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Citroën C3 Aircross lançado no Brasil
Depois de bastante espera, finalmente foi lançado um carro que promete deixar uma faixa antes ocupada aqui somente pela Chevrolet Spin, mais interessante: o Citroën C3 Aircross foi lançado oficialmente no Brasil.
O novo Citroën é produzido na fábrica da PSA Stellantis em Porto Real (RJ), de onde já sai hoje o Citroën C3 hatch também. O novo C3 Aircross será exportado de lá para outros países da América Latina. Aqui no Brail, começa em R$ 109.990 na modalidade de venda pela internet.
Como já sabemos, é uma versão perua/7 lugares do compacto altinho-suvizado C3. Todas as versões vem com o motor 1.0 turbo flex de 3 cilindros, com 130/125 cv (etanol/gasolina) e torque sempre de 20,4 mkgf. Vem sempre também com o transeixo dianteiro automático CVT com 7 velocidades fixas.
O carro mede 4320 mm num entre-eixos de 2675 mm, e altura de 1663 mm. É 96 mm mais curto que uma Spin, portanto, e praticamente da mesma altura: competidores próximos em tudo. O C3 Aircross pesa apenas 1201 kg, também na mesma faixa da Spin.
Mas comparado ao Spin, o novo carro ganha em design, e motor mais potente, porém; carro mais moderno, né? Desde a versão de entrada, a aceleração de 0-100 km/h é de 9,7 segundos (etanol), e o carro é capaz de 191 km/h, ambos números muito bons para a categoria. De acordo com o Inmetro faz 7,4 km/l em ciclo urbano e 8,6 km/l em ciclo rodoviário quando abastecido com etanol. Com gasolina, 10,6 km/l e 12 km/l.
Por enquanto, porém, não foram dados detalhes e preços para os carros de sete lugares: somente o de cinco lugares foram detalhados. Mais informações do sete-lugares são prometidas para 2024. Pelas fotos, a capacidade de carga com sete lugares tende a zero.
Por enquanto, os preços ficam assim (na modalidade de venda pela Internet, todos 5 lugares): Citroën C3 Aircross Feel por R$ 109.990, Citroën C3 Aircross Feel Pack por R$ 119.990, e finalmente Citroën C3 Aircross Shine Pack por R$ 129.990.
Como é praxe na categoria, tecnicamente é um carro simples, mas efetivo: McPherson dianteiro, eixo de torção traseiros, discos ventilados na frente e tambor atrás. Rodas de 16 polegadas de aço ou liga leve, e de 17 polegadas de liga, com pneus 205/65 R16 e 215/60 R17, estão disponíveis.
Desde a versão básica, é bem equipado: Touchscreen de 10” com Android Auto e Apple Carplay sem fio e comandos no volante, três entradas USB, incluindo duas para a segunda fileira, monitoramento de pressão dos pneus, controle de estabilidade e tração com assistente de partida em rampa, luzes de condução diurna (DRL) com LED, seis alto-falantes, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, vidros dianteiros e traseiros elétricos com função one touch, travas elétricas com acionamento por telecomando da chave, alarme e bocal do combustível com destravamento elétrico. Já está disponível nas concessionárias da marca, e online. (MAO)
VW começa a emitir Certificado de Veículos Clássicos no Brasil
Tenha vontade ou não de, particularmente, pagar por um, é um serviço importante: dar os dados originais de um carro antigo, de acordo com a especificação original de fábrica, ajuda a balizar o mercado clássico. Acabam as informações equivocadas ou fraudulentas: o dado é inquestionável e oficial.
E quem emite este certificado, sempre cobra por ele: é inevitável, não adianta reclamar. Esta emissão de certificados de procedência e especificação é algo que se iniciou primeiro de cima: a Ferrari e outras marcas de primeira linha sempre forneceram este serviço; também os ingleses, desde sempre fascinados por história, são entusiastas e pioneiros nisso também. Agora, finalmente, chega ao Brasil.
Fale o que quiser da VW, mas ela recentemente tem mostrado um cuidado e respeito pela sua história que, aqui no Brasil, é inédito. Cuidar de seu acervo de carros clássicos e montar uma área de preservação de história foram o primeiro passo; agora anunciou que o Certificado de Veículos Clássicos da empresa agora está disponível também no Brasil. O documento reconhece características de produção de modelos clássicos fabricados no país e funciona como uma espécie de ‘certidão de nascimento’. É mais que futilidade: é registro histórico.
Fornece informações originais de produção coletadas a partir base de dados da marca no Brasil desde o início no Brasil. A VW Collection emite o documento para modelos nacionais que tenham pelo menos 20 anos de idade. A marca inclusive diz que há interesse internacional nisso: colecionadores do mundo todo procuram carros antigos da VW do Brasil, especialmente os que só existem por aqui.
A certidão é solicitada pelo proprietário, e a partir daí uma equipe especializada busca pelas informações de cada veículo em um processo praticamente artesanal. Depois disso, o certificado é emitido e enviado para impressão. O documento também recebe assinatura comprovando autenticidade das áreas responsáveis pela preservação destes dados.
Originalmente registrados em fichas de papel, esses registros eram preservados em microfilme, que juntos somam cerca de 6,5 milhões de registros. A VW fez o esforço louvável de digitalizá-los, e assim preservá-los com segurança para posteridade; este trabalho viabilizou a emissão do certificado. Pense neste trabalhão quando reclamar do preço do certificado.
Parabéns à VW do Brasil. E que este esforço de preservação de história de nossa indústria sirva de exemplo para as outras. Quem ignora o passado está fadado a repeti-lo; o que é mais que ruim. É burrice. (MAO)
Baleia Assassina: conheça o Mercedes-AMG S63 da Mansory
Sedãs, SUVs, peruas e picapes costumavam ser coisas bem mais lentas que os carros esporte, no passado. Não mais, sabemos bem, já a bastante tempo. Case in point: o novo Mercedes-AMG S 63 E Performance preparado pela Mansory.
Este carro em particular já se diferencia de outras versões do Mansory S-Class graças a um kit de carroceria exclusivo. Inclui a grade redesenhada com aberturas de resfriamento maiores, capô de fibra de carbono com dutos NACA, aberturas laterais superdimensionadas e extensões de para-choque mais pronunciadas. Uma luz de freio estilo F1 opcional está disponível para o difusor traseiro, enquanto o sistema de escapamento esportivo tem saídas de escape quádruplas.
O Mercedes-AMG S 63 E Performance é a versão mais potente do Classe S; além do V8 biturbo de 4 litros na frente, existe um motor elétrico no eixo traseiro de 190 cv; juntos, fornecem 802 cv e monstruosos 145,8 mkgf, no carro original Mercedes. A Mansory não mexe no motor elétrico, mas sim no V8: o resultado é 880 cv e nada menos que 152 mkgf de torque. Barrabás. Conheço caminhões que sonham com torque assim.
De acordo com a Mansory, a baleia assassina de 5,4 metros de comprimento e duas toneladas e meia completa a aceleração de 0-100 km/h em 2,8 segundos. Isso é mais rápido que um Lamborghini Aventador. E mais: a belonave chega a 320 km/h.
Mesmo o Mercedes original, sem modificação, é para príncipes sauditas: € 208.393 euros (R$ 1.123.238), na Alemanha. O Mansory? Não consigo nem imaginar. (MAO)
Porsche faz tributo ao primeiro Turbo
Hoje em dia parece história antiga, como estudo de faraós egípcios ou coisa que valha. Mas em 1975, quando a Porsche lançou seu primeiro Turbo, um 911, a marca era muito diferente. Lembre-se que era uma marca que nasceu fazendo carros esporte baseados em VW; por anos e anos era uma marca de carros pequenos. Dois litros foi a barreira transposta nos anos 1960, e em 1975, ainda não tinha transposto a barreira dos 3 litros. Era uma marca ainda de carros “pequenos”.
Aí veio “o Turbo”. Turbocompressor estava longe de ser algo comum então, mas foi um incrível subterfúgio da Porsche: só pendurar um caracol no 911, e de repente, donos de Ferraris e Lamborghinis não estavam mais seguros: um novo jogador estava na arena.
Porsche apresentou o primeiro 911 Turbo (codinome interno “930”) para o ano modelo de 1975, com o motor seis contraposto OHC Hemi arrefecido à ar deslocando nada menos que 3 litros, e ainda por cima, turbocomprimido. Além disso, um kit de carroceria larga e uma enorme asa fixa na parte traseira, dando uma cara de mau danada para o instantaneamente famoso “TURBO”.
Agora, como uma homenagem ao primeiro 911 Turbo fabricado, e parte das celebrações dos 60 anos do lançamento do 911 original, a revelou um 911 Turbo moderno especial, comemorativo.
Criado pela Style Porsche, a Porsche Exclusive Manufaktur e o escritório regional da Porsche no Médio Oriente e África, teve apoio também do Porsche Heritage & Museum. Inspirado no 911 Turbo Nr. 1 – o carro que Ferry Porsche deu à sua irmã Louise Piëch no seu 70º aniversário – a criação personalizada tenta captar “a essência de um clássico atemporal”.
O primeiro 911 Turbo de Louise Piëch tinha uma carroceria 911 Carrera estreita, sem o alargamento da traseira, mas com o spoiler “rabo de baleia” famoso. No interior, o carro apresentava um interior vermelho adornado com tecido Tartan, escolhido pessoalmente pela própria Louise Piëch. O carro era movido por um motor turbo de 2,7 litros, em oposição à unidade de 3,0 litros dos carros posteriores. Um protótipo, na verdade. O 911 Turbo que foi vendido ao público em 1975 tinha 3 litros e 260 cv; depois virou um 3,3 litros de 300 cv.
O carro-tributo moderno? Imita apenas o esquema de acabamento do carro da mãe de Evil Doktor Piëch, e não muito mais que isso. Tem um acabamento exterior em prata com letras Porsche vintage em preto e vermelho na seção inferior das portas e painéis laterais, logo acima das saias laterais. As rodas pretas de cinco raios também se inspiram no clássico 911 Turbo, apresentando um anel externo cromado polido, correspondendo visualmente à tonalidade da carroceria principal. Foi mostrado durante o Icons of Porsche Festival de Dubai; certamente á esta altura está numa garagem climatizada, junto com muito unobtanium totalmente imóvel e estático. (MAO)