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Conheça o novo Dacia Duster
Se ninguém mais quer comprar carro barato e básico, como ouvimos incessantemente por aí quando pedimos mais deles, como pode então o fato de que a Dacia, a marca “barata” da Renault (esta, você se lembra bem, uma marca barata já por si só no passado) é um grande sucesso na Europa?
Veja o Dacia Duster: 2,2 milhões dele foram produzidas desde 2010. Mesmo aqui, onde é um Renault, o modelo ainda vende o suficiente para se manter no mercado; o mesmo não aconteceu com o mais sofisticado Captur, por exemplo. Claro: é um carro útil, espaçoso, e relativamente barato. Na Europa, o Sandero foi o carro mais vendido até outubro. Os anúncios da morte do carro barato parece que foram meio exagerados…
Na Europa, portanto, é hora de mais uma geração do Duster, a terceira. O novo Duster tem quase o mesmo tamanho de seu antecessor, mas é totalmente novo: agora vem em cima da plataforma CMF-B, mais moderna. Tem seis porcento mais capacidade de carga, e o espaço no banco traseiro, sempre uma coisa boa do modelo, é ainda maior.
O interior, mais moderno e com tela de infotainment no meio, é ao mesmo tempo um dedo do meio para gente que reclama de plástico duro: é totalmente assim, abandonando sofisticação por preço menor. Em algum lugar, tem que se economizar.
No passado o diesel era praxe na França: mais da metade das vendas era movida à óleo. Agora, não há opção diesel para o novo Duster: é oferecido com dois modelos a gasolina, auxiliados eletricamente. O TCe 130 é um tricilíndrico turbo de 1,2 litros e 130 cv. Funciona no ciclo Miller, e adota uma configuração híbrida leve. Tração dianteira ou integral estão disponíveis, com transmissão manual de seis velocidades. A Dacia afirma que o consumo de combustível caiu 10% em comparação com a versão não eletrificada do mesmo motor, enquanto o desempenho também é melhor agora. Há também versão movida a gás liquefeito de petróleo (GLP).
O mais potente Duster é agora o Hybrid 140: Um quatro em linha aspirado de 1,6 litros pareado à dois motores elétricos (um deles na verdade um motor de arranque maior), para uma potência combinada de 140 cv; a transmissão é automática com quatro velocidades para o motor de combustão e duas velocidades para o motor elétrico. O conjunto tem frenagem regenerativa e bateria de 1,2 kWh, possibilitam a condução puramente elétrica em até 80% do tempo na cidade.
O Terrain Control, nome dado ao controle que oferece cinco modos de direção: Auto, Snow, Mud/Sand, Off-Road e Eco para a versão 4×4, agora é equipamento base para quem escolhe este tipo de tração. Há também controle de descida, e o novo All Road Info System mostra uma série de informações na tela da multimídia, incluindo inclinação e distribuição de potência entre os eixos. A versão 4×4 parece bem capaz: vão livre de 217 mm, e bons ângulos de ataque e saída.
Os Duster 2024 devem chegar aos concessionários europeus em maio de 2024. Não há informações a respeito de preço ainda, mas a Dacia promete que continuará barato em sua categoria: preço de entrada será abaixo de € 20.000 (R$ 107.000). Parabéns à Dacia por isso! (MAO)
Toyota Land Cruiser 70 re-estreia no Japão, Europa e EAU
Lançado em 1984, o Toyota Land Cruiser série 70 nunca parou de ser vendido na Austrália (entre outros mercados menores); agora, seu sucesso continuado provocou um face-lift extenso, e o relançamento em outros mercados. A Toyota esta semana mostrou os modelos para esses mercados: Japão e Europa e Emirados Árabes Unidos.
No Japão, por exemplo, o modelo foi lançado originalmente em 1984, e descontinuado em 2004, 20 anos atrás praticamente. Mas agora retorna, e a especificação JDM tem até os famosos retrovisores nos paralamas.
O renascido Land Cruiser Série 70 “JDM” é oferecido exclusivamente como um SUV de seis portas movido por um turbodiesel de 2,8 litros com 201 cv e 51 mkgf de torque, e transmissão automática de seis velocidades. Na Austrália, o veículo todo-o-terreno pode ser adquirido com um motor V8 turbodiesel de 4,5 litros e 202 cv, enquanto os Emirados Árabes Unidos recebem o motor V6 a gasolina de 4,0 litros aspirado de 230 cv.
Nos Emirados Árabes Unidos, pode vir com o entre-eixos curto (“jipe”) e teto rígido. Na Austrália, versões furgão e picape são oferecidas, bem como cabine-chassi para receber implementos diversos de terceiros.
Agora vem com sistemas modernos como Hill Start Assist Control (HAC), Downhill Assist Control (DAC), Controle de Estabilidade do Veículo (VSC) e Controle Ativo de Tração (A-TRC). O interior é modernizado, mas ainda parece mais 1994 que 2024. Há uma abertura duplo-DIN tradicional no painel; o infotainment que vai ali é opcional. Dá um calorzinho no coração saber que dá para transpor o TKR da vovó para esse painel, sem galho.
É produzido na fábrica de Yoshiwara, no Japão, e naquele país, a perua vem com um só nível de acabamento. Pesa 2300 kg em ordem de marcha, vem com bloqueio remoto dos diferenciais e um robusto chassi tipo escada; é um carro para durar para sempre. Mede 4890 mm em um entre-eixos de 2730 mm, e é alto, claro, aos 1920 mm.
A Toyota espera vender cerca de 400 unidades por mês no mercado interno, ao equivalente em ienes de R$ 158.275. Um negocião, visto que a versão curta dos Emirados Árabes Unidos não sai por menos de R$ 224.020. De qualquer forma, um carro antigo ainda disponível zero km é sempre sensacional; se você tem condições, altamente recomendado. (MAO)
Chefe da Stellantis tem plano para redução de demanda de elétricos
Carlos Tavares, o chefe da Stellantis, disse que o fabricante está preparado para ajustar a sua estratégia a respeito de veículos elétricos, com base nos resultados de eleições importantes nos EUA e na Europa no próximo ano.
Ao falar recentemente com membros da imprensa na histórica fábrica da Fiat em Mirafiori, Tavares disse que acompanhará de perto os resultados das eleições para o Parlamento Europeu e das eleições presidenciais dos EUA, reconhecendo que a Stellantis terá que se adaptar “se a opinião política e pública tender para menos elétricos”
“Há duas eleições importantes no próximo ano – as eleições para o Parlamento Europeu em junho e as eleições nos EUA em novembro. Pode ser que a política seja diferente”, observou ele ao falar com a Automobilwoche. “Uma das minhas tarefas é preparar a empresa para as novas condições. Temos planos preparados para isso.”
A declaração de Tavares vem num momento em que o mundo começa a se questionar da viabilidade dos elétricos não somente como veículos, mas também como redutores de emissão de CO2. Europa e EUA, oficialmente, continuam concentrados na transição, com leis já aprovadas para garantir um futuro 100% elétrico. Tavares apenas sinaliza: se voltar-se atrás, existe um plano para a Stellantis. Mas parece que chegamos cada vez mais próximos do ponto onde o retorno é impossível; para muitas empresas, certamente este ponto já passou. O futuro próximo pode ser de tudo, mas pelo menos, não será enfadonho. (MAO)
Conheça o 964 de fibra de carbono da Theon Design
Sim, o mundo não precisa de mais um restomod de 911. Mas vamos esquecer isso por um minuto, e nos deixar maravilhar por esta sensacional obra de engenharia e entusiasmo pelo automóvel: o Theon Design GBR002.
É baseado na geração 964, universalmente creditada como a melhor dos 911 arrefecidos à ar. A carroceria é feita inteiramente de fibra de carbono, resultando em um carro de apenas 1170 kg; 200 kg a menos que o original.
O motor é arrefecido à ar, claro, de seis cilindros contrapostos e 4 litros de deslocamento; dá 406 cv e 45 mkgf, e como não poderia deixar de ser, o transeixo traseiro é manual de seis marchas. O antigo motor “à ar” Porsche, se você não reparou, está aqui deslocando quase um Opala, e dando mais de 100 cv/litro, aspirado. Nada mal para algo desenhado originalmente 60 anos atrás, não?
Há também um novo sistema de amortecimento eletrônico TracTive de cinco estágios que funciona em conjunto com um diferencial limited slip para ajudar no comportamento em curvas. A Theon Design também equipou este modelo com um kit de freio RS completo.
É uma incrível obra de arte em forma de carro: até os botões originais de plástico são substituídos por réplicas usinadas a partir de tarugos de alumínio. Couro nobre cobre os bancos e painéis das portas, enquanto detalhes exclusivos em tecido verde e cinza se estendem por todo o painel para combinar com as cores do exterior.
Não há menção de preço para este carro em particular, mas os carros da Theon Design normalmente começam em cerca de £ 380.000 no Reino Unido, equivalente à R$ 2.352.200. Por incrível que pareça, é, pelo menos, bem mais barato do que um Singer. Barrabás. (MAO)
Rally de Campos do Jordão do MG Club do Brasil foi um sucesso
Assim como o Rally Clássico São Paulo, em que a Equipe Trifoglio participa, o MG Club do Brasil é o outro organizador, este tradicional de longa data, de rali de regularidade para carros clássicos em São Paulo. No fim de semana do dia 24 de novembro, realizou o Rally de Campos do Jordão, que incluiu prova noturna, sempre um desafio aos navegadores e pilotos.
Os ralis do MG clube também tem uma categoria “Rally Clássico”, com navegação analógica, offline, baseada em planilha, calculadora e cronômetro. Hoje em dia a maioria dos rali usam apps de navegação, e existe uma categoria separada para eles aqui também, mas é interessante ver que há grande adesão à modalidade analógica. Meu navegador, o indefectível Gui Moreira mandou recado: “Nem inventa, MAO! Já sofro demais com ajuda tecnológica!”
Mas enfim. O Rally de Campos do Jordão teve vitória do BMW 320 1976 #10 de Americo Nesti e Danilo Nunes na categoria Rally Clássico (com navegação off-line) nas duas provas, diurna e noturna. Em outras categorias, quatro duplas também receberam troféus duas vezes por seu desempenho nas provas realizadas na noite de sexta-feira, 24, e na manhã de sábado, 25, com pontuação e premiações distintas.
A categoria Rally App (com navegação usando recursos online), deu o VW Voyage 1989 #20 de Mario Lott e Daniel Lott em primeiro lugar na prova noturna, seguido pelo Triumph TR4 A 1966 #2, o segundo carro mais antigo do rally, de Leandro Mazzoccato e Lizandra Mazzoccato, e pelo Mercedes-Benz 500 SL 1995 de Auro Moura Andrade e Camila Moura Andrade. Na prova diurna, venceu o Puma GTS 1974 #7, de Antonio Marcucci e Ana Claudia A. Marcucci, com o VW Voyage 1989 #20 em segundo lugar e o Triumph TR4 A 1966 #2 terceiro.
Na categoria Rally Pro (instrumentação livre), o VW Santana 1995 #28 de Gabriel Rosa Quero Carrillo e Anselmo Bettini venceu a prova noturna, seguido pelo Ford Mustang Fastback 1969 #4 de Fernando Leibel e Luiz Durval Brenelli e pelo BMW 540i 1993 #25 de Fabio Palma e Sandro Braindib.Na prova diurna, a vitória foi do Ford Mustang Fastback 1969 #4, com o BMW 540i 1993 #25 em segundo lugar. Em terceiro ficou o Chevrolet Corvette 1963 #1, o carro mais antigo do rally, de Christian Pons Casal de Rey e Frederico Macedo.
Como se pode ver, uma enorme variedade de carros de todos os tipos, e uma prova que, como toda do tipo, coloca os clássicos para rodar e competir de forma tranquila e divertida, proporcionando também uma exposição de carros antigos ambulante para a população das cidades que visita. É uma atividade altamente recomendável! Parabéns ao MG clube por mais esta prova de sucesso! (MAO)