks de pista, e bem largos: seção de 270 mm na frente e 300 mm atrás. A bateria, que dura dez voltas na pista de Silverstone à ritmo de competição, pede 20 minutos para ser recarregada apenas. Um brinquedo viável: 10 voltas e 20 minutos de descanso. Mas não ganha nenhuma corrida assim…
A empresa não forneceu números de aceleração ou mais detalhes sobre o carro, mas sabe-se que é capaz de acelerações inacreditáveis, como 0-100 km/h abaixo de dois segundos, e uma velocidade final acima de 300 km/h.
As entregas ao cliente evem começar somente em 2025. O preço, claro, reflete a exclusividade, tecnologia, e natureza de protótipo experimental nos limites tecnológicos atuais do carro. É na verdade a resposta para a pergunta: sem legislação de rua nenhuma, ou regras de categoria de competição nenhuma, como fazer o carro mais rápido do mundo em pista?
Custa £ 820.000, antes dos impostos, na Inglaterra. O equivalente a R$ 4.985.600.(MAO)
Caterham mostra mais imagens do seu Project V
A Caterham mostrou ontem mais um teaser do seu futuro Project V. Sim, a Caterham, o fabricante famoso por fazer carros extremamente simples baseados num desenho de Colin Chapman de 1957, vai dar um salto no tempo. Para 1998 com um Caterham Elise mk1? Para 2009 e o Caterham Evora? Não, para o infinito e além: para 2035 e o futuro eletrificado da Europa. Sim, ao que tudo indica, será mais um hipercarro elétrico. Como se as opções disso fossem poucas.
A estreia do carro está marcada para 12 de julho, mas até lá parece que vamos receber partes dele á conta-gotas, como é o tradicional esquema moderno (e oximoro) dos teasers. O mais doido é que, diferente de todo Caterham até hoje, tem um teto rígido. Podia começar com portas e teto de lona, e depois chegar num teto rígido não?
Bom, nem portas e vidros laterais funcionaram no Caterham 21 de 1994, última vez que a empresa tentou se modernizar e deu com os burros n’água. A Caterham tentou depois participar do projeto que se tornou o A110 moderno, junto com a Renault, mas isso também não deu certo. Historicamente, só fazer Seven funcionou para a empresa. Um ciclo difícil de se quebrar.
Talvez por ser o Seven algo diferente e único; um supercarro, ou hipercarro, movido a eletricidade, não. Existem literalmente aos montes, e com marcas mais famosas e de engenharia e produção mais bem instaladas e capazes.
A Caterham não entra em nenhuma das especificações técnicas relativas ao carro esportivo elétrico, nem no que ele será diferente de todos os outros carros do tipo. Mas menciona que o Projeto V “inaugura uma nova linguagem de design para a marca britânica.” Jura?
A Caterham é conhecida por fabricar alguns dos carros esportivos mais leves do mundo, e deve jogar com isso no novo carro elétrico. A empresa já mostrou um Seven elétrico bastante viável, e leve aos 700 kg. Mas estamos apenas especulando: vamos ter que esperar a apresentação oficial no Goodwood Festival of Speed 2023, que acontecerá de 13 a 16 de julho. (MAO)
Mitsubishi mostra imagens da nova Triton/L200
A nova e sexta geração do Mitsubishi Triton/L200, uma picape que promete ser completamente nova em tudo, aparece agora em mais um ciclo de imagens-teaser. Não é o primeiro: o conceito XRT Concept já mostrava praticamente tudo que seria a nova picape, fora alguns exageros deste tipo de coisa.
A estreia mundial está marcada para o dia 26 de julho em um evento realizado na Tailândia. Mas este ciclo de teaser deixa muito pouco para a imaginação: as imagens revelam os conjuntos óticos dianteiros e traseiros, e os videos mostram basicamente a carroceria e um pouco do interior também.
A Mitsubishi diz que a picape foi “completamente reimaginada sob o conceito de design Beast Mode” (ui que medo). O objetivo seria o de expressar a “resistência e a potência que se espera de uma picape”. O fato é que a picape atual existe desde 2014, e esta, nova, não pode estar mais atrasada, numa faixa onde as novidades acontecem quase todo dia.
A Mitsubishi ainda está econômica em detalhes sobre as especificações técnicas, mas espera-se que o modelo de sexta geração compartilhe seu chassi com o Nissan Navara e motor turbodiesel. A Mitsubishi também diz que deve existir uma picape totalmente elétrica para sua futura linha; mas provavelmente um modelo exclusivo, não derivada desta: algo inteligente, que permite focar nas características esperadas de cada tipo de carro. Mas a um custo maior.
A nova picape Mitsubishi será produzida na Tailândia e deverá ser exportado para vários mercados ao redor do mundo, incluindo Oceania, América Latina, Oriente Médio e África. Para o mercado brasileiro o lançamento é esperado para 2024. (MAO)
Bentley começa a produzir o Batur
As opções de carros exclusivíssimos, com preços na casa dos milhões, não param de crescer hoje em dia, aparentemente toda empresa tentando abocanhar alguns milhõezinhos deste mercado interessantíssimo e aparentemente sem fim.
Agora é a vez da Bentley inglesa (Ja, ich bin Engländer) anunciar que vai iniciar as entregas ao consumidor de seu ultra-luxuoso, opulento, exclusivo e caro mega-cupê, o Bentley Batur. Apenas 18 carros serão feitos; o que no mundo de hoje implica que toda a validação burocrática, em todos os países do mundo, teve que ser realizada para vender só 18 carros. Barrabás.
A Bentley construiu dois Baturs de pré-produção, e com eles rodou mais de 30.000 km de testes em 58 semanas combinadas de avaliação. Basicamente o “Car Zero”, o carro púrpura das fotos, fez a maioria dos testes; o outro carro das fotos, chamado “Zero-Zero” (o que há de errado com “Um”?) foi usado para testes em rua na Europa, e testes de alta velocidade em pista.
Não, você não pode encomendar um, mesmo que você tenha condições de bancar o preço, que começa em dois milhões de libras esterlinas, e pode ir até a estratosfera dependendo de sua sanha de personalização. Sim, dois milhões; em real, mesmo sem falar de impostos de importação, o carro custa não menos de doze milhões deles. Pelo menos 30 milhões de reais aqui no Brasil, com certeza, noves fora.
Você não pode encomendar um porque todos os 18 Baturs já têm compradores reservados e provavelmente, já pagos. Cada um deles é exclusivo, com cores e acabamentos escolhidos pessoalmente pelos compradores, em sessões longas na divisão Mulliner da Bentley.
A empresa promete que o Batur será o último Bentley a usar o motor W12 biturbo de 6,0 litros da marca, aqui com 740 cv e 101,9 mkgf de torque, ligados à um câmbio automático e tração nas quatro rodas. Suspensão a ar, barras estabilizadoras ativas, direção nas quatro rodas, vetorização de torque e um diferencial eletrônico limited-slip fazem parte da especificação.
Cada Batur levará cerca de quatro meses para ser produzido, porque grande parte do trabalho é feito à mão. A Bentley espera concluir o último no final de 2024. (MAO)
Conheça a nova Ram Rampage
A Rampage finalmente está aqui, depois de muita espera e teasers. Aqui no FlatOut já explicamos a origem do nome Rampage, originalmente Dodge Rampage, que soava bem melhor que o cacofônico Ram Rampage.
Mas isso não importa: a picape é bem bonita, e parece algo realmente interessante e útil. O principal é o seguinte: começa nos R$ 239.990. Básica vem com uma unidade diesel da Toro, Multijet de 2,0 litros com 170 cv e 38,7 mkgf de torque, disponível para os níveis de acabamento Rebel e Laramie. Esses dois modelos podem receber o 2 litros a gasolina turbo de 272 cv a 5.200 rpm e 40,8 kgfm a 3.000 rpm, que é o único para a versão R/T. Todas são 4×4.
Mais detalhes estão nesta matéria completa de ontem, do Leo Contesini, que inclusive já testou a picape:
Aceleramos as novas Rampage R/T e Rebel – tudo o que você precisa saber!