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Audi RS3 2025 cheira melhor que antes
Recentemente a Audi bateu o recorde de Nurburgring “para carros compactos”, um estranhamente epecífico recorde que não classifica exatamente o que é um compacto. Mas não importa: o carro era o novo RS3 2025, que ainda não fora lançado; fez o famoso circuito em incríveis 7 minutos e 33.12 segundos.
Sempre quando ouço este tipo de coisa me lembro que a épica vitória de Fangio no circuito em 1957, com um Maserati 250F de Grand Prix, teve sua melhor volta na casa dos nove minutos. Esse RS3 largaria na pole position do GP da Alemanha de 1969 com esse tempo, na frente do Brabham-Cosworth de Jackie Ickx. O RS3 ainda qualificaria para correr na última corrida de F1 realizada no circuito, em 1976. E nem seria em último lugar! Barrabás.
Mas divago; o fato é que agora, a empresa lançou esse novo RS3, na Europa. “Novo” é um certo exagero; trata-se de uma revitalização de meio-ciclo, o mesmo carro, melhorado em algumas frentes. As alterações visuais são discretas. Uma grade redesenhada ladeada por faróis de LED novos, nova grade e entradas de ar dianteiras. A Audi diz que o novo visual lembra o Quattro S1 Pikes Peak de 1987. Tá bom.
Uma novidade interessante dentro do carro: bancos dianteiros de estrutura de fibra de carbono opcionais. Os bancos esportivos regulares envoltos em couro Nappa ainda estão disponíveis para aqueles que querem mais conforto, mas desconfiamos que serão raros. Outra mudança é o novo volante, agora com seções superior e inferior planas.
Na Europa, pode vir na forma hatchback 5-portas; nos EUA é só um sedã. Mecanicamente, é o mesmo (e adorado) cinco em linha turbo de 2,5 litros e 400 cv, ligado ao câmbio DCT de sete velocidades e tração nas quatro rodas permanente. Os amortecedores adaptativos reagem ainda melhor graças a um novo algoritmo, e a vetorização do torque via freio foi aprimorada. Novos pneus semi-slicks Pirelli P Zero Trofeo R opcionais estão disponíveis.
Mas por algum motivo, a marca resolveu destacar neste lançamento que a grande inovação aqui é que o interior… tem um cheiro melhor. Sério. Segundo ela, o interior do RS3 é feito de aproximadamente 200 componentes, todos os quais passam por avaliação química. A Audi os aquece em uma câmara especial e então analisa o ar. Esse processo complexo leva de 2 a 3 horas por peça. Uma vez que isso é cuidado, os materiais são instalados no carro para ver como tudo se mistura. Para garantir que tudo cheire bem por dentro, independentemente das condições climáticas, a Audi tem uma equipe dedicada de cinco químicos encarregados de analisar odores.
Pera aí… Então o carro anterior era fedido, é isso? Tá, parei.
Na Alemanha, os pedidos podem ser feitos já no final de agosto. O RS3 Sportback (hatch) custa a partir de € 66.000 (R$ 399.300) na Alemanha. (MAO)
Este é o novo Maserati GT2 Stradale
A Maserati aproveitou a Monterrey Car Week para mostrar uma versão mais radical e potente do MC20. É o novo Maserati GT2 Stradale, basicamente uma versão de rua do carro de corrida GT2, ele próprio uma versão de corrida do carro de rua MC20. É, um círculo meio confuso, esse. Enfim.
O fato é que é um carro sensacional de qualquer forma. Praticamente tudo do GT2 está aqui, das entradas extras de ar até a enorme asa traseira. Há fibra de carbono em abundância, da asa traseira às abas no capô. Opcionalmente, o teto, os para-lamas, as entradas de ar do para-lama e as saias laterais podem também vir no exótico material.
Os bancos são específicos para o GT2 Stradale. Tem estrutura de fibra de carbono, e a Maserati oferece dois tamanhos diferentes para compradores maiores ou menores. Eles não tem ajuste elétrico; para poderem ser mais baixos e leves. Uma barra traseira opcional pode servir de ancoragem para cintos de corrida de quatro pontos.
O GT2 Stradale usa a mesma configuração de suspensão do carro de corrida GT2. Os vários componentes aerodinâmicos geram “até 500 kg de downforce”, e uma série de modos de direção aproveitam ao máximo tudo isso. Opte pelo Performance Pack, e você recebe o modo Corsa Evo, que oferece o que a marca chama de “experiência de piloto profissional de 360 graus”, o que quer que isso signifique.
O GT2 Stradale é agora também o Maserati de rua mais potente. O Nettuno V-6 biturbo de 3,0 litros dá aqui 640 cv a 7.500 rpm e 73,4 mkgf a partir dos 3000 rpm. A transmissão é automática de dupla embreagem com oito velocidades e a tração é traseira. A Maserati credita este ligeiro ganho de potência à um escapamento novo e aprimorado. O carro é também 60 kg mais leve que o MC20 normal.
A aceleração e a velocidade máxima, assim, são melhoradas: 0-100 km/h em 2,8 segundos e velocidade máxima de 323 km/h. A Maserati não deu detalhes sobre preço, ou disponibilidade, ainda. (MAO)
Ford Probe I pega fogo ao sair de Pebble Beach
Este ano, vários carros conceito “cunha” famosos participaram de uma exposição durante o 73º Peeble Beach Concours d’Elegance. Entre eles estava o carro-conceito Ford Probe I Ghia 1979. Como todos ali, um carro único, sem pares, um conceito experimental único. Triste então o que aconteceu ao deixar o evento: dentro de um reboque, pegou fogo. E queimou inteirinho, reboque e carro.
O desastre aconteceu no domingo quando o Probe, de propriedade da Scott Grundfor Company, saía do evento. A empresa disse no Instagram: “Somos uma empresa familiar e parece que perdemos um membro da nossa família hoje… Scott e eu (Drew) fomos os sortudos administradores desta obra de arte e parte da história automotiva por mais de 20 anos, os segundos proprietários: a Ford Motor Company foi a primeira… Temos sorte eterna de fazer parte da história deste carro, por mais trágico que tenha sido este evento.”
O Probe I foi desenhado em 1979 em parceria com a Carrozzeria Ghia. Não parecia, mas o Probe I era, na verdade, baseado na plataforma do Mustang com carroceria Fox. Debaixo da carroceria futurista, escondia um Mustang Cobra de quatro cilindros e 2,3 litros turbo, com 170 cv. Mas tinha um coeficiente de arrasto 37% menor, objetivo do estudo.
O carro foi completamente destruído no incêndio; as causas ainda não estão claras. Mas os proprietários prometem restaurar o veículo. Na verdade, reconstruí-lo; não é assim que existam peças de reposição para ele. Uma pena. (MAO)
Jetta continuará a venda no Brasil
Apesar de estar preparando mais um SUV para o Brasil — o modelo que será posicionado abaixo do Nivus (e que deverá jogar o Nivus para um patamar mais alto na linha — a Volkswagen se mantém comprometida com o Jetta. Atualmente oferecido apenas na versão GLI, é de se pensar que, com a renovação que ele recebeu lá fora, somada à baixa dos sedãs no Brasil, a Volkswagen poderia desistir de trazê-lo — como ela fez temporariamente com o Tiguan R Line, por exemplo.
Mas não é o que vai acontecer. Em entrevista ao pessoal do site Autoesporte, durante o lançamento da “nova” Amarok, o presidente da VW no Brasil, Ciro Possobom, confirmou que o sedã renovado será trazido, dando continuidade ao modelo por aqui. O executivo não disse quando o modelo virá, mas considerando que ele é fabricado no México e que a fábrica só está produzindo atualmente a versão reestilizada, é provável que a Volkswagen esteja aguardando apenas a parte burocrática para lançá-lo por aqui — eu apostaria entre outubro deste ano e janeiro de 2025.
As mudanças no carro foram sutis, afinal, não é uma nova geração, mas aquelas atualizações de meio-ciclo. Ele ganhou uma nova grade dianteira, menor, mais parecida com a do Virtus, mais aerodinâmica e mais moderna — e também mais comportado e menos agressivo.
Por dentro, o volante é praticamente o mesmo, mas o painel mudou significativamente: a tela central deixa de ser integrada e passa a ser do tipo “tablet pendurado”, enquanto a face do painel ganhou frisos que dão continuidade (ou se integram, depende da direção que você começa a olhar) às saídas de ar. Lá fora, uma novidade é o ar-condicionado de duas zonas de série em todas as versões, mas para nós não é novidade porque o GLI sempre teve isso. Sob o capô temos o mesmo 2.0 turbo de 231 cv da versão 2024. Ou seja: nada de novo por aqui.
Atualmente o Jetta GLI é oferecido por R$ 245.390, valor que deverá ser reajustado considerando o novo patamar do dólar e o leve reajuste da verão GLI lá fora. Ah, e o câmbio manual da foto acima é exclusividade da América do Norte. Nós ficaremos com a caixa de embreagem dupla e sete marchas mesmo. (Leo Contesini)
Este será o próximo F1 mais caro da história
A Mercedes não vem superando a Ferrari somente nas pistas ultimamente. Eles também estão mais valorizados no mercado de clássicos do automobilismo, por mais incrível que isso possa soar. O carro mais caro vendido em um leilão até hoje é um Mercedes — o 300 SLR Uhlenhaut Coupé, do qual há apenas duas unidades, uma delas ainda em posse da fabricante.
A Mercedes também tem, atualmente, o Fórmula 1 mais caro já leiloado, um W196 de 1954 que foi vendido pela Bonham’s em 2013 por US$ 29.600.000 — equivalentes a US$ 40.000.000 em 2024. Mas agora, esse recorde deve ser quebrado, pois um outro W196 de 1954 está a venda — e é um modelo ainda mais raro.
Trata-se do W196 Type Monza, a variação do carro feita para circuitos de alta velocidade como o de Reims, o antigo traçado de Silverstone e, claro, o Autodromo Nazionale Monza — que inspirou o nome da configuração. O carro, apesar das rodas cobertas, é um monoposto de Fórmula 1, com o piloto em posição centralizada, e foi usado por ninguém menos que Juan Manuel Fangio e Stirling Moss. Fangio guiou o carro em 1954, ainda com a carroceria de rodas expostas numa corrida extra-campeonato em Buenos Aires. Moss, pegou o carro em 1955, já com a carroceria aerodinâmica, no GP da Itália, e fez a volta mais rápida da prova.
Dez anos depois, o carro foi doado para o museu de Indianapolis, que o manteve até hoje. Estima-se que o carro valha entre US$ 50.000.000 e US$ 70.000.000. Aqui é importante notar que o W196 Type Monza é um parente próximo do 300SLR Uhlenhaut Coupé — o W196 é a origem dos carros que, mais tarde, conhecemos como 300SLR e que fizeram história no endurance e que foram convertidos em cupê na criação do Uhlenhaut Coupé.
Dito isso — e considerando que a versão de rodas expostas do W196 foi vendida há 11 anos pelo equivalente a US$ 40.000.000 e que o cupê baliza o teto do valor destes carros, sendo o mais raro deles, é muito provável que o Type Monza seja arrematado por algo próximo dos US$ 70.000.000, algo que faria dele o segundo carro mais caro já leiloado, superando a Ferrari 330LM/250GTO 1962 que foi arrematada por US$ 51.705.000 em novembro passado, e também consolidando o W196 como os carros de Fórmula 1 mais caros da história. (Leo Contesini)