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Zero a 300

O novo Audi Q5 | Chrysler não está a venda | Um Defender mais alegre e mais!

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Conheça o novo Audi Q5

Na nova lógica da Audi, os números pares significam carros elétricos, e os ímpares, a gasolina. Então o Q5 é na verdade a versão a gasolina do Q6 E-tron; o nome E-tron também, por isso, deve em breve ir para a grande lixeira de ideias que não vingaram nessa indústria centenária. Significava “elétrico” na língua Audi, mas se número par agora tem esse significado, virou redundância.

O Q5 é um best-seller da Audi e um carro extremamente importante nos EUA. Faz sentido né: está bem no centro da formulinha de hatch grandão com rodas grandes e moldura de paralama que se convencionou enfiar no balaio SUV. Mais de 1,6 milhões de exemplares do carro de primeira geração chegaram às ruas, e mais de um milhão de carros de segunda geração estão por aí agora.

No seu lançamento nos EUA, o novo Q5 tem duas versões disponíveis por enquanto: básico com quatro em linha 2.0 turbo de 272 cv e o SQ5 com um V-6 de 3,0 litros turbo com 367 cv. O câmbio é uma caixa S Tronic de dupla embreagem e sete velocidades, e a tração é permanente nas quatro rodas.

Ambos os modelos Q5 vem com suspensão normal na forma básica, embora o SQ5 tem ajuste mais esportivo, o “sports suspension” que pode ser solicitado como opcional no carro básico. Se você preferir, a suspensão a ar com amortecedores adaptáveis ​​também está disponível como opção.

O novo Q5 é baseado na Premium Platform Combustion, a mesma do novo A5. O A5 por sua vez, agora é a versão a gasolina do A4. O que faz desse Q5 a perua Audi do que antes costumávamos chamar de A4. Se você ficou confuso, fique tranquilo: não estás sozinho.

Interior e exterior são totalmente novos, embora ainda obviamente Audi. No interior, há a mesma central de infoentretenimento Digital Stage do A5. É um grande e curvo display OLED MMI composto por um display de cockpit virtual de 11,9 polegadas e um display touch MMI de 14,5 polegadas. O primeiro lida com as partes que o motorista precisa saber, enquanto o último faz todo o resto que se espera do carro de luxo moderno. Há uma tela opcional de 10,9 polegadas para os passageiros brincarem também.

Existem oito padrões de luz dinâmicos ajustáveis ​​nos faróis; basta selecionar seu padrão preferido via MMI enquanto estiver parado, e na próxima vez que ligar o carro, você poderá deslumbrar os espectadores com seu novo estilo de iluminação. Os OLEDs traseiros podem ser usados ​​para se “comunicar com outros usuários da estrada”, diz a Audi, usando formas variadas. Não pergunte mais nada!

Os preços na Europa começam em € 52.300 (R$ 325.306) para o Q5, e € 82.900 (R$ 515.638) para o SQ5. (MAO)

 

Stellantis não vai vender Chrysler e Dodge

Obviamente o vídeo do Youtube publicado pelo herdeiro de Walter P. Chrysler que saiu semana passada, onde dizia estar disposto a comprar as marcas da antiga Chrysler Corporation de volta da Stellantis não deve dar em nada. Não parece uma proposta real, apenas mais um factóide internético moderno, como tantos outros, uma não-notícia que acaba virando notícia inevitavelmente.

A Stellantis respondeu, claro. Disse numa declaração oficial que “não está buscando separar nenhuma de suas marcas” e está reafirmando seu compromisso com todas as 14 marcas que fazem parte de seu portfolio. Além disso, a promessa inicial feita em 2021 de manter todas as “marcas poderosas e icônicas” ainda está em vigor. Para quem tem marcas como DS, Abarth e Lancia em seu portfolio, uma declaração no mínimo corajosa.

Mas veja isso: este compromisso de longo prazo reafirmado da Stellantis vem apenas um mês depois que o CEO sugeriu que marcas não lucrativas poderiam ser mortas. Carlos Tavares declarou que: “Se elas não fizerem dinheiro, nós as fecharemos. Não podemos nos dar ao luxo de ter marcas que não fazem dinheiro.” Então a gente pode ser perdoado em continuar confuso e desconfiado, dona Stellantis.

Enquanto isso, a Reuters diz que a Maserati poderia ser colocada à venda e que a Lancia ou a DS Automobiles poderiam ser eliminadas. O que iria contra o recente comunicado da empresa. Realmente não faria sentido encerrar a Lancia agora; um bocado foi investido ali e seria pouco inteligente fechá-la agora. Veremos.

A situação do lado dos EUA permanece complicada de qualquer forma, visto que a Chrysler matou sedã 300C, e agora é marca de um modelo só: a minivan Pacifica. Dodge, neste momento, também tem só o Durango, já de saída, no fim da vida, e o Hornet, a versão barata do Alfa Romeo Tonale, que não foi lá muito bem recebida. O novo Charger, elétrico ou com o seis em linha prometido, ainda não apareceu nas lojas.

O fato é que tirando a Jeep e a Ram, poucas marcas do conglomerado são realmente lucrativas, em todo mercado que atuam. Mas a Stellantis, pelomenos em suas declarações, permanece comprometida com todos os 14 logotipos que coloca em seus carros. Vamos ver até quando. (MAO)

 

Defender mais alegre: o Beach Break

Vamos falar sério: o novo Defender é um carro de luxo caríssimo, que tem grande habilidade off-road. Não é como o antigo, um espartano jipe vendido como artigo de luxo. Por isso, não tem nada também da alegria e jovialidade praiana do anterior, que em suas versões abertas, estava em seu ambiente preferido na praia. O novo é sempre mais escuro, fechado, blindado, e visto mais em ambientes urbanos.

Esta edição especial parece querer mudar isso. É o novo Land Rover Defender Beach Break. Um carro que “celebra o verão” e é baseado no Defender 110. Vem na cor Tasman Blue, teto branco e rodas brancas de 20 polegadas; fecha o pacote os gráficos coloridos, bem como um emblema “Beach Break 1/20” na porta traseira.

No interior, o Beach Break vem com bancos em cores claras, e um painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas com sistema de infoentretenimento de 11,4 polegadas e um sistema de som Meridian. Tapetes de borracha para a área de carga e compartimento de passageiros fazem parte do pacote.

O motor é um quatro cilindros de dois litros turbo de 300 cv e 40 mkgf.  O câmbio é automático de oito velocidades e tração nas quatro rodas. Faz a enorme perua fazer o 0-96 km/h em 7 segundos; a velocidade final é limitada em 192 km/h.

Apenas 20 unidades do Land Rover Defender Beach Break serão feitos. Os preços nos EUA começam em US$ 71.700 (R$ 403.671). (MAO)

 

Um sensacional Lamborghini Diablo SV à venda

O lançamento do restomod baseado no Diablo, o Eccentrica V12, no recente Monterrey Car Week, serviu para, principalmente, colocar luz de novo em um Lamborghini que estava esquecido: o Diablo.

Monterrey Car Week 2024: os restomods

O Diablo não foi somente um carro: nascido em uma época extremamente conturbada na história da marca, apareceu como um carro cheio de características estranhas, ainda que maior e mais potente, e tão dramático quanto, o Countach que substituiu. Mas evoluiu, e não só depois que a Audi comprou a empresa em 1998. Uma série de evoluções técnicas e séries especiais mantiveram o carro em evolução constante durante sua vida.

Uma dessas versões especiais era o SV. Lançado em 1995 no Salão do Automóvel de Genebra, era a volta da sigla Super Veloce, antes usada famosamente pelo Miura. Nessa época, já existia o Diablo VT, com tração permanente nas quatro rodas e direção hidráulica, mas o SV ia em outra direção. Enquanto o VT visava mais usabilidade e sofisticação, o SV era mais potente, mais leve, e mais cru.

Era um carro de tração traseira apenas, e com 517 cv a 7100 rpm, um aumento pequeno dos 492 cv do Diablo normal, mas que reportadamente fazia o motor mais alegre e gostoso. Era também o mais barato dos Diablo, em seu lançamento. Parece estranho hoje, a versão mais brava mais barata, mas para ser mais leve, era o menos equipado. Na Porsche, ia custar o dobro e teria ágio no mercado. Como é mais caro a versão “zero km” atual, o Eccentrica V12.

O Eccentrica V12

Agora veja este carro: um SV de 1998 pintado em preto com gráficos SV prateados. Vem com rodas de liga leve de 18 polegadas originais envoltas em pneus Pirelli P Zero Rosso medindo 235/35 na frente e 335/30 na traseira. Tem 26 anos de idade, sim, mas parece novo, bem cuidado e pouco rodado, como são a vasta maioria dos Lamborghini. Tem 27 mil km rodados.

O site americano A Bring a Trailer está leiloando o carro e observa que ele passou grande parte de sua vida na Califórnia. Seu motor foi removido no início de 2022 como parte de uma renovação e se beneficiou de novas juntas de cabeçote, velas de ignição, coxins de motor e comandos de válvula. Basicamente, novo de novo. Acoplado ao V12 está uma transmissão manual de cinco velocidades e um diferencial autoblocante.

Preço: o mais caro SV já vendido saiu por US$ 720.000. A maioria fica abaixo dos US$ 400 mil, e este, hoje, há um dia do fim do leilão, está com o melhor lance em 325 mil. O Eccentrica V12? 1,3 milhão de dólares. E preste atenção: o SV original só vai subir de valor, se mantido bem cuidado e original. Um Singer 911 pode manter seu valor, talvez, mas este Eccentrica V12 não parecerá um carro modificado apenas no futuro? Uma faceta dos restomod que muita gente parece não lembrar. (MAO)