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Zero a 300

O novo Creta | O velho Kia | O meio-911 “de produção” e mais!

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Este é o novo Hyundai Creta 2025

O novo Hyundai Creta 2025 foi apresentado. O visual muda, mas a real novidade aqui é a troca do motor: sai o dois-litros aspirado que sempre esteve no modelo, e entra um 1,6 litro turbo, com transeixo de tração dianteira de dupla embreagem e 7 velocidades.

O face-lift não é uma grande novidade: já tinha aparecido em outros países como a Índia. Novas rodas, nova frente, iluminação em LEDs que passa pela grade. O carro é o mesmo, as mudanças de carroceria sendo apenas estéticas. O interior é novo, com novo painel de instrumentos com duas telas integradas.

A versão com motor 1.0 turbo segue inalterada; a empresa diz que ficou mais econômico com nova calibração, porém. Esta versão vem com 120 cv e 17,5 mkgf e câmbio automático de 6 marchas. Novo é a versão 1.6 turbo, que vem com saudáveis 193 cv e 27 mkgf; um crescimento considerável dos anteriores 157/167 cv e 19,2/20,6 mkgf.

Com isso o Creta se torna um carro rápido de verdade: 0 a 100 km/h em apenas 7,8 segundos e uma velocidade máxima de 210 km/h, de acordo com dados de fábrica. As mamães poderão dar susto em muita gente no sinal, levando os pimpolhos para a escola. Só vai perder para a amiga de Compass BlackHawk.

O novo Creta parte de R$ 141.890; a versão 1.6 Turbo é única, completa e topo-de-linha, e se chama Hyundai Creta Ultimate 1.6T DCT7. Custa R$ 189.990. (MAO)

 

Oilstainlab HF-11: não é um Porsche!

A Oilstainlab (“laboratório manchado de óleo”, aproximadamente) é uma empresa que surgiu na Califórnia com um carro definitivamente sui-generis: o Half11, metade Porsche 911, metade carro de corrida com V8 americano central-traseiro. A empresa foi fundada por dois irmãos gêmeos canadenses, designers, e com nomes que soam russo: parece coisa de filme de James Bond. Ou lavagem de dinheiro de Máfia, se fôssemos nós mais cínicos que o normal aqui.

Mas na verdade a dupla, Nikita e Iliya Bridan, apesar de serem jovens aos 34 anos, tem experiência na indústria (“passaram um tempo na Acura, Cadillac, Genesis, Honda e Toyota”), e suas criações são extremamente profissionais, apesar de parecerem ideias que um garoto de dez anos rabiscou em seu caderno. “E se existisse um Tiranomako, meio Tiranossouro, meio tubarão? E se existisse um carro meio 911, meio Can-Am Racer circa 1970?” Coisas sem muita utilidade no mundo real, verdade, mas legais pacas de qualquer forma.

O Half11 original: com um V8 Chevrolet

Quando apresentaram o Half11, disseram que pretendiam fazer uma versão de produção; agora parece que é essa. Conheça o Oilstainlab HF-11. É um supercarro feito à mão, que estará a venda em 25 unidades apenas, por 2,35 milhões de dólares cada, entregue na Califórnia. Barrabás.

O HF-11 é um carro de motor central-traseiro-longitudinal, baseado em uma seção central de fibra de carbono; essa seção central é produzida pelos mesmos fornecedores canadenses do Ford GT. Os painéis externos também serão plásticos e o objetivo é um carro que pese apenas 900 kg no total.

Mas é aqui que as coisas começam a ficar malucas. Explico.

Primeiro, isso não é um restomod. É um carro novo, o que significa homologação completa. Ou alguma forma de kit, de carro de baixo volume, que possa circunavegar a legislação; não está claro como funcionará isso. Os irmãos dizem que o motor é próprio, que “estão trabalhando com um fabricante de motores” em um motor boxer de 4,5 litros e seis cilindros de 650 cv, e que NÃO é baseado em um Porsche, capaz de 12.000 rpm. O transeixo traseiro será manual.

Mas prestenção: como o motor é montado num subframe traseiro, eles resolveram que os 2,35 milhões de dólares compram dois subframes, que podem ser trocados em casa. Um é este flat-six; o outro, bateria e motor elétrico de 860 cv. Se você quiser só o motor a gasolina, eles descontam meio milhão de dólares do preço.

A história toda é maluca demais para nossa cabeça, com conversas de compradores auxiliando no desenvolvimento e se tornando “parte da família”, e tudo mais. Vamos parar por aqui, e desejar toda sorte do mundo à mais essa variação doida de Porsche vinda da Califórnia. É tão maluco que pode até dar certo. (MAO)

 

Este é o Rolls-Royce Ghost Series II

Um face-lift, é isso basicamente o que é o novo Rolls-Royce Ghost Series II. Sim, os bilionários também recebem refeições requentadas às vezes; ela só é mais chique e cara que a sua.

O redesenho do sedã de luxo ficou bem interessante: mais liso e suave, parece fortemente influenciado pelo cupê elétrico com nome de vilão de 007, o Spectre. As rodas de 22 polegadas estão disponíveis em novos designs de nove raios, e existem, pasme, “mais de 44.000 tons diferentes de cor” disponíveis para o carro.

No interior, poucas novidades. Um painel de vidro no painel incorpora a tela central de infoentretenimento e medidores digitais para o motorista, e esses medidores agora podem ser personalizados com cores diversas. Assim como escolher uma cor externa, os compradores do Ghost escolherão uma cor específica para os medidores e a equipe de software a escreverá o programa, certificando-se de que ninguém mais a tenha.

Um aplicativo Rolls-Royce que permite que os proprietários possam fazer coisas básicas como trancar ou destrancar portas, enviar informações de navegação ou rastrear a localização do carro para garantir que o motorista não esteja dando uma volta sem você. Os passageiros do banco traseiro agora podem espelhar até dois dispositivos para cada tela traseira, e o aparelho de som de 18 alto-falantes agora tem um amplificador de 1.400 watts.

Mecanicamente, nada muda: continua impulsionado por um V12 biturbo de 6,75 litros e 570 cv, transmissão automática de oito velocidades e tração traseira. Por incrível que pareça, existe uma versão “esportiva”: o (respire fundo) Rolls-Royce Black Badge Ghost Series II vem com rodas de sete raios de 22 polegadas e um V12 que entrega 600 cv. A transmissão também tem programa de troca de marcha “mais rápidas”.

O preço, claro, não foi divulgado, mas o Ghost anterior, agora retroativamente chamado de series 1, custa R$ 4.290.000 aqui no Brasil. Este deve ficar um tiquinho mais caro. (MAO)

 

Kia cria um restomod do… Pride 1993?

Senso de humor é sempre bem-vindo, ainda mais nos tempos sombrios que vivemos. É interessante ver que gente como os Coreanos, of all people, ainda tem um pouco dele. A Kia, ao comemorar seus 80 anos de idade este ano, não mostrou um conceito estrambólico como é a norma, e sim, algo engraçado de verdade, ao mesmo tempo que lembra seu passado, e mostra algo do futuro. Genial.

Trata-se de um subcompacto dos anos 1990, da época que a empresa era conhecida por preço baixo apenas. Um Kia Pride LX 1993. Só que no lugar do motor a gasolina de 1,3 litro está um motor elétrico, mantendo a transmissão manual original de cinco marchas do hatchback. É o Kia Pridev! Um restomod dos mais improváveis, mas muito legal.

São dois pacotes de bateria de 10 quilowatts-hora, um sob o capô, outro sob o piso do porta-malas, para melhorar a distribuição de peso. O único motor elétrico aciona as rodas dianteiras por meio da caixa de câmbio de cinco marchas original, que ganhou apenas embreagem melhorada para absorver a potência maior.

E esta potência é realmente maior: 108 cv e nada menos que 23,9 mkgf desde zero rpm. Num carro de originalmente 60 cv. Agora, o carrinho com cara de hatch pequeno coreano antigo (bem, é literalmente um hatch pequeno coreano antigo) faz o 0-100 km/h em 8 segundos cravados.

Na verdade, existem três modos de direção: Eco, Sport e Auto; o Eco maximiza autonomia mantendo o torque e potência do carro original, 60 cv e 12 mkgf, e assim pode rodar 190 km com a bateria totalmente carregada. Assim, faz o 0-100km/h em 11,8 segundos, o que nem é ruim se lembrarmos que os carros 1.0 nossos em 1993 faziam a prova em torno de 24 segundos.

O modo Auto funciona em terceira marcha; transforma o pequeno Kia em um veículo elétrico com sensação mais convencional, com uma resposta de frenagem regenerativa mais forte e sem precisar trocar marchas. O modo limita a potência a 75% do total.

Um interessantíssimo veículo que podia muito bem ser produzido em série do jeito que está; taí um elétrico que eu teria feliz, para uso urbano diário. Não? (MAO)