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Conheça o novo Morgan Plus Four 2025
Para os menos versados na história da Morgan, vale um pequeno TL;DR. A empresa, que começou em 1909 com veículos baratos de três rodas, evoluiu nos anos 1920-1930 para carros esporte de três rodas, e em 1936, para carros esporte de 4 rodas.
Desde o início, era uma empresa artesanal; fazia sua própria suspensão dianteira independente, a de pilar deslizante, grande novidade em 1909, mas já obsoleta em 1935. Continuou com ela, incrivelmente, até 2019; na verdade, o carro inteiro era o mesmo de 1936, chassi de aço com carroceria de estrutura de madeira, até 2019. Mudou nesse tempo apenas motores (4 em linha, V6 e V8, de diversas marcas e origem; até o Fiat Lampredi DOHC apareceu ali) freios, pneus, etc. Em 2013 voltaria a fazer carros esporte de 3 rodas também.
Desde o ano 2000 existia o Aero8: um carro de estrutura de alumínio moderna com V8 BMW. Em 2019, a empresa resolve juntar as duas linhas de 4 rodas em uma: com nova estrutura de alumínio, e carroceria parcialmente em madeira, junta a base moderna de suspensões duplo-a sobreposto independentes do Aero8, mecânica BMW moderna seis em linha ou quatro em linha turbo, e o desenho externo antigo do Morgan original, para fazer os novos Plus Four e Plus Six.
“Plus-Four” (ou “+4” como grafado antes) é um nome que vem dos anos 1950 na Morgan, talvez o nome de carro mais antigo ainda em produção. Hoje, temos a primeira evolução desses novos Morgan: o novo Plus Four 2025. Como sempre na Morgan, as mudanças são sutis e evolutivas, mas mostram que a empresa está no caminho certo. Visam trazer o novo carro ainda mais para perto do antigo, pré-2019.
Esteticamente, novos paralamas dianteiro e traseiro, novos faróis e iluminação. Também a frente muda, sem para-choque e finalizada por uma linha reta, onde uma peça protege o fim do radiador, discreta, pintada de cinza escuro.
A mudança, de novo, é sutil: mas definitivamente faz o Morgan ter mais cara de Morgan, algo que nos enche de alegria. Os faróis são decididamente modernos, e meio fora de tema, mas é compreensível. Os retrovisores são novos, e de desenho artesanal dos anos 1930, ainda que modernos, firmes, bem projetados. O central, preso no vidro, antes era um BMW moderno que não ornava; agora é de base cromada, e belíssimo.
Há agora um “Dynamic Handling Pack” opcional. Foi desenvolvido pelo parceiro da empresa especializado em suspensão, a Nitron, e inclui novas molas com amortecimento ajustável unidirecional e altura de mola ajustável, bem como a adição de uma barra estabilizadora traseira. Estas alterações ajudam a proporcionar um maior nível de desempenho dinâmico e, tal como o Plus Four em geral, visam proporcionar melhor sensação e prazer de condução.
O motor permanece o BMW de dois litros turbo, com quatro cilindros em linha, e 260 cv. Pode vir com câmbio manual de seis marchas, ou automático de oito marchas, e tração traseira, lógico. O carro pesa quase exatamente uma tonelada (de 1009 a 1013 kg, dependendo da versão), então o desempenho é sensacional: 0-100 km/h em 4,8 segundos, e uma final de 240 km/h.
Há um novo sistema de som integrado, de baixo peso e alta fidelidade, sob medida, da Sennheiser. Tembém existe uma “iluminação temática” do interior agora. Custa a partir de £62.500 (R$ 397.500) na Inglaterra, e já está disponível para encomenda.
No todo, o carro representa mudanças pequenas, como convém à um Morgan. Mas que o movem na direção certa; e isso é o importante. Diferente do resto da indústria, um novo Morgan que parece igual à um velho Morgan, é uma coisa boa! (MAO)
Conheça o novo Toyota 4runner
O Toyota 4runner. Para quem não é versado no mundo Toyota, é a perua Hilux SW4, em versão americana, baseada na Tacoma ao invés da Hilux. Costumava ser tudo a mesma coisa, a picape Toyota e seus derivados, mas já há muito tempo a linha americana e do “resto do mundo” se dividiram em carros distintos.
O 4runner americano da geração passada durou 15 anos; agora há um carro totalmente novo. Mantém o seu espírito intacto, incluso aí a construção robusta de picape, e o tradicional vidro da tampa traseira que desce eletricamente.
Baseado no também novo Tacoma, o novo 4Runner troca o V6 de 4,0 litros e o câmbio automático de cinco marchas do carro anterior por um motor menor, turbo. É um quatro em linha de 2,4 litros turbo agora, com 278 cv e 52,2 mkgf. Bem mais forte que o motor V6, pelo menos: o torque é 14 mkgf superior! Uma versão híbrida I-Force Max opcional do mesmo motor produz 326 cv e 64 mkgf. Ambos os motores vem com uma nova transmissão automática de oito marchas.
O 4Runner será oferecido em versões com tração nas duas rodas, tração nas quatro rodas part-time e 4×4 permanente. O diferencial traseiro é sempre autoblocante, e as versões 4×4 tem caixa de redução para off-road. Há também desconexão da barra estabilizadora para melhor articulação em terrenos acidentados. O ângulo de ataque é de 32° e o ângulo de partida, de 24°.
Como se pode imaginar, há uma miríade de versões e opcionais para este popular carro. Nada menos que nove versões básicas da 4Runner existem: SR5, TRD Sport, TRD Sport Premium, TRD Off Road, TRD Off Road Premium, Limited, Platinum, TRD Pro e a Trailhunter, essa última a mais focada em off-road.
O preço ainda não foi divulgado, mas quando for vendida mais tarde ainda este ano, provavelmente ficará um pouco mais caro que o atual, que parte de US$ 42.100 (R$ 210.921) hoje nos EUA (MAO)
Lamborghini Huracán STJ marca fim do modelo
Com o fim do Audi R8 este ano, fica claro que também não deve estar longe o fim de seu irmão italiano: o Lamborghini Huracán. Agora a marca italiana confirma isso lançando uma versão final do carro.
É a versão “Super Trofeo Jota”, ou STJ. É baseada no STO, mas ainda mais radical para marcar o fim deste Lamborghini. É limitada a 10 carros, e marca o fim de uma história de dez anos do modelo.
A versão mantém o motor V10 aspirado de 5,2 litros sem alteração em relação ao STO. Não que alguém vá sentir falta de potência: são 631 cv e 57,6 mkgf. A tração é traseira somente, e o câmbio, um transeixo DCT de sete velocidades. Em termos de hardware, a única alteração é quatro amortecedores ajustáveis derivados de competição, além de nova calibração de suspensão e novas rodas center-lock de 20 polegadas, calçadas com pneus Bridgestone Potenza Race sob medida.
Os recentemente adicionados canards de fibra de carbono nos cantos do para-choque dianteiro fazem parte de um pacote aerodinâmico, que também inclui um ângulo diferente da asa traseira. A Lamborghini testou o Huracan STJ na pista de Nardo, onde reduziu o tempo de volta em mais de um segundo em comparação com o STO.
O preço não foi divulgado, mas realmente não importa mais: você não pode comprar um. Há quase um ano, a Lamborghini anunciou que tinha encomendas suficientes para toda a produção restante do Huracán. Então, estes 10 carros já tem dono.
O substituto do Huracan deve ser revelado ainda este ano, e o V10 vai para o grande depósito de motores descontinuados do além. Espera-se que o novo carro tenha um motor menor, possivelmente turbo, auxiliado por um motor elétrico provavelmente. Mas será certamente mais potente. (MAO)
Royal Enfield Super Meteor 650 no Brasil
A linha de motor 650 da Royal Enfield é um sucesso. Não é á toa: misturando estilo retrô e motos modernas, com potência suficiente, mas não exagerada, acertou em cheio o mercado de gente que usa motocicleta para passeios basicamente.
Agora a linha no Brasil é complementada por mais um modelo bem direcionado à esse público: a Super Meteor 650. É uma versão “custom”, com viés estilístico e de posição de dirigir “de Harley”. A empresa anunciou oficialmente o início da pré-venda no Brasil.
A marca comercializará inicialmente 650 unidades até 7 de maio, quando mais informações devem ser divulgadas. Três versões desta moto indiana com nome inglês e agora inspiração americana: Astral, Insterstellar e Celestial, em crescente nível de equipamento e preço. Que são, respectivamente, frete incluso: R$ 33.990, R$ 34.490 e R$ 34.990.
Além do banco baixo e o estilo, a principal diferença da Super Meteor é o garfo invertido dianteiro. Tem tubos de 43 mm de diâmetro e 120 mm de curso. A traseira tem dois amortecedores/mola tradicionais, e 101 mm de curso. A dianteira tem roda de 19 polegadas e a traseira tem roda de 16 polegadas.
É uma moto de 1.500 mm de entre-eixos, com altura do assento de 740 mm. Pesa 241 kg em ordem de marcha, e o tanque carrega 15,7 litros de gasolina. O resto é igual ao resto da linha: Bicilíndrico paralelo arrefecido à ar, 647 cm³, 47 cv a 7.250 rpm e 5,3 mkgf a 5.650 rpm, câmbio de seis velocidades, transmissão final por corrente. (MAO)