Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
Este é o Hennessey Venom F5 Revolution
Um dia depois de mostrar um teaser do perfil, e o carro já foi apresentado; ah se fossem todos assim… A Hennessey mostrou ontem o Venom F5 Revolution, que como se imaginava, é a versão do hipercarro Venom F5 focada para pista, com maior downforce.
É um movimento interessante; previamente, e possivelmente para agradar clientes do oriente (médio ou inteiro), o carro era tão somente focado em velocidade máxima. O Venom F5, um carro de 1842 cv e 165 mkgf de torque, e 1360 kg, já foi oficialmente cronometrado a 437 km/h.
Mas John Hennessey, dono e fundador da casa de Sealy, no Texas, diz que é pouco: o carro é capaz de 500 km/h. E mais: diz que uma tentativa de destronar o Bugatti Chiron Super Sport 300+ pode ocorrer nos próximos 12 meses. Em entrevista à revista Top Gear, John Hennessey sugeriu que a tentativa poderia ocorrer em uma das novas rodovias atualmente em construção no Texas.
Mas no caso do novo F5 Revolution, claro, este não é mais o objetivo final. Com uma enorme asa traseira, tomada de ar de admissão no teto e outras mudanças aerodinâmicas, o objetivo agora é tempo em circuito, downforce e refrigeração de motor e freios. Isso sempre vem com um custo em coeficiente de arrasto, e em última instância, velocidade máxima. Ainda não existe dado oficial para a máxima desta terceira variação do F5 (depois do normal e do roadster), mas parece que vai chegar até somente 400 km/h. Manco?
A grande asa traseira ajustável, que ocupa a largura traseira total do carro e tem endplates, é protagonista do esforço de entregar 362 kg de downforce a 300 km/h, e 635 kg a 400 km/h. Um Splitter de fibra de carbono está também na dianteira, e um difusor traseiro ajuda a canalizar o ar que passa por baixo. Uma entrada de ar montada no teto alimenta o compartimento do motor.
A suspensão double-wishbone nos quatro cantos tem configurações de alinhamento mais agressivas, focadas em pista. Os amortecedores são ajustáveis, e permitem a calibração com ferramentas simples. Rodas de liga leve novas e maiores fornecem uma área de contato maior, o que melhora as capacidades de curva e frenagem do carro.
A Hennessey oferecerá o F5 Revolution com um sistema de telemetria de pista a bordo, permitindo o monitoramento em tempo real. Ele rastreia o tempo da volta, parciais, forças G nas curvas e outras informações.
A empresa planeja produzir apenas 24 unidades desta nova versão, que somar-se-á às 54 unidades de Venom F5 já vendidas, dez das quais já entregues. O preço? Sua Alteza Real/ o Doutor/ Sua Santidade/ o Mano vai precisar se desfazer de algo a partir de US$ 2,7 milhões (R$ 14.202.000), FOB em Sealy, Texas. Ouch! (MAO)
O adeus a Chico Rosa
Morreu neste último fim de semana Chico Rosa, aos 80 anos. Ele foi um dos nomes mais importantes da história do automobilismo brasileiro. Engenheiro de formação, ele foi administrador de Interlagos por 40 anos e figura-chave nas carreiras de Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace e Nelson Piquet, além de ter papel importante na organização do GP do Brasil e na permanência da Fórmula 1 no país, graças ao seu efetivo trabalho durante a reforma de Interlagos, no início dos anos 1990.
Chico Rosa chegou a São Paulo no final dos anos 1950, quando conheceu Interlagos pela primeira vez. Entusiasta do automobilismo, ele acabou cursando a faculdade de engenharia e se envolveu com o cenário das corridas brasileiras já nos anos 1960. Chico foi o braço-direito de Emerson Fittipaldi em sua ida à Fórmula Ford e Fórmula 3 na Europa. Depois, nos anos 1970, repetiu o papel com José Carlos Pace e, no fim da década, indicou Nelson Piquet a Bernie Ecclestone.
Ainda nos anos 1970, Chico Rosa foi convidado a fazer parte da administração de Interlagos, onde se manteve entre idas e vindas até 2015, quando foi demitido pela SP Turis sem explicação. Foi ele também quem articulou as negociações para que a Fórmula 1 não deixasse o Brasil após o gravíssimo acidente de Phillipe Streiff, que escancarou as deficiências da organização do GP do Brasil em Jacarepaguá. Com a articulação de Chico Rosa, a prefeitura de São Paulo, realizou a reforma de Interlagos a toque de caixa e garantiu a permanência da Fórmula 1 no país. (Leo Contesini)
Raríssimo Mercedes-Benz 450 SLC 5.0 “Rallyewagen” de 1979 vai ser leiloado
No mundo dos clássicos, os Mercedes-Benz são conhecidos por serem carros sólidos e com engenharia superior. Alguns são extremamente velozes, sim, e o primeiro 300 SL, o original, pode até ser chamado de carro esporte. Mas não é algo que desperta imagens de direção arrojada, faca nos dentes, ou manobras de derrapagem controlada com as quatro rodas em estradas de pedrisco.
Bom, se tudo que você sempre quis foi um Mercedes que fosse assim, suas preces foram atendidas. Não vai ser barato, claro: nada que é tão diferente e especial assim é. Mas vem ainda por cima com uma história de competição sensacional.
Trata-se de um Mercedes-Benz 450 SLC 5.0 “Rallyewagen” de 1979. Sim, um dos famosos carros de rali oficiais dos anos 1970. Construído pela marca de Stuttgart-Unterturkheim, este é o chassi 836, o mesmo que conquistou o segundo lugar no Rally Côte d’Ivoire de 1979, pilotado por Björn Waldegård ( com Hans Thorszelius navegando). Na prova, a Mercedes conseguiu os quatro primeiros lugares, logo em sua estreia, uma prova lendária.
O carro é realmente interessante: tem o então novíssimo V8 de alumínio de 5,0 litros da Mercedes, em uma versão de pelo menos 300 cv (não se tem valores medidos), capô e tampa do porta-malas de liga de alumínio, resfriamento adicional do motor, um radiador que também servia como grade para proteger o sistema de direção hidráulica e outras modificações. Foi o primeiro carro com um V8, e um com câmbio automático, a vencer uma prova do WRC.
Apenas 19 exemplares do carro foram desenvolvidos para corridas de rali internacionais, e apenas sete deles receberam o emblema 450 SLC 5.0, tornando este exemplar um carro realmente muito raro.
O carro está sendo vendido pela RM Sotheby’s em seu leilão em Paris, que acontecerá em 1º de fevereiro. Ao mesmo tempo um artefato histórico de coleção, mas também um carro bravo e divertido, é uma oportunidade única para quem puder aproveitar. Imagine o barulho deste velho carro de corrida V8, com escapes abertos, que rapidamente se entende o apelo. Carro de Rali é sempre bom, mesmo que não tenha cara de carro de rali, não é mesmo? (MAO)
O Nissan GT-R Black Edition de Vettel está a venda
Gosta de carro japonês, principalmente os turbo com tração nas quatro rodas? Gosta também de desempenho superior em pista, no nível de Porsche 911? É fã da fórmula 1? Seu piloto favorito é o alemão Sebastian “Tião” Vettel? Ora veja só, hoje é seu dia de sorte. A Mechatronik, em Pleidelsheim, Alemanha tem exatamente um carro a venda para você.
Trata-se de um Nissan GT-R Black Edition, que parece realmente novo em todos os sentidos, mas com um detalhe especial.
É um modelo para o mercado suíço, fabricado em julho de 2012 e entregue a Sebastian Vettel, um dos pilotos de Fórmula 1 mais bem-sucedidos de todos os tempos. Sebastian manteve o GTR em sua coleção particular desde então, mas sem nunca usar o carro. O que acontece, quando se tem muitos carros.
Assim, a quilometragem no painel deste Nissan GTR ainda mostra apenas 150 km rodados, mesmo 10 anos depois de entregue ao seu primeiro dono famoso. Visualmente e tecnicamente um veículo absolutamente novo, que representa uma oportunidade única para colecionadores, mesmo antes do fato de que seu dono foi quatro vezes campeão mundial de F1.
O GT-R Black series de 2012 tem uma versão de 530 cv do V6 twin-turbo VR38DETT com 3,8 litros. As rodas são exclusivas Rays de 20 polegadas, que estavam disponíveis apenas neste modelo. As pinças de freio pintadas de laranja adicionam um toque extra ao exterior. Bancos Recaro revestidos em couro preto e vermelho completam os itens exclusivos da versão.
O preço? Salgados € 250.000 (R$ 1.410.000), entregue na Alemanha. Mas se você se enquadra no caso altamente específico de pessoa mencionado no início desta notícia… (MAO)
Nova Saveiro 2024 flagrada em testes
Sim, Gol e Voyage acabaram, já eram, kaput. Mas se você é fã do carro, ainda pode comprar uma versão dele zero km: a picape Saveiro.
A VW anda realmente atrasada nesta faixa de mercado que é um sucesso de vendas em nosso país: a das picapes monobloco pequenas. A Saveiro, por sua idade, perdeu o bonde da especialização: não é carro familiar com caçamba como Toro, Oroch, a nova Montana. Também não consegue competir como veículo de trabalho com a nova Strada. Fica num limbo de meio termo que não parece lá muito interessante para muita gente.
Mas parece que vai conseguir uma sobrevida mesmo assim, com um facelift e alterações diversas. A resposta da VW para a Toro, o carro que parece ser chamado de Tarok, se é que está já em desenvolvimento, de qualquer forma não deve chegar logo, fazendo necessário este investimento na Saveiro.
O nosso leitor Walther Nucci () tirou estas fotos de um desses carros, em testes e camuflado. Notou que na tampa traseira existe um friso em alto relevo de fora a fora, que pode ser um friso mesmo, ou prolongamento de lanternas como na Montana. Na frente, percebeu também um farol de neblina vertical, e que o tema parece ser para dar uma cara mais de Nivus/T-cross ao carro.
Tudo indica que esta nova Saveiro, possivelmente MY 2024, manterá o motor 1.6 MSI 16v, que já atende as novas regras do Proconve L7. Tem 116 cv e 16,1 mkgf e vem câmbio manual de 5 marchas. A falta do câmbio automático no carro atual pode ser revista nesta atualização. Pelo menos, deveria. (MAO)