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Alfa Romeo prepara o que pode ser um novo “33”
Ainda ontem falamos de um Alfa Romeo Giulia sedan que recebeu o tratamento Alfaholics; um carro que mostra claramente que o entusiasta da marca quer mesmo é um carro pequeno divertido, manual e aspirado. Que seja simples e sofisticado, e feito em versões sedã, perua, cupê e roadster, como foi o antigo Giulia tipo 105.
Mas não, ao invés disso a Alfa Romeo moderna resolveu que uma forma de mostrar que ainda está viva e ativa é… um supercarro de motor central-traseiro. A Alfa Romeo já anunciou que planeja lançar um novo supercarro de edição limitada em agosto e, agora, rumores sugerem que o nome dele define bem o que será: 33.
Não, não o hatchback sucessor do Alfasud com tração dianteira e motor boxer dos anos 1980, não good God, no! O outro Alfa Romeo 33, o carro de competição V8 de dois litros dos anos 1960, que virou um limitadíssimo e caro de chorar, supercarro de rua. O 33 Stradale 1967, um desenho de Franco Scaglione, é um dos carros mais belos da história; uma nova versão dele deve ser deveras interessante, claro. Mas mesmo? O mundo precisa de mais um supercarro exclusivo e caríssimo? Claro que não. Parece que é um bom negócio, porém.
O mais influente supercarro da história: as várias faces do Alfa Romeo 33 Stradale
Os boatos de como será este carro estão borbulhando para todo lado. Dizem que o 33 também será referente à uma velocidade máxima de 333 km/h. Que custará mais de um milhão de Euros. Tem gente apostando num outro nome, 6c, já que as últimas duas tentativas da marca deste tipo foram o 8c e o 4c. Isso devido ao provável uso do motor V6 biturbo de 2,9 litros do Giulia Quadrifoglio, capaz de mais de 500 cv.
A famosa revista italiana Quattroruote diz algo diferente: o carro será baseado no Maserati MC20, mas com um toque híbrido. Nesta teoria, o Diz-se que o V6 twin-turbo de 3,0 litros é o Nettuno da Maserati, e com motores elétricos ajudando, chegaria a 800 cv, bem mais que os 620 do MC20. Há mais outro boato que deriva desse: teria uma versão totalmente elétrica.
O fato é que teremos mais um supercarro Alfa Romeo para chamar atenção, mas a linha de carros de produção continuará focada nos SUV’s, já que o sensacional Giulia parece não ter sucessor à vista, e já está ficando meio velho. O próximo Alfa será baseado num SUV pequeno da Stellantis: o Jeep Avenger.
A Alfa Romeo se apressa a dizer que a marca está em boa fase, que vendeu 100% mais veículos na Europa em relação ao mesmo período do ano passado, com um aumento global de 57%. Mas esses números dizem pouco: o ano passado foi péssimo para a marca, com apenas 12.843 veículos vendidos, o pior ano depois de 2017. Mesmo dobrando este número, não é exatamente uma marca de sucesso, hoje. Alguém acredita que um supercarro mudará isso? (MAO)
Subaru lança o novo BRZ ts
Como tinha prometido, a Subaru apresentou um BRZ “mais focado” no fim de semana no Subiefest California. O cupê vem com o sufixo “tS” usado durante a primeira geração do modelo.
A atualização mais notável é um kit de freio Brembo dianteiro e traseiro, com pinças douradas. O novo BRZ tS se beneficia de uma suspensão recalibrada pela STI, o braço esportivo da marca. Os amortecedores são da marca japonesa Hitachi, e não os Sachs que fazem parte do Performance Pack do Toyota GR86. Isso parece significar que cada marca fez sua própria calibração. Os freios Brembo, porém, parecem ser os mesmos.
Novas rodas de 18 polegadas com pneus Michelin Pilot Sport 4 e ajustes sutis de design por dentro e por fora são mencionados pela Subaru. Parece que o ts será uma versão adicionada ao catálogo do Subaru BRZ, e não uma série limitada. Aparentemente, vem em todas as cores, com um emblema tS traseiro e um logotipo BRZ vermelho nos cantos dos faróis, conforme mostrado no teaser recente.
Infelizmente o carro esporte agora não está livre de mais uma suíte de “driver assist”, o Subaru EyeSight. A empresa diz que ele “monitora o movimento do tráfego, otimiza o controle de cruzeiro e avisa se você sair da sua faixa.” O que quer que seja, não parece combinar com o carro, mas agora faz parte do pacote ts.
No mais, continua o cupê que todos amamos: o mesmo flat-4 contraposto de 2,4 litros e 231 cv a 7000 rpm e 25,4 mkgf a 3700 rpm, câmbio manual de seis marchas, tração traseira e diferencial autoblocante, em um carro de 1290 kg. Faz o 0-100 em 6,5 segundos, e chega a 217 km/h a 7500 rpm em sexta, quando há corte. Uma delícia, em outras palavras. (MAO)
Conheça o Morgan Super 3 Malle Rally Special
Malle é uma empresa britânica que fabrica roupas para atividades outdoor e também aparentemente “coordena aventuras de motocicleta”. O mote desta empresa bacanuda é “Prepare To Get Lost”, que significa “prepare-se para se perder”. O que me parece um mote ruim para uma empresa que organiza viagens de motocicleta. A gente contrata uma empresa dessas justamente para não se perder, não? Me perder, eu sei fazer sozinho, não preciso de ajuda nisso.
O fato é que a Malle e a Morgan Motor Company fizeram uma parceria com a marca para criar o Morgan Super 3 Malle Rally Special. E o que é um Morgan Super 3 Malle Rally Special? Engraçado você perguntar; ia justamente contar isso.
Aparentemente, é um Morgan que já vem pronto para aventuras, para se perder por aí. Pode vir em amarelo, vermeljo ou preto e com decoração exclusiva. Também vem com todos os protetores e placas para carregar bagagem que são opcionais no Morgan Super 3.
Ah, esqueci de falar: se você esteve perdido depois de contratar uma aventura da Malle no último ano, e por isso perdeu o lançamento do Super 3, vale recapitular: o Super 3 é a ressureição do Morgan de 3 rodas, que é totalmente novo, e agora tem um Ford tricilíndrico arrefecido a líquido de 1,5 litro e 120 cv, ao invés do V-twin “Harley” (na verdade, S&S) de dois litros arrefecido a ar do anterior. O câmbio ainda é de Miata com 5 marchas, a tração ainda é traseira e o peso é agora de 635 kg em ordem de marcha.
Os compradores desta edição especial recebem uma entrada nas aventuras de uma semana da Malle no Reino Unido, nos Alpes ou no Ártico. Também faz parte do preço do carro as peças da coleção de vestuário Morgan x Malle. A roupa inclui uma jaqueta de lona encerada britânica, com uma porta de fone de ouvido com GPS e muitos bolsos. Está disponível nas cores Areia ou Preto.
O modelo custa £ 54.995 libras no Reino Unido, o equivalente á 333.269 de nossos pobres reais. (MAO)
VW finalmente parece que vai lançar Nivus 1.4 TSI
Parece que foi ontem, mas a versão Suvizada do Hatch pequeno da VW, o Nivus, já está prestes a fazer quatro anos no mercado. É hora de receber uma atualização já. E parece que ela virá com uma opção que é evidente por estar em falta desde o início: o motor 1.4 turbo.
Já não era sem tempo. Polo, Virtus e T-Cross já tem esta opção, então não dá para entender a falta dele no Nivus. Parece que este erro será agora consertado. Não será GTS, uma sigla que nesses carros nunca foi bem recebida; já morreu no Virtus para virar a versão “luxuosa” Exclusiv, mas ainda tem uma sobrevida no Polo. Parece que o Nivus 1.4 será também Exclusiv, e não GTS.
O motor 1.4 TSI é velho conhecido: produzido em São Carlos (SP) e usado por praticamente todos os VW, dá 150 cv e 25,5 kgfm de torque, e sempre vem com o inevitável câmbio automático de 6 marchas. Além desse motor e dessa nova versão, um face-lift deve também ajudar a dar aquele ar artificial de novidade no carro velho que o povo parece tanto gostar.
O mundo precisa de um Nivus ainda mais caro, ligeiramente mais potente, e igualmente automático? Claro que não. Mas precisar nunca teve nada a ver com isso, ou todos estaríamos andando de Polo 1.0 manual. Alguém em algum lugar ficou excitado com essa notícia, e isso, já basta. (MAO)
Primeiro Ministro inglês põe em dúvida banimento da combustão interna
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, questionou a proibição da venda de veículos à combustão interna no Reino Unido em 2030. Ele disse que o Reino Unido “progrediria em direção ao zero líquido”, mas “de maneira proporcional e pragmática” que “não causaria desnecessariamente mais problemas e custos às pessoas em suas vidas”. Ele acrescentou: “Não é nisso que estou interessado e preparado para fazer”.
A proibição de vendas, sem dúvida a maior mudança de política a atingir a indústria automotiva até o momento, significaria que apenas motores de combustão híbridos e carros totalmente elétricos poderiam ser vendidos a partir de 2030, com vendas se tornando apenas EV a partir de 2035. A mudança também foi adotada pela União Europeia.
A Inglaterrra oficialmente não mudou nada neste compromisso, veja bem. Estas afirmações do PM apenas mostram que talvez, outras maneiras de se chegar ao objetivo de zero emissões líquidas em 2050 serão investigadas. E que o governo não quer piorar a situação econômica do país, e está preocupado com isso. Por enquanto, é só isso.
Ao mesmo tempo, porém, foi confirmado que estão sendo estudadas isenções para empresas como a Aston Martin. Isto viria em cima das já aprovadas isenções aos fabricantes como a Morgan, de baixíssimo volume. Hoje, os fabricantes que venderem menos de 1.000 carros por ano estarão isentos da proibição; talvez outras exceções venham a aparecer. (MAO)