conhecemos o bem nascido e sofisticado autor ingles ian lancaster fleming por um personagem ficticio que criou um certo agente secreto de sua majestade chamado james bond nome codigo 007 afinal de contas as historias de bond estao entre as series de livros de ficçao de maior sucesso de todos os tempos tendo vendido mais de 100 milhoes de copias em todo o mundo e mesmo se voce nunca tenha lido nenhuma delas certamente o conhece bond e protagonista de nada menos que 27 filmes longa metragem de sucesso interpretado por sete atores em uma serie que ja tem 61 anos de idade pode se dizer que o personagem e um sucesso nao [caption id= attachment_346154 align= aligncenter width= 999 ] ian fleming 1908 1964 [/caption] fleming baseou se em experiencias pessoais para criar seus livros que escreveu em sua propriedade na jamaica apropriadamente chamada goldeneye essa experiencia veio basicamente de sua atuaçao na segunda guerra mundial onde trabalhou na divisao de inteligencia naval inglesa fleming esteve envolvido no planejamento da operaçao goldeneye um monitoramento da espanha prevendo uma possivel aliança entre francisco franco e o eixo tambem planejou e foi lider de unidades pioneiras commando de ataque localizado e inteligencia esta experiencia explica grande parte dos antecedentes detalhes e profundidade de suas historias de james bond [caption id= attachment_346189 align= aligncenter width= 1000 ] sean connery e o primeiro bond na telinha[/caption] fleming diz que baseou sua maior criaçao o agente 007 em individuos que conheceu durante seu tempo na divisao de inteligencia naval na guerra dizendo que ele era um composto de todos os agentes secretos e commandos que conheci durante a guerra tudo isso e historia conhecida mas o que e bem menos comentado e a estreita relaçao de james bond e seu criador fleming com o automovel automoveis especialmente os caros e exoticos sempre fascinaram fleming; bond dirige uma serie de carros especiais nos livros minuciosamente detalhados nas paginas muito mais que nos filmes [caption id= attachment_346155 align= aligncenter width= 999 ] bentley o primeiro amor de james bond[/caption] um exemplo em questao e o bentley que aparece pela primeira vez em 1961 no livro thunderball descrito como o carro mais egoista da inglaterra bond comprou os destroços de um mark ii continental com o chassi r type depois que seu proprietario anterior algum idiota rico o colidiu com um poste alem de endireitar o chassi e aumentar o motor de 4 ½ litros para o motor mark iv de 4 9 litros bond encomendou uma carroceria a mulliners que serrou a velha carroceria do seda esportivo apertado e instalou um belissimo conversivel de dois lugares este carro aparece depois em no livro on her majesty s secret service mais modificado contrariando o conselho da rolls royce que disse que os mancais do virabrequim seriam incapazes de lidar com a pressao extra e retirou a garantia do carro por isso bond instalou um compressor arnott controlado por uma embreagem magnetica o equivalente aristocratico de colocar tresquilimei no ap sim bond nos livros era um entusiasta e conhecia automoveis [caption id= attachment_346157 align= aligncenter width= 999 ] aston martin db2/4 mkiii o primeiro aston de 007[/caption] mas foi quando quando james bond entrou na frota do serviço no livro goldfinger ele finalmente fez uma escolha que mudaria a historia do automovel ele podia escolher entre um jaguar 3 4 e um aston martin db2/4 mklli cinza escuro bond nao demorou muito para se decidir o jaguar que custava metade do preço do aston era comum demais para sua proxima missao ele precisava de algo verdadeiramente exclusivo fora do alcance de meros mortais o aston se encaixava no disfarce de um jovem prospero e bastante aventureiro com gosto pelo bom e pelas coisas rapidas da vida bond se sentiu tao a vontade nele que seu autor intitulou o capitulo 7 de goldfinger pensamentos sobre o db iii e deu ao leitor uma descriçao acurada de como seria dirigir uma maquina dessas sim ian fleming era um entusiasta e por isso vamos aqui expor outra teoria na verdade outra influencia alem de seus soldados e agentes secretos da segunda guerra para montar o personagem uma pessoa que e importante nao em guerra mas na historia do automovel um certo donald mitchell healey [caption id= attachment_346188 align= aligncenter width= 999 ] numa propaganda de uisque healey donald healey o carro e um austin healey[/caption] mas para isso temos que voltar um pouco no tempo para dar o contexto inevitavel aqui nesta publicaçao nao sobre ficçao e sim sobre automoveis do carro que tornou possivel a uniao de fleming com healey o invicta 4 ½ litre type s low chassis o carro a invicta e uma marca criado por um aristocrata ingles nascido na australia sir albert noel campbell macklin um engenheiro irrequieto que fundou nada menos que quatro marcas de automovel eric campbell silver hawk e railton alem da invicta alem de algumas fabricas de barcos [caption id= attachment_346145 align= aligncenter width= 999 ] o invicta low chassis classico[/caption] macklin fez em pouco tempo a invicta um carro esportivo de sucesso mas esportivo nos moldes dos bentley de w o caros enormes e com motores grandes para compensar era o tipo de carro amado pela aristocracia inglesa que igualava sua posiçao social com o tamanho de seu carro mas nao suportava o silencio lentidao e tranquilidade de um rolls royce [caption id= attachment_346138 align= aligncenter width= 999 ] o invicta de le mans 1929 4 5 litre high chassis [/caption] o primeiro invicta de 1925 nao era nada de sensacional um chassi bem feito convencional de baixa produçao equipado com um seis em linha meadows ohv de 2 5 litros se chamava surpresa o invicta 2 ½ litre dois comprimentos de chassi 2840 mm e 3000 mm eram oferecidos; o motor cresceria para 3 litros em 1926 e 4½ litros no em 1928 [caption id= attachment_346143 align= aligncenter width= 999 ] o 4 1/2 litre type s low chassis [/caption] macklin sabia que competiçao era a unica maneira real de promover a marca naquela epoca como bentley ja havia provado a empresa compete em le mans com o 4 ½ litre mas sem sucesso; o que provoca a criaçao de um novo carro que seria o apice da companhia e o motivo dela ser lembrada ate hoje; o 4 ½ litre s type que rapidamente ficou conhecido como o invicta low chassi era na verdade um carro totalmente novo que herdara do anterior apenas o motor meadows de 4 5 litros este seis em linha ohv com duas velas por cilindro media na verdade 88 5 x 120 mm para um total de 4467 cm³ e com dois carburadores su hv5 de 40 mm dava em sua forma mais evoluida em 1934 140 cv a 3600 rpm ligado a ele estava uma transmissao de 4 velocidades manual sem sincronizaçao e traçao traseira o chassi porem inspirado no delage de grand prix era extremamente baixo fazendo do invicta um dos mais eficientes e bonitos carros de sua epoca eram dois eixos rigidos claro mas na traseira era undesrslung ou seja o chassi passava por debaixo do eixo traseiro o radiador e o motor eram rebaixados no meio das longarinas resultando em algo comprido baixo e realmente diferente para 1930 [gallery ids= 346149 346147 346127 ] o entre eixos media tres metros os freios eram enormes tambores de aço de 14 polegareas em rodas raiadas rudge withworth com parafuso central e pneus 19 x 6 00 o carro pesava ao redor de 1400 kg o que era leve para um carro de 4 5 litros entao foi um sucesso em competiçoes mas a natureza era de produçao pequena artesanal apenas 74 deles seriam feitos criando um classico desejado e raro no processo macklin depois do fracasso em le mans resolveu concentrar os esforços de competiçao do s type nas provas de rali o que acaba por colocar o jovem donald healey entao um piloto especialista neste tipo de prova no caminho da marca healey ainda era um nome pouco conhecido isto e muito antes da sua marca de carros no pos guerra e antes do famoso triumph dolomite eight com que competiria mais adiante https //flatout com br/quando os ingleses copiaram a alfa romeo na cara dura/ donald healey conhece ian fleming a dupla invicta 4 ½ litre type s low chassis e donald healey foi imediatamente vitoriosa ja em 1931 venceria o mais famoso de todos os ralis o de monte carlo disse healey em suas memorias o invicta era um carro maravilhoso leve com torque e aceleraçao impressionantes muito melhor do que qualquer competidor na epoca [caption id= attachment_346131 align= aligncenter width= 861 ] healey ganha o rali de montecarlo com invicta 1931[/caption] o carro de healey tinha uma carroceria weymann especial de tecido sobre estrutura de madeira para tornar o carro mais leve nem tudo eram flores com essa maquina rara e especial porem tinha muito peso na frente a menos que fosse equilibrado por um tanque de combustivel cheio na parte de tras lembrou healey em sua autobiografia a transiçao de subesterço para sobresterço era assustadora tornando a tocada mesmo em uma superficie de estrada perfeita meio como dirigir no gelo healey tambem achou a caixa de cambio do caminhao um trabalho danado para operar que o cansava sobremaneira vencer nao era facil nessa epoca; fazia parte se adaptar as peculiaridades de uma maquina competitiva [caption id= attachment_346130 align= aligncenter width= 999 ] o invicta usado para ganhar montecarlo e na viagem com fleming[/caption] mas enquanto healey atingia gloria recebendo um trofeu do principe de monaco seu compatriota ian fleming ainda era um reporter iniciante na reuters em londres mas a sorte desse entusiasta de alcova estava prestes a mudar em julho de 1932 apos varios meses de trabalho arduo atualizando obituarios ele conseguiu finalmente uma reportagem interessante que o tiraria do escritorio reportar sobre o alpine trial e melhor ainda do assento do passageiro do invicta 4 ½ litre type s do vencedor de monte carlo donald healey [caption id= attachment_346137 align= aligncenter width= 750 ] healey e o carro que o fez famoso austin healey[/caption] originalmente um evento austriaco este rali em altitude cresceu para uma competiçao desafiadora nas passagens alpinas da alemanha italia e frança tinha todos os ingredientes para excitar e inspirar o jovem felming carros velozes hoteis chiques locais exoticos e um duelo epico com estrangeiros o entao desprezado jonnie foreigner nada de passagem de eviao em 1932 claro fleming embarcou na frente do escritorio no invicta de healey e os dois viajaram juntos mais de 1000 km ate a largada na efervescente munique a largada foi as 4 da manha iluminada por tochas de uma multidao que assistia avida o importante evento nas primeiras montanhas e apesar da chuva torrencial o invicta de healey logo estava entre os primeiros colocados vencendo viloes esquisitos claro na cabeça de fleming alemaes em enormes mercedes brancos bigodudos italianos em lancias vermelhas e baixinhos franceses em bugattis azuis durante cinco dias eles cobriram 2500 km de tortuosos desfiladeiros alpinos healey estabeleceu o tempo mais rapido para escalar o notorio passo stelvio e comemorou dividindo taças de krug no grand hotel em st moritz com fleming um aventura que fleming sem duvida nunca esqueceu e certamente foi armazenada no mesmo lugar onde todas as outras memorias antigas e futuras do ficticio comandante bond seriam armazenadas healey nao repetiu a vitoria do ano anterior mas ele e fleming foram premiados com o coupe des glaciers por terminar sem um unico ponto de penalidade com ele veio como premio uma viagem no dirigivel graf zeppelin uma iguaria carissima para poucos numa nave que exigia uma equipe de terra de 250 homens para lança lo e pousa lo para fleming toda a ocasiao foi uma experiencia decisiva como healey observou em sua autobiografia despertou nele um interesse por carros que durou por toda sua vida sempre levando o a comprar o carro mais exotico que pudesse encontrar [caption id= attachment_346191 align= aligncenter width= 768 ] fleming com um bentley bom gosto[/caption] na minha cabeça quando entrou no invicta em frente ao escritorio da reuters em londres fleming se apresentou e recebeu em troca prazer o nome e healey donald healey dai nunca mais esqueceu isso e ficou para sempre em sua obra este ultimo paragrafo e invençao da minha cabeça; mas e uma melhoria da realidade irresistivel demais para deixar de fora
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