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Renault lança o Kwid E-Tech, o elétrico mais barato do país
Foi uma semana agitada na Renault. Primeiro eles lançaram a Oroch renovada por dentro e por fora, e com o noto motor turbo e câmbio CVT. Depois, de forma mais discreta, houve o reajuste do Renault Kwid, que passou dos R$ 60.000 (foi a R$ 61.090), mas continua sendo o carro mais barato do país. E então, na véspera do feriado, eles ainda apresentaram o Kwid E-Tech, a versão elétrica do modelo compacto que, da mesma forma que a versão 1.0, é o mais barato do Brasil entre os modelos elétricos.
O Kwid E-Tech é o nome brasileiro do City K-ZE chinês, que mostrou como seria o Kwid reestilizado, com seu conjunto óptico separado em duas partes e a nova grade. A versão brasileira do Kwid elétrico, contudo, é diferente da versão vendida lá fora — e de forma positiva: em vez de um motor elétrico de 33kW (44 cv), o Kwit E-Tech brasileiro tem 48kW / 65 cv, alimentado por um conjunto de baterias de 27 kWh.
Isso permite que o Kwid elétrico possa rodar, em média, 265 km em percurso combinado urbano/rodoviário. A Renault, contudo, diz que em uso apenas urbano o carro pode rodar até 298 km com uma carga da bateria. O carro vai de zero a 50 km/h em 4,1 segundos e chega aos 130 km/h, velocidade máxima limitada para preservar a carga das baterias. Ainda há uma função Eco, que usa recuperação de energia em frenagens para otimizar o uso das baterias — de acordo com a Renault, este modo é capaz de reduzir o consumo em até 9%.
Quando recarregado em tomada comum, o Kwid recupera 190 km de autonomia em 9 horas — ou seja: você chega ao trabalho, liga na tomada e deixa ele lá durante o expediente. Ou então chega em casa e liga o carro na tomada e deixa ele carregando até a hora de sair no dia seguinte. A menos que você tenha um sistema DC de recarga rápida, que derruba essa espera para apenas 40 minutos — o tempo de umas compras no supermercado, por exemplo.
Apesar de ter as mesmas dimensões e capacidade de carga do Kwid convencional — 290 litros no porta-malas — ele pesa 977 kg, o que é 191 kg a mais que o Kwid 1.0. Apesar do peso extra, a curva de torque do motor elétrico deve compensar em parte quando se fala de desempenho.
Como é um carro de R$ 142.990 e uma vitrine tecnológica sobre rodas, ele é equipado da melhor forma que um Kwid pode ser: além dos seis airbags que todo Kwid tem, ele vem com controle de estabilidade, sistema multimídia com tela de 7 polegadas e compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay, quadro de instrumentos digital, assistente de partida em rampas e monitoramento de pressão dos pneus.
Ainda sobre o preço, a Renault deu uma garantia para quem acha que o carro irá subir duas semanas após o lançamento, como vem se tornando frequente nestes loucos tempos: o preço de lançamento será garantido por toda a pré-venda até julho. Os carros começam a ser entregues em agosto. (Leo Contesini)
Mustang segue como o cupê esportivo mais vendido no mundo todo
Apesar das várias decisões equivocadas da Ford nos últimos anos, uma delas foi muito acertada: a de manter o Mustang, apesar do fim dos outros esportivos convencionais. O modelo terminou o ano de 2021 com cerca de 70.000 unidades vendidas em todo o mundo e, com isso, pelo sétimo ano seguido, se tornou o cupê esportivo mais vendido em todo o mundo.
O que impressiona nos números do Mustang é que 24% das suas vendas – ou seja: um em cada quatro vendidos — são de fora dos EUA. E ainda mais impressionante é o crescimento do esportivo na Nova Zelândia, onde ele vendeu 54,3% mais, e no Brasil, onde suas vendas em 2021 foram 37,3% mais altas. (Leo Contesini)
Custo das baterias pode aumentar em até 40% nos próximos anos
Se você acha que os efeitos das quarentenas irá acabar com a normalização da produção, achou errado. Segundo a consultoria coreana SNE Research, os efeitos colaterais da atual escassez de insumos devem continuar presentes pelos próximos três anos. E um deles é o aumento dos preços das baterias de carros elétricos.
Segundo o estudo da SNE, o custo do quilowatt-hora aumentou entre 30% e 40% na Coreia, em comparação a 2021. E estes aumentos devem refletir por mais dois ou três anos. O resultado vai ao encontro do que disse o chefe de tecnologias da Mercedes na semana passada, de que as baterias ainda vão demorar muito para se tornarem viáveis em termos econômicos. Para que um elétrico tenha um custo inicial semelhante ao de um carro de combustão interna, o quilowatt-hora deve chegar a cerca de US$ 50, porém atualmente o custo é cerca de três vezes maior — e ainda pode subir até 40%, o que levaria o custo do quilowatt-hora para US$ 210, ou mais de quatro vezes maior do que o ideal.
No caso das baterias de estado sólido, uma das grandes apostas da indústria, o custo pode simplesmente dobrar devido à quantidade de lítio necessária para produzir sua matéria-prima, os eletrólitos de sulfetos de lítio. (Leo Contesini)
Toyota Supra com câmbio manual confirmado
Por esta a gente não esperava. A subsidiária americana da Toyota publicou um Tweet dia 15 passado oficializando a chegada do Supra manual nos EUA.
O carro desde seu lançamento vem sendo criticado pela falta do câmbio manual opcional, e a Toyota, ora vejam só, fez algo raro hoje em dia: ouviu as críticas e faz algo a respeito. Há também um comunicado de imprensa no site da Toyota no Reino Unido, confirmando que um Supra com pedal de embreagem está a caminho de se tornar realidade.
Ainda não se sabem detalhes além das imagens e a confirmação, claro. Hoje o carro é disponível com dois motores turbo: 4 cilindros de 255 hp e seis de 382 hp. Embora tecnicamente seja possível que a opção apareça no quatro cilindros apenas, o mais provável é que seja no de seis. Ou ainda numa versão ainda mais potente, talvez um GR Supra. A BMW, que fabrica o Supra e fez a maioria de sua engenharia, tem câmbio de seis marchas para isso disponível.
A Toyota diz que mais informações sobre a transmissão manual do Supra serão divulgadas em algumas semanas, então não teremos que esperar muito para descobrir. De qualquer forma, mesmo se for só uma versão quatro cilindros, já uma notícia excelente. Melhor que isso, só se fosse importado para o Brasil. (MAO)
Porsche Rennsport Reunion volta em 2023
Originalmente uma ideia do piloto Brian Redman e do porta-voz da Porsche Cars North America, Bob Carlson, o primeiro Rennsport Reunion foi realizado no Lime Rock Park em Connecticut em 2001. Desde então, tem sido realizado a cada três ou quatro anos no Daytona International Speedway, na Flórida (2004 e 2007) e depois em Laguna Seca, na Califórnia (2011, 2015 e 2018). O último Rennsport Reunion atraiu uma multidão de mais de 80.000 fãs e 2.500 veículos. É uma incrível oportunidade para os fãs da marca, do automobilismo, e de carros em geral de viver esta rica história da companhia ao vivo.
Obviamente, os eventos conhecidos dos últimos anos criaram um hiato maior que o normal para o evento. Mas num claro sinal de que o mundo está voltando a funcionar com algum semblante fugaz de normalidade, o evento deve voltar em 2023.
A Porsche disse que anunciará o tema, a data e o local do Rennsport Reunion VII “em breve”. Dado que a Porsche não menciona Laguna Seca, pode ser realizado em outro lugar. “Estamos todos empolgados em poder anunciar o retorno do Rennsport Reunion”, disse Kjell Gruner, presidente e CEO da Porsche Cars North America, em comunicado. “O Rennsport Reunion cresceu rapidamente ao longo dos anos em uma experiência verdadeiramente única de som e emoções. Por alguns dias, parece que todos os fãs pela marca estão unidos em um só lugar, dentro e fora a pista, como uma família Porsche.” Amém. (MAO)
Um livro brasileiro sobre o Alfa Romeo 155
Um novo livro sobre automóveis interessantes sempre é uma boa notícia; ainda mais um sobre um tema pouco explorado anteriormente. O Alfa Romeo 155 está completando 30 anos de seu lançamento este ano, mas é um assunto pouco explorado, aqui, ou lá fora.
O autor Marcus Myrrha é um amigo do site; é dele o raríssimo 155 V6 manual que andamos para um vídeo do Flatout Clubsport. Mais que isso: é um especialista sobre o modelo, que além de colecionar todas as versões dele vendidas por aqui, conhece profundamente sua história. Felizmente, resolveu compartilhar este conhecimento conosco na forma de um livro.
Assim nasceu “Alfa Romeo 155 30 Anos – Transição e Glória”. A obra relata a trajetória do 155, que ficou marcado especialmente por ser o grande carro de turismo dos anos 1990, nos autódromos mundo afora. O livro dá contexto com a história da marca, mas mergulha nas origens do 155: dos primeiros passos para a sucessão da Alfa 75 após a aquisição da AR pela Fiat em 1986, até o lançamento. Versões, detalhes técnicos, as versões “Brasile”, nada fica de fora. Também a história de competição é contada, inclusive com depoimentos dos pilotos Roberto Pupo Moreno e Max Wilson. A pequena contribuição do Flatout é o prefácio, escrito por mim.
A primeira tiragem, exclusiva, de 310 exemplares numerados, já está disponível para pré-compra. Toda a renda líquida com a venda dos exemplares será direcionada a uma instituição que cuida de crianças em risco social; é um trabalho de amor, não visando resultados financeiros. O preço de cada exemplar é R$ 185,00, . (MAO)
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