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Novo Subaru WRX é apresentado com motor boxer de 275 cv
A Subaru enfim revelou a nova geração do WRX – a segunda desde que o esportivo emancipou-se do Impreza, em 2014. E ele chega com um motor maior, nova plataforma e visual que pode dividir opiniões.
Admitimos que esta não é uma grande novidade – o carro foi lançado na última sexta-feira e digerido ao longo do fim de semana. Mas não há como não mencioná-lo, afinal trata-se daquela que provavelmente é a última geração puramente a combustão.
O motor do novo WRX é um boxer turbo, claro, mas agora com 2,4 litros em vez de dois litros. Com 274 cv e 35,6 kgfm de torque, ele tem exatamente 3 cv a mais que a geração passada, mas o torque é o mesmo. O câmbio pode ser manual de seis marchas ou aquilo que a fabricante chama de “Subaru Performance Transmission” – que, na prática, é um CVT com oito marchas simuladas. A tração, claro, é sempre integral.
Apesar de quase não ganhar cavalaria extra, o novo WRX é construído sobre unma plataforma completamente nova – a Subaru Global Platform, arquitetura modular que, segundo a fabricante, aumentou a rigidez à torção em 28% e trouxe pontos de fixação da suspensão 75% mais rígidos. A plataforma também tem centro de gravidade mais baixo e traz a barra estabilizadora traseira montada direto no monobloco, e não mais no subchassi.
No departamento estilístico, o novo WRX definitivamente tomou uma abordagem evolutiva, e não revolucionária. A identidade visual da geração passada permanece, porém com traços mais retilíneos e marcados – e lanternas muito parecidas com as peças usadas pelo novo Subaru BRZ/Toyota GR86. Alguns podem até dizer que é genérico. Por outro lado, a Subaru tomou a decisão relativamente ousada de incluir molduras pretas nos para-lamas, que remetem aos sedãs com suspensão elevada que começaram a aparecer recentemente. É claro que, com a carroceria pintada de preto, essa impressão acaba diluída. E interior também mudou bastante – mais que a carroceria, diga-se – com grande destaque para uma central multimídia vertical de 11,6 polegadas.
Por ora, apenas a versão para os Estados Unidos foi revelada – pelo que a Subaru divulgou até agora, o carro ainda não foi confirmado para o mercado europeu, e descartado para o Reino Unido.
Porsche começa a construir sua fábrica de combustíveis sintéticos
Embora seja uma das fabricantes mais dispostas a investir em elétricos, a Porsche não quer ver o motor a combustão ser abandonado sem uma boa briga. E, por isso, já começou a construir sua fábrica de combustíveis sintéticos – que vem chamando de “e-fuels” – na Patagônia, no sul do Chile.
A região foi escolhida por uma série de razões. A primeira e mais prática tem a ver com sua localização geográfica – relativamente próxima da Antártida, de onde sopram ventos que irão alimentas as turbinas eólicas instaladas no complexo. Serão elas que irão gerar a energia necessária para o processo de eletrólise da água, essencial para a produção do combustível sintético. A eletrólise separará as moléculas de hidrogênio das moléculas de oxigênio – em seguida, o carbono extraído do ar será adicionado ao hidrogênio para dar origem aos hidrocarbonetos que compõem e-fuel. O oxigênio será devolvido ao ambiente.
Além de ser um terreno ideal para o cultivo de energia eólica, a Patagônia também é uma região inóspita, e o impacto das obras no ecossistema deverá ser reduzido por conta disso. E mais: a ideia da Porsche é mostrar que uma fábrica de combustível “verde” pode transformar uma região “morta” em algo grandioso e útil à humanidade.
A Porsche acredita que, somando todos os seus aspectos, a produção de e-fuel tem potencial para reduzir em até 90% a emissão de poluentes pelos automóveis. E os primeiros testes estão mantidos para 2022, quando será realizada na Europa uma competição usando apenas carros movidos pelo combustível ecológico.
Daniel Ricciardo vence em Monza e McLaren quebra jejum de 11 anos
A corrida do fim de semana na Fórmula 1 foi cheia de emoções fortes. Pela primeira vez em 11 anos a McLaren venceu uma corrida – com direito a dobradinha de Daniel Ricciardo e Lando Norris. Ricciardo fez uma corrida impecável do começo ao fim, dando sua melhor demonstração das frenagens tardias que fazem seu estilo de pilotagem.
Na verdade, sua determinação em vencer estava visível até mesmo na sprint race, na qual ele terminou em terceiro e Norris, em quarto. Como Valtteri Bottas trocou seu motor e foi punido, Ricciardo e Norris acabaram largando em segundo e terceiro, respectivamente. A partir daí, foi só questão de manter o ritmo: Ricciardo ultrapassou Verstappen, da Red Bull, logo na largada e não abandonou mais a ponta – só nas trocas de pneus.
Com a vitória e o resultado na sprint race, Ricciardo agora tem 83 pontos e é o oitavo no campeonato. Provavelmente ele não vai brigar pelo título, mas trata-se de uma conquista importante para a equipe como um todo – pode ser o início do fim de uma “zica” que já atormenta a McLaren há mais de uma década.
A corrida, vale lembrar, também foi palco de uma demonstração da eficácia do halo, quando Lewis Hamilton deixou os boxes pronto para disputar com o líder Max Verstappen e os dois acabaram colidindo, com o carro de Verstappen indo parar em cima do carro de Hamilton – e a roda traseira direita só não pousou em cheio sobre o capacete do piloto britânico por causa do dispositivo.
Comentando o incidente, que por si só não teve nada de extraordinário além do fim prematuro da corrida para os dois pilotos na volta 25, Toto Wolff – chefe de equipe da Mercedes – foi categórico, e disse que “o halo definitivamente salvou a vida de Hamilton.” Só não garantiu que ele voltasse à disputa.
Reino Unido passa a misturar 10% de etanol na gasolina
Os britânicos aumentaram a quantidade de etanol misturado à gasolina – passou de 5% para 10%, ou seja, de E5 para E10. O governo estima que a medida possa reduzir em 2% as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa.
É um percentual pequeno comparado com os 27,5% de etanol presente na gasolina brasileira. A associação local de produtores de petróleo, a UKPIA, diz que é uma medida importante, que faz diferença em grande escala – só pelo fato de o etanol ser um combustível renovável, com impacto ambiental seguramente menor que o da gasolina.
Dodge terá novo SUV chinês no México – e ele pode vir para o Brasil
A Dodge, ao que tudo indica, prepara um substituto para o extinto Journey – que era seu único modelo além do Charger e do Challenger e foi descontinuado ao fim de 2020. Com isso, também ficamos sem Dodge no Brasil, já que apenas o Journey era vendido aqui.
O substituto do Journey nos EUA tem tudo para ser um crossover híbrido chamado Hornet, feito com base no SUV Alfa Romeo Tonale. Contudo, parece que a divisão mexicana da empresa tem outros planos.
A Dodge do México apresentou há poucos dias um teaser com um crossover camuflado e não identificado até o momento, mas fontes do site americano Mopar Insiders dizem se tratar de uma versão rebatizada de um SUV chinês chamado Trumpchi GS5, do grupo chinês GAC – que tem uma parceria de longa data com a antiga FCA, hoje parte do grupo Stellantis. E, diferentemente do Hornet, que está previsto para 2022, o novo SUV de origem asiática deve começar a ser fabricado no México ainda neste ano.
O curioso é a origem da plataforma do Trumpchi GS5 – embora tenha sido desenvolvido na China, o SUV usa como base a plataforma do Alfa Romeo 166 da década de 1990. Claro, a plataforma foi devidamente melhorada com o passar dos anos, mas ainda é antiga.
Se levarmos em conta a relação entre as indústrias mexicana e brasileira, um eventual lançamento do novo crossover no Brasil faz mais sentido que aguardar a chegada do Hornet, que será desenvolvido especificamente para os EUA e, com isso, tem chances de ser sofisticado e caro demais para nosso mercado nesse momento.